MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
fernando brant - aqui oh
Oh! Minas Gerais
Um caminhão
Leva quem ficou
Por vinte anos ou mais
Eu iria a pé
Com meu amor
Eu iria até, meu pai
Sem um tostão
Em Minas Gerais
A alegria é guardada em cofres
catedrais
Na varanda eu vejo o meu amor
Tem benção de Deus
Todo aquele que trabalha
No escritório
Bendito é o fruto
Bendito é o fruto
Bendito é o fruto dessas Minas Gerais
fernando brant - canções e momentos
Há canções e há momentos
Eu não sei como explicar
Em que a voz é um instrumento
Que eu não posso controlar
Ela vai ao infinito
Ela amarra todos nós
E é um só sentimento
Na platéia e na voz
Há canções e há momentos
Em que a voz vem da raiz
Eu não sei se quando triste
Ou se quando sou feliz
Eu só sei que há momentos
Que se casa com canção
De fazer tal casamento
Vive a minha profissão
fernando brant - conversando no bar
Lá vinha o bonde no sobe e desce ladeira
E o motorneiro parava a orquestra um minuto
Para me contar casos da campanha da Itália
E de um tiro que ele não levou, levei um susto imenso nas asas da Pan Air
Descobri que as coisas mudam e que o mundo é pequeno nas asas da Pan Air
E lá vai menino xingando padre e pedra
E lá vai menino lambendo podre delícia
E lá vai menino senhor de todo fruto
Sem nenhum pecado, sem pavor, o medo em minha vida nasceu muito depois
Descobri que a minha arma é o que a memória guarda dos tempos da Pan Air
Nada existe que não se esqueça, alguém insiste e fala ao coração
Tudo de triste existe que não se esquece, alguém insiste e fere o coração
Nada de novo existe neste planeta que não se fale aqui na mesa de bar
E aquela briga e aquela fome de bola
E aquele tango e aquela dama da noite
E aquela mancha e a fala oculta
Que no fundo do quintal morreu, morri a cada dia dos dias que vivi
Cerveja que tomo hoje é apenas em memória dos tempos da Pan Air
A primeira Coca-Cola foi, me lembro bem agora, nas asas da Pan Air
A maior das maravilhas foi
Voando sobre o mundo nas asas da Pan Air
Em volta dessa mesa velhos e moços lembrando o que já foi
Em volta dessa mesa existem outras falando tão igual
Em volta dessas mesas existe a rua vivendo o seu normal
Em volta dessa rua uma cidade sonhando seus metais
Em volta da cidade...
fernando brant - credo
Caminhando pela noite de nossa cidade
Acendendo a esperança e apagando a escuridão
Vamos, caminhando pelas ruas de nossa cidade
Viver derramando a juventude pelos corações
Tenha fé no nosso povo que ele resiste
Tenha fé no nosso povo que ele insiste
E acorda novo, forte, alegre, cheio de paixão
Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova
Viver semeando a liberdade em cada coração
Tenha fé no nosso povo que ele acorda
Tenha fé em nosso povo que ele assusta
Caminhando e vivendo com a alma aberta
Aquecidos pelo sol que vem depois do temporal
Vamos, companheiros pelas ruas de nossa cidade
Cantar semeando um sonho que vai ter real
Caminhemos pela noite com a esperança
Caminhemos pela noite com a juventude
fernando brant - feira moderna
Tua cor é o que eles olham, velha chaga
Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo
Feira moderna, o convite sensual
Oh! telefonista, a palavra já morreu
Meu coração é novo
Meu coração é novo
E eu nem li o jornal
Nessa caverna, o convite é sempre igual
Oh! telefonista, se a distância já morreu
Independência ou morte
Descansa em berço forte
A paz na Terra amém
fernando brant - maria maria
Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive apenas agüenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo essa marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida
fernando brant - paisagem da janela
Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal
Mensageiro natural, de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou
Você não quis acreditar, mas isso é tão normal
Você não quis acreditar e eu apenas era
Cavaleiro marginal lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Eu olhava da janela lateral
Do quarto de dormir
Você não quis acreditar, mas isso é tão normal
Você não quis acreditar, mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Você não quis acreditar que eu apenas era...
Você não quer acreditar que eu apenas era...
fernando brant - para lennon e mccartney
Porque vocês não sabem
Do lixo ocidental
Não precisam mais temer
Não precisam da solidão
Todo o dia é dia de viver
Porque você não verá
Meu lado ocidental
Não precisa medo não
Não precisa da timidez
Todo o dia é dia de viver
Eu sou da América do Sul
Eu sei vocês não vão saber
Mas agora sou cowboy
Sou do ouro, eu sou vocês
Sou do mundo, sou Minas Gerais
fernando brant - pelo amor de deus
Fotos de uma velha festa
Ossos tão antigos, fatos tão passados
No meio das fotos vai roendo um rato
Corre um rato, pega, pelo amor de Deus
Ontem li num almanaque
Aventuras de pastores e cordeiros
Quando eu terminava, uma voz de rua
Disse coisas certas, pelo amor de Deus
Recusando a sobremesa
Um prato de ouro e um copo de vinho
Como o velho Chaplin eu jogo na cara
Tanta coisa pobre, pelo amor de Deus
Beira-mar de uma janela
Panoramisando nua companheira
Corpo contra corpo, pele contra pele
E seu corpo é belo, pelo amor de Deus
fernando brant - saídas e bandeiras
O que vocês diriam dessa coisa que não dá mais pé?
O que vocês fariam pra sair dessa maré?
