MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
ellen oléria - ato 2
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência-pedra nesse instante.
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência-pedra.
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência-pedra nesse instante.
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência, consciência.
Um beijo, um gemido,
um estalo é um tiro.
Um corpo baqueando, reclinando,
debruçando sobre a mesa.
Na hora do jantar.
Perdi o apetite
depois da estalactite
ter destruído a tv.
Era o meu programa favorito.
Era o meu programa favorito:
ver o seu trágico fim programado.
Era o meu programa favorito.
Era o meu programa favorito:
ver o seu trágico fim programado.
A atriz.
A atriz.
Ah ... Foi por um triz.
Em meio a rochas magmáticas,
pestes perestróikas,
sede sedimentar,
o seu olhar é broca.
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência-pedra nesse instante.
Basalto que emana dos meus poros.
Minha consciência-pedra.
ellen oléria - forró de tamanco
No meu forró, entra preto e branco,
quero ver todo mundo calçadinho de tamanco,
a noite inteira quero ver o barulhão
das menininhas arrastando tamanco no chão
é, é, tamanco, mulher
No meu tempo de criança
eu era menino chato
Se não me falhe a lembrança
eu só andava de sapato
mas agora eu sou grande
e mudei de opinião
acho muito bonitinho
o arrastado do tamanco no chão.
é, é, tamanco, mulher
No meu forró, entra preto e branco,
quero ver todo mundo calçadinho de tamanco,
a noite inteira quero ver o barulhão
das menininhas arrastando tamanco no chão.
é, é, tamanco, mulher
No meu tempo de criança
eu era menino chato
Se não me falhe a lembrança
eu só andava de sapato,
mas agora eu sou grande
e mudei de opinião
acho muito bonitinho
o arrastado do tamanco no chão.
é, é, tamanco, mulher
ellen oléria - só pra constar
Até chego
Passo pela porta da cozinha
Um dia
Hoje entre nós, chão
Mas abra o portão e não
Não some de mim
Só pra constar, amor
Um zero, um nove e um
Pra te contar sem te dizer
Cheirinho de lar, pra embriagar, pra me prender
As novas marcas d´água estou guardando pra você
Espera
Eu vou, eu vou
ellen oléria - zumbi
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Um princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco, branco, branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
É senhor das demandas
Quando Zumbi chega e Zumbi
É quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola, Congo, Cabinda,
Monjolo e Quiloa, Quiloa, Rebolo...
Eu quero ver Zumbi
ellen oléria - brado
Ã? quando o som se cala,
pra te ouvir chorar.
Cabe um brado no seu corpo?
Cabe um brado.
Mas se a noite é azul marinho
e a tarde um cinzentar.
Sua lágrima lava o dia,
o tempo a te acompanhar.
Ã? quando o som se cala,
pra te ouvir chorar.
Cabe um brado no seu corpo?
Cabe um brado.
Mas ninguém ouve ruído
atrás da grande muralha,
o canto de um passarinho.
Ã? quando o som se cala,
pra te ouvir chorar.
Cabe um brado no seu corpo?
Cabe um brado.
Mas se a noite é azul marinho
e a tarde um cinzentar.
Sua lágrima lava o dia,
o tempo a te acompanhar.
Ã? quando o som se cala, shiii...
Cabe um brado no seu corpo?
Eu ouvi.
Cabe um brado.
Mas ninguém ouve ruído
atrás da grande muralha,
o canto de um passarinho.
ellen oléria - domingo no parque
O rei da brincadeira
Ã?, José!
O rei da confusão
Ã?, João!
Um trabalhava na feira
Ã?, José!
Outro na construção
Ã?, João!...
A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
O espinho da rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ã?, José!
A rosa e o sorvete
Ã?, José!
Foi dançando no peito
Ã?, José!
Do José brincalhão
Ã?, José!...
O sorvete e a rosa
Ã?, José!
A rosa e o sorvete
Ã?, José!
Oi girando na mente
Ã?, José!
Do José brincalhão
Ã?, José!...
Juliana girando
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...
O sorvete é morango
Ã? vermelho!
Oi, girando e a rosa
Ã? vermelha!
Oi girando, girando
Ã? vermelha!
Oi, girando, girando...
Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Ã?, José!
Juliana no chão
Ã?, José!
Outro corpo caído
Ã?, José!
Seu amigo João
Ã?, José!...
Amanhã não tem feira
Ã?, José!
Não tem mais construção
Ã?, João!
Não tem mais brincadeira
Ã?, José!
Não tem mais confusão
Ã?, João!...
Ã?h! Ã?h! Ã?h Ã?h Ã?h Ã?h!
Ã?h! Ã?h! Ã?h Ã?h Ã?h Ã?h!
