MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
fernando perillo - souvenir
Nosso amor já teve o mundo a seus pés
Foi da lua o luar
E perdeu o curso dessas marés
O sertão virando mar
Nosso amor foi um mistério no ar
Fim do mundo bomba H
Explosão de sentimentos a voar
Estilhaços de paixões
Eu não quis e ela não me quer mais
Seu querer também é não
Viver é vão, amar é mais
Se ficamos ela pensa em sair
Quando vem não quer ficar
Seu prazer é só mais um souvenir
Coisa fácil de quebrar
fernando perillo - saudade brejeira
QUE SAUDADE DO MEU ALAZÃ?O
DO BERRANTE IMITANDO O TROVÃ?O
DA BOIADA DEBAIXO DO SOL
NOS CAMINHOS GERAIS DO SERTÃ?O
DAS ESTRELAS NA NOITE, LUAR
CAPÃ?-LOBO NA MATA AZUL
DO ARROZ COM PEQUI, DO INGÁ
DOS AMIGOS DE FÃ? DA MINHA TERRA
MINHA TERRA DE RIBEIRÃ?O DAS CALDAS
DE OLHO D'ÁGUA, MAGIA E PROCISSÃ?O
DE CONGADAS, DO MEU CHAPÃ?U DE PALHA
DESSE AMOR NATURAL DO CORAÃ?Ã?O
QUANDO MÃ?E TRAZ NOTÍCIAS DE LÁ
A VONTADE Ã? VOLTAR PRA FICAR
ME ABENÃ?OA O CÃ?U DE ACAUÃ?
DE RIPINA E PINHÃ? NO PÃ?-DE-SERRA
MINHA SERRA DE OURO E DOR DOURADA
QUANTA TRISTEZA NAS TARDES DO SERTÃ?O
QUE A NOITE TRANSFORMA EM SERENATA
CANTORIA QUE AFASTA A SOLIDÃ?O
O MEU PEITO GOIANO Ã? ASSIM
DE SAUDADE BREJEIRA SEM FIM
QUANDO GOSTA, ELE DIZ
QUE TREM BÃ?O
QUANDO CANTA A VIOLA Ã? PAIXÃ?O
fernando perillo - o outro lado da lua
Por mais que a vida não seja o que a gente quer
por mais que eu sinta saudade que é sua
que o Sol me negue o outro lado da lua
você não sabe que o seu amor me deixou noutra dimensão
te vejo inteira, te vejo inteira em metade das coisas.
Mas te esqueci muito mais do que eu quis lembrar
do meu caminho deserto e inseguro
o amor só anda de volta ao futuro
você nem sabe que o meu amor te esqueceu foi de solidão
foi de saudade
o meu amor te esqueceu de verdade
O meu coração me ensinou não olhar pra trás
por mais que a vida me negue esperança
por mais que a sorte me negue uma herança
e a sua ausência estabeleça sentidos pra solidão
você já sabe o amor não pode viver de saudade.
fernando perillo - aruanã
O azul do céu, a lua cheia
Faz de mim um sonhador
Quem será minha sereia
Quem será o meu amor
Corre o rio sem fronteira
Vai levando a minha dor
Cata a flor da ribanceira
Que eu plantei pro meu amor
Nosso sexo na areia
Pega fogo no calor
Quem será que me incendia
Quem será que me encantou
Vou cantar a noite inteira
Madrugada e amor
Sou um boto da ribeira
Coração navegador
O Araguaia é nosso mar
O portal do paraíso
Vem Iara vem cantar
Pois você me enfeitiçou
Eu sei quem é você
Estrela da manhã
Você é meu amor
No sol de Aruanã
fernando perillo - fim de caso
Fim de caso, fim de papo
Fim de semana livre
Porque a vida só se vive uma vez
Eu não quero que
A minha trilha sonora seja um bolero rameiro
Cheio de desespero, porre, embriaguez
Fim de caso, fim de papo
