MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
francisco josé - saudade, vai-te ambora
Olho a terra, olho o céu
E tudo me fala de ti
Do teu amor que perdi
Quando a minh?alma se perdeu
Sim, a única verdade
Presente no nosso amor
Tem como imagem a cor
Tão bela e triste da saudade
Refrão:
Saudade, vai-te embora
Do meu peito tão cansado
Leva para bem longe este meu fado
Ficou
Escrita no vento esta paixão
E à noite o vento é meu irmão
Anda a esquecer a tempestade
Também
Quero olvidar esta saudade
Ai de mim, que não consigo
Volta amor, porque é verdade
Vai-se a dor, volta a alegria
Vai-se o amor, fica a amizade
Só não parte do meu peito
Esta profunda saudade
Porque será que não vens
Espreguiçar-te nos meus braços?
Porque será que me tens
Na poeira dos teus passos?
Refrão
francisco josé - a rosinha dos limões
Quando ela passa, franzina e cheia de graça,
Há sempre um ar de chalaça, no seu olhar feiticeiro.
Lá vai catita, cada dia mais bonita,
E o seu vestido, de chita, tem sempre um ar domingueiro.
Passa ligeira, alegre e namoradeira,
E a sorrir, p'rá rua inteira, vai semeando ilusões.
Quando ela passa, vai vender limões à praça,
E até lhe chamam, por graça, a Rosinha dos limões.
Quando ela passa, junto da minha janela,
Meus olhos vão atrás dela até ver, da rua, o fim.
Com ar gaiato, ela caminha apressada,
Rindo por tudo e por nada, e às vezes sorri p'ra mim?
Quando ela passa, apregoando os limões,
A sós, com os meus botões, no vão da minha janela
Fico pensando, que qualquer dia, por graça,
Vou comprar limões à praça e depois, caso com ela!
francisco josé - guitarra toca baixinho
Guitarra toca baixinho
Que alguém pode escutar
Só ela deve entender, só ela deve saber
Que estou falando de amor...
Cantam os grilos no campo,
E um pássaro no ramo,
Ninguém dorme nesta noite,
E menos ela que agora,
Escuta um riacho e suspira !
Pura prata no céu,
Um vaga-lume que passa,
Guitarra minha toca baixinho,
E mesmo com a mão incerta,
Toca guitarra que é hora !
Refrão
É hora, de dar-lhe todo bem que há no meu peito,
Dizer-lhe Deus também tenho direito
De amá-la como nunca amei ninguém !
É hora de respirar um pouco de ar puro,
Um prado é verde quando é primavera,
E o sol é quente mas a noite espera,
Por nós ...
A noite está tão serena,
E eu dormindo em seu seio ...
Deus! Como bate o coração,
A gente sonha e agora,
Dorme guitarra que é hora!
Refrão
francisco josé - nem às paredes confesso
INSTRUMENTAL
Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça.
Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Eu sou sincero porque
Não quero dar-te um desgosto.
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto que
Não gosto de ninguém.
Podes chorar, podes rogar,
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.
Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
Que eu tanto espero.
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo
Mesmo que penses que me convences
Nada te digo.
INSTRUMENTAL
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto que
Não gosto de ninguém.
Podes chorar, podes rogar,
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.
INSTRUMENTAL
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto que
Não gosto de ninguém.
Podes chorar, podes rogar,
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.
francisco josé - olhos castanhos
Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São pecados meus,
São estrelas fulgentes,
Brilhantes, luzentes,
Caídas dos céus,
Teus olhos risonhos
São mundos, são sonhos,
São a minha cruz,
Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São raios de luz.
Olhos azuis são ciúme
E nada valem para mim,
Olhos negros são queixume
De uma tristeza sem fim,
Olhos verdes são traição
São crueis como punhais,
Olhos bons com coração
Os teus, castanhos leais.
francisco josé - ai mouraria
Ai, Mouraria
da velha Rua da Palma,
onde eu um dia
deixei presa a minha alma,
por ter passado
mesmo ao meu lado
certo fadista
de cor morena,
boca pequena
e olhar trocista.
Ai, Mouraria
do homem do meu encanto
que me mentia,
mas que eu adorava tanto.
Amor que o vento,
como um lamento,
levou consigo,
mais que ainda agora
a toda a hora
trago comigo.
Ai, Mouraria
dos rouxinóis nos beirais,
dos vestidos côr-de rosa,
dos pregões tradicionais.
Ai, Mouraria
das procissões a passar,
da Severa em voz saudosa,
da guitarra a soluçar.
Ai, Mouraria
dos rouxinóis nos beirais,
... ... ...
francisco josé - aquela janela virada pro mar
Cem anos que eu viva não posso esquecer-me
Daquele navio que eu vi naufragar
Na boca da Barra tentando perder-me
E aquela janela virada pró mar
Sei lá quantas vezes desci esse Tejo
E fui p´lo mar fora com a alma a sangrar
Levando na idéia os lábios que invejo
E aquela janela virada pró mar
Marinheiro do Mar Alto
Quando as vagas uma a uma
Prepararem-te um assalto
P´ra fazer teu barco em espuma
Reparo na quilha bailando na crista
Das vagas gigantes que o querem tragar
Se não tens cautela não pões mais a vista
Naquela janela virada pró mar
Se mais ainda houvesse mais fortes correra
Lembrando-me em noites de meio luar
Dos olhos gaiatos que estavam à espera
Naquela janela virada pró mar
Mas quis o destino que o meu mastodonte
Já velho e cansado viesse encalhar
Na boca da barra e mesmo defronte
Naquela janela virada pro mar
Marinheiro do mar alto
Olha as vagas uma a uma
Preparando-te um assalto entre montes de alva espuma
Por mais que elas bailem numa louca orgia
Não trazem desejos de me torturar
Como aquela doida que eu deixei um dia
Naquela janela virada pró mar
francisco josé - cartas de amor
Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem
Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver
Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.
