MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
dealema - a cova que eu cavo
Refrão 1:
Sonhos de infância que vemos a desvanecer
E o tempo que parecia parado agora passa a correr...
Enquanto caminhas com o sol à frente
Viras costas à destruição e ao desmoronamento
A vida é como é, como conheces, como aprendes
Até que ponto estás atento?
E nem te dás ao trabalho de olhar para trás
Será que queres saber mais?
Põe em causa toda a tua infância, toda a tua vivência
Sabes que existe mais
Para além do horizonte que é imposto
Para além do acreditar no que é suposto
Para além das chaves, muralhas ou grades, berços de
ouro ou cicatrizes no rosto
Já contaste os amigos que tens?
Quem morreria por ti? Quem te quer bem?
A amizade é sólida como uma rocha quando a verdade não
é hipócrita
Vês pessoas vitimizadas pela insatisfação com a
riqueza na mão
Quanto mais sabes, mais sofres
Quanto mais vives intensamente, mais morres por
dentro
Bem-vindo à vida, 360º graus de sentimento
Limpa a raiva da cara
Pergunto de novo: até que ponto estás atento?
Será que o teu coração aguenta suportar, sentir que
tudo está mal?
A infelicidade na alienação a uma vida normal é
brutal
Não perdi a fé no homem, mas a desilusão rouba-me a
energia
Bato no fundo, respiro fundo, saio do fundo salvo pela
vida
Refrão 2:
O mundo é estranho, a vida é sentimento e lixo
Uma fracção de tempo num só pensamento torna tudo
limpo
Espaço e vento, perdes a noção do que vais vendo no
caminho
Cristalino, a lágrima descarta o sofrimento
Toda a gente quer que eu seja aquilo que eles querem
que eu seja
Não frequento a igreja
Não tenho intermediários
Falo com Deus directamente do meu santuário
Chamam-me reaccionário
Mas se é assim foi por ter pensado por mim
Ter tido a coragem de ser diferente
Lidar com a rejeição, seguir em frente
Não quis ir de negro até à Universidade
Ao funeral da minha integridade pessoal
Já quis seguir pegadas
Agora crio as minhas passadas
Crianças são limitadas por uma falta noção da
realidade que as rodeia
Criam barreiras entre a sua mente e imaginação
Vemos escolas em degradação
Refrão 2:
O mundo é estranho, a vida é sentimento e lixo
Uma fracção de tempo num só pensamento torna tudo
limpo
Espaço e vento, perdes a noção do que vais vendo no
caminho
Cristalino, a lágrima descarta o sofrimento
Refrão 1:
Sonhos de infância que vemos a desvanecer
E o tempo que parecia parado agora passa a correr...
dealema - 33 45 dj nel assassin
DLM
(Maze)
Todo o mérito pra quem manipula a agulha
e gira o disco até soltar fagulha
é ele o pilar que segura a cultura
viga mestra da sua arquitectura
mestre isimio de acunpuntura
é por isso que a música de rua perdura
quem é que põe o som que te move
quando estás no clube, a olhar pra um decote
quem é que passa o som e promove o verdadeiro hip hop
e o torna mais forte
é o DJ no prato, com o corte exacto
contacto nato, a estabelecer o contacto
enquanto o MC incita o público
E transforma o evento num momento único
Reconhecimento pra este indivíduo
Gritem todos comigo, DJ Assassino!
(Gritem todos comigo)
Gritem todos comigo, DJ Assassino!
2x
33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
2x
DJ de grande porte
L&M no suporte
uma década de hip hop
Juntos aguentamos o forte
Norte Sul, Sul Norte
Centro, Este, Oeste e Ilhas
Pra todos os colectivos
Grandes grupos e quadrilhas
DJ Assassino, prestem tributo
encerrado na cabine, local do culto
Mano, dá o teu crédito, ou ficarás em débito
As mãos deste homem dão luzes a algo inédito
Representado toda a cultura
na vertente mais pura
1 disco, dois pratos
e uma mesa de mistura
Longas noites nos bastidores
Secção de fumadores
Ambos de olhos vermelhos
Devido a estranhos vapores
da nova à velha escola solidifica
Juntos numa só causa
Abolimos em equipa
E tudo indica um objectivo em comum
mano, tu dás a receita
Nós quebramos o jejum
33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
2x
(Fuse)
Em festas puras,noites longas
ou graffes escuras
liberações em pitas e gunas
Com cortes da moina, o organiza são xungas
Assassino deixa sempre a sua assinatura
Nel'Assassin, colunas tremem
DJ's com malas de cd's desaparecem
Tem um espaço, estendam o tapete
para o mágico, são horas de malabarismo em pratos
Atrás de um grande MC, há um grande DJ, moço
Atrás de um grande DJ, há alguém com dor de coto
O contacto com o vinil é quase erótico
ídolo feminino, já é um hábito
Hey DJ, dá-me o teu telefone
96 33 45 69
Em rotação mais um clássico do Assassino
Homenagem aos DJ's do circuito!
(Gritem todos comigo)
Gritem todos comigo, DJ Assassino!
2x
33-45 alta rotação, DJ Assassino,
mais uma vez, a mover todo o perímetro
Num corte preciso feito ao centímetro
4x
dealema - bófiafobia
What are you here for?
I'm here to kill you
Hey!
Existe um policia adormecido dentro de cada um de
nós,
E ele deve ser abatido
Morre um no Cerco, morre outro em Aldoar
É tempo de perguntar o que é se tá a passar
Há abuso da autoridade,
Brutalidade, nas rusgas aos bairros sociais da cidade
Agentes intimidam inocentes com cacetetes
Dealers despejam droga nas retretes
Agua! Agua!
