MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
consciência humana - cidade sem lei
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Justiceiros vêm cegos e não enxergam ninguém;
Já chegam atirando e mandando para o além;
Vivemos apavorados, em grande desespero;
Que estão também em São Paulo os grandes justiceiros;
Que também são conhecidos como exterminadores;
Por isso é que digo que vivemos em terrores;
Não são sós os exterminadores, mas também os policiais;
Que te matam, dão sumiço e fica um arquivado á mais;
Seu corpo aparece boiando jogado no mato;
E eles não procuram por ele e fica só nos comentários;
No outro dia você vê como peça nos jornais;
Acharam um cara morto com a figura de um marginal;
Mas não procuram saber se o cara era inocente;
E se a família não aparece enterra como indigente;
Só falamos a verdade, doa á quem doer.
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Eu não agüento mais tanta injustiça;
Ignorância e preconceito mano de certos racistas;
Que vê o negro como coisa diferente;
Negro não é objeto, negro é gente;
A violência nas ruas aumenta cada vez mais;
Com pessoas com medo de fazer a paz;
Mata, rouba, trafica, mas que absurdo;
E é isso que está acontecendo em nosso mundo;
Mas com uma grande preocupação;
Se no dia de amanhã terá o leite e o pão;
Para dar aos seus filhos;
Que crescem em torno desse sacrifício;
Induzem menores, abrem caminhos;
E colocam pontos de droga sob seus domínios;
A polícia vê isto e fica de braços cruzados;
A continuidade disto é por todos os lados;
Mulheres que põem filhos no mundo;
Pra depois ficar largados no Brasil futuro;
Cheio de cinzas e de preocupação;
E é o que está acontecendo neste mundo, mundo cão.
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Não pode ficar assim, vamos tomar uma decisão;
Quem morre nas ruas são nossos próprios irmãos;
E com forme o tempo passa ocorre mais uma notícia;
Acharam um cara morto e o autor não foi a polícia;
E como sempre com isso vivemos sofrendo;
Pra eles é um corpo á mais e pra nós um irmão á menos;
Agora vê se me explica pra que existe polícia;
Se a cada diz que se passa aparece mais uma vítima.
(4x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Eu não agüento mais tanta injustiça;
Ignorância e preconceito mano de certos racistas;
Que vê o negro como coisa diferente;
Negro não é objeto, negro é gente;
A violência nas ruas aumenta cada vez mais;
Com pessoas com medo de fazer a paz;
Mata, rouba, trafica, mas que absurdo;
E é isso que está acontecendo em nosso mundo;
Mas com uma grande preocupação;
Se no dia de amanhã terá o leite e o pão;
Para dar aos seus filhos;
Que crescem em torno desse sacrifício;
Induzem menores, abrem caminhos;
E colocam pontos de droga sob seus domínios;
A polícia vê isto e fica de braços cruzados;
A continuidade disto é por todos os lados;
Mulheres que põem filhos no mundo;
Pra depois ficar largados no Brasil futuro;
Cheio de cinzas e de preocupação;
E é o que está acontecendo neste mundo, mundo cão.
(4x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Então grupo Consciência Humana;
Sou W. DEE, APLICK, MC DEE, NÓIA, DJ ADMED e DRR A POSSE.