Fim de semana livre
Porque a vida só se vive uma vez
Eis aqui o momento
De dar o fora
Não haverá tempo nem hora
De querer voltar
E esse amor que era
Tão sincero e tão febril
Chega ao ponto final
Sem etcetera e sem refil
Por isso neste embalo
Ao invés de um beijo
Nesse ultimo desejo
Te mando à puta que pariu
fernando perillo - mestiça
Toda menina goiana mora no meu coração
Filha de mãe africana, mestiça do meu sertão
Viva a mulher Luziana que veio de Jaraguá
Pensou que era Cigana e nunca mais quis voltar
Viva a goiana da gema pedra noventa e mais
Flor da estação rosa morena A branca luz dos cristais
Filha do sol, sol da manhã, manhã do meu céu lilás
Ã? beira do chapadão na beira do rio do meu coração
No meio da solidão tocando comigo a dor e a paixão
Ai ai, ai ai O rio leva meus ais
Ai ai, ai ai Amor que é bom não me traz
Ai ai, ai ai O que e que tem em goiás
Ai ai, ai ai Mulher bonita demais
fernando perillo - meu catira
E bate o pé, o pé no chão
O meu catira se dança assim
Se ouve o som, palmas na mão
Uma viola e um violão
E bate o pé, chapéu na mão
E um sentimento que vira paixão
E vem de lá do coração
Lugar sagrado que move a razão
Na luz do sol, na solidão
O meu catira alegra o sertão
E bate o pé, o outro pé
E bate palmas com a palma da mão
Vem da raiz, é tradição
Por isso toca o seu coração
Ei ai ai ai, ei ai ai ai, ei ai ai ai
fernando perillo - rede amarela
Naquela noite eu te chamei
Pra dar nome às estrelas
Mas Deus, já desconfiado
Não quis acendê-las
Nossos corpos buscaram o aconchego
Na cumplicidade da rede
Nossos lábios se umedeceram
Saciando a antiga sede
Lá do alto nas grimpas do céu
Alguém de sentinela
Vigiava sutilmente nossos gestos
Na rede amarela
E num breve descuido de repente
A noite ficou nua
E abençoando aquele amor
Mandou cobri-la
Com o manto da lua
Você foi a minha estrela
Tão acesa e tão bela
De manhã eu fui o seu sol
Na rede amarela
fernando perillo - salve rainha
Glauber Rocha, Carmen Miranda
Carlos Drummond, Garrincha, Rei Pelé
Ingmar Bergman, Beatles Forever
Andy Warhol, Marlon Brando, Picasso
Quem resistiu aos encantos de Deus
Ara, tem dó, coisinha!
Salve Rainha, Mãe de misericórdia
Niemeyer, Kubitscheck
Elis Regina, Vinícius, Tom Jobim
Rolling Stones, Michael Jackson
Yuri Gagarin, Neruda, Da Vinci?
Quem resistiu aos encantos de Deus
Ara, tem dó, coisinha!
Salve Rainha, Mãe de misericórdia
Frank Sinatra, Karol Wojtyla
Arnold Schwarzenegger, Madonna, Schumacher
Siron Franco, Antonio Poteiro
Belkiss Spenciére, Perillo, Bororó
Quem resistiu aos encantos de Deus
Ara, tem dó, coisinha!
Salve Rainha, Mãe de misericórdia
Jimmy Hendrix, Pixinguinha
Chico e Caetano, Miles Davis, James Brown
Clint Eastwood, Coco Chanel
Clarice Lispector, Nureyev, Zé da Fé?
Quem resistiu aos encantos de Deus
Ara, tem dó, coisinha!
