MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
cria da quebra - onde o opressor faz seu trono
Sou do país aonde mais se mata no planeta
Ã? o que eu penso
quando eu pego pra escrever umas letra
Sou pela causa do excluído e da mãe que berra
Foda é saber que morre mais aqui
que em zona de guerra
Chumbo encrava na carne, respinga na mãe que chora
Arrependeu tarde demais, não da pra voltar agora
A carne sem faculdade torna perito em balística
Sonha ser jogador no fim vira estatística
Irrelevante pra alguns, pra nós virou rotina
Ver chacina coagular sangue pelas esquinas
Ã? uma mente pela paz contra uma pa insana
Faz descobrir que a humanidade já não é mais humana
Multiplica o homicídio, vários descarregam os pente
Pior que nos fim das conta é a gente matando a gente
Quem tá no poder? cê insulta sem nem saber
Que a atendente insultada é mais pobre que você
Me armei de ideias pelas quais
é o orgulho da minha velha
Lutando em prol de ideais que deu voz à plateia
Vencer sem sangue do inimigo, exemplo pra favela
Vivenciar o malcolm x com rifle na janela
Sereno é o cheiro de morte
minha mente entra em conflito
Vendo os colega de infância protagonizar homicídio
Perco o ar fazendo rap, não perco a noção
Fazer o sim acontecer quando dos outros é só "não"
"que tal olhar para dentro de si mesmo?
Ã? aí que começa a revolução
A rapaziada que fala muito em revolução
Apresentam um monte comportamento convencional
São conflituosos; são insultuosos
São vaidosos; são soberbos
Acham que tem a verdade, parecem religiosos
E não olham para dentro si mesmos, não tem humildade
Não se põe a serviço, querem liderar... "
Somos a pichação de paz no seu prédio mais alto
Pra evitar que um de nós é o que grite assalto
Faz eu compor nas madrugada o que tenho vivido
Interrompem meus pensamentos
os barulhos de estampido
Seus banhos de caneca a noite com água gelada
Ã? o combustível pra você chegar ao fim de estrada
Leve o retrovisor, mesmo que ande a pé
E dá valor onde passou independente aonde tiver
Porque eu sei que nossa lâmpada nunca saiu gênio
Quem esfregou foi as mães e os pano sujo os prêmio
Representando uma pa de gente que sofre infelizmente
Faço do rap bala, pra alojar na sua mente
Atitude é a virtude dos heróis da favela
Que viu o esgoto encher, ir água até na canela
Estamos sem freio sinal amarelo desde antes
Que o rap ecoe em atitudes não só em alto falante
"eu acho que a gente tem que liderar a si mesmo
E desperta liderança em cada individuo do planeta
Porque aonde ninguém obedece
Não há que consiga mandar
E a gente obedece demais nessa vida
Irmão, você não vê como o medo é plantado?
Nós estamos em uma sociedade de medo
A gente tem medo de vencer na vida
Tem medo de ser despedido
Tem medo de ser assaltado
Tem medo de andar nas favelas"
Nem toda sujeira do humano vai sair no banho
Porque buscamos solução e o problema é os ganhos
Como é que eu vou ostentar
se os meus ainda são mortos
E na ilha das flores, valem menos que os porcos?
Entende a causa truta? por isso que faço rap
Pro diploma ser a chave e não as intratec
Eu dou valor à água, porque vivo pelo deserto
E descobri que uísque aqui jamais vai ser progresso
Deserto é feito pra passar e não fazer moradia
Se tu luta, tu conquista, e vai chegar esse dia
A vida é foda, mano! eu canto rap até rouco
Porque os cavalos de tróia da quebrada não vêm oco
Fascina pelo brilho, onde caro o crime cobra
E pelo ronco de um motor vários moleque roda
Oportunista, sofrimento, vários traiçoeiros
Dá casa a porco se quem necessita dela é chiqueiro
"tem quem tem prazer ver rastejar
o semelhante pela maldade
Foda é ver pobre se humilhar pela necessidade
Ã? meu povo jhow, que pega busão lotado pra trampar
E aguentar merda de boy folgado
Ã? meu povo jhow, que sente aroma de esgoto
E ganha pouco limpando a privado dos outros
Onde opressor faz seu trono defendo cada oprimido
De baixo da asa ninguém voa, mas fica protegido
Sei os motivos que leva o ser humano pro pecado
Ver o filho namorar a prateleira dentro do mercado
E a condição diz "não"
Pra não faltar do aluguel
Faz a criança pedir paz
Na carta pro papai noel
Cria da quebra
2016
Rap legítimo
cria da quebra - amigo
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais!
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais!
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais
Deixou saudade e uma frase na lápide
Escrita, um guerreiro aqui jaz
Mais um que foi em vão deixou mais que saudade
Irmão de outra mãe não falhou na lealdade
Nós era um só fruto do país brinquedo
Onde os Pinóquio cria vida e mata os próprio Gepeto
Opinião, conselho quem constou pra somar
Ninguém, mas pra tacar pedra nós encontrou uma par
A morte é foda quebra fortalezas imensas
faz o fanático, sádico duvidar das crenças
Não acreditei quando falaram que você tinha morrido
Você prometeu caralho, nós ia ficar velho amigo
Mas não cumpriu, promessa foi quebrada, irmão
Ajoelhei me derrubou ver seu sangue banhando o chão
Perdi amigos por ai, a vida é foda
Faltou o último abraço, eu ia trazer rosa
As vezes sozinho no meu quarto eu interrogo Deus
Falei, -falou, mas eu devia ter falado adeus!
Caraio mano cê me deixou sozinho mesmo?
Morreu com os meus segredos
Com os seus eu vou vivendo!
Não sei porque direto cê aparece no sonho
E acordado inspira nos rap que eu componho
Eu continuo mano fazendo rap mesma pegada
Mudou o presidente, a quebrada nada
Amigos para sempre como você prometeu
Ainda conheceu Sabotage primeiro que eu
Saudade dói moleque cicatriz que não cura
Uma facada no peito sem direito de sutura
Soldado sem armadura, aonde a fé equipa
O céu ganhou uma estrela mas perdeu um pipa
Cê faz mó falta mano, eu não fazia noção
Era feliz pra caralho mesmo sem nem um tostão
Me revoltei aquele dia sabe pode pá
Levei uns dois, três anos pra acreditar
E quando acreditei lembrei de nós descalço
Nossa amizade era linda, faltou o último abraço
Quando passo no seu portão, cadê você?