O que era sonho vira terra
Quem vai ser o primeiro a me responder?
Sair dessa cidade, ter a vida onde ela é
Subir novas montanhas, diamantes procurar
No fim da estrada e da poeira
Um rio com seus frutos me alimentar
O que vocês diriam dessa coisa que não dá mais pé?
O que vocês fariam pra sair dessa maré?
O que era terra vira pedra
Quem vai ser o segundo a me responder?
Beber minha cerveja numa ilha com minha mulher
Tirar todas as roupas e esperar o sol nascer
Respirar as formas da pureza
Aos ventos e às águas quero me entregar
O que vocês diriam dessa coisa que não dá mais pé?
O que vocês fariam pra sair dessa maré?
O que era pedra vira corpo
Quem vai ser o terceiro a me responder?
Andar por avenidas enfrentando o que não dá mais pé?
Juntar todas as forças pra vencer essa maré
O que era pedra vira homem
E um homem é mais sólido que a maré
fernando brant - san vicente
Coração americano
Acordei de um sonho estranho
Um gosto de vidro e corte
Um sabor de chocolate
No corpo e na cidade
Com sabor de vida e morte
Coração americano, com sabor de vidro e corte
A espera na fila é imensa
E o corpo negro se esqueceu
Estava em San Vicente
A cidade e suas luzes
Estava em San Vicente
As mulheres e os homens
Coração americano com sabor de vidro e corte
As horas não se contavam
E o que era negro anoiteceu
Enquanto se esperava
Eu estava em San Vicente
Enquanto acontecia
Eu estava em San Vicente
Coração americano com sabor de vidro e corte
fernando brant - sentinela
Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se vai
Revejo nessa hora tudo o que ocorreu
Memória não morrerá
Vulto negro em meu rumo vem
Mostrar a sua dor plantada nesse chão
Seu rosto brilha em reza, brilha em faca e flor
Histórias vem me contar
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
Precisa gritar sua força ê irmão
Sobreviver, a morte inda não vai chegar
Se a gente na hora de unir os caminhos num só
Não fugir nem se desviar
Precisa amar sua amiga ê irmão
E relembrar que o mundo só vai se curvar
Quando o amor que em seu corpo já nasceu
Liberdade buscar na mulher que você encontar
Morte, vela, sentinela sou
Do corpo desse meu irmão que já se foi
Revejo nessa hora tudo que aprendi
Memória não morrerá
Longe, longe, ouço essa voz
Que o tempo não vai levar
fernando brant - vevecos panelas e canelas
Eu não tenho compromisso, eu sou biscateiro
Que leva a vida como um rio desce para o mar
Fluindo naturalmente como deve ser
Não tenho hora de partir, nem hora de chegar
Hoje tô de bem com a vida, tô no meu caminho
Respiro com mais energia o ar do meu país
Eu invento coisas e não paro de sonhar
Sonhar já é alguma coisa mais que não sonhar
Para quem não me conhece eu sou brasileiro
Um povo que ainda guarda a marca interior
Para quem não me conhece, eu sou assim mesmo
De um povo que ainda olha com pudor
Que ainda vive com pudor
Queria fazer agora uma canção alegre
Brincando com palavras simples, boas de cantar
Luz de vela, rio, peixe, homem, pedra, mar
Sol, lua, vento, fogo, filho, pai e mãe, mulher
fernando brant - voz tambor
vem daqui, vem do coração
o bater que nos faz viver
ouça o som do interior
o motor que nos faz viver
toque na cadência, bata forte no tambor
tudo o que existe tem um timbre
couro vai cantar e a madeira vai gritar
tudo o que existe tem um som
balançar, todo mundo a batucar
todo mundo joga o som no ar
balançar, todo mundo a batucar
todo mundo quer fazer um som
bata com as mãos e bata com os pés no chão
nosso corpo é uma orquestra
vamos repicar e vamos todos rebater
tudo o que existe vai soar
balançar, todo mundo a batucar
todo mundo joga o som no ar
balançar, todo mundo a batucar
todo mundo quer fazer um som
bata no batuque, toque pra quem quer dançar
cante no compasso, repinique até cansar
quem escuta a batida, sai de casa e vem festar
ninguém fica parado, nem estátua, nem luar
( 2 vezes)
é a voz tambor
é o som que vem da terra
em nós
a voz tambor
som da vida
vem daqui, do coração
o som que faz viver
vem daqui, do coração
o som que faz viver
vem daqui, do coração
o som que faz viver
vem daqui, do coração
o som que faz viver
fernando brant - ao que vai nascer
Memória de tanta espera
Teu corpo crescendo, salta do chão
E eu já vejo meu corpo descer
Um dia te encontro no meio
Da sala ou da rua
Não sei o que vou contar
Respostas virão do tempo
Um rosto claro e sereno me diz
E eu caminho com pedras na mão
Na franja dos dias esqueço o que é velho
O que é manco
E é como te encontrar
Corro a te encontrar
Um espelho feria meu olho e na beira da tarde
Uma moça me vê
Queria falar de uma terra com praias no norte
E vinhos no sul
A praia era suja e o vinho vermelho
Vermelho, secou
Acabo a festa, guardo a voz e o violão
Ou saio por aí
Raspando as cores que o mofo aparecer
Responde por mim o corpo
De rugas que um dia a dor indicou
E eu caminho com pedras na mão
Na franja dos dias esqueço o que é velho
O que é manco
E é como te encontrar
Corro a te encontrar
Cds fernando brant á Venda