consciência humana - amigo de infncia
Ao ver a brincadeira daquelas crianças
A saudade bate forte
Eu me lembro de um grande amigo da minha infância
Aliado na escola na rua e no jogo de bola
Passado anos que se foram embora
Duas criações uma diferente da outra
Uma mais presa enquanto a outra era mais solta
Me lembro de quando empinávamos pipa no morro
Se esquecendo de tudo e até daquele humilde almoço
O mais velho dos irmão esquema rígido de família então
Exemplos tem que ser dados assim que é nossa tradição
Chinelo colocado no meio do braço
A roupa sujo rosto todo suado
A tarde voltamos pra casa pensando como seria o outro dia
E se armando com a pelada com a rua de cima
Quando crianças conversávamos de nossos sonhos
E o opala preto era o sonho daquele menino
Debaixo do banco ferro achando que estaria protegido
Adolescência chega rápido e junto com ela muito embaçado
Largou os estudos e os planos dos pais contrariados
Eu no meu estilo ainda estudo e vou pro outro lado da vida
Rap baile algumas letras já escritas
Meu mano de longe eu via
E lá estava ele ignorando os planos da família
Caros a sua porta e os pais marcavam pressão em cima
Não dava ouvidos e já com sua mãe discutia
Era assim que ele estava desnorteado
Mais respeitando a todos que estavam ao seu lado
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que resta da amizade é só as lembranças
Camarada da antiga passando por este estagio da vida
Onde estava se estragando e partindo pra vida bandida
Sua namorada já havia o deixado
Por não concordar com o que vinha pratico e fácil
O calibre dos seus sonhos já tinha as suas mão
Era pra fuder vivendo agora da ilusão
Que proporcionava uma vida boa e estável
Bom artigos muito dinheiro e maus aliados
O samba era de lei a breja também
Um fino pra mente estavam espertos com o que vinham
Saindo fora do bairro aonde morava
Infelizmente na mira da maldita policia
Considerado em outras áreas por muitos respeitado
Sujeito no que fazia dava entrada era jogado
A calada era dele e de quem estava ao seu lado
Embaçado era problemas o dinheiro falava mais alto
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que da amizade é só as lembranças
Ra ta
O pior de tudo estava por vir
Duas horas da madrugada e em uma mesa redonda
Varias carreiras esticadas foram testados vários calibres
E no meio da banca não há quem se intimide
No meio de várias cabeças existem diversos artigos
E ele lá no meio como o capeta arisco
Na cabreiragem com os outros parceiros
Porque a fita era alta e o tempo era dinheiro
Como se batessem os pensamentos o clima fica tenso
Suas atitudes mudaram ai não deu tempo
Partiram pro arrebento arma na mão estão lá dentro
Ladrão o resto eu nem comento
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que da amizade é só as lembranças
consciência humana - cenas dramáticas
É HC que chega, assim que chega pra bater na letra;
A letra é A, a banca é classe A, aqui quem fala é HC;
É HC, É HC, vai.
Revolucionário a letra fica pra você;
Não pede o crime, o crime é o crime;
O crime organizado;
Do lado leste HC revolucionário;
Contra a burguesia que nos aponta;
Como marginais, homens criminais;
Mentes criminais;
Lavagem cerebral, morte cerebral;
Sistema Central Cerebral;
É trilha sonora do gueto;
De Menos Crime, U Negro;
Leste, oeste, norte, sul, sobrevivência;
Consciência, olha a carência;
Um corpo decepado perto de uma criança;
Filho de mãe, matança de esperança;
Criança filho de duas crianças sem experiência;
De vida, perspectiva de vida melhor;
Adolescência predominada;
Se acabando numa carreira de pó;
Problemas, trauma.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
Um pente, dois pentes;
Carregados numa seqüência de tiros;
Tiros que leva á mais um latrocínio;
Chacina, um homicídio na esquina;
Dizem que traficantes disputam;
O ponto de venda de cocaína;
Polícia, política, malícia;
Deixa transparecer o seu envolvimento;
1999 Fim do Silêncio;
Uma mulher aborta o filho querendo ter;
O quarto poder para vencer;
Vai, e por aqui, por ali, só sangue que se vê;
Resumo da periferia, quem acredita confira;
Quem não acredita confira para ver, para ver;
Moleque de dezessete anos;
Estourando o banco com seus parceiros;
Poderia estar numa escola ou ter um emprego;
Porta fechada caralho, tem muito dinheiro marcado;
Mentes ocupadas amanhã estouram outro crânio;
O mundo mostra que se bater de frente precária;
Nem sempre a regra diz, você nunca mais pode voltar;
Automática estraçalha, o balcão espatifado;
E nessa ladrão contra polícia, sistema, guerra declarada;
Um reverso chega mais cedo, no poder muito veneno;
Disfigura, nossa família recebe todo o efeito;
A guerra explícita declara que;
Aquele moleque perdeu a vida dele na rua;
De bruços, dedo cruzado, tiro nas costas, tiro na nuca;
Aonde que os filhos da puta imperam;
Mais uma vez com a marca da farda;
2001 contraste com centenas de baixas;
Seqüências de tiras, cenas dramáticas, armas automáticas;
CH, HC opinião formada.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
Vou acionar, CH, vou acionar, CH;
Ação, acionei, quinze minutos de euforia;
Na sua mente simplesmente pura adrenalina;
Pura rebelião, mais uma fuga, prisão;
Eu domino a ação, todo mundo deitado no chão;
Eu pego o malote truta, você pega o mão branca;
E se ele se coçar, cenas dramáticas.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
consciência humana - lei da periferia
Essa é somente a vida de muitos em São Mateus;
Mas também é a vida de muitos na zona norte;
Na zona sul, na zona oeste e na nossa zona leste.