Soam as sirenes
Vem um carro dos judites, vem um carro do INEM
Rusga, pé na porta, bófia vasculha
Não importa, se é gente boa ou pulha
Força bruta, seja guna ou puta
Tudo em fila, pia fino ou ainda levas com a batuta
Geninhos sem cabeça, decapitam a presa
Matam com tinto a sede de violência
Passam multas, enquanto mulheres ficam viúvas
Tão nas calmas, enquanto ressacas roubam casas
É só fachada, corrupção organizada
Porque o maior furto, é o do polícia corrupto
São os guardas prisionais que levam o produto
Quem foi dentro também tem acesso a tudo
Putos injectam na penitenciária
Gajos de pasta ficam em domiciliária
A rua não tem medo, da retaliação
Para cada acção, existem a reacção
Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco
Não queremos
Mas raiva é o nosso estado mental
Pois vivemos numa sociedade policial
Prejudicial, à saúde emocional
Condenam os nossos crimes
Cometem outros muito piores
E quem se safa?!
Quem tem a massa
Menores são detidos
Por pequenos delitos
Numa instituição de correcção
Será que a punição levará a algum lado
Sairá curado ou mais revoltado
Não deposito confiança em distintivos nem fardas
Somos instintivos eles andam atrás de indivíduos
Pacíficos, que rolam o cachimbo da paz
Em prol ...
São o real inimigo
Invadem bairros e guetos
Fazem guerras entre brancos e pretos
Gajos sem escrúpulos, dos mais corruptos
... mas nós não baixamos os punhos
Agimos motivados pelo medo
Desta nova babilónia, a bófia
Agimos motivados pelo medo
Podes vê-los bem cedo
Engole em seco
dealema - a batalha
De corpo são e mente sã,
Vamos avançar, vamos construir o amanhã
Ã? a batalha não vai parar,
Corpo são e mente sã, construir o amanhã
Detenção, alta tensão, perigo de vida
Choque de doses letais de energia
Segunda vinda, bem-vindo à terra prometida
Não há saída, é perfeita a sintonia de Dealema
Renegados do sistema, é grande cena
Em qualquer arena ou druida
O alquimista faz a mistura química
Moldando sentimentos na batida
A rima é transformada em elixir da longa vida
Ã? o dote lírical do sacerdote liricista
Começa a odisseia, soltem a primeira pomba branca
Ã? o sinal de esperança, a seguir à tempestade vem a bonança
Tudo que sei é tudo que tenho, é a minha herança
Pra humanidade, poeira lançada nos cosmos,
sementes de fertilidade
A necessidade de sugar informação ao núcleo
Para materializar pensamentos em bruto
Na Meca, inter-galáctica biblioteca,
Cassiopeia andrômeda de alfa a ómega
Começa a saga, sobre a forma de palavra
Vou activando o meu charter da garganta
Quando retiro o antídoto do veneno das serpentes
Sussurram por entre os dentes,
Vou circuncizando mentes (Circuncizando mentes!)
Já vi este movimento sem ninguém
Ao frio e ao vento como terras do alem
O amor mudou e as fases também
Mas eu continuo a ser quem
Sou o mesmo de sempre
Não quero nada em troca
Vivo à custa dos sentimentos de quem fundo me toca
Por dentro os arrepios são intensos
Abraços, corpos quentes,
Esta é aquela merda que tu realmente sentes
Juras ou mentes?
Eu não minto nem juro, rumo ao futuro
Amor verdadeiro procuro no dia-a-dia poderia
Te fazer transbordar de alegria
Respiro por ti, sonho contigo noite e dia
Ã?s escondidas, percorremos avenidas
Dediquei-te as palavras mais bonitas e sentidas
Agora, sinto a tua fragrância que me ficará na memória
Para sempre guardada como as horas de glória
De corpo são e mente sã,
Vamos avançar, vamos construir o amanhã
Ã? a batalha não vai parar,
Corpo são e mente sã, construir o amanhã
Porque um Deus do conhecimento
no cérebro de quem poder
Para alem da nuvens mais cinzentas
e de todas as chuvas que aparecer
Faço chover, invoco espíritos, dos laços de memórias
Rodeado por pensamentos mágicos
Festas fantasmagóricas, acontecimentos trágicos
Levados por ventos 360º intensos
Unidos formamos raios de energia
que lançamos para o cosmos
Fazem despertar os nossos sentimentos remotos
De anciões, ciclones e trovões, núcleos crescem terramotos
Armagedão ao som de violinos majestosos, aferindo-nos, Trompetas de estilhaçar vidros
Pombos ferozes e corvos de mil vozes afastam inimigos
Olhando a lua no céu vejo uma princesa toda nua
Com uma coroa na cabeça formada por estrelas
Ofereço-te pérolas e rubis pela tua beleza
Até me invadirem lágrimas de felicidade
Que sufocam a minha tristeza da apatia deste mundo
Ao qual eu me abstenho,
Ã?s vezes tudo aquilo que eu partilho é tudo aquilo que eu tenho
Amor ofereço-te todo o meu calor que aquece multidões
Ã? mais forte que as chamas imitadas das 7 cabeças dos dragões
Demónios enganam gerações e gerações
Serão decapitados por palavras que se movem como espadas
Cuidado! Podes ser a próxima vitima,
Tentado pelo poder e mordido pela ganância
Hipócritas cospem-te nas costas
Eu cuspo sangue na cara porque eu não sou cínico
Ã? o poder lírico, 2º piso é mesmo assim
O estilo dealemático a fechar o tasco
Observa o pentágono a atingir o ponto máximo, grande cena
dealema - a cena toda
Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos
Nós Temos
Nós Vamos
Tentamos
Criamos
Houveram tempos frios e nós sozinhos
A fundação no mundo dealema 5
Durante tempos e momentos mais escuros
Iluminados por abraços puros
Familiares e amigos, críticas ou elogios
Aprendemos com tudo aquilo que foi dito