Sua coroa tá abatida não consegue viver
Conforta ela mano, faz ela voltar à sorrir
Quando vivo cê fazia, faz isso sem tá aqui
Desculpa qualquer coisa que ficou faltando
Ia trazer flor
Mas hoje eu trouxe um rap pra você mano
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais!
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais!
A vida é louca, eu tô de passagem
Mas você passou rápido demais
Deixou saudade e uma frase na lápide
Escrita, um guerreiro aqui jaz
Quem já perdeu um amigo que escolheu como irmão
Intende a dor da letra que eu não fiz de opção
Peguei a caneta pra rimar, mas meu coração compôs
Desde o dia que ele se foi, eu represento dois
Lembrança sangra, lapida o coração e tira lasca
Pique uma ferida que eu vivo tirando as casca
O sangue escorre, indaga se vale mesmo os corre?
Meter os ferro e antes de desfrutar, disso morre!
Ele se desviou dessas fita, e mesmo assim
O mundo é foda, e não deu pra desviar do seu fim
Guarda um lugar ai pra mim mano
Porque ele continua foda, e logo mais eu to chegando
Dois pivetinho contra o mundo em, quem diria
Tomando sorvete na guia, coração periferia
Correndo certo pelo certo, mas sempre esperto
Dois semi analfabeto, com as gíria e os dialeto
Onde a losa foi a rua e o giz a nossa mente
Aonde pra beneficio próprio
Vivemos num lugar onde todo mundo mente
Eu oque se faz aqui no seu passado
Ã? o que define a porra do seu presente
Pensando bem hoje em dia não tivemos
As escolhas mais inteligentes
Ninguém virou Ronaldinho dos sem futuro da escola
Que cabulava e ficava mó cota jogando bola
Onde escorria o suor e faltava uma coca
Dois favelado comemorando gol
Como se foi feito no final de copa
Não tenho foto jhow mas cê ficou na minha história
Do lado esquerdo do peito, eternizado na memória
Com o relo na mão, olhando o pipa pra correr atrás
Levando xingo na rabeira do caminhão de gás
As unhas preta de sujeira, nos dedo os corte de cerol
Olho vermelho o dia inteiro, olhando direto pro sol
As camisa manchada, os corte de cabelo da moda
Em meio as porrada e feliz, fiz uma amizade foda
Entre vários provérbios e tatuagens de chiclete
Nós vivia ao pé da letra o dezessete, dezessete!
Na derrota ou vitória, sempre me deu a mão
Na alegria um amigo, na angústia um irmão
Por você também meu mano
Que eu honro aonde eu piso
Licença samba nesse rap da sua rima eu preciso
Usa ela diferente, em forma de passado
Infelizmente a vida fez o som aqui ser mudado
Chorei com você o seu choro
Sorri com você seu sorriso
Valeu por ter existido... -Amigo!
cria da quebra - aprendi
Cria da quebra 2014
Agradecendo ao antigo Rap Nacional
Quando ninguém me olhava, o rap já tava lá
A quebrada ia criando, e o rap já tava lá
Cicatrizes aumentando, o rap tava lá
Pra me provar que se eu caísse ele ia me levantar
Me deu voz mais do que isso, me deu liberdade
Eu me sentia seguro, não era no centro da cidade
Andei em beco estreito e ponte de madeira
Eu vi moleque trocando as glock, pelas brincadeira
Me deu luz na madrugada, na rua fria
Mata fechada da minha vida, e o rap abriu a trilha
E eu trilhei, de uma forma que orgulhou meus pais
Mudei de roupa de cabelo, jamais de ideais
Valeu rap nacional por me resgatar
Canto com a voz mas com a alma que eu queria cantar
Os arrepio do meu braço cantando essa letra
Prova que escolhi certo, quando escolhi a caneta
A escolha foi foda no ombro tinha um anjo e um capeta
Um carrega caderno o outro uma escopeta
Escolhi o Faber Castell, decidi pelo coração
Respirei e transformei todo o ódio em inspiração
Cortou os meus espinhos, lembrei das cicatrizes
Deu ideais aos quais não vou esquecer as raízes
Já sofri criança, aprendi cedo a ser homem
Alimentado de rima de rap jamais passei fome
Rap nacional na minha vida até o fim
O que fizer para você não é 1 do que fez por mim
Aquela rima que eu ouvi correndo atrás de pipa
Moleque, o rap, salvou minha vida
O que decide o destino no rap na minha vida
Ã? o coração, e eu vou rimar até a última batida
E se tiver que rolar sangue que se foda
Eu vou cantar rap até minha última gota
O que decide o destino no rap na minha vida
Ã? o coração, e eu vou rimar até a última batida
E se tiver que rolar sangue que se foda
Eu vou cantar rap até minha última gota
To dischavando ideia, olhando os furo na meia
O coração pulsando, rap correndo na veia
Fresco por sentimento mais verdadeiro
E mostrar o dedo do meio quando aparecer o dinheiro
Porque a vida me ensinou de certa forma
Que grana fascina, mas não se venda é a norma
De quem nasceu usando desde criança
Uniforme de quebrada, de quem honra, sem herança
Aprendi na época do Dragon Ball
Que queimado da quebrada, só se for de sol
Aprendi que respeito aqui é pra quem tem
Que respeito todo mundo, mas nunca temi ninguém
Corro certo pelo certo sempre será assim
Minha cara de mau não diz 1 de mim
Sonho presente que o mundo refletiu na minha face
Ã? muito veneno, pra quem tem tão pouca idade
Já preocupei melhorar com qualidade
Mas sempre é difícil, acordo cedo e já tá tarde
Ia ser louco meu som bem produzido
Equipamento estralando, pra deixar de ser fodido
Paro e penso, e penso alto sem maldade
Equipamento não é nada se a rima não traz verdade
Deitado ouvindo rap me ponho de pé
Calejado e acordado por ele mais do que café
Abri o olho e percebi que enxergar não é vê
E abri o olho me livrou de abrir cabeça com pt
Os urubu rodeia em meio lixo e rato
Esgoto à céu aberto, e ossada no mato
Calibra minha mente para não partir pro outro lado
Independente do motivo se partir vou tá errado
Com ódio no coração vendo o sorriso da rica
Mas perto do céu que eu vou chegar vai ser com um pipa
OOuouoh Rap
Você livrou a minha vida, me guiou, me deu chão
OOuouoh Rap
Livrou a arma da minha mão, que ia antecipa o meu fim
Não vim cobrar ninguém, nem tenho esse direito
Mas como filho do rap, meu pai exige respeito
cria da quebra - entre pombas cinzas
Ã? mano, a vida é triste pra caralho, tá ligado?
