MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
dulce pontes - a cantiga do bandido
Já é demais já estou tão farta
E tão amargo este fel
Só numa ilha deserta
Tu me serias fiel
Que paixão assolapada
Me fez brincar com o fogo
E ser peão numa jogada
Onde o amor não entra em jogo
Não suspeitei
Uma vez só
Que eras do tipo D. Juan, bon vivant
Que havia
Ainda mais alguém
Com quem tu te encontravas
Que tambem a enganavas
Pois tu não queres
Amar ninguém
Machos latinos
São dinossauros peças de museu
E além disso
Eu sou a Julieta que é
de um outro Romeu!
Ai eu nunca confiei
Nessa pinta de latino
No teu bigode e nos teus beijos
À Rodolfo Valentino
Agora que sei que és sultão
Sempre estás comprometido
Nunca mais vais ter refrão
Na tua canção de bandido
Agora eu sei
Eu sei
Que és do tipo D. Juan, bon vivant
Que havia
Ainda mais alguém
Com quem tu te encontravas
E também a enganavas
Pois tu não sabes
Amar ninguém
dulce pontes - a ilha do meu fado
Esta ilha que há em mim
E que em ilha me transforma
Perdida num mar sem fim
Perdida dentro de mim
Tem da minha ilha a forma
Esta lava incandescente
Derramada no meu peito
Faz de mim um ser diferente
Tenho do mar a semente
Da saudade tenho o jeito
Trago no corpo a mordaça
Das brumas e nevoeiros
Há uma nuvem que ameaça
Desfazer-se em aguaceiros
Nestes meus olhos de garça
Neste beco sem saída
Onde o meu coração mora
Ouço sons da despedida
Vejo sinais de partida
Mas teimo em não ir embora
dulce pontes - achégate a mim maruxa
Achégate a mim, maruxa
Chégate bem, moreniña
Quérome casar contigo
Serás miña mulleriña
Adeus, estrela brilante
Compañeiriña da lua
Moitas caras teño visto
Mais como a tua ningunha
Adeus lubeiriña triste
De espaldas te vou mirando
Non sei que me queda dentro
Que me despido chorando
dulce pontes - alma guerreira
À volta desta fogueira
todos saltam, todos dançam, todos gritam;
e nesta dança guerreira
todos temem, ninguém foge, todos ficam.
E não há de luar
mas vou ficar,
ficar por ti, por ti,
por ti meu amor,
o pranto sequei e á volta da fogueira,
entrei na dança guerreira
e me enfeiticei...
Á volta desta fogueira
todos saltam, todos dançam, todos gritam;
e nesta dança guerreira
todos temem, ninguém foge, todos ficam.
Tu, tu fais ficar e vais dançar
porque sem ti, sem ti,
sem ti meu amor eu não vejo o céu,
apaga-se a fogueira que esta dança guerreira
em mim acendeu.
dulce pontes - amália por amor
Tens no olhar
Na alma e na voz
O verdadeiro fado
Que há em nós
E preso ás cordas da guitarra
Viveu o teu coração
Sem saber a razão
Cantas o mar
A terra e o céu
Com o coração na voz
Que deus te deu
Sete colinas e varinas
E mil pregões pelo ar
O povo a rezar
Uma voz a cantar
Saudade, teu nome quiseste dar
À mulher que foi
Amália por amar
E a cantar
Tu dás tanto amor
Que morres para matar
A nossa dor
E há sardinheiras nas janelas
E procissões a passar
O povo a rezar
Tens no olhar
Na alma e na voz
O lusitano fado que há em nós
E há sardinheiras nas janelas
E procissões a passar
Uma voz a cantar
Uma voz a cantar
Saudade, teu nome quiseste dar
À mulher que foi
Amália por amar.
dulce pontes - amor a portugal
O dia há de nascer
Rasgar a escuridao
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
E então:
O amor há de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
Na luz do nosso olhar
Um dia há de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal
O amor a Portugal!
dulce pontes - antiga palavra
No amor que eu sinto nos braços e nas mãos
E no sorriso distante dos rapazes do porto,
Há a saudade do avô e do seu sinal da cruz:
O avô, o meu mestre pescador,
Que amansava as tempestades, o avô
Assim o avô... foi-se pró mar, tão longe...