Multiplicamos tudo o que sentimos por isto
E dividimos tudo em corações no infinito
O sentimento é mutuo quando utilizamos palcos
Um sincero obrigado, pelos vossos aplausos
Cada sorriso, cada olhar, cada brilho
Vou para o eterno quando a morte for comigo
Temos orgulho naquilo que somos
Para onde vamos não sabemos
Mas irão haver muitos encontros
Nova Gaia, Invicta estandarte da vida
Respiramos juntos em cantos de alegria
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Vocês são a razão principal
Pela qual
Batalhamos diariamente
Porque atrás vem sempre gente
Do litoral ao interior
Vamos a todo o vapor
Não poupamos em esforços para partilhar o valor
Entre B-Boys e MC's
Writers e DJ's
Latas e vinyls
Canetas gastas e rascunhos de papeis
Nós mantemo-nos fiéis desde 96
Incentivando putos como mandam as leis
Mano sei que nos sentes tambem te sentimos por perto
Vemos em ti o reflexo imenso deste projecto
Nós somos tantos
E ao mesmo tempo tão poucos
Porque ainda há quem insista fazer menos e ser mais
que os outros
É fodido enfrentar este fogo agressivo
Senão fosses do deserto eu nem estaria vivo
Podes contar comigo tamos juntos nesta guerra
Na paz, e na alegria e na tristeza
É uma merda
Porque Deus quando parte
É para todos igual
Não cabe a homem nenhum
Decidir o nosso final
Vamos em frente
Rumo ao sol nascente
Em busca de boa gente
Antes que o cinzento na cidade se torne permanente
Quem nos tentar dividir não deve tar consciente
Das graves consequências que isso acarreta para a
mente
Nós construímos o futuro no presente
Dealema está de volta com a mesma cara de sempre
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Esta vai para todos os que acreditaram em nós
Para todos os que nunca nos deixaram sós
Para quem se sente representado pela voz de Dealema
Vossos advogados de defesa
Para vocês pego na caneta e escrevo esta letra
Temos a vossa confiança não dizemos treta
Selo de garantia para quem nos inspira
Obrigado pelo apoio, respeito e simpatia
Pela comparência nos concertos e ovações
Estas rimas são dos nossos para os vossos corações
Como agradecimento, pelo reconhecimento
O nosso suor em prol do movimento
O vosso amor engole os maus momentos
Damos tempo ao tempo cientes do nosso talento
Desculpem a demora não estava na hora
Tivemos a limar as arestas até agora
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Nós Temos
Papeis definidos na sociedade
Nós Vamos
Elevar a juventude
Tentamos
Dar-vos uma identidade
Criamos
Música com atitude
Mano best, caveira, mota e destruidor
Juntos ou separados espalhamos amor
Aldoar, Ramalde e Fonte da Moura, grande onda
No bairro todo o sonoro bomba
Obrigadão Quebrantões, marquês, ratos do beco
Sem vocês não curtia tanto os concertos
Saudações gente da grande Lisboa
Quando vamos aí oh mano é grande loucura
Pessoal de Gaia e Beira Rio
Esta corja não se ensaia tem outro brilho
Pó ppl de Espinho, Viseu e Matosinhos
E todos os sítios onde somos bem acolhidos
Um abraço pardelhas, Alentejo, Geração do Algarve
No Verão tragam uma grade
Movimento hardcore activista
Porto arredores e lisa longa vida
Custóias e Senhora da Hora
Todos os que tão de saco hey
Aguentem o barco
Para a minha mãe, minha avó e meus dois irmãos
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
E toda a gente aí fora que está no coração
Toda a gente aí fora que luta a opressão
Vocês sabem quem são
dealema - a fundação
Bem-vindo ao rés do chão deste prédio,
aqui começa a revolução, isto é a sério
indica acesso à recruta de soldados de rua
tu és mais um, e esta é a sub cultura
o rés do chão, é a linha da frente
onde B-boys fazem movimentos potentes
movem sentimentos(frente a frente)
os rebatadores criam pistas aéreas
fazem tremer a terra como máquinas de guerra
batalhão de minas e armadilhas
sente o cheiro de borracha queimada, das sapatilhas
manobras mortíferas
o corpo são, a mente sã
mesmo assim perigosos, como víboras
em vários tipos de solo, até cimento
quem os defrontar vai ver o vermelho, no cinzento
os alicerces, lutadores de rua
estes são os mestres, a próxima cultura
é EPS
(Primeiro piso) é o esquadrão de propaganda submersiva
planeiam os ataques nesta célula activa
pra mais uma investida, mais um bombardeamento
temos mapas, horários e todo o equipamento
turnos diurnos, estratégia de combate
soldados e uns atiradores aperfeiçoam a arte
desta componente gráfica, estética, técnica
colorir a cidade sempre, com certa ética
em turnos nocturnos, passamos à acção
(Plutão, alerta máxima de prontidão)
armas, soldatas, marcadores e autocolantes
posters e moldes com mensagens importantes
temos luvas e gorros, pra passarmos incógnitos
missão de invasão, à estação de comboios
inspiração, provém dos nossos laboratórios
passem o segundo piso, e escutem só os sonoros
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Bem-vindo o nível dois, laboratório, sonoro
DLM colectivo, a força do qual incorporo
tubos de ensaio, formas de notas multicolores
químicos,vapores, centenas de cientistas produtores
objectos, estudam as sonoras
e seus efeitos secundários, com pressão de amostras
em hinos revolucionários
ascendemos com o sol, renascemos com a lua
o cansaço não atenua, até que o ritmo te possua
