MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
gaúcho da fronteira - choronerão brasil
Chorinho/Vaneirão
Brasil................, se de fato é verdadeiro
Que até Deus é brasileiro ela foi pra outro país,
O vinho virou vinagre
E a gente espera um milagre pra voltar a ser feliz.
Brasil................, teu povo tupiniquim,
Que ao toque do tamborim leva os sonhos pra avenida,
Vai passando muito mal,
Pois só tem o carnaval pra alegrar um pouco a vida!
Dá-lhe, dá-lhe brasileiro
Com dinheiro ou sem dinheiro tem cachaça e tem mulata
Quem trabalha o ano inteiro
Tem direito em fevereiro a três dias de mamata!
Brasil................, O gaúcho tá na mão
Sem churrasco e chimarrão, baiano sem vatapá
O paulista sem café,
O carioca tá sem mé e o resto tá que nem tá.
Brasil................, no entanto lá em cima
A vindima deles rima com parque de diversão,
O povo louco de fome
E a panelinha dos homens tá cheia de camarão!
gaúcho da fronteira - acordes orientais
Tango/ Milonga
De vez em quando ao abrir esta cordeona
Que resmungona se desmancha em velhos ais
Em mim se alonga uma saudade de milonga
E a noite chora em mim acordes orientais.
Recordo um tango num fandango de fronteira
Um bandoneon, uma guitarra, alguns casais
Então me bate uma saudade cantadeira
De tal maneira que me canto se desfaz.
Por isso sempre quando eu abro esta cordeona
O seu toque me emociona e eu não posso parar mais
O coração faz um bochincho no meu peito
E eu fico desse jeito sem saber o que é que hay.
E eu tomo um gole pois não tem quem me console
Abro a gaita e dou-lhe um fole trovejando um Sapucay
Abro a garganta e a minha alma se levanta
E a saudade que me encanta vira acordes orientais.
gaúcho da fronteira - nabo seco
Para, para a fiêsta
estoy vendo um rebolado deferiente tchê
tem gente sentando no nabo
Nabo seco é que é bom
Nabo seco é que é bom
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Na minha casa ninguem pica milho, na sua pica na sua pica
Na minha casa ninguem racha lenha, na sua racha na sua racha
Na minha casa ninguem rola bola, na sua rola na sua rola
Na minha lagoa peixe nao abunda na sua abunda na sua abunda
Nabo seco é que é bom
Nabo seco é que é bom
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
E tem chifrudo reclamando que as mulheres sao espertas
Que nós mulheres nascemos com a felicidade aberta
E as mulheres tão com tudo, os homens nao tão com nada
Pois todo homem nasceu com a desgraça dependurada
Na minha casa ninguem pica milho, na sua pica na sua pica
Na minha casa ninguem racha lenha, na sua racha na sua racha
Na minha casa ninguem rola bola, na sua rola na sua rola
Na minha lagoa peixe nao abunda, na sua abunda na sua abunda
Nabo seco é que é bom
Nabo seco é que é bom
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
E tem chifrudo reclamando que as mulheres sao espertas
Que nós mulheres nascemos com a felicidade aberta
E as mulheres tão com tudo, os homens nao tão com nada
Pois todo homem nasceu com a desgraça dependurada
Foi da costela de um homem
Que a mulher foi gerada
Desde o principio do mundo elas sao escravizadas
O marido trata a esposa como se fosse a empregada
Graças a lei feminista elas foram libertadas
E com a Xuxa brasileira rainha da garotada
Salve a Princesa Isabel pelos negros coroada
E do mar esse barulho
Sou muito mais um mergulho
Dou uma mao pra mulherada
E tem chifrudo reclamando que as mulheres sao espertas
Que nós mulheres nascemos com a felicidade aberta
E as mulheres tão com tudo, os homens nao tão com nada
Pois todo homem nasceu com a desgraça dependurada
Nabo seco é que é bom
Nabo seco é que é bom
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Se o nabo tiver molhado
Guria nao quer nabo seco nao
Nabo seco é que é bom!
gaúcho da fronteira - xote da saudade
Xote
Quando a gente muda de querência
Tentando conquistar um novo espaço
Não lembramos nunca da saudade
Da força gaúcha de um abraço
Ao se ouvir um toque de cordeona
Coração relincha de emoção
As lágrimas quentes da tristeza
Chegam pra cevar um chimarrão.