Salve Rainha, Mãe de misericórdia
fernando perillo - sempre viva
Metade das coisas que sinto é amor por você
A outra metade é mistura de sonho e prazer
Metade do amor se divide entre o sim e o não
A outra metade é tem medo de outra ilusão
São coisas do arco da velha, mistérios da vida
O amor dividindo ao meio o meu coração
Vida quanta beleza nasce de uma tristeza
Da solidão nasce outra vontade de amar
E da saudade desponta o prazer de entregar
Amor é perola negra - vive no fundo do mar
E é sempre viva a ilusão de encontrar
Amos é mascara negra que acaba por revelar
A sempre viva paixão no olhar
fernando perillo - sinal de vida
E aí, o vento inventou o vem e vai
Teu amor, quem dera, fosse mais
Foste mais que a dor que sinto ao te perder
E daí o tempo contemporizou demais
Feito de esperas sem sinal
E tem mais como vês, não posso me conter
Por favor, deixa meu coração
Descansar dessa dor que já não cabe em mim
Diz amor que já não sabe enfim
Acender o fogo da paixão
Já não dá mais, amor
Já não há mais calor para nos aquecer
Vem aí a vida, vem aí a minha paz
Sol da minha vida, sobe mais
Sobe mais vem brilhar no céu do meu viver
Vem arder chama do coração
Vem dourar de manhã a noite de onde vim
Vem meu sol derrama sobre mim
Os sinais de nova estação
Verão de mais calor, visão de mais amor
Que não me aqueceu
E aí, o vento inventou o vem e vai
fernando perillo - último sopro
A velha vida à golpes de espada
Não vale essa vela acesa por nada
Nem vale o milagre do santo de casa
Que faz tempestade num copo de água
Nem vale a sombra no alto da escada
Que vela a vida aos olhos da lei
A vela viva ativa a chama
Me chama à cama
Aviva a chaga
E acho que chega de fome de praga
E penso que passam a fama e a paga
Pois prensa por prensa
Prefiro a faca
Mas, pare de por reparos em mim
Eu não quero mais
Seu amor seus avais
Quero estar em paz
Como estou tanto faz
Andar
Percorrer a trilha do nada
A velha sina
Os sulcos na estada
A mesma resposta à porta de entrada
Mais vale a vala estreita e rasa
Mais vale a ave que voa sem asas
E minha mão já torta e cansada
Cavando trincheiras
Senhor, me valei
Valei-me rios correndo pros mares
Valei-me ébrios brilhando nos bares
Valei-me velhos brigando nos lares
Valei-me por tudo o quanto valeis
Eu não quero mais
Seu amor seus avais
Quero estar em paz
Como estou tanto faz
Andar
fernando perillo - voz afiada
Voz afiada em pedra que amola faca
Língua de navalha noite sem orvalho
Voz de chumbo, céu de tempestade
Viagem cansada no casco do cavalo
Voz de cego clareando a escuridão
Rio sem vida correndo na imensidão
Riacho fundo, ecos de maldição
Cabeça de jagunço podre no chão
Da la lá lá Da lá lá lá
Da la lá lá Da lá lá lá
Amor fora do peito, cisma de cigano
Um dia morto, um outro em desengano
Memoria seca, pele sem lisura
Saudade enrugada no casco do boi
Voz afiada em um céu de fim de mundo
Nuvem tecida em teia de fornalha
Faca de ponta, silêncio de tocaia
Voz de vingança nas patas da traição
Da la lá lá Da lá lá lá
Da la lá lá Da lá lá lá
fernando perillo - amores
O amor de Cora por Vila Boa
O amor de Chaplin pelo cinema
De Narciso por sua pessoa
O amor de Cristo por Madalena
O amor de John Lennon por Yoko
O amor de Sartre por Simone
O amor lucido e o amor louco
E o que não ousa dizer o nome
O amor da liberdade por Mandela
O amor dela por mim
O amor do vento pela vela
Riobaldo por Diadorim
O amor, dos amores, do coração
O amor do vazio e da saudade
O amor dos amores que virão
Em busca da felicidade
O amor de rosa pelo Grande Sertão
O amor do índio pelo mato
De Caymmi pelo mar da canção
Fernanda Montenegro pelo teatro
O amor de Gandhi em nome da paz
De Betinho pela pobreza
De Chico Mendes pelos seringais
E o de Carmo pela natureza
O amor das canções de Roberto
De Jorge Amado pela Bahia
De Caetano por João Gilberto
De Vinícius pela poesia
O amor dos amores do coração
"Que eu te ame
Com a paciência
E a destreza
De um velho oriental
A compor seu
Origami
Que eu te ame!
Que eu te ame
Pacifico
Pleno
Como o caminhar
De um índio
Ianomami
Que eu te ame
Que eu te ame
Como um poeta homem
Que mais prefere
Ser Pessoa
Do que sobrenome
Que eu te ame!
fernando perillo - balada
Eu quis dizer, você não quis ouvir
Ficou no fim, mal parado no ar
Mentir pra quê se vai acabar mal
Se um dia a casa cai
E não vai mais voltar
E nem reconstruir se fugiu de nós
Um dia vai, um dia vem
Um "mal me quer"
Um dia sai, um dia sem
Quem vai querer
Vou lhe dizer: eu sou seu fã
Mas é demais amor de um
Bora acordar, já é manhã!
Liga esse som, fecha esse zoom
Cheguei pra ficar, se encoste em mim
Lá longe é o sol, lá perto é o fim
Cheguei pra dizer: é bom me abraçar
Num sonho a dois sair pra dançar
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