na rua escola, trabalho, metro au autocarro
manos juntam-se no bloco ao som da assalto ó rádio bravo
é a produção, é a coligação entre postos
entre que diferentes tribos
veio os médios e nobres
necessária precisão, perspicácia, ilusão, eficácia
ser mais minucioso na prática
disciplinada e autentico, na forma de compor
leva esta remessa de batidas para o piso superior
(Terceiro piso) departamento tri-arquivo
incrivel, decifra o código
ejecto o sonoro a fundo, nano ó tecnológico
a estratégia é ditada ao timbre de guerra
coordenação do som, super-digital, vocal
FM, esquece agora a frequência, é DLM
microfones alinhados, em silêncio ninguém geme
(tudo a postos) a ansiedade escorre pelo rosto
(tudo pronto) transmitimos ao sinal do bombo
iniciada a revolução dealemática
cobiçada por 51 pinoples na área
não vêem nada, muda a operação, é camuflada
de novo, caçou-se o teu bairro, moço alerta
citadino, antena aberta
é a arte da guerra, compacta, segunda vinda
saturas-te o novo estado mental
és tagado, digico, se nóbio, é o nível quatro
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
Fundação do movimento alternativo
desde o rés do chão, até ao quarto piso
dealemático, colectivo
reunindo esforços num só sentido
dealema - a grande tribulação
Foi como todo Universo submerso na escuridão
No dia em que o planeta alterou o seu eixo de rotação
Não sobrou intacta uma torre de alta tensão
E assim nasceu um motim nos dias do fim da televisão
Cadáveres acumulados em corredores de hospitais
Sem energia para reanimar quem perdera sinais vitais
Bancos tomados de assalto, sangue fresco no asfalto
Crianças choram com medo em pânico e sobressalto
Casas barricadas, tábuas cobrem todas as janelas
A noite é guerra sem tréguas, vigilância à luz de velas
Era dos poucos sentinelas vivos naquela região
Outros partiram para a montanha e formaram rebelião
Mantido no sótão a acumular mais informação
Num diário de bordo de acordo com o protocolo da minha missão
Na rua começa a luta por mantimentos e munições
Humanos salivam furiosamente em cerebrais disfunções
Não sabia que podia haver
o dia em que o céu era cor do sangue
O pânico chegou num instante
Idosos não resistem aos destroços, foram mortos
Há fogo na cidade, a noite é arrepiante
Lagartas de aço esmagam restos mortais
A carne presa na blindagem dos tanques atrai os cães
A fúria da população é alucinante
Pinto o quinto círculo do inferno de Dante
Vejo animais carbonizados por cocktails molotov
Em pilhagens há demónios com fome
Vejo o reflexo das chamas nos olhos de uma criança
Que arrasta o pai pelo chão, é tarde demais
Mais um órfão da destruição humana,
Altifalantes anunciam paz nas ruas,
liguem os canhões de água
Tudo aquilo em que acredito teve o fim naquele dia
Tive que matar o meu melhor amigo, sobrevivo
O que é que vais fazer quando
a energia cessar e a escuridão emergir?
Ninguém te irá socorrer,
vai-te já preparando para o que virá a seguir
Tento manter a calma, não entrar em choque
Deambulo pelo caos, sinto o cheiro da morte
Sigo os animais em fuga para a Natureza
Dentro de mim grita o instinto de sobrevivência
Tenho que encontrar abrigo, acender uma fogueira
Escavar uma trincheira para escapar à hipotermia
Em busca de um refúgio sem Gps ou bússola
De dia sigo o sol, à noite guio-me pela ursa
Maior, Orion, Polaris, Cassiopeia
Recordo a infância e livros de astronomia
A prioridade é a segurança, afio uma lança
Com um canivete suíço, que trago sempre comigo
Ã?s vezes repouso o corpo, mas a mente não descansa
Colho bagas, mato a fome, mas a sede pede um rio
Não desisto, a necessidade aguça o engenho
Sobreviver agora só depende do meu empenho
2012 não foi o fim do mundo
População em sono profundo, escrava do fundo
Monetário Internacional
Agora formei comunidade, fora de uma cidade em caos total
Os donos destes mundo levaram a avante
O plano de destruição fez correr o sangue
Dos espectadores às suas ordens
Viemos das prisões e correntes na Inquisição
Ã?s mentes alienadas dos jovens pela televisão
E agora despertam do coma e os que se apercebem
Sentem revolta, querem de volta a liberdade
Nesta comunidade, permacultura
e naves terrestres são uma realidade
Sem depender de electricidade, excluir com certeza
Outras formas destruidoras da natureza
Reconstrução do planeta de forma lucrativa
Na nova economia, aqui a vida é gratuita
A pobreza, impossível outro nível de consciência
Com base na auto-suficiência
Criei colectivos para gerir recursos naturais
Ambientar água, solos, plantas, animais
Sociedade de consumo rejeitada, auto-gestão
Porque a vida é uma dádiva divina, uma criação
E a terrível especulação do mercado nos priva
Mas um dia este lugar deixará de ser utopia
dealema - a última criança
Eu vejo a nova geração levar o tempo em vão
Uma nação liderada para a escuridão
Eu vejo no futuro mano uma abominação
No novo nascimento nasce a luz para a salvação
Coração é o abrigo que aquece a solidão
Não dês um "passou bem" a uma criança sem mão
A indiferença, escravidão da nova educação
O egoísmo conta flores no jardim da maldição
Filhos que mendigam por afecto,
Pais não têm tempo, tempo muda para amanhã
O céu coberto, um gesto, um sorriso, um choro, uma palavra
Um cheiro, um sonho, uma infância abençoada