(2x) Essa é a vida de muitos em São Mateus.
A falta de dinheiro naquela goma era problema
Mais um chefe de família mantinha Deus
Como força suprema, o seu único lema
Dois pivetes frutos de um casamento bem sucedido
Mas financeiramente todo fudido
Sem emprego, roubar que nada e aí camarada
Essa vida não vai me pregar essa cartada
De manhã um bico aqui e outro ali
É assim que vai levando sem desistir
Seus pivetes os dois criados nas ruas
Fazer o que é o destino fudendo na cara dura
E o maior com apenas 15 anos
Sem o pai perceber já está se adiantando
Lei da periferia ó quem diria?
São muitos se fodendo a cada dia
O menor segue os passos do irmão mais velho
Esconde seu calibre no forro do teto
Eu não quero me foder, não quero ver nada faltar em casa
Vou ver o meu pai se foder sozinho por nossa causa?
Lamento de mãe que vê coisas chegar diferentes em casa
E o que os filhos faziam a coitada acoitava
Com medo de uma surra ou que houvesse conflitos em casa
Pois a lei era severa pelo pai nesse estilo de área, nesse estilo de área.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
Crueldade do tempo, o destino armou uma grande cilada
Contra aquele homem era a morte de hora marcada
Contente por ganhar um trocado com o sorriso estampado no rosto
Pra junto de Deus naquele dia ia deixar o morro
Considerado na área pela honestidade que tinha
Trabalhador o único problema é que bebia
Mas chegava junto em casa e problemas não dava
Mas sua hora estava bem perto, se aproximava
Deu o dinheiro pra sua esposa e foi pro boteco
Daí aonde conversava e uma dose de pinga bebia
Descontraído não percebeu o carro encostar
Não viu nada, nem a própria morte, bam, bam
Sua mulher escuta os sapecos e corre pra lá;
Vê o marido caído, se desespera e começa a chorar
E a única frase por ela ouvida
Se joga ladrão e você também pra não foder minha vida.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
A notícia chega ao mais velho e ele não chora
E fala bem alto e fudido
Eu não quero saber, vou buscar cada um desses bandidos
Buscou os safados e agora seu pai está vingado
A promessa que fora feita está cumprida
Agora é eu quem tomo conta da minha família
No começo tentou seguir o exemplo do pai
Mas o destino foi traiçoeiro e apunhalou por trás
Volta a vida que levava agora abertamente
Já é um ladrão bem sucedido, infelizmente
A polícia cresce o olho, pois estão na sua cola
Um pedágio por dia pra também não ir embora
Mas infelizmente é trombado em uma outra quebrada
Sem acerto, foi derrubado com o rosto afundado na vala
Lei da periferia ó que diria?
São muitos se fodendo a cada dia
Mais um sofrimento para aquela mulher
Primeiro é o marido, segundo o filho, vê o destino como é
Pois esta é a vida de muitos lá em São Mateus
Pequeno, pobre, humildade mais um bairro meu.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
Aquela sexta 13 foi pop pra mim
Primeira sexta-feira 13 pop da minha existência
Foi o dia em que prontifiquei me distanciar das negligências
De um sistema esbranquiçado
Acordei cedo desposto á ver o sol nascer
Já recebi a notícia dos que morreram
E da lista dos que tinham pra morrer
De ouvir essas idéias estou empapuçado
Espancamento, estupro, drogas, assassinato
Espero um dia acordar com as boas notícias
Sem violência, sem racista, sem polícia
Sem ouvir tiazinha chorando por que invadiram sua goma
Sem ouvir pivetada gritando "eu não quero ir pra escola"
Sem ver a mulher brigando com o marido alcóolatra
É foda, vou dar um rolê e volto outra hora
Pra ver se a mente controla esse tempo que rola
Parei numa banca para ler o jornal, me dei mal
Por que o destaque era uma chacina que espirrava sangue
A folha de notícia é foda, esse modo de vida pra mim não dá
Vou procurar um lugar tranqüilo pra raciocinar
Preciso cuidar da minha coroa agora
Vou abandonar o crime e dar início a uma vida nova
Vou começar a outra caminhada
Voltar as aulas, trabalhar antes que os ratos conquistem meu espaço á bala
Antes que a minha coroa veja o meu corpo crivado de bala.