Roda de fogo cordeona tocando
Coração chorando a triste verdade
Verde do mate amargo da ausência
Amada querência que baita saudade.
Falado:
Que saudade dá na gente
quando de longe se escuta uma cordeona tocando.
Qualquer pedacinho de querência
Um rebenque, um laço velho, uma cuia de mate
serve pra remediar saudade.
Porque matar, não mata
Saudade gaúcha é muito mais saudade
E o Rio Grande para nós é como o sol
Longe dela não há vida, é só saudade.
gaúcho da fronteira - isso que é gaiteiro bom
Nesse toque da rancheira
Eu passo a noite inteira nesse vai e vem
Cantando pra gauchada e pra velharada
Que eu quero bem
Sempre tem alguém que grite toque um peteleque
Eu tô que uma brasa
Isso que é gaiteiro bom
Não é aquelas porqueira que eu toco la em casa
Foi no trote do cavalo
Que eu peguei embalo e canto desse jeito
Dependendo da largada
Conforme a chegada se corre com jeito
Sempre tem alguém que grite
Toque um peteleque eu tô que uma brasa
Isso que é gaiteiro bom
Não é aquelas porqueira que eu toco la em casa
Quando eu chego no fandango
De espora e de mango vou me retangueando
Dou lhe mão na minha cordeona
Toco pra uma dona e saio cantando
Sempre tem alguém que grita
Toca um peteleque eu tô que uma brasa
Isso que é gaiteiro bom
Não é aquelas porqueiras que eu toco lá em casa
Neste baile de campanha
Depois de umas canhas que fica animado
Quando chora a de botão sai poeira do chão
Dançando troteado
Sempre tem alguém que grita
Toca um pequeleque que eu tô que uma brasa
Isso que é gaiteiro bom não é aquelas
Porqueiras que eu toco la em casa
Por ser índio resolvido sou meio atrevido
No cabo da dança
E uma chinóca morena
Ã? parada pequena pra minha esperança
Sempre tem alguém que grita
Toca um pequeleque que eu tô que uma brasa
Isso que é gaiteiro bom
Não é aquelas porqueiras que eu toco la em casa
gaúcho da fronteira - a utilidade do dedo
Hoje comecei a pensar
Pra desvendar um segredo
Das tantas utilidades
Que pra gente tem os dedo
Pra tocar violão e gaita
Não tem maiores segredos
Por mais floreio que faça
Entre eles nunca me enredo
Pra qualquer gesto ou sinal
É muito importante o dedo
Mas olha o dedo que dedo
A utilidade do dedo (2x)
Sei até que certa gente
Já pensando maldade
Só porque eu falo do dedo
E da sua utilidade
Mas quem pensa e analisa
Vai ver que é uma realidade
Se a gente ta no escuro
Em qualquer dificuldade
Primeiro se leva o dedo
Pra procurar claridade
Mas olha o dedo que dedo
A utilidade do dedo (2x)
Tem dedo curtinho e grosso
Outros fininho e cumprido
Tem dedo que nem se mexe
E outros dedos tão metido
Comigo está tudo certo
Se eu estou com o dedo erguido
Meu pai me apontava o dedo
Por sinal muito sabido
Mostrando-me o rumo certo
Que devia ter seguido
Mas olha o dedo que dedo
A utilidade do dedo (2x)
Tem dedo que prova sopa
Tem dedo que tempera molho
Dedo que buzina carro
E algum que planta repolho
Tem o dedo da lavadeira
Que passa o dia de molho
Pai de todos fura bolo
Meio gordo ele mata piolho
Mas o que eu quiser atiro na ponta
Bem na pontinha do dedo
gaúcho da fronteira - aventuras do coló
Vaneira
Eu tenho um cachorrinho
Que ganhei da minha avó
Pretinho, lanudinho
Tem o nome de coló!
Deram pra ele feijoada com jiló
Essa mistura danada deu colite no coló -
Foi brincadeira o que o bichinho sofreu
Eu não pude descobrir a onde o coló comeu.
A onde o coló comeu, a onde o coló comeu,
Eu não pude descobrir a onde o coló comeu.
Um outro dia ele veio se lambendo
E eu tentei descobrir a onde ele andou comendo;
Não descobri nem por nada deste mundo
Se o Coló comeu na frente, ou se o Coló comeu no fundo.