A inocência de uma lágrima evapora
A ferrugem que corrompe a mente humana é desumana
Ainda vamos a tempo, este é o hino
Um minuto de atenção pode mudar um destino
[Refrão]
Ainda há esperança na última criança
Na sua herança mora a boa aventurança
Pró futuro da raça o ódio é uma ameaça
O amor é a chama, a hora de mudança (x2)
Tu és bravo, puto persegue o teu sonho
Não te limites a um cenário medonho
Imprime o teu cunho, reflecte o orgulho
Que vem do empenho do trabalho feito a punho
Tu podes ser tudo que te propuseres
Tu podes ter tudo aquilo que tu quiseres
O livro da vida está em branco á tua frente
Escreve-o sempre com o fim feliz em mente
Não permitas que o passado seja um obstáculo
Deixa essas memórias serem sugadas para o vácuo
Vive com brio, brilha neste mundo sombrio
Ilumina o caminho dos que trazes contigo
Mesmo quando pareças perdido nunca esmoreças
Mantém a visão, por favor não te esqueças
Que o futuro deste planeta depende de ti
Por isso absorve as rimas que te deixo aqui
[Refrão]
Trabalho com empenho
Para um filho que ainda não tenho
Sempre puro e sem engenho
Na relação que mantenho
Dar-te-ei um lar com as condições que nunca tive
Educação exemplar, que disso ninguém duvide
Serás tu quem decide, todo o homem nasce livre
Serei o teu melhor amigo, que nada te intimide
Faremos longos passeios, o nosso melhor desporto
Vestidos a rigor, no estádio do nosso porto
Dar-te-ei conforto até que o meu corpo caia morto
Dou por mim absorto, perdido, imaginando o teu rosto
Mostrar-te-ei ferramentas de múltipla escolha
Neste mundo selvagem, não viverás dentro da bolha
Procurarei incentivar as tuas aptidões
Estarei lá para confortar as tuas más decisões
Dou-te mimos e sermões, aniversários com balões
Entre berlindes e piões, carrinhos e aviões
[Refrão]
Hoje não ligamos a televisão
Sonhamos sem nenhuma limitação
Nem me acredito que já estas ao meu lado
Estar contigo é sonhar acordado
Olho nos teus olhos e encontro o prazer de viver
Desde o dia em que eu te vi nascer
Não pode haver um sentimento mais puro
Esqueço o passado, o presente, o futuro
Antes de teres nascido tinha sonhado contigo
Dizem que é o fim do mundo, quero ser o teu abrigo
Estou aqui para ti estás no meu coração
E quando eu não estiver presente escuta esta canção
[Refrão]
dealema - amo te
(Refrão:)
Música, eu nasci p'rá musica, para te ver sorrir e a sonhar.
E se escutares com atenção tens o bater do teu coração na minha música
2x
Dedico este som a alguém que conheci,
alguém que a partir desse dia nunca mais esqueci.
Saliva eu perdi, dinheiro eu gastei, mas nunca, nunca me importei
porque sei que sempre te amarei, quatro anos em plena loucura
luta dura contra tudo e todos
filmes eu passava para te ver sorrir e a sonhar,
que doce esse teu olhar.
Força, nunca desistas há muito que caminhar a vida é
longa e o tempo nunca vai parar
se alguém um dia te disser que te esqueci,
chora pois, nesse dia eu morri.
Lágrimas chorei na boca encantos afrodisíacos eu lancei,
no ponto eu toquei, a ti te conquistei, pela melhor fase da minha vida eu passei.
Erros cometidos, sem serem resolvidos eram esquecidos,
culpa minha,andava cego,não via que eras a rainha de todo o meu reino
e sem saber porquê perdi todo o paleio. Receio nunca mais te ter, creio
que todo o sentimento de revolta em mim te vai atingir.Ouve com atenção,
se ele nasceu p'rá música, então eu nasci p'ra ti,só p'ra ti.
Musa inspiradora de todos os meus prazeres.Dona e senhora a ti te
deixo esta canção,que nada é mais que a libertação de um sentimento,
p'ra todos os que sabem o que é este sufoco, o que é viver com pouco
e é o que sinto,e é por ti (e é por ti)
(Refrão)
Da roseira nasce a rosa,da lua nasce o luar
da mulher nasce o homem e eu nasci para te amar
Há quem diga que nada merece as nossas lágrimas.
falsos queimam em câmaras magmáticas.
Corrida contra o tempo da porta da loucura
e eu fui à procura de alguma amargura,foi encontrada!
fui encantado por um pózinho mágico que por uma fada foi lançada.
Eu fui levado e abençoado nas mãos de alguém que me fez homem
acarinhado como de mãe p'ra filho,era.
Sem estrilho caminhava pelas ruas deste mundo,contigo,um segundo
era uma eternidade,juntos caminhávamos para o bem desta irmandade
tudo era claro,nada mais havia a acrescentar,aos poucos tudo se veio a degradar,
não quero nem pensar,mil desculpas pelo que te fiz passar.
Processo original de arrependimento,passo concluido,dito,produzido,com peso e medida
Anjo guia que me controla, ciclo vicioso que gira como uma bola,
sistema harmonioso que nos engloba. a vida contigo quero passar, o passado
contigo e só contigo quero rasgar.
P'ra quê matutar no que passou,o que interessa é o que se vai passar
ya p'ra quê lembrar.noites a agarrar em ti p'ra não fugires,junto a ti, conto algo para te rires.
Se algum dia quiseres e saíres daquela porta,todo o meu reino vai caír,
toda a corte se vai rir,todo o meu ser será eliminado, cuidado!
Algum dia o amor vai ser perfeito, p'ra essa doença eu receito ritmo e poesia
Mas nada feito, tudo a preceito,há um mundo imperfeito. com dignidade, pelos caminhos da verdade escrevo o que vejo e não o que invejo.
sempre fui bem verdadeiro,assim me despeço.
Querendo ser o teu parceiro,e p'ra sempre.