Ã?h! Ã?h! Ã?h Ã?h Ã?h Ã?h!
Ã?h! Ã?h! Ã?h Ã?h Ã?h Ã?h!
Ã?h! Ã?h! Ã?h Ã?h Ã?h Ã?h!...
ellen oléria - mandala
Poeira, poeira lavadeira, enfeitadeira, poeira.
Poeira vermelha.
Ei, Antonina, preste atenção seu irmão.
Argemiro estenda a mão
Quando lhe for pedida.
Mãe vai na frente britiitando solução.
Buscando última empreitada.
Fechando à fogo a mandala.
Antonina, Antonina, minha filha,
Cuide da sua vida,
Não deixe parecer com a minha.
Antonina, Antonina, minha filha,
Cuide da sua vida,
Não deixe parecer com a minha.
Eu fiz silêncio demais.
ellen oléria - mudernage
Tá pelo mundo essa mudernage
Esse balanço roto pra fazer você suar
Tá pelo mundo essa mudernage
Esse balanço roto... roto
Tem que ter boa arrancada
Tem que ter boa saideira
Tem que ser com moderação
Não perca a boa mão
Degeneração, degenerescência
Cloridrato de Medirfomina
Eu controlei a minha insulina
Com minha rima calibrei energia
Perdi a linha e dominei a pista
Água minha gasolina Swing melanina
Você se arrepia pedindo a minha língua
Mudernage afiada loucura de família
Vibra o centro da Terra brilha a estrela mais linda
Essa magia vem do encontro dos nossos ímas
E me desequilibra mas não me desafina
Direto de Brasília, Ceilândia e Taguatinga
A mestre raízera cura com sucupira
Meu velho pai me ensina balanço contamina
Timbrera truveria antiga poesia
Essa é pra quem já curti essa batida
Ã? fonte rica em vitamina
Tem que levantar poeira e coisa e tal
Levantar poeira e coisa e tal
Tem que pisar fino
Tem que ter remelexo e coisa e tal
Coisa e tal...
ellen oléria - não lugar
Abri janela só pra ver você entrar Nos meus olhos
Passos de seda pra seguir teu rastro de luz
Não deixe se apagar que eu não durmo
A flor, o cheiro, meu desespero
Quem vai, vai porque precisa
Quem fica, fica porque não pôde ir
Quem fica é quem sofre
Minha escultura não reage mais ao som não transpira
Na madrugada insône o tempo compõe um lamento sem par
Espasmos, maldições
Só Deus presencia O não-lugar que faz-se sempre o meu lugar
Quem vai, vai porque precisa
Quem fica, fica porque não pôde ir
Quem fica é quem sofre
Num movimento delicado pra você
Eu peço: ?Baby, plis... pare ! ?
Tua sequência pode ser pra aniquilar
Me pede pra encontrar o teu suspiro
Que eu fecho os olhos pra te apontar onde está
Quem vai, vai porque precisa
Quem fica, fica porque não pôde ir
Quem fica é quem sofre
Quem fica é quem sofre
ellen oléria - natural luz
Entre as nuvens um ponto laranja
Singular e belo
Como o canto de um cantador
Que alcança na nota mais densa e cortante
A alma sedenta
Que o observa cantar
Ilumina.Ilumina.
Ilumina a Sexta-feira que marca
O encontro do casal apaixonado.
Os tons de verde-cerrado
Que hospedam o Ipê Amarelo
E os frutos novos
Esperando madurar
Ilumina mangueira, goiabeira,
Ilumina.
Ilumina as borboletas
Da Avenida das Palmeiras
Natural luz
Clarão.
ellen oléria - pedro falando com o reflexo
Eu não posso deixar pra depois.
Não sei o que está por vir.
Se é loucura o que não tem razão.
Sonho, logo, sou louco.
Você me diz que não se importa,
e eu não tô nem aí.
Adiantando o meu lado,
eu vou cantar pra subir.
Durante a semana eu vou cedo pro trabalho.
Ã? sempre a mesma coisa: das seis às dezoito eu ralo.
Nesse picadeiro eu sou sempre o palhaço,
mas é sexta-feira só o cansaço.
Estou guardando pra curtir depois.
ellen oléria - posso perguntar
Então eu entro nessa prosa
Sem saudade.
E quando paro pra escutar vejo se é tarde
Tarde pra sentir o aroma
Desses cabelos negros,
Negros como o tempo
Em dia que te vi partir.
Partir minha estrada vida,
Estrada de terra batida,
Em antes e depois
Do dia em que te conheci.
Era leve o vento que senti roçar a pele
Me arrastando como ao pólen.
Carregadas nuvens cobriam meu céu
Choveu, choveu.
Molhando minha terra seca.
ellen oléria - senzala
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar,
e o cinto da moda, o sinto da moda.