(4x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
consciência humana - lembranças
Ei W DEE eu estou com saudade do meu mano;
Em uma noite dessas ele apareceu no meu sonho;
Com um ar diferente, parecia estar contente;
Com seu novo lar, com o seu novo lar;
Que pena que ele se foi a uma outra noite dessas;
Quando eu me lembro dessa noite o sentimento se quebra;
Quando a notícia chegou lá em casa todos choravam;
E eu simplesmente com um nó na garganta e uma cede de vingança.
Ei APLICK a vingança é o pecado, o pecado é o medo da morte;
A morte é a vingança que de surpresa dá o bote;
E ele foi 1 entre 1000 que naquela noite levou um bote da vida;
É triste pra família, mas eu no seu lugar não me culparia;
Pois agindo assim não ajudaria em nada e na sua casa;
Alguém precisa de um incentivo, é com você amigo, é com você amigo;
Eu sei que não é fácil, mas temos que nos acostumar;
E não nos culpar dos fatos ocorridos, contrariar o destino;
Além do mais há muito tempo que ele partiu deste mundo, flutuava no escuro;
E que Deus o tenha em um bom lugar;
E onde quer que ele esteja eu espero que ele esteja;
Com a paz que eu sempre sonhei.
Como ele foram vários eu sei, mas não acreditei;
Talvez eu fracassei no apoio que dei;
O crack foi mais forte que as boas palavras;
Conselhos de mãe, irmãos e amigos não lhe valeram nada;
Ele não nos escutou, fracassou e o apoio não bastou;
E o crack superou e dominou seu cérebro;
E o por que disso tudo eu quero, e o por que disso tudo eu quero.
(2x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
A lembrança do passado nos torna uma penitência;
É que quando lembramos das vítimas;
Das balas perdidas, do crack e da cocaína;
E da inocência das pessoas que moram na periferia;
Por ter um dia marcado e ter a noite perdida;
De dia é os planos de furto que nos rodeiam;
É um distúrbio mental, a morte cerebral;
É o desaparecer do ser humano;
São pessoas boas que estão se tranformando em pessoas más;
Não posso acreditar que se deixou levar;
A ponto de pelo crack estar dominado;
Foram 26 anos perdidos em poucas horas;
E pelo crack você ignorou a sua própria vitória;
Ei cara, quando eu me lembro das suas palavras;
Dos seus planos de vida, das nossas idéias trocadas;
Das noites de sorriso e das baladas geladas;
Em que comigo você se preocupava;
Você me dizia pra não entrar nas paradas erradas;
E que me afastasse das drogas e das armas;
Que eram uma jogada macabra;
E que o mundo pro criminoso era escuro;
E que não era futuro pra mim;
Pra eu seguir os seus conselhos e não os seus caminhos;
Por que onde morreram as rosas ficaram os espinhos;
E quem não tem bom aliado anda sempre sozinho;
Pra não ser queima de arquivo, não ser queima de arquivo;
Eu ouvi seus conselhos, mas você fracassou;
Em um balada gelada o crack te dominou;
E os seus planos de vida você ignorou;
Dizendo que o crack superou suas palavras;
E na noite andava como uma alma penada;
E no meio de campo com muitos outros;
Fazia parte da jogada macabra, a noite passava;
E a saudade das pessoas provocam as lágrimas.
(2x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
Ei mano por essa fase da vida;
Todo mundo têm que passar;
Por que a morte faz parte da vida;
E eu facilitei a minha;
E o destino não me escolheu pro bote.
E as perguntas que me faço se referem á você;
Eu não consigo entender por que;
Você opinou por esse lado da vida;
Sua família chora a sua morte;
A saudade bate forte, o destino te escolheu pro bote;
É foda a saudade cara, ás vezes na madrugada;
Me lembro das baladas, das idéias, dos rastros de lágrimas;
Que corriam de preocupação;
De um com o outro e o conviver dos nossos outros irmãos;
Você se lembra cara das nossas idéias somente em mágoas passadas;
E os conselhos que você me dava;
Por ter vivido tal experiência, não me cabia esse tipo de convivência;
Por isso o motivo da sua morte pra mim não foi convincentes;
Usou demais o nariz e a boca e se esqueceu da mente, infelizmente;
Naquela madrugada você no canto da sala;
A sua hora chegava, a morte se aproximava;
E de nós para sempre ela o levava;
Viagem é viagem, pra muitos o crack é uma viagem;
Mas pro Consciência Humana não;
E pra aqueles que são conscientes também não.