Uma antiga palavra murmurava a sua voz
E na água encrespada em pé em cima da proa,
Com a mágica faca, fazia o sinal da cruz,
O avô o meu mestre pescador,
Que cortava as tempestades, o avô,
O meu avô... foi-se pró mar, tão longe...
dulce pontes - as sete mulheres do minho
As sete mulheres do Minho
Mulheres de grande valor
Armadas de fuso e roca
Correram com o corregedor
Essa mulher lá do Minho
Que da foice fez espada
Há de ter na lusa História
Uma página doirada
Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os cabrais
Que são falsos à nação
dulce pontes - barco abandonado
Barco abandonado
Na voz do tempo, na margem do rio
Nesta lonjura
Na voz dos temporais
Anoitece um canto sombrio
Nas pedras deste cais
Há um adeus no meu olhar
Este meu barco prisioneiro
Há-de ser viageiro
No meio do mar
Barco abandonado
Na noite escura, na ronda do vento
Neste silêncio
Na voz dos temporais
Um lamento que a dor esqueceu
Nas sombras deste cais
Há um adeus dito a sorrir
Do céu
Meu amor, ao céu que é meu e teu,
Um dia hei-de subir
Se te encontrar
dulce pontes - canção do mar
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
dulce pontes - cantiga da terra
Quero ver o que Terra me dá
Ao romper desta manhá
O peojo, o milho e o araçá
A videira e a maçã
Ó mãe de água, ó mãe de chuvas mil
Já não quero o teu aguaceiro
Quero ver a luz do mês de Abril
A folia no terreiro
E vou colher inhames e limoes
Hortelã e alecrim
E vou cantar charambas e cançoes
P'ra te ao pé de mim
E nos requebros desse teu balhar
Quero ser o cantador
E vou saudar a várzea desse olhar
Ao compasso do tambor
dulce pontes - fado português
O fado nasceu um dia
Quando o vento mal bulia
E o céu o mar prolongava
Na amurada de um veleiro
No peito de um marinheiro
Que estando triste cantava
Ai que lindeza tamanha
Meu chão, meu monte, meu vale
De folhas, flores, frutas de oiro
Vê se vês terras de Espanha
Areias de Portugal
Olhar ceguinho de choro
Na boca de um marinheiro
No frágil barco veleiro
Cantando a canção magoada
Diz o pungir dos desejos
Do lábio a queimar de beijos
Que beija o ar e mais nada
Mãe adeus, adeus Maria
Guarda bem o teu sentido
Que aqui te faço uma jura
Que eu te leve à sacristia
Ou foi Deus que foi servido
Dai-me no mar sepultura
Ora eis que embora outro dia
Quando o vento nem bulia
E o céu o mar prolongava
A proa de outro veleiro
Velava outro marinheiro
Que estando triste cantava
dulce pontes - gaivota
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se esse olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração
No meu peito bateria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor que foste o primeiro
Que perfeito coração
No meu peito morreria
Meu amor na tua mão
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração
dulce pontes - a sul da américa
Cálidas brisas do Sul
No baloiço das marés,
Pinto o mar de azul
E sinto a espuma nos pés
Estás sempre longe de mim
Mesmo que estejas aqui.
Quando me olhas assim
Existo só para ti,
Perdi-me
De mim
A Sul da América
No dia em que te encontrei.
Nesse beijo que te dei
A vida nunca terminou.
A Sul da América,
Já não sei voltar atrás,
Já não sei viver em paz
Sem a tua certeza amor
Já não sei quem sou
Doce murmúrio do mar.
Doce cheiro a terra quente
E alguém a cantar
Um canto dolente.
Estás sempre perto de mim
Mesmo se não estas aqui,
Não há principio nem fim
Existo só para ti
Perdi-me
De mim
dulce pontes - baldes de água fria
Lacunas tropicais
Ocultam caranguejos,
Palmeiras e coqueirais
A camuflar os nossos beijos
Quero sentir o sal na pele.
Quero ir p´ra ilha dos amores!
E era tudo o que eu queria
Uma piscina de água fria
Cheia de morenos e colares de flores!
Lacunas tropicais
Ocultam caranguejos.
Palmeiras e coqueirais
A perfumar desejos
Quero fugir para o Brasil!
Quero ir para a ilha do farol
Para ficar à beira mar
A ver o dia passar,
E espera que fiques preso ao meu anzol.
Baldes de água fria
Hey! Hey!
São praias setentrionais
Não tentes que te arrepias...
Baldes de água fria.
Hey! Hey
O mar aquece mais quando vais
No vento suão,
Quando chega o Verão.
Cds dulce pontes á Venda