Sinto vontade, grande necessidade de comprar
roupa xadrez, meia longa, bota preta pra arrasar,
estilo colegial, brega, veste mal, vamos parar.
Mulheres dêem à cor o seu destaque,
esbanjem no batom e no esmalte,
e muita roupa já é coisa de perua,
daqui a pouco tem gente andando nua.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar,
e o cinto da moda, o sinto da moda.
Sinto vontade, grande necessidade de dançar.
Danço o axé o pagode, o rock vai ter que esperar.
Quarteto, quinteto estrangeiro é o som que vai rolar.
Guarde seu velho cd na estante,
agora você vai curtir um funk,
lambada som da hora na senzala.
Melhor dançar agora porque passa.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar,
e o cinto da moda, o sinto da moda.
Sinto vontade, grande necessidade de observar
onda do norte, coisa de nobre, vamos copiar
desde filme titanic a sanduíche...
Virgindade lá é coisa do passado,
"e se voltar a moda o quê que eu faço?"
Brasil não é que há algo que te estrague,
mas santo de casa não faz milagre.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar.
A feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar:
peixe, sapato, retrato, colar.
A feira da Ceilândia te oferece o que você quiser
comprar.
A feira da Ceilândia te oferecerá.
Mas o que você precisa mais, na feira não se pode
encontrar:
razão, consciência, senso, inteligência,
uma cabeça pra pensar.
Isso só no shopping lá do centro você vai achar,
se tiver dinheiro pra comprar,
boa aparência pra entrar.
Não tenho dinheiro pra comprar
Hoje eu vou voltar pra feira,
pra feira da Ceilândia.
Hoje eu vou voltar pra feira,
lá tem pastel e tem caldo de cana.
ellen oléria - testando
Alô alô som Teeeeste um, dois, três, testando
Eu, eu não domino a esgrimaa
Mas minha palavra,
a minha palavra, a minha palavra é afiada e contamina
Minha ginga, meu jeito, minha voz que vem do gueto
Minha raça, minha cara, tua cara a tapa, o meu cabelo crespo
Não ponho na chapa, aguenta a minha marra
Teu cartão não me paga
Minha ancestralidade no peito eu não tô te vendendo aaa
Quem bate em minha postura pura malandragem
Mas minha superação foi com muita dificuldade
Não é contanto por contar, não é por vaidade
Mas peito pra encarar a vida louca com coragem
Não é pra qualquer um, minha mãe é minha testemunha
eu preço, zelo, descontentamento
Muita acusação sem inspiração, sem passo e sem pão
é Mãe não se preocupa eu dou meu pulinhos, eu dou meu jeito
Eu sempre me virei e é claro eu precisei de ajuda
conhece a carne fraca? eu sou do tipo carne dura
Tem gente boa no mundo isso eu já sei
Também vi o lado violento dos que não temem a lei
Tanto faz lei divina, tanto faz lei dos homi
Não importa por roupa chique ou dar seu sobrenome
A mulherada já sabe o cotidiano da rua
Anoiteceu sozinha cê não tá segura
Alô alô som Teeeeste um, dois, três, testando
Suor e choro a noite é fria
Pra esses lances ninguém nunca está preparado
Depois de um dia duro meu corpo foi travado
Assalto a mão armada
Levaram um violão, o microfone emprestado
eu chorei, eu chorei
A bandidagem não acompanhou a estereotipia
Três garotos tipo de uns 15 anos
Eu nunca vi na área esses garotos brancos
Duas meninas loiras com boné cor de rosa
Reescrevendo as linhas da conhecida históriaaa
Andando na rua de noite muita gente branca já fugiu de mim
A minha ameaça não carrega bala mas incomoda o meu vizinho
O imaginário dessa gente dita brasileira é torto
Gritei pela minha pele, qual será o meu fim?
Eu não compactuo com esse jogo sujo
Grito mais alto ainda e denuncio esse mundo imundo
A minha voz transcende a minha envergadura
Conhece a carne fraca? eu sou do tipo carne dura
Alô alô som Teeeeste um, dois, três, testando
Tá ficando bom mas vai ficar melhor....
Basalto que emana dos meus poros
Minha consciência é pedra nesse instante
ellen oléria - a nave
E lá da praia vi um avião rasgando o céu
De ponta a ponta
Azul o céu
Vermelho o céu
Quero viajar mais uma vez
Quero viajar mais uma vez
Quero viajar mais uma vez
Pilotando a nave
Pilotando a nave
Pilotando a nave
A nave, a nave, a nave
A cidade tem movimento
A cidade tem movimento
A cidade tem movimento
Quem quiser ver, vamos passear
A cidade tem movimento
Tem movimento
Cds ellen oléria á Venda