Ei APLICK não é legal você ficar se martilizando;
O tempo vai passando e eu estou ligado que é foda;
Mas a gente suporta, é você e os que ficaram é que nos importam.
É W DEE, mas ele era um irmão meu.
Ei mano ele é, mas desse mundo não é mais;
Ele morreu infelizmente esse foi o destino que ele escolheu;
Fora de tudo em um outro mundo;
Deixou o subúrbio, acabou o consumo;
DIGA NÃO AO CRACK!
(4x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
consciência humana - a viagem
HA HA HA HA MAIS UM TÁ DEITADO HE HE HE HE...HE HE
ESTOU DISTANTE, UMA VIAGEM QUE LUGAR É ESSE
NEM FUDENDO CONSIGO ME RECORDAR
AQUELA PORRA FUDEU COM A MINHA MENTE
ESTOU DEPENDENTE PAREÇO UM DOENTE
EXISTE A CURA PRECISO ME ORGANIZAR
PARECE QUE ESTOU EM UMA CAMA, CARALHO NA VERDADE ESTOU
DE COMA
HÁ UM JEITO DE ME AJUDAR, O MEU CALIBRE AONDE FOI QUE
EU DEIXEI
PARECE QUE TODOS QUEREM ME MATAR, SAIO CORRENDO AS
MINHAS
PERNAS ESTÃO PESADAS, NÃO TENHO MAIS NOÇÃO DO MUNDO
NÃO TENHO MAIS NOÇÃO DE NADA QUANTOS ESTÃO EM MESMA
SITUAÇÃO QUE
A MINHA, COM A MORTE POR PERTO NA FRENTE DE UMA MINA
CADÊ MEUS AMIGOS, CADÊ A MINHA NAMORADA, PRA ONDE
FORAM TODOS
CADÊ A MINHA FAMÍLIA, SÓ AGORA É QUE EU PUDE ENTENDER
ESTOU DISTANTE É TARDE DEMAIS PRA DAR VALOR PRA VIDA
OS MANOS QUE ESTAVAM COMIGO PRA ONDE FORAM
ESTOU SOZINHO E QUERO VOLTAR LÁ PRO MORRO,
REVER OS CAMARADAS IR PRO SAMBA TIRAR UMA ONDA NA
ÁREA
COMO SEMPRE FIZ TER A PAZ DESEJADA, MÁS PARECE QUE
ESTÁ difícil
NÃO CONSIGO ME MEXER É INUTIL ENCONTRAR O CAMINHO
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO VOLTOU
ESTOU SÓ E AI COMO A ÁREA ESTÁ, SERÁ QUE OS MANOS QUE
ESTAVAM COMIGO
NÃO VÃO VIR ME BUSCAR, QUE PORRA É ESSA CARALHO ME
DEIXARAM FALANDO
HÁ UMA ESCURIDÃO IMENSA ESTÁ TUDO ESTRANHO NÃO
RECONHEÇO
NINGUÉM AQUI ESTÁ RUIM PRA MIM QUERO ME REFAZER
PRECISO SAIR DAQUI
UMA PRISÃO É O QUE ESSE LUGAR PARECE, E NA LOUCURA
TAMBÉM TENHO
QUE DÁ UM BREQUE, ESTOU COM A MENTE AMARRADA O QUE FIZ
CAMARADA
ESTOU A PAMPA DESSE LUGAR QUERO VOLTAR PRA CASA (UMA
DOENÇA NA VERDADE
É O QUE ESSA PORRA É UMA CHEIRADA A PAMPA TE LEVOU PRA
VALA)
QUANTOS DIAS PERDIDOS NA VERDADE ESTOU FUDIDO,
ESTRAGUEI COMIGO MESMO
ESCOLHI O PIOR CAMINHO (ESSE É O SEU DESTINO PRA ÁREA
NÃO VOLTAR MAIS,
NEM PRO SAMBA, NEM PRA FAMILIA, NEM PROS SEUS RIVAIS)
A TANTAS HORAS QUE JÁ
ESTOU NESSE MALDITO LUGAR, A SAUDADE É MINHA
COMPANHEIRA E NÃO ADIANTA
CHORAR (SÓ UMA ESPERANÇA TE ILUMINA AGORA, A SUA MÃE
PERDEU UM FILHO)
MÃE TE PEÇO NÃO CHORE.....