francisco josé - coimbra
Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a Lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
Ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações a nu
Coimbra dos doutores
Pra nós os teus cantores
A Fonte dos Amores és tu
Coimbra do choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
Ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês
Tão linda
Coimbra das canções
Tão meiga que nos pões
Os nossos corações a nú
Coimbra dos doutores
Para nós os teus cantores
A Fonte dos Amores és tu
francisco josé - fado da severa
Ó rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho.
Há um degrau no meu leito,
Que é feito pra ti somente
Amor, mas sobe com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito.
Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Ó meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti.
francisco josé - foi deus
Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado,
Neste tom magoado
De dor e de pranto...
De dor e de pranto.
Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado,
Neste tom magoado,
De dor e de pranto.
E neste tormento, todo sofrimento
Que sinto na alma,
Cá dentro se acalma,
Nos versos que canto.
Foi Deus, que deu luz aos olhos
Perfumou a rosa,
Deu oiro ao Sol
E prata ao Luar.
Foi Deus, que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar.
Pôs as estrelas no céu,
Fez o espaço sem fim,
Deu o luto às andorinhas
Ahhh ...
E deu-me esta voz a mim.
Se canto, não sei o que canto
Misto de ventura, saudade,
Ternura ou talvez amor.
Só sei que cantando,
Sinto o mesmo quando,
Se tenho um desgosto
E o pranto no rosto, nos deixa melhor.
Foi Deus, que deu voz ao vento,
Luz ao firmamento,
E pôs o azul, nas ondas do mar.
Foi Deus, que me pôs no peito,
Um rosário de penas,
Que vou desfiando
E choro a cantar.
Fez poeta o rouxinol,
Pôs no campo o alecrim,
Deu as flores à primavera ...
Ahhh ...
E deu-me esta voz a mim!
francisco josé - lisboa antiga
Lisboa, velha cidade,
Cheia de encanto e beleza!
eternamente a sorrir, E ao vestir sempre airosa.
O branco véu da saudade
Cobre o teu rosto, linda princesa!
Olhai senhores, esta Lisboa d'outras eras,
Dos cruzados, das esperas e das toiradas reais!
Das festas, das seculares procissões,
Dos populares pregões matinais que já não voltam mais!
Lisboa de oiro e de prata
Outra mais linda não vejo
Eternamente a brincar
E a cantar de contente
O teu semblante se retrata
No azul cristalino do Tejo
Olhai, senhores, esta Lisboa d'outras eras,
Dos cruzados, das esperas e das toiradas reais!
Das festas, das seculares procissões,
Dos populares pregões matinais
Que já não voltam mais!
Das festas, das seculares procissões,
Dos populares pregões matinais
Que já não voltam mais!
francisco josé - lisboa não sejas francesa
Não namores os franceses
Menina, Lisboa,
Portugal é meigo às vezes
Mas certas coisas não perdoa
Vê-te bem no espelho
Desse honrado velho
Que o seu belo exemplo atrai
Vai, segue o seu leal conselho
Não dês desgostos ao teu pai
Lisboa não sejas francesa
Com toda a certeza
Não vais ser feliz
Lisboa, que idéia daninha
Vaidosa, alfacinha,
Casar com Paris
Lisboa, tens cá namorados
Que dizem, coitados,
Com as almas na voz
Lisboa, não sejas francesa
Tu és portuguesa
Tu és só pra nós
Tens amor às lindas fardas
Menina, Lisboa,
Vê lá bem pra quem te guardas
Donzela sem recato, enjoa
Tens aí tenentes,
Bravos e valentes,
Nados e criados cá,
Vá, tenha modos mais decentes
Menina caprichosa e má
Lisboa não sejas francesa
... ... ... ... ...
francisco josé - recado a lisboa
Lisboa, querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado
Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar
Se for noite de São João
Lá pelas ruas de Alfama
Acendo o meu coração
No fogo da tua chama
Depois levo pela cidade
Num vaso de manjericos
Para matar a saudade
Desta saudade em que fico
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar
francisco josé - sinal da cruz
Na pequena capelinha
Da aldeia velha a branquinha
Dei à Maria da Luz
Uma cruz de pôr ao peito
E um juramento foi feito
Pelos dois sobre essa cruz
Juro ser tua, disse-me ela
E eu disse, juro ser teu!
Pelos vitrais da capela
Entrava a benção do céu
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Sozinha e menina
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz pequenina
Mas um dia, há sempre um dia
Que nos rouba a fantasia
Maria entrou na capela
Esquiva, pé ante pé
E o meu símbolo de fé
Não brilhava ao peito dela
Quis perguntar-lhe pla jura
Porém de fé já perdida
Vi que não vinha segura
Tinha outra cruz na vida
Passaram-se os meses
O tempo corria
E todas as vezes
Que eu via a Maria
Com más companhias
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
O sinal da cruz
Da cruz dos meus dias
Cds francisco josé á Venda