No fim, sempre vai morrer quem a gente ama
Independente se a pessoa é má, ou boa
Você vai chorar mano
Tristeza é uma certeza na nossa vida, tá ligado?
A felicidade não!
Vamos tentar ser feliz mano, porque a vida é foda
Mas não foi um mar de rosas não
Baguio foi tipo assim, ó se liga
Não se importava com as hora viajando por ai
Sonhando ter a fama errada de vários que convivi
Futuro nunca sonhou, ninguém dava nada pra gente
Então vários sacou pra por fim nos presente
Ã? tudo muito rápido, expõe o sentimento
Quem vê amigo morrer com olhar de arrependimento
Acredita em algo mas perde a fé em si
Quem foi motivo de riso e não consegue sorrir
Era dois caminho errado sem essa de escolha
Sem Hotweels tinha que brincar
Com as porra dos saco bolha
Enquadra os boy no centro, ferrugem nos canivete
Passou mó cara e ainda brincam de marionete
Quem só conhece o lado negro do Yin-Yang
Se enxerga no reflexo, olhando pras poça de sangue
Vende até a paz o ódio é gratuito
Mas quem sonha rasgar lixo
Divide espaço com mosquito
Muda toda a conduta, cansa de pular catraca
Vai pro arrebento, e vê que lágrima
Pesa mais que matraca
Luther King na camisa, mó cara que não sonho
Começou ter fé em Deus
porque viveu com os demônio
Sem estudo conviveu com pergunta sem resposta
Tapa na cara motivou, não foi tapa nas costa
Não é fumaça do seu back meu assunto principal
Ã? os incêndio na favela pra Tv: acidental
Abraça, nem que eu tivesse uma mente mais fértil
Faltou ponta de lápis, sobrou ponta de projétil
Ã? sempre nós que morre, não tem silêncio na calada
Mas é sempre um nosso
em algum dos lado da quadrada
Assustador pra crer o que acontece aqui
História que até o
Freddy Krueger ia ter medo de dormir
Onde a fome e o frio entrou sem pedir licença
Como entender mesmo livre vivendo uma sentença
Deitado olhando pros mofo sonho até acordado
Acreditando que só Deus não tem abandonado
Paz, não tem nem pai fruto do abandono
Não consegue dormir e nunca foi falta de sono
História pra Oscar tio, sem dublê na mira das fal
Protagonista que nem sempre fica vivo no final
Aqui Jó encarnou no pivete descalço
Guardou a fé pros milagre
moveu montanha com o braço
O que me faz não querer ver
meu rap morrer no quarto
Ã? os que empinava comigo
hoje é os que grita assalto
Ã? vários Robin Hood sonhando com respeito
Morre antes de dar pros pobre com os tiro no peito
Vivenciar Peter Pan, a criança que luta
Caixão pequeno é o motivo
De não chegar à fase adulta
Buquê de espinho brota, lágrima colhem no pé
Aonde o sangue é nosso rastro
Nos conflito com a própria fé
Já não me espanta e tentei não me acostumar
Final das conta é sempre nossas mãe que vai chorar
Não me contaram não, vi frente aos filhos aos pranto
Morte que nenhum artista pede paz e veste branco
Aqui a paz tá morta, boia em água densa
Sou da onde as pomba é cinza e infestada de doença
Já não me espanta e tentei não acostumar
Ã? sempre as nossas mãe que vai chorar
Ã? sempre as nossas mãe que vai chorar
Ã? sempre as nossas mãe que vai chorar
cria da quebra - lágrimas
Lágrimas
As lágrima vem pra testar nossa fé, tá ligado mano?
Pra ver quanto você aguenta mesmo, pá!
Se você é forte, ou quanto se diz ser
Todo mundo chora um dia mano
Cê pode ser branco, preto, rico
Pobre, independente
Tem doença que só as lágrima cura
Tem batalha que só as lágrima vence
Quantas vez mano, eu, o choro meu solitário
Não lavou minha alma, quantas vezes a
Saudade não virou gota nos meus olhos
Mas elas são medalhas, tem que derramar
Só para quem realmente merece
Cria da quebra 2014 lágrimas
O sonho vem e ilude, a realidade ofusca
De quem sonha em ter Ferrari
E morre sem ter nem um Fusca
Ganância fode tudo, ostenta, iludi o homem
O valor ta importando não o sabor do que consome
Demorei mas aprendi que não nasci pra espelho
E os capote deixa marca só os ralado no joelho
E esses mesmo ralado que ganhei jogando bola
Me ensinou mais do que 15 ano dentro da escola
Eu ri pra não chorar, disfarcei expressão com o rosto
Teimosia fez alguém em meio a lixo e esgoto
Chorar pra que se lágrima é água
Cê junta mil litro e no final troca por nada
Suor, define o que nós é muito melhor
Escorreu em cada rosto, de desgosto deu ideia
Jogou você pros lobo, você liderou a alcateia
Experimentou sangue e os bico na platéia
Onde cê luta pra não cair uma lágrima da sua véia
Corre caralho até no fim da maratona
O palhaço do circo saiu pra fora da lona
Sozinho, solitário os veneno ele soma
Acostuma que no escuro até sua sombra te abandona
Ironia da vida quem faz sorrir nunca ri
A maquiagem esconde alguém sofrendo ali
Os pensamento indevido, devendo pra Deus e o mundo
Uma gota de veneno talvez resolvia tudo
Mas não desiste irmão, sai dessa honrado
Um mendigo com roupa, tá no lucro nasceu pelado
Você é livre e a terra gira meu chegado
Então se a terra gira porque você tá parado?