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO VOLTOU
(NUM CAIXÃO BEM FEICHADO TODOS SOBEM NESCESSITADO,
OVERDOSE NA CERTA
MAIS UM FOI PRO SACO) 1974 MEU NASCIMENTO UMA ESTRELA
BRILHAVA EM
MEU QUARTO, 1990 FILHO DA PUTA AS 7 A MINHA MORTE
ESTOU LONGE
AGORA DE VOCÊS (1989 E LÁ ESTAVA VOCÊ A PROCURA DA SUA
MORTE, 1990
SEM SABER O QUE FAZER O COMEÇO DA DOENÇA, 1995 UM
VICIADO
SEM VOLTA, UM FIM, UM TRISTE CAMINHO)....
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO
VOLTOU.................
consciência humana - agonia do morro
Ó nós no ar de novo. Ó nós no ar de novo.
Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
Não vou descer o fracasso nos dominar;
A luz que nos acompanha é muito grande;
Guerreiros da rima incentivados pela periferia;
É muito cedo ainda pra silenciar;
As ruas nos mostraram o verdadeiro valor;
Me lembro dos parceiros que depositaram confiança em mim;
Firmeza sangue bom que acredita na ideologia;
Camiseta levantada, sinônimo de esperança;
Confiança, puro sentimento;
Muitos nos mostraram sinceridade no olhar eu me lembro;
Das idéias trocadas, dos palcos invadidos;
E com este mesmo calor humano são vários graus centígrados;
Sei quem me olho com ódio;
Sem quem olho com a intenção de ajudar;
Protegido, consagrado bandido;
Nosso caminho nós trilha sem a intenção de atrasar;
Só adiantar, pode acreditar, linha de frente;
3 crânios sangue bom foi mais além do que alguns esperam;
Foda-se aqueles que quiserem teimar;
Tem boca pra falar também vai ter que ter ouvido pra escutar.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
A muralha imposta não nos impede de prosseguir;
De progredir, verdadeiro guerrilheiro nunca se omitir;
DRR hip-hop aqui intensidade;
Os astros que corroem os vermes na sociedade;
Mensagem positiva, liberdade, paz e união;
Conscientes dos problemas da humanidade, revolução;
A longa caminhada nos ensinou a revidar;
Os crânios voltam pra casa pra assumir seu verdadeiro lugar;
A inspiração que ocorre nos trás novas letras;
É como o sangue que corre na veia da periferia;
Que me envenena, te envenena, rap, armas, guerrilha;
O cuzão se omite quando o bicho pega;
Pela revolução dos maloqueiros da favela;
Deixa o canalha falar, não vou citar, posso atirar;
Pra ele nunca mais desacreditar;
Estamos no ar de novo, CH agonia do morro;
Separatismo aqui não, nossa realidade é outra cuzão;
Cada um fala o que pensa;
Cada um de forma única inevitável se expressa;
Não aceita falsidade, agora cai em desespero;
Que pro seu terror aqui quem fala é seu pesadelo;
Consciência Humana verbalmente atacando;
Sem querer agradar gregos e troianos.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
O efeito radiação que chega ao ouvido dos falsários;
Cai perfeitamente como uma luva;
Já vejo os comentários da letra pra quem é;
Não é pro meu povo, é direcionado pros porra nenhuma;
Aqui do lado leste continuamos os mesmos na revolução;
Representar o crime na letra;
Ser linha de frente, ser verdadeiro com a periferia;
Nunca igual os comédias que falam história da caroxinha;
Como o facção também não sou puta, não vendi minha ideologia;
Treme, gela, rimador da alegria;
Que se fodam-se as críticas e seus poderes;
Cada um faz a sua e nós fazemos a nossa;
Não tememos a sua censura, nem a sua lista grossa;
Aqui rap pesadelo intencionalmente certo pelo certo;
E certo por perto pow, pow, pow, pow, pow.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
consciência humana - imagem brasileira
Quando o mundo começou não vi e nem você;
E da antigüidade eu carrego o meu sofrer;
Eu sou preto sou moleque sou moleque de rua;
Não cooperou com meu progresso seu filho da puta;
Eu sobrevivi nessa calçada canalha;
Se rastejando de fome e comendo migalhas;
Você me fala me fala me fala que nós somos o mundo;
Depois se cala e vira as costas pra todo mundo;
Eu aprendi que mais tarde me tornarei um homem;
Daqueles que rouba mata humilha e drogas consome;
Não terei amor e nem afeto a vida inteira;
E assim serei gigante pela própria natureza;
Muitos dizem que se preocupam com a gente;
Mas por trás das portas nos tratam com indigente;
Esse é o brasil óh pátria amada idolatrada salve salve;
Calibre pesado na mão nosso futuro brasil abaixo;
Não é nome dado a esse país que é o culpado?