(Refrão)
dealema - anatomia do espírito
Os livros da nossa escola sempre esconderam a cara
Só nos mostravam a coroa dessa moeda roubada
Monopólios e banqueiros em África como aqui
Quanto mais exploram lá mais força têm contra ti
Tantas mentiras falsas doutrinas
Disciplinas inúteis e impigidas
Comungado como julgo
Estes putos são tratados tipo escravos condenados ao
lucro
E crescem como o ramo morto
De uma economia que os guia para o trabalho e para o
matadouro
Não existem miúdos burros
Apenas educações estupidas e alunos cheios de dúvidas
Caga na religião e moral
Dou-te alimentação e orientação espiritual
Após a morte lutadores conhecem o criador
Longe do sangue e do mal
De volta ao mais alto ideal
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito...
Abrimos estradas nunca antes percorridas
Não nos limitamos a seguir pegadas doutros indíviduos
Agarrar opurtunidades
Crescer em força com toda a dignidade somos criativos
Esta é a nossa anatomia
Feitos de sonhos desejos não somos mercadoria
Crianças têm de viver sem medos
Com esperanças em falsos deuses e a natureza como
aliança
Qual é a diferença entre a sala de aula e a cela?
É quase igual, uma jaula e uma janela
A nossa causa não irá provar a derrota
E esta luta significa agora mais do que nunca
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Não tás sozinho eu estou contigo
Tu és divino, eu sou divino
Ninguém tem de ser escravo do destino
Eu acredito na liberdade
Juntos vamos criar um sítio mais propício a
felicidade
Não é o enpobrecimento que causa movimento mafioso
Nos bairros e guettos urbanos gangs organizados
Os nossos manos na prisão quando saiem não há
reinserção
Lidam com a exclusão
Olhando o vazio de coração frio
Tremendo mentalmente
Parece que ainda estão lá dentro
Tá tudo a toa meu irmão
Não te vou enganar e aclamar que tás na boa
É tudo bom, porque a minha vida que está em jogo aqui
A minha família que está em jogo aqui
Um dos meus poucos prazeres é defender
Com unhas e dentes os meus
Deus me perdoe se tiver de matar
Mano eu morro aqui
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade
Temos de continuar a manter o sonho vivo
Eu acredito na liberdade
Temos de continuar a manter o sonho
Acredita na tua capacidade
dealema - bons velhos tempos
A saudade aperta...o futuro acorda, mas há coisas que a mágoa não afoga
Bons velhos tempos em que a vida era um rascunho onde anotava pedaços do meu destino
Éramos um só...todos juntos num só caminho...À descoberta da existência de um movimento
Era tudo verdadeiro e puro, na época a música voava como um sonho de um miúdo
Ninguém competia apenas aprendia e brilhava quando mostrava aquilo que fazia
Poesia genuína 100% urbana, do coração, sem exibição, sem cobiça
Cada um à sua justiça reinava...da amizade e da rua extraía a sabedoria que adquiria
De um abraço, uma palavra ou um sorriso de um amigo, era motivo de antalgia
Mas tudo muda, incluindo a vida, mas nada compra, pensamentos de bons velhos tempos.
Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo
Se os amigos fossem diamantes eu era rico, se o amor fosse um rubi eu era bilionário
Mas se a amizade é uma migalha gratuita, a felicidade é o meu abrigo em ser um pobre mendigo
Nos nossos dias...o veneno separa amigos à medida que os objectivos vão crescendo
Eu continuo aqui o mesmo, puro e duro, a mandar foder quem quer manchar o meu futuro
Naqueles tempos não existia público, hoje o público são filhos da puta na luta pelo pódio
Através do plágio...o caminho mais curto, estão fodidos lutaremos até ao último sufoco
Cito com orgulho o dito do labirinto...a felicidade não é a meta, é o caminho
Sinto falta dos velhos tempos, dos nossos tempos, tou longe do passado separado por quilómetros.
Refrão:
É o regresso ao passado, o presente é o futuro
Máquina do tempo, o velho testamento em que não existia o veneno
Bons velhos tempos, continuo aqui o mesmo
dealema - chave da saida
Mano a vida é o que tu fazes dela
Custa-me ver-te fechado dentro dessa cela
Sabedoria é a chave da saída
Dessa maldita viela para onde miséria nos guia
Para quê tantos trabalhos e preocupação
Por sermos donos do mundo querem tirar-nos a criação
Aspirações por uma vida mais humana
A minha voz exprime o drama
De varias gerações
As nossas mães e avós
Já tiraram da sua boca para nos dar a nós
Dor e tristeza
A sua maior riqueza eram as terras
Que lhes foram retiradas através das décadas
Será uma maldição ou a religião que nos impede
De querermos o melhor para nós, ter uma maior visão
Somos os deuses na Terra
E passamos meses à espera
De um ordenado que só nos traz mais miséria
Como é que pode ser, deixar de olhar o horizonte
Começar a ver o sonho desvanecer
Nem pensar vamos crescer, vingar, brilhar
Justificar a presença neste lugar
Olho para ti sabes o que é que eu vejo?