Esperando acontecer, vai esperando pra vê
Eu nunca esperei, eu fui e fiz acontecer
E o tempo me deu isso, junto com as cicatrizes
Prum dia eu contar pro meu filho
Minhas histórias mais felizes
Problema não é chorar, chorar nunca foi o problema
Problema é que se tu chorar tem que valer a pena
Não chorei nas piores, já passei mil treta
Passei longe da faculdade comparado com a escopeta
E a vida foi me ensinando junto com o tempo
Que o vento frio carrega choro, nunca é só vento
Que vai bater de frente pra vê até onde eu aguento
Não importa pode pá, não vou usar de argumento
Ela pingou no chão como uma gota de chuva
Garoa fria
Respingou na minha alma fazendo
A noite virar dia
Enxugue as lágrimas e honre sua véia
Meu mano na moral
Eu enxuguei a minha com um papel onde
Havia escrito Rap Nacional
Cena repete mais do que no meu celular Rap
Em meio azulejo quebrado, descalço tem um moleque
Que o choro do rosto mistura com catarro
Roupa velha rasgada, respingada de barro
Conhecimento de causa, sei quanto ele sofreu
Cada pedrada, cada não, esse moleque sou eu
Cada riso, cada prova... por não ter grana
Pra comprar a porra de uma roupa nova
E eu pivete acreditando em Hollywood, Stallone
Van Dame e Chuck Norris mas sempre quis ser Al Capone
Não pela máfia irmão, de onde eu venho tem uma par
O respeito eu também queria conquistar
Erga a cabeça irmão de Havaiana ou Adidas
Catava latinha na rua, hoje em dia eu cato vidas
Fazendo por amor, que se foda quem acredita
Eu canto Rap moleque
Porque a porra desse Rap me fez viver
E hoje em dia essa porra é minha vida
Não é com teco de pão igual Maria e João
Nosso caminho foi trilhado diferente irmão
Deixamos nessa estrada dor e sofrimento
Pra que se um dia eu tiver que voltar eu sinta pelo vento
A brisa que espalha, a lágrima na face
Quem nasce gueto morre gueto, independente à classe
Confia em Deus, ore, confia em si, chore
Mas faz sozinho no seu quarto sem ganhar ibope
Jardim de corpos orvalhado pelos pais
Chora filho em saudade de quem não volta mais
Só as lembranças que trazem os mortos
Com as gota da lágrima pingada na sua foto
A vida é foda e muitos foram mesmo com medo
Por que moto do ano fascina mais que acordar cedo
Eu me privei, água pra quê champanhe?
Essa lágrima pode pá que você não vai chorar... mãe!
Ela pingou no chão como uma gota de chuva
Garoa fria
Respingou na minha alma fazendo
A noite virar dia
Enxugue as lágrimas e honre sua véia
Meu mano na moral
Eu enxuguei a minha com um papel onde
Havia escrito Rap Nacional
Não desisti vê meus amigos indo embora
Olhava pra minha vida perguntava, e agora?
Com vocês era foda aguentar zé povinho
Agora vocês morreram imagina sozinho
Parei pra pensar na vida na guia suja
E percebi que passa ano, década e nada muda
Almoçando salgado de $50 centavo
Sozinho
Em meio à multidão me encontrei mó solitário
Não dá valor pro seu almoço né parceiro?
Sua mãe morre, você em choque, em desespero
Não dá tempo, não volta é guerra guerreiro
Uma lágrima em luto, contamina o mar inteiro
Não mistura irmão, só você é refém
Ela é egoísta não compartilhe ela com ninguém
Não usa de desculpa pelo sofrimento
Lágrima é pra chorar, não usar de argumento
cria da quebra - lendas
E nóis pagando vinte e cinco centavo nas tubaína
Os fliperama, os pipa na prática adrenalina
Saindo na mão com os amigos, separado pelos platéia
Dois minutos depois normal trocando ideia
Saudade mano nem sei se essa é a palavra
Porque muitos perderam a fé no que acreditava
Erroneamente achar normal já vem de cultura
Não se enquadrar no perfil que o mundo aqui procura
Quem dera se meus parceiro
Tivesse a visão que eu tive
Só ia matar piscando jogando detetive
Cresceram puseram em prática os exemplo mais perto
Uns abrindo uns cofre, outros de crânio aberto
Nossa banca era pesada mano sem maldade
Seis, sete, dez moleque andando pela cidade
Vendo os mizuno, nike shocks atrás da vitrine
E a porta de entrada dos instável pro crime
Caco de vidro, e nós descalço com pé preto
Provando quanto aguentava o orgulho em ser do gueto
Onde as marquise mais alta
Com as nossas tag escrita
Deu orgulho e dedo sujo onde vários desacredita
Discurso pronto nunca fez eu refletir
E por em dúvida posturas por aqui
Vivi com os cara que se fosse velho era lenda
Do lixo chegou a ser dono de fazenda
Ilusório se isso aqui é uma guerra
Hoje tão tudo embaixo da mesma terra
Que plantaram ódio em vida pelos plaquê
E o demônio fez questão de colher
Crescemos por ai se auto intitulando lobo
Com muro de tijolo vermelho sem reboco
Cara fechada o mundo aqui deve muito pra gente
Que conhece a fúria mas não a nossa mente
Estico o braço comprimento, mostro respeito
Coragem pra carregar a ideologia até no leito
Sem vitimismo nossa história não é a que comove
Desbico o pipa, tatuagem no braço desde os nove
Ã? música de ladrão carai meu pai falava
Hoje a postura fez ele respeitar caminhada
Foi nos degrau do escadão, e na quadra da escola
Que eu vi de perto os mais foda
Indo mais cedo embora
Egoísta em sentimento, não dependo de ninguém
Mas quero o bem pra quem conviveu com os febem
Baseado em lutas com a bombeta embaixo da toca
Um dos raro que nenhum baseado pôs na boca
O perigo nós viu, não pediu por socorro
Descobre que a vida bate
Quem foi moldado por côro
Entre mofos, infiltrações punho evitou sarro
Brincando com parafuso e bituca de cigarro
Era comum, rotina e os mais novo ainda imita
Fica de luto um mês, depois a mesma fita
Molhei de álcool o rastilho, evitei o gatilho
Por que ouvi de perto: meu Deus meu filho!