Se o Coló comeu na frente, se o Coló comeu na fundo,
Eu não pude descobrir nem por nada deste mundo.
Chegou em casa numa disparada louca
Com a asa de um pintinho atravessado na boca -
Eu peguei ele, dei uma surra de cinto
Mas não pode descobrir onde Coló comeu pinto.
Onde Coló comeu pinto, onde Coló comeu pinto,
Eu não pude descobrir onde Coló comeu pinto.
Ainda hoje dei uma flagra no Coló
Comendo ovo no ninho da galinha carijó
Mas isso nunca vai acontecer de novo,
Agora já descobri onde o Coló comeu ovo.
Onde o Coló comeu ovo, onde o Coló comeu ovo.
Agora já descobri onde o Coló comeu ovo.
gaúcho da fronteira - dando a boca pro gateado
Vaneirão
Dá-lhe boca Chico Beiço tem baile no Zé Quebrado
Vou levar o chifre cheio da cachaça do Conrado ?
Hoje vou torcer as cangalhas e dá-lhe boca pro gateado.
Ala pucha Tia Picucha quadra o corpo e vem de lado
Que eu hoje vou torcer as cangalhas e dá-lhe boca pro gateado.
Cheguei na frente do baile fecdeu a chifre queimado
Enfiei o mango na cinta e entre sem ser convidado
Dei de mão numa pinguancha e dá-lhe boca pro gateado.
Ala pucha Tia Picucha quadra o corpo e vem de lado
Dei de mão numa pinguancha e dá-lhe boca pro gateado.
Bochincho corria frouxo candieiro quase apagado
E tapado de polvadeira vinha dançando embalado
Com a gota em riba do toso dando a boca pro gateado.
Ala pucha Tia Picucha quadra o corpo e vem de lado
Com a gota em riba do toso dando a boca pro gateado.
Resolveram acabar o baile; facão, revolver, machado
Ficou só a guincha do rancho do salão do Zé Quebrado
Entreverado eu gritava vou dar boca pro gateado.
Ala pucha Tia Picucha quadra o corpo e vem de lado
Entreverado eu gritava vou dar boca pro gateado.
Dei de mão numa solteirona a filha do João Pintado
Que saiu frouxando as ancas que nem palanque em banhado
E me disse até que um dia vou dar boca pro gateado.
Ala pucha Tia Picucha quadra o corpo e vem de lado
E me disse até que um dia vou dar boca pro gateado.
gaúcho da fronteira - praia gaucha
Em capão da canoa, ilha em tramandai
Ã? bom de tomar banho, com a prenda e os guri
Que lugarzinho jóia, que gente que é bem boa
Todo munda nadando na beira da lagoa
Gostei mesmo de fato da tal zona de praia
Homen não veste calça, mulher não usa saia
Levantam bem cedinho se tocam la pra sanga
O índio de calção e a prenda só de tanga
Que lindo estar na areia ouvir aquele estouro
Quando a onda guasqueia, chega repuxa (r) o couro
O sol velho que racha e o pessoal bem deitado
Diz que é pra se bronzear, que andam tudo engraxado
Ali de revesgueio se joga um futebol
Se toma uma caipira, algum pesca de anzol
Outros nem linha tem, na tal de pescaria
Mas dando qualquer tipo de peixe é uma alegria
Eu vim bem encilhado, bombacha, bota e espora
Ja to me farquejando, troquei de pincha agora
Gostei da vestimenta porque não tem segredo
Um calçãozinho curto e chinelinha de dedo
Depois que eu fui pra la, deu bem como eu queria
Por mim deixa que corra o mês por trinta dia
Tem sombra e aguá fresca debaixo da figueira
To gordo e reluzento, que nem pai de cozinheira
gaúcho da fronteira - amizade de gaiteiro
Xote
Boleia a perna amigo velho e te aprochegue
Amarre o pingo que o churrasco está na brasa
Passe pra diante, puxe o cepo e vá sentando
Pois no meu rancho não precisa oh, de casa.
Golpeie um trago e tire a poeira da garganta
Enquanto encilho o meu verde chimarrão
Tua presença neste rancho companheiro
Faz corcovear de alegria o coração!
Nossa amizade é cria dos galpões
E campereadas nos potreiros desta vida -
Tua presença neste rancho hoje é festa
E a minha família te agradece comovida!