Vejo-me a mim reflectido num espelho
Tenho flashes de memórias, milhares de histórias
Algumas são alegres, outras melancólicas
E o coração bate cada vez mais forte
A cada rima que debito sinto o bafo da sorte
Como recompensa desta intensa labuta
Dura luta
Com astuta perseverança
Já te vi na miséria, vou-te ver na fartura
Brindemos com o cálice da boa aventurança
Amigo, já não consigo ver-te passar fome
Com o microfone dou-te pérolas, mano come
Pensa por ti, cuidado com a mente criminosa
Há muitos manos que eu não quero ver na choça
Porque essa merda é suicídio
É mortífero como sexo com uma desconhecida
Sem preservativo
Jovem mulher é melhor respeitares o corpo
Tens o poder para gerar no interior um fruto
Reinamos fortes com raízes mais profundas
Para no futuro cultivarmos terras mais fecundas
Desde sempre nesta frente estou contigo podes crer
A sinceridade nesta humilde cidade fez-nos crescer
O que eu tenho a dizer é curto e passo a transcrever
Uma breve história para que todos nos possam entender
Santos, ontem via-te no recreio
Hoje vejo-te às seis no passeio
Em direcção àquela fábrica sem receio
Quem diria que uma homem com um nato talento
Tem que se sujeitar a uma rotina de merda
Para manter no prato o sustento
Primo eu acredito que o teu valor é infinito
O meu amor por ti é genuíno e este disco é o nosso
titulo
Mano pina conseguimos mais um capitulo
Uma caixa de surpresas juntos quebrando o ciclo da
rima
Tenho orgulho em ter-te como amigo em ter-te conhecido
Uma das chaves para a porta do meu sexto sentido
André contigo estará sempre algo positivo
Mesmo quando o cenário é depressivo, extremo e fodido
Sereno e imune a todo o tipo de veneno
Do tempo que não rimavas
Desconhecendo o talento que por dentro transportavas
Nuno em resumo um dos mais criativos
Mc's portugueses a visitar os nosso ouvidos
Estamos distantes por quilómetros mas continuamos
unidos
Tenho saudades dos velhos tempos e de todos os nosso
amigos
Dos dias de escola de outrora, e velhos ensaios
semanais
Centenas de instrumentais, milhares de versos reais
dealema - escola dos 90
Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários
já não somos putos, somos gajos adultos
na indústria musical provocamos tumultos
nós somos músicos, não nos damos por meninos
somos Jorge Palmas, somos Sérgios Godinhos
cagámos para rótulos, criamos o nosso nicho
chamam-nos bandas de culto, de núcleo rijo
sendo assim exijo, devido reconhecimento, atribuído
para regozijo deste movimento
não é hobby, é trabalho árduo sem lobby
vivemos aqui ao tempo, não aterrámos num óvni
regressámos para recolher o dízimo em dívida
porque isto não é só uma profissão, é a nossa vida
HAN, quando ouvires Dealema, mano grita, grande cena
nova gaia, porto, mano grita, grande cena
otários contaminam o tempo de antena
quem é que realmente traz a bomba que rebenta
não queremos ser famosos, porquê?
porque estupidificação, ilude-vos, preenche-vos
nunca iremos ter sucesso porquê?
somos reais demais, a escrita eleva-nos, transcendo-nos
estamos noutra prateleira, pára e pensa
atingimos ofensa como um tiro na cabeça
não temos paciência para abrir falência
bombardeamos em potência com super potência
palhaços transformam isto num circo de rua
hip-hop não se resume a esses filhos da puta
chavála não tens culpa, desliga a musica
a MTV torna a tua mana numa...
Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários
Infiltrámos como vimos, a indústria musical, droga mental
põe a ver o invisual, donde vimos
a simplicidade é essência
os fingidos só reconhecem a aparência
rimas são tiros, balázios líricos, que matam tiranos
dão vida a criativos
a precursão abre o portão da percepção
e a palavra, acaba com a manipulação
e o controlo,
de frequências dá de novo o significado à tua existência
formamos juntos escudo de luz dourado
que canaliza informação num estado alterado
verbalizando, neutralizamos nos actos
moldando, de forma drástica, a estrutura dos átomos
com rimas, que revelam novos paradigmas
Nós estamos cansados, de toda esta teia que nos envolve
e mais do que nunca, está na altura de assumirmos controle
vimos da escola dos 90, onde tudo era em câmara lenta
tu não precisas de mais promoção
mano, tu precisas de uma sebenta
dado o hip-hop de hoje em dia
depende da imagem ou da fachada
muitas bases orelhudas, mas com letras cheias de nada
porque esses putos são fantoches na mão de grandes empresários
que os exploram noite e dia
na busca de montantes extraordinários
dealema - expresso do submundo
Shhhh
Pouco barulho puto
Já és MC puto?
Vais aos concertos dos Dealema puto?
As letras foram escritas por ti puto?
Esta carta foi enviada do submundo para te dar sorte
Já deu a volta ao mundo mas está na tua posse
Envia-a pelo correio, mas não envies com dinheiro
Senão terás 24h por dia de azar o ano inteiro
De madrugada, irás receber um pacote em casa!
Não o abras, senta-te e primeiro acende um Paiva
Relaxa, observa a chama,
Abre o pacote é uma cassete a tua mãe viu, esconde e
disfarça...
Sobe para o teu quarto
Vai puto, rápido, pega num invólucro e fecha a porta à
chave
Aviso-te, é necessário, o dicionário, caso contrário,
o esgotamento é prematuro
Concentra-te, senão consegues espera não faz mal
Imagina esta cassete como capacete virtual
Tu és capaz rapaz, põe a fita no aparelho
Agora deita-te e aguarda, acende mais um Paiva no teu
quarto
Á tua volta sinto hologramas, silhuetas que saem das
paredes como fantasmas
O teu espirito levanta-se e mistura-se com as cinco
figuras que se movem com o fumo
Não te assustes puto vê o teu reflexo no espelho
Observa como vês tudo mais límpido
O teu espirito regressa de novo ao teu corpo, o som é
inimigo do teu sono
Não penses que foi um sonho, olha para o aparelho está
ligado
Não te sentes nem um pouco curioso?
Repara bem no nome que vem na fita, VÁ-LÁ DIZ DEALEMA
Bem vindo á PUTA DA MÁGNIFICA VERDADE
Aprende e compreende...PUTO não vez...que mudamos a
tua vida para sempre...retiras a fita do
aparelho...carrega no botão vermelho...envia a carta
que recebeste e esquece....