Discurso pronto nunca fez eu refletir
E por em dúvida posturas por aqui
Vivi com os cara que se fosse velho era lenda
Do lixo chegou a ser dono de fazenda
Ilusório se isso aqui é uma guerra
Hoje tão tudo embaixo da mesma terra
Que plantaram ódio em vida pelos plaquê
E o demônio fez questão de colher
Saber soma sua atitude é difícil meu mano
Quando os problema se destaca e matraca é o plano
Pobreza é o seu roteiro, nem queria falar disso
Mas não dá pra fugir, a vida toda eu vivi isso
Inverti uma par de valores, foi de açucar ao sal
E descobri que meu herói aqui usava avental
Ensina o que nenhuma escola aqui vai ensinar
Que a rua é uma saída mas tem que saber chegar
E quem dá aula é o pivete magricelo com oitão
Que faz raiva em abrir o caderno
E prestar muita atênção
Então não deixe plantar que o patamar é diferente
Nós depende de força, eles depende da gente
Discurso pronto nunca fez eu refletir
E por em dúvida posturas por aqui
Vivi com os cara que se fosse velho era lenda
Do lixo chegou a ser dono de fazenda
Ilusório se isso aqui é uma guerra
Hoje tão tudo embaixo da mesma terra
Que plantaram ódio em vida pelos plaquê
E o demônio fez questão de colher
cria da quebra - mente sã
Levou uma cota mas na prática um dia descobri
Que as migalha só fez pombo brigar entre si
Sem esperar por remédio, no acômodo com sobra
Antídoto foi coragem pra dar bote em cobra
Sem ser clichê, mas mata hoje seu ''leão'' do dia
Se acumular cê tá fudido, se deixar eles cria
A selva é pedra, tio, e o inimigo não tem dó
De quem vive um espartano exército de um homem só
Guela é navalha e rasga a corda quando o corpo
Desiste, mente tá sã pra caralho, qualquer veneno
Resiste, me deixa em paz, num aguento mais
Viver em prol de ideais onde os plano mais eficaz
Só trouxe luto e aqui jaz
Cheguei ao ponto na soberba de indagar pensadores
Que os livro bem mais escrito não evitou minhas
Dores, nos passo manco olho pro chão
Comprei briga com a vida egoísmo nasce de berço
Inveja até de formiga
A união é farsa, mentira alimenta a gente
Que só diz a verdade quando for conveniente
Que ''a união faz a força''
Eu já ouvi uma pá de vez e no fundo até acredito
Pena que ninguém fez na prática, cadê?
Olho pro lado, entende nóis é cachorro solitário
Carrega o lixo nos dente união que dá força?
Nunca vi isso à minha volta mas sou exemplo vivo
Que a solidão dá revolta
Percebi ainda outra coisa de baixo do sol
Os velozes nem sempre vencem a corrida
Os fortes nem sempre triunfam na guerra
Os sábios nem sempre tem comida
Os prudentes nem sempre são ricos
Os instruídos nem sempre tem prestígio
Pois o tempo e o acaso afetam a todos!
Num é pessimismo, é realismo, o mundo me criou
Quem dorme tenso é impossível ser o que sonhou
Desconfiança no olhar, no amor a postura é xucro
Espero o mal das pessoas e o que vier é lucro
Abriu mó sol lá fora, dentro do peito é mó breu
Onde a frase: ''tô orando por vocês! ''
Não convenceu desculpa, mas frustrações
Cravam dentro da alma
De quem discursa com inimigos e não almeja palmas
Ã? pique filme de terror, monstros não são
Instintos sai da sua porta e vê milhares
De olhos famintos, sedentos!
Mas pelo quê? resposta é o que eu procuro
Pra nóis é noite, o fim do túnel também
Tá escuro querendo ser ''revolução''
Raro os que aqui resistem, não ser mais um
Caguetado na rua pelos carsystem
Se vê no espelho todo dia e não percebe, para
Que o logo da resistência tá estampado
Na tua cara
Num é por confete meu parça, eu já venci
Felizmente umas ideia de suicídio que
Rondava minha mente
Minha intimidade era só eu, ninguém fazia parte
Letra pesada onde os verso nunca vai tá
Em encarte é foda, reflexões nunca chegava
Em nada hoje o homem nasce vivo e morre
Na estrada não posso ser igual
Mesmo sabendo do fato que aqui filho de peixe
Morre pescador nato
'bem aventurados os que tem fome e sede de
Justiça, pois serão satisfeitos. '
cria da quebra - o inimigo das ilusões
Foi no olhar do vira-lata em baixo do portão
Vi que todo mundo vive na sua própria prisão
Algema e grades são apenas algumas vertentes
Vários se prendem sozinhos por brilhos das
Corrente, quantos a gente não perde por excesso
De coragem porra, não quero mais fazer letra
Em homenagem é foda a cadeira que sobra
O copo vazio saudade pesa muito mais do que
Qualquer fuzil porte pra quê? pras morte?