Dos gigantes ambiciosos e os carrascos;
Os donos do submundo do terceiro mundo e muitos;
Pessoas brasileiras que se preocupam com dinheiro;
Mulheres e carro importado o tempo inteiro;
Não entendo por que certos países progridem;
Todos têm de tudo e todos são felizes;
Ta certo que em tudo isso existe uma marca;
Rouba de quem tem e de quem não tem quase nada;
E o povo brasileiro precisa ser mais esperto;
Não se acomodar com os fatos e ser mais direto.
(2x) brava gente brasileira onde vai que você viu?
Ficar a pátria livre ou morrer pelo brasil.
Estou deitado eternamente em um berço esplêndido;
Na calçada de qualquer rua e muita fome eu tenho;
Eu sou um homem e dizem que eu não sou ninguém;
E os que estavam do meu lado me chamou de ninguém também;
Mãe é aquela que cria;
E tão boa que se fosse comida ela dividiria;
Mas eu entendo que conheço muitas mães ou prostitutas;
Minha mãe verdadeira com certeza é a rua;
Ir ao exército honrar a pátria pra mim é normal;
Lutar para obter riquezas pra mim é banal;
Não que eu não queira ir que eu não vá servir;
Sou patriota sim sou sim;
E quero que alguém me diga que eu não sou nacionalista;
Nesse modo em que vivo diante da minha vida;
Sou brasil em pessoa sem nenhuma máscara;
Sou o riso brasileiro sem nenhuma graça;
Povo americanizado que não mantém os pés na graça;
Não exporta a alma por que deus ou o diabo leva.
(2x) brava gente brasileira onde vai que você viu?
Ficar a pátria livre ou morrer pelo brasil.
Quatro paredes de madeira com suor e liberdade;
Desempenhamos tudo isso pela nossa igualdade;
Mas a polícia tenta nos tirar o que conseguimos;
Conquistar com nossos braços fortes;
Com rajadas na parede desafiando nosso peito a própria morte;
Muitos viram na nossa gente uma imagem plácida;
De um homem heróico acabado pela desgraça;
Interraram um homenzinho e querem saber seu nome;
Minha mãe é meu prato o lixo é minha comida;
Pra muita gente isso faz parte do dia á dia;
E só agora o coração sente minha vida tão sofrida;
Para o brasil com certeza sou até o símbolo;
Mas ninguém dá valor pra esse aspecto olímpico;
Fui menor abandonado ser humano rejeitado;
Se no futuro meu espelho é essa pobreza;
O caminho para a morte uma tristeza;
E serei filho desse solo agora minha mãe gentil;
Escute as últimas batidas do meu coração sutil;
Não há ninguém perto de mim não há ninguém pra ver meu fim;
Sou pivete largado nasci e cresi na rua fui malvado;
Meu destino só deus sabe;
Óh pátria amada idolatrada que alguém a salve.
consciência humana - 121
CH, HC, pra confirmar DMC;
UN chega e é assim no lado leste;
Na periferia São Mateus;
É muita treta, é muita treeeeta.
Olha lá quem vem no final da rua;
Com os faróis apagados;
E quem ta com flagrante na mão, trate de dispensar;
Estamos sem sorte, uma banca bem forte;
Quase batendo de frente com a porra da morte;
O frio vem subindo na espinha;
Pois na calada são os putos quem dominam;
Cano cerrado, calibre pesado;
Prova de quem se coça terá um verdadeiro estrago;
121 nos classificam assim;
Quantos já se foram, quantos foram dado fim?