Copia tudo aquilo que eu vi....esquece puto
Queres falar aquilo que eu falo...fica mudo 2x
Veste tudo aquilo que vesti...és roubado
Guarda apenas isto que eu te dou...é um começo
Pergunta á tua mãe porque é que tens a minha cara,
O meu cabelo, os meus olhos, os meus gestos a minha
fala
Carrega numa ou duas teclas á escolha
PREPARA-TE, puto, vou apagar a tua memória
Passa-me o microfone dou-te um segundo
Espero que não sejas claustrofóbico vou te levar ao
submundo
Tal e qual, aquela fabula de natal daquele forreta
Pobre de espirito, menino rico sem sacrifícios
Sobe aquelas escadas, vês o fumo que sai da porta
Agora entra e observa, podes falar que ninguém nota...
Aquele ali é o MUNDO o verdadeiro, o maestro
Já fazia instrumentais ainda tu eras um Feto...
Aquele no sofá é o IX-PIÃO de microfone na mão
Ouve a voz serena, é o MAZE rei do
vocabulário...fez-te juntar dinheiro para comprares um
dicionário
Shhhh, pouco barulho GUSE está ali a dormir no canto
Está cansado com as mãos a cheirar a plástico, ouve o
que eu te digo puto
Não penses que te tornas MC num minuto
Há muitos grupos, mas o importante é o produto
Copias tudo, mas não basta para seres um puro, mas sim
um mudo
Conhece-te a ti próprio porque agora é o começo
Ano zero, DEALEMA tem respeito ou ficas surdo
dealema - fado vadio
Fado Vadio
Tudo que eu tenho é uma caneta e o pôr do sol
desenhado
No canto de um papel, amarrotado pelo meu ódio
Acredito em pesadelos belos
Quando a vida dá-me estalos com luvas de ferro,
mano
Queimo tempo como nicotina acesa ao vento
Dou poemas para amigos, empatia vou colhendo
Dealema colectivo, na tempestade o meu abrigo
Procura o teu porque nem o céu é o limite
Carrego o meu orgulho como um amuleto ao peito
Sujeito a ser comido por este mundo imperfeito
Respiro música, fria como a rua escura
Necessito a vossa ajuda, temos que tagar a lua
Prefiro inimigos do que falsos amigos
Isto é o fado dum poeta vadio de bolsos lisos
Mas de coração cheio...Vou compreendendo
Que a máquina que move a vida é o sentimento
Desde os blocos de cimento às salas de julgamento
Noventa por cento de nós acabam por ir dentro
Acredita em mim, mano. A reputação é fachada
Perante os obstáculos diários nesta longa caminhada
Num dia temos tudo, no outro não temos nada
Bem ou mal, nunca percas o equilíbrio, há que ser
racional
Porque o amor é a um passo do ódio
Nas situações extremas, tens que ser frio para
resolver problemas
Porque quem tem tudo, vive por trás de um escudo
Mas quem não tem nada, vive pela lei da espada
A sentença é pesada, mas encara-a de frente
Quem tem vergonha do que sente, perde sempre e nunca
ganha
O peso na consciência é clara evidência da falta de
experiência
No campo do relacionamento humano
Eu mantenho-me distante do que considero inoportuno
Comandante do meu rumo, sou eu quem faz o meu turno
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
A brilhar como o orvalho na madrugada
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Levamos músicas até às últimas consequências
O impacto altera a consciência
Há quem viva esta vida em vão
Sem dar valor à dádiva, sem acção
Como um espectador de televisão
Qual é a direcção? Quem saberá...
Vivemos ao Deus dará
Muita gente tira e muita pouca dá
A vida são dois dias, um deles é para acordar
O tempo começa a apertar
Está na altura de expulsar os vendilhões do templo
Criar sustento, parar, pensar e apreciar o momento
Somos guiados por valores:
Uma voz interior que me move
Encontro o verdadeiro norte
O coração sofre quando alguém parte
Porque o amor é forte como a morte
E foi na arte de viver que nos reconhecemos
Erguemos isto desde os velhos tempos, que saudade!
A nossa história é única, como uma rubrica
Canto esta canção com paixão, como se fosse a
última
Vivemos tempos soturnos, nestes locus horrendus
Não é à toa que vêm à tona os nossos medos mais
intensos
Nós lidamos com sentimentos, sem ressentimentos
Seguimos pressentimentos
Vozes interiores sussurram orientação
Dão-nos a obrigação de ver na vida uma benção
Apesar da sucessão de depressões e desilusões
Perdi batalhas, mas nunca perdi lições
Aos dezasseis a vida eram rimas e sprays
Dias bem difíceis que passava para os papéis
Ansiedades e angústias abalavam a alma
Anestesiava os sentidos, tentava manter a calma
Vi sonhos ruírem como castelos de cartas
Quase desacreditei, abandonei as palavras
Neste mundo de mau carma, armas e pragas
Invado-me... A minha imaginação tem asas
Exorcizo fantasmas nas folhas de um caderno
Através da criação eu consigo ser eterno
Poeta boémio, gato vadio
Noctívago nas ruas deste Porto sombrio
Os meus pais perguntam-me o que é que eu vou fazer
da vida
Prometo-vos, é este o ano em que tudo cambia
Tenho fé, esse é o meu trunfo na manga
Junto com os meus manos dou o grito do ipiranga
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Sempre olhando em frente, verso a verso
Criando o futuro, passo a passo
Nada aqui é permanente
Tudo o que tem começo também acaba
Cinzas, pó e nada
Os filhos da madrugada, bem aventurados
O nosso fado faz chorar as pedras da calçada
Tudo aquilo que vivemos são histórias
Tudo o que temos agora são memórias
Verso a verso, passo a passo
Cinzas, pó e nada...
Cds dealema á Venda