Tem que mudar as meta, hoje vários tão preso
Mesmo com as porta aberta vários rombo na roupa
E ninguém nunca ligou, quando foi que os ideais
Da gente mudou valores se inverteram
Favela já não quer ipod mas no fim continua sempre
Sendo nóis que se fode
Chega de kawazaki, com os boot colorido morre com
Ele o sonho de sorrir cortando giro
Cenário depressivo só de olhar afeta a fé
Prova que era real os ''eu te amo'' dito no pré
Com os porta lápis zuado, feito de macarrão
Mas foi tudo que sua véia sempre quis irmão
Faça valer a pena todo suor do seu coroa
Onde calo é consequência trampando em baixo de
Garoa, 40 grau de febre, cheio de orgulho mano
Porque pt carregada nunca foi um dos seus planos
Refrão
Hoje vi
Sua foto e descobri
Saudades matam-me me
Faz um inimigo das ilusões
Chegar do trampo cansado do buzu sem a crv
E ver que o amor tá no dog vindo te receber
Te faz seguir em frente o amor num é material
Esse é o valor, nóis não tem preço a cara é
Sempre ser real onde a felicidade que a mídia
Vende pra gente é a que leva nossos moleque
A pôr quadrada em mente nunca é cedo pra nóis
O ontem já é atrasado muda enquanto é tempo
Tamo sem vela pra finado time antigo de pivete
Falta jogador
Fez reserva pro inferno, o crime que escalou
De kichute na destra, esquerda é solo no asfalto
Fim de semana, sem merenda fechado os bom prato
Se alimentou de ódio, o mundo sempre saciou
Foi pros corre sonhando alto nunca mais voltou
O rap é grande eu sei... ajudou em vários veneno
Mas comparado com a véia sempre vai ser pequeno
Dá valor mano, pra que os valor material
Que fez sorriso de vários ser enterrado
Em matagal não leve nóis também
Por futileza e vaidade pôr fim na história
Que conta pro filho até tarde
O seu champanhe mais caro mais que um salário
O gole... num paga o abraço do seu filho
No natal tomando dolly vendo os fogos da laje
Com a sua vó de idade sem dinheiro pra presente
Mas feliz com a liberdade
Refrão
Hoje vi
Sua foto e descobri
Saudades matam-me
Me faz um inimigo das ilusões
cria da quebra - pensando bem
Ã?ô cobrador deixa eu passar por baixo da catraca
A condução tá um assalto e nos dente
Eu trago a faca só, fazem leis e aumentos
Pra foder meu povo e quem aprova essa lei
Só anda de carro novo cê vê a gente hd
Tela de 42
Não ajuda a criança, quer reprimir depois
Fazer o que somos criados como animais selvagens
Então não me pergunta o por quê
De tanta barbaridade
No mundo que eu vivo eu priorizo respeito
Não foi escola ou faculdade, eu aprendi no gueto
Que pro mundo lá fora cê vale o que tem
Não tem dinheiro, não tem carro mas rádio
Eu sei que cê tem, parceiro eu fui criado
Com amigos reais leais muitos continuam vivos
Alguns num existem mais
Pro sistema mais um, pro legista um trampo
Pra família saudade, pros inimigos nem tanto
Não corre contra o tempo um dia se cansa
Descobre quando se perde os amigos de infância
Lâmpada fluorescente no lixo ensacada
Pra nóis era cerol fino ainda não lapidada
Disseram que eu seria mais ou não diferente
Sou gota fria no chuveiro e o pingo que cê sente
Amigo eu não nasci pra ser doutor
Sonhava em ser veterinário
Cresci e sou gladiador
Novela da globo onde o vilão se dá bem no final
E quer dizer que apologia é facção central
Presta atenção, mais de 15 anos ouvindo facção
Não fumo, não bebo, não cheiro, não mato amigo
Não sou ladrão sou pesadelo pro sistema
Ouvindo fita k7 aprendi que eles com nóis
Quer brincar de marionete, melhor nem tentar
Direto no campo de extermínio vão bater
De frente com homens em corpos de menino
Que foi criado na rua curtindo sabotage
Já vem com sexto sentido, enxerga de longe
A maldade que a fé em Deus nos proteja
E nos guie irmão porque Deus sempre será mais
Né não thiagão? eu agradeço o eduardo
Pelo ensinamento que a saída do fc tenha
Um recomeço lembro de um vídeo seu
Tênis com parafuso na sola sua humildade
Me ensinou mais que a porra da minha escola
Aprendi muito com você edu, sem maldade
Deu aula de vida mesmo sem a porra
Da escolaridade eu acredito que o rap
Não vai perder a essência enquanto existir
Expressão ativa como influência aonde eu moro
Já acostumado tá ligado o segurança
Sempre me segue na porra do mercado
A vida é estranha jhow que fita, veja só
Pior que o segurança é povo do meu povo
Ai que dó! alienaram o sistema
Fez robôzinho sem importância daqui a uns dias
Troca tiro e mata com o amigo de infância
Então analise irmão é pobre matando pobre
E quem lucra com essa porra é quem quer
Que a gente se fode
Eu sei que às vezes é difícil aguentar calado
Mas respeite a vida mesmo que seja
A vida de um safado não sou mandela mas
Venho pedir paz irmão, melhor ter suor na cara
Do que ter sangue nas mãos
cria da quebra - to pela paz
Minha fé não derrubou muralhas, resistiu escombro
Era conselho errado do diabo nos dois ombro
Resistência define quem carrega temor na vista
Ã?dio, motivo e a derrota sempre foi prevista
Aqui vários brindou com sangue derramado em vão
Sem taça, foi nos copo que vinha os requeijão
Qual é o nosso real motivo jow, me explica?
Se a causa que nós luta, não é a que se aplica
Ser sonhador pra quê? Vários mudaram os porque
Quando o sonho é só consumo, e ostentar com plaquê
Pra não mudar o discurso da vontade de parar
Quando a causa que cê defende é a que tenta te matar
Porra! Mudaram conceito do que era vitória
Ontem era nós por nós, hoje viramo escória
Cê soma se vale a pena pagar esses veneno
Pra arrumar desafeto e não ver os filho crescendo
Reinaldo, não to entendendo qual a finalidade?
Pregam morrer por amor, mas matam pela vaidade
Julgando a tua postura até nas intimidade
Rotulando quem é ou não, rap de verdade
Eu me pego novamente lembrando lá do tempo
Que o diabo visitava os nossos pensamento
"Vai pra cima, aciona as peças e foda-se os baque
Justifica em alguém sangrando seu pé sem o Nike"
Caralho! Quantos parceiros não chegou ser adulto
Que foi atrás dos corre e no fim trouxe só luto?
Sua má interpretação não me envolve no pecado
To pela paz tiozão, porque conheço o outro lado
Ã? louco como tudo passa a mil, quando vai vê já foi
Ã? quente mesmo tio, à vida não da boi
E, é feito esteira, pode pá
Onde cê corre, corre, cansa, e quando vê não saiu do lugar
E tudo é um tiro no escuro parça
Ciência exata é só uns vermes pra atacar sua caminhada
Crise, stress, humilhação, os veneno diário
E quando cobra o que não veio de graça: "virou mercenário"
Conheço a filosofia dos parasita, lunático
Cê só presta quando tá na mesma merda ou abaixo
Foda-se, tanto faz!