Esta visita de gaúcho que me fazes
Leva pra longe uma tropa de saudade,
Tem o calor do guarda fogo galponeiro
E aquece ainda mais nossa amizade.
E no teclado desta gaita te saúdo
E canto a ti este verso bem campeiro -
E esta emoção que toma conta do meu apito
Já faz vibrar a minha alma de gaiteiro.
E este xote que canto alegremente
E que o faço em tua homenagem
É um presente que te passo, amigo velho
Pra registrar por aqui tua passagem!
gaúcho da fronteira - amor ao paraná
Canção/Chamamé
Com muita coragem de pioneiro
Coração brasileiro, gente de todo lugar
Trabalhando o tempo inteiro o chão vermelho fez brotar
O sentimento verdadeiro de amor ao Paraná
E no campo e na cidade este povo prosperou
Fruto da honestidade que a palavra se empenhou
Pois a gente desse terra não se cansa de falar
A palavra corajosa de amor ao Paraná
Levo comigo onde estiver
Esta vontade, esta paixão e fé
E em toda parte quero cantar
A força e a coragem do povo do Paraná.
gaúcho da fronteira - aventuras de colo
Vaneira
Eu tenho um cachorrinho
Que ganhei da minha avó
Pretinho, lanudinho
Tem o nome de coló!
Deram pra ele feijoada com jiló
Essa mistura danada deu colite no coló -
Foi brincadeira o que o bichinho sofreu
Eu não pude descobrir a onde o coló comeu.
A onde o coló comeu, a onde o coló comeu,
Eu não pude descobrir a onde o coló comeu.
Um outro dia ele veio se lambendo
E eu tentei descobrir a onde ele andou comendo;
Não descobri nem por nada deste mundo
Se o Coló comeu na frente, ou se o Coló comeu no fundo.
Se o Coló comeu na frente, se o Coló comeu na fundo,
Eu não pude descobrir nem por nada deste mundo.
Chegou em casa numa disparada louca
Com a asa de um pintinho atravessado na boca -
Eu peguei ele, dei uma surra de cinto
Mas não pode descobrir onde Coló comeu pinto.
Onde Coló comeu pinto, onde Coló comeu pinto,
Eu não pude descobrir onde Coló comeu pinto.
Ainda hoje dei uma flagra no Coló
Comendo ovo no ninho da galinha carijó
Mas isso nunca vai acontecer de novo,
Agora já descobri onde o Coló comeu ovo.
Onde o Coló comeu ovo, onde o Coló comeu ovo.
Agora já descobri onde o Coló comeu ovo.
gaúcho da fronteira - canto alegretense
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
gaúcho da fronteira - carcando um vanerão
Tascaram um grito vai ter baile na fronteira
Já há vespeiras junto ao rio beirando o rancho
Num bate coxa sempre tá a frota acionada
E eu to na estrada nem que seja de garancho
Um bem pro dito corcoveando um alazão
Um coração que era só teia de aranha
Tava ao seu lado de bandear pro horizonte
Me fui pra fonte e a fim de apalpar a Picanha
Já de vereda fui carcando um vanerão
Só no garrão pra fazer e acontecer
Firmei o pique numa branca de alambique
E já fisguei quem tem garrafa pra vender (2x)
Dancei na lenta pra não espantar o mulherio
Conheço o rio que tem piranha e que da pé
Eu sou do tempo que pé de valsa manhoso
Por ser nervoso não dança de marcha ré
Pra que boi na chuva apertando o barbicacho
Dono do cacho nunca precisei de ajuda
Só no que eu tenho vou costurando o sereno
Pois meu veneno sempre age na madruga
gaúcho da fronteira - cinco pila
Vaneira
Te procurei, não te encontrei
Pra cobrar os cinco pila que há muito tempo te em prestei
Fui no farrapo você não estava
No trinta e cinco não te encontravas
Na madrugada tu me fugias
Mas eu te pego na pulveria.
No Asa Branca lá em são José
Diz que tu andavas arrastando o pé
No santa Mônica em Curitiba
Diz que tu andavas com o Ataliba.
Figueira Velha lá em Floripa
Diz que passaste só de chiripa
Lá pela cãs da tradição
Diz que tu andavas com o Ricardão.
Lá por São Paulo tomaste um trago
No tal fandango lá do meu pago
No interior fui bem feliz
Lá no gaudério que tem em Assis
Cds gaúcho da fronteira á Venda