Quadrilhas de ratos, diversas são formadas;
Comum na periferia fazendo parte da jogada macabra;
11 e 30 da noite de cabeça pra fora, doze cerrada;
Apontada exatamente pra banca formada;
O gatilho é puxado, medo de ser disparado;
Acionado o cão são 2 ou 3 finados;
Viatura parada no meio da rua;
Encosta outra do lado, são mais 3 filhos da puta;
Trânsito parado, não passa mais nenhum carro;
A rua toda fechada, embaçou pro nosso lado.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
Lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
O filho da puta encosta o oitão na minha testa;
Covardemente são vários bicos na perna;
A vizinhança está toda alertada;
Mas nenhuma sai pra fora;
Fica olhando pelo buraco da porta;
Ação filho da puta, vai se foder filho da puta;
Por causa de seu oitão, seus comparsas é que leva uma;
Fora da rotina um civil normal;
Mas na ativa um 121 irracional;
Morte, morte, morte;
Nos seus olhos eu vejo a vontade de puxar o gatilho;
Quer derrubar o mesmo;
A ira já atige o estágio máximo;
Vontade de ir pra cima;
Mas não posso, os caras estão armados;
3 brancos e 5 pretos encostados na parede;
Idéia trocada, o 121 está na cede;
Meu parceiro puxado, levado de lado;
Pra trás da viatura dão porrada, tentam intimida-lo;
São 15 minutos até agora de enquadro;
Documentos em cima, tempo fechado;
E o sereno cai, a fogueira é desmanchada;
Ei rato cinza do caralho armas apontadas.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
Homens com a mente ligeira;
Qualquer pergunta ao nosso respeito;
Crânios rapidos aí quem vai, vai atirar primeiro;
Acostumados Homens Crânios tomando enquadro;
Ter atitude é fatal, sistema diário;
PA-PA-PA-PÁ quantos ainda irão matar;
RA-TA-TA-TÁ se joga se for ligeiro pra te salvar;
O DVC é puxado e não consta nada;
Até que enfim é liberada essa rapaziada;
Consciência Humana, De Menos Crime na mesma linha;
U Negro na seqüência completa a nossa quadrilha;
Viatura, viatura saindo fora;
E o rato cinza pagando com o calibre do lado de fora;
Continuamos os caminhos ariscos;
Na segunda tive o tipo desses atritos;
Do lado leste tem Homens Crânios de calça preta;
De bombeta, é muita treta, é muita treta;
HC chega, chega.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
Lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
consciência humana - alerta geral
1000 grau o plenário pode ser todo tomado,
Antecipando o fim da burguesia,
O exército não pode tomar conta do cenário,
Ditadura de novo caralho alerta geral,
Favela 100% maioria revolução,
União periferia, Preto Aplick igual situação,
Se destruir, a guerra é pro outro lado,
Sangue A não dá trégua lançada pra aprender a perdoar,
O calibre que fura nosso povo é arma de alta potência,
Não sobra nem o corpo mirado sem clemência,
Resultando um moleque de 14 anos, criminoso, sangue no olho,
Que se arma até o osso e faz a polícia vazar,
O que acontece com aquele homem inteligente que se mata,
Ninguém sabe de nada, ninguém sabe informar,
Pai que puxa arma pro filho, filho que puxa arma pro pai,
Irmãos que se odeiam, vejo manos a se atrasar.
Refrão:
Homens de mente assassina,
Mais uma vez atacam a periferia,
Homens de mente assassina,
Mais uma vez atacam,
Drogas, armas, crime cabuloso.
O regresso ao mundo escuro afunda milhares de jovens,
Não é a falta de sorte, é o poder transformado em nada,
Cilada, escola da química envolvida na madrugada,
Centenas, dezenas que morrem de graça,
O ódio existente destróe a massa todo ano,
Controle de população no topo, soberano,
Será que não existe limite? Veja a força que persiste,
Induzem o cara mais sossegado a ir pro mundo do crime,
A visão do muro escuro trás outro mano que vai visitar,
Seu aliado pela primeira vez no círculo fechado,
Ilhado, desabafo amargo fura,
Ódio encravado 30 anos com andamento,
Passos na linha de fogo dos manos do morro,
Milímetro por milímetro se corroem nos calabouços,
Ás margens da sociedade pode invadir a casa do poder,
Varredura sem nome dos que merecem morrer.
Refrão
A repressão é clara, qualquer expressão é pra ser derrubada,
Os revoltamentos crescem, começam a aparecer, não vão cessar,
O barraco de madeira conforta sonhos e luz no berço,
Sobrecarregando o pai de família que não aceita se entregar pro fracasso,
Filho da puta daquele tiuzinho que ninguém dá nada,
Bala perfeita, uma praga criada que nem a polícia pode se aproximar,
Envolvido na facção, alto escalão,
Descobertos certos nomes tem a guerra poder versus nação,
O rifle pode matar o senhor, a senhora, seu filho,
O preto, branco, amarelo, vermelho que estiver