Adversidade a vida toda me ensinaram mais que paz
Vou te falar que todo dia acordo pensando parar
Vencido pelo stress psíquico, físico
Besta de ver como besteira tem poder de fazer
Parceiro de vida inteira não se falar até morrer
Grandes problemas unem, mas pequenos separam
Ã? real vencem passado, histórias de mil grau
Ã? engraçado, cômico e trágico ao mesmo tempo
Como um tapa nas costas com elogio falso, vai vendo
Aprendi a não acreditar em mim cedo
E nos parceiro, quando vi que tudo é só dinheiro
Mil vezes morrendo nas madruga fria
Olhando pro nada que tenho
Tentando lembrar de quem me deu algo na vida
Antes não dormia com medo de assombração
Hoje? Remoendo neurose, frustração
Inquieto, incrédulo, réu confesso, infeliz
Quando lembro que fiz menos por quem tudo fez por mim
Dá mó vazio oh tio, olhar pra minhas meninas e pensar
"Pô, o que tanto reclamo da vida? "
Com uma mãe finada, um irmão suicida, que um dia
Socou meu pai que na infância me ensinou odiar minha tia
Só velório em família, e olhe lá
Enterrou, falou, e é cada um pro seu lugar
Do mesmo quintal, parede parede
Mas que se marcar passa sem se ver uns meses
As vezes tento entender meu truta
Por que é que sempre damos prioridade pros da rua?
Componho a lista dos filho da... Rapaz
Que a consciência sabe
Que podia ter feito um pouco mais
Sinceridade me fez inimigo, vilão
Honestidade só garante decepção
Irmão, ingratidão é mato!
Porém não me acostumei com o fato não
E a confiança cobrou caro
Ergue a cabeça, foca, nada é fácil, a Jô me diz
Aí, nem sei o que seria de mim sem Yara e Yasmim
Enfim, compus uns versos ruins pra tentar dizer
O quanto sou grato a vida por ter me dado vocês
Vivendo pesadelo, matando saudade em sonhos
Com o caminhar movido a comprimidos, caminhando!
A verdade que liberta traz com a luz a solidão
Na multidão sem coração desprovida de expressão
E me faz pensar
Se até quem presencia faz questão de não enxergar
Imagina quem nem tá vendo, é quente mesmo
E algumas coisas são perdas truta, e outras são livramento
cria da quebra - a riqueza dos grãos
Uma par de vez eu vi meu o pai preocupado e não entendia
Que as gota de suor era pra ter moradia
Não dei valor, mas deu tempo de em vida arrepender
Foda é quando arrepende e ele não tá mais com você
O morro é louco mano, onde a subida é diferente
Vitória tem outro significado pra genteÚnica certeza que a vida me deu: Que eu vou morrer
Onde aprendi a respeitar, fui obrigado a conviver
Com choro, com o bar lotado e os atraso das macas
Com as tubaína, os fliperama e os dog de barraca
Com as cicatrizes pelo corpo e olhar que entrega
Nunca vê nada até sabe, pra ficar vivo nega
Cansa de ver que carrinho de rolimã não bate 100 km h
Atrás das Honda, roda. E vai parar na Febem
Quem diria, sonhou sempre com volume na carteira
E hoje sente saudade até do som das goteira
Dos mofo, das rachadura e dos beijo antes de deitar
Solidão não mata um homem, faz ele se matar
Cê vai ver que seu vira-lata lotado de sarna e pulga
Te ama mais dos que te abandonam lá na fuga
Vai dar valor até pras brigas com a sua velha, cara
Quando a voz dela se tornar uma das coisas mais rara
E descobre que o único amor que teve em vida
Colou de buzão lotado em domingo de visita
Quantas pétalas vi saudades decorar
E o que era sorrir, hoje fez chorar
Pode "muta" o volume, sempre vai ecoar alto
Os grito dos inocentes que cê matou em assalto
A vida é curta mano, vários insiste em reduzir
Lembra o ditado "não é bater, é quanto vai resistir"
Não é verdade absoluta o inverso da mentira
Que viu os exemplo morrer sonhando com a zafira
Mó ironia quem resgata é os "gol quadrado"
Chega sem vida aos ps com sangue coagulado
Eu resisti falta de janta por não ter um gás
Todo mundo de Oakley, e eu portando "Brás"
Não foi vergonha truta, suor eu herdei de herança
Eu perco à vida nessa porra, não as esperanças
E to ligado, é triste a noite, sozinho no quarto
Á escuridão alivia quem sempre sonha alto
O abandono da família mesmo vivendo junto
Onde os exemplo é bebida que faz briga ser assunto
Sofrer sozinho é foda, incomoda, mas fortalece
Os que conhece os cheiro de carne quando apodrece
Não da lugar pros dedo apontado ter razão
Veneno nós tomou de gole... Sem deserto ás ilusão
Fez entender a Ferrari passar toda blindada
Na mesma rua onde as crianças dormem sobre a calçada
Conflito com a minha mente: Será que eu sou louco?
Enquanto o coração não para, eu me mato aos poucos
Pra nós só existe pólvora, nunca existiu pavio
Sonhando com o "eu te amo" mesmo que fosse vazio
Cansou de abrir as pernas e por a mão na parede
Se alimentou só de fé e no fim morreu de sede
Quantas pétalas vi saudades decorar
E o que era sorrir, hoje fez chorar
Que os infortúnios da vida, sejam o segredo
Que triplica a força e impulsionam o levantar
E ensine à riqueza dos grãos no barulho de chuva
Pra que o conforto do abraço não seja
Lembrado só quando tudo for saudade
Cria da Quebra 2016
cria da quebra - a vida cobra
Favela brasilândia 2014
Novamente aí pregando minha verdade
Independente se vai agradar um ou outro
Esse aquele meu amigo ou meu inimigo
O que eu tento fazer é pregar a minha verdade mano
Pregar aquilo que eu acredito, mais vamo lá é nois
Edu pra mandar sua rima, licença eu peço
Ser lembrado igual ao eduardo, isso é ter sucesso
Minha mente maquinava maldade se resgatou
Hoje em dia eu entendo que o rap, que me salvou
Me livrou da 22, 38 e escopeta
E não ganhei homenagem com foto, na camiseta
Não virei lembrança, história, passado
Por que eu já vi mano e sei que é embaçadoA mãe enterra o filho, interrogando Deus
Busca a forças em cristo, nessas horas até ateus
É isso que inspira minhas composições
Não vou mudar meu ideais independentes das opiniões
Por que assim seria traição interna
Eu vi que a luz do fim do túnel era lanterna
Ai joguei tudo pro ar, parti pra cima
Comecei a entender o preço que tinha a rima
Quando a verdade, começou desagradar
Mas vejo moleque de luto e luto pra isso acabar
Com rco, o mensageiro da favela
Meu rap não vai ser trilha sonora de novela
Enquanto a porra da pobreza gerar sequela
Pra um moleque que não tem, nada na panela
Meu som vai ser protesto extinto revolucionário
Ganhar uma vez é pouco pra quem perdeu pra caralho
Sou brasilândia, zona norte, são paulo irmão
Onde a razão vem falando mais alto que o coração
Aqui você entende o valor da periferia
Ai descobre, os pais educam mas a quebra cria
(refrão)
Eu sou moleque que aprendi com rap uma lição
Que não ensina em nenhuma escola meu irmão
E meu caderno foi sabotage e facção
Obrigado professor e seu aluno hoje tá são
Eu não entendo o motivo, que leva essa gente
Ao preconceito sonoro pra quem se julga inteligente
Não percebe que o rap não tá de patifaria
Ouvir a letra zé pova antes de julgar apologia
Ouvi você falar que o rap era agressivo
Não entendo era suave a letra no meu ouvido
Eu comprovei o ditado que a verdade dóI
Quando vi que o nosso som incomodava os boy
Eu priorizei a verdade, a minha verdade
Que me abri os olhos perante toda maldade
No barulho da capsula quicando no chão
Você percebe que a vida não vale nada irmão
O que você construiu carregando cimento
É pouco de mais pra tanto sofrimento
O povo precisa entrar no mesmo consentimento
De largar as armas, engatilhar os pensamentos
às vezes nem tudo que parece é
Deitado em berço esplêndido devia estar de pé
tá ligado o velho mendigo da esmola?
A mente dele trás mais informação que a sua escola!
(refrão)
Eu sou moleque que aprendi com rap uma lição
Que não ensina em nenhuma escola meu irmão
E meu caderno foi sabotage e facção
Obrigado professor e seu aluno hoje tá são
Na tv eu vejo o mar, imenso
Na quebrada o esgoto, e penso
Se a desigualdade, que destróI a nação
Existiria, se não existisse a porra do cifrão
A sociedade me enxerga como um peso
Mas sabe que eu não nasci indefeso
Tentou guiar mais um brinquedo criou vida
E entendeu o preço de um prato de comida
Na quebrada construiu o seu respeito
Quebrado e não existe mais conserto
Nós não é barbie e aprendemos de menino
Que não é o chuck que é o brinquedo assassino
Aqui é outro, cospe chumbo gera luto
Sem brinca moleque ai ele não vai pra grupo
A sociedade exclui, e nem disfarça
O crime abraça e aí vira ameaça
Some do mapa como uma magia mística
Apenas mais um que vai virar estatística
Então não troque o pipa, a bola e o fliperama
Pelas armas e o crime, a procura da porra da grana
Tudo tem um preço amigo, isso é claro
A vida cobra e quando cobra, cobra caro
Pode esperar que isso vai acontecer
Vão apontar na sua cara, e falar cê não vai vencer
É nois rap nacional sempre!
Não mude seus ideais, n
Ão mude suas crenças independente
Do que alguém vem dizer pra você vem falar pra você
Seja real consigo mesmo mano
É prioridade na vida de qualquer homem
Seja real consigo mesmo
Se você é da fave seja da favela se você é rico seja rico
Mais... seja real consigo mesmo
cria da quebra - ostentar o quê
Ostento sim, mas não é carro, mansão e ilha
Ostento paz e proteção pra mim, pra minha família
Vejo hoje em dia dinheiro valer mais que a vida
Já levou varios pro buraco de terra sem saídaVi muitas mães, irmãos, chorarem luto
E a canção da vida no radio tocava no mudo
Fazer o que... a vida gira em torno de escolhas
Pique um caderno em branco, as atitudes escrevem as folhas
Ouço facção central, moleque, desde pivete
Hoje em dia é diferente, até os boy ouve rap
Rap não, batida com rima pra vender cd
Realidade cruel não foi feita pra você boy
É assim que é a vida e tem que ser
Pode ouvir o meu som mas o que eu vivi, não quer viver
Se liga jow, dinheiro é pouco e a vida é curta
Pra perder tempo discutindo com filho da puta
Atrasa lado tem de monte esperando uma falha
Mas aqui ninguém é bobo não é fogo de palha
A gente luta soa ajuda e também se esforça
Mas no fim das contas sempre acaba na mesma bosta
Inspiração não preciso buscar no passado
O que inspira é um boy me chamar de favelado
Tadinho, felizmente esse insulto pra nois é nulo
Favelado pra mim, não é insulto, é orgulho
Sistema é louco brinca com fogo em recinto inflamável
Meu mundo é outro, não é da globo, não nasci influenciável
Nasci onde caráter vale mais que plaque
Onde quem morre e quem mata não sabe o porquê
Eu vi o rap chegar na porta da minha casa
Estacionou na minha porta sem falar nada
Pediu licença pra entrar
Agora ele já não sai mais lá de casa
Feliz pra sempre é só no fim do desenho
Nem tudo que eu quis é tudo que eu tenho
Eu peço paz mas eu confesso que nasci na guerra
Morrendo homens, mulheres, crianças, morrendo a terra
Recuperação do ser humano, eu espero
E acredite que o sorriso no meu rosto é sincero
Abaixa o dedo, a voz, a arma irmão
Abre a mente, a bíblia abra o seu coração
Respeito macumbeiro, crente, católico, ateus
Não desrespeite a confiança e a fé que eu tenho a Deus
Ele me fez vitorioso sem ser merecedor
Só tenho a agradecer, obrigado senhor
Pela família amigos, parceiros leais
Num mundo onde as pessoas se vendem
Por reais, euro, dolar, ouro, prata não importa irmão
Se vender de qualquer forma pra mim é prostituição
Fazer o quê? cada um tem sua forma de agir, pensar
Você cuida da sua vida, quem sou eu pra julgar
Julgo no rap de quem fez ofícios ósseos
Abriu as pernas fez do hip hop negócios
Julgo no cara que me julga sem me conhecer
Quando eu vendia latinha, aonde tava você?
Pra julgar, hey malandro, não seja falso
Nunca ninguém deu ideia prum moleque sujo e descalço
Cds cria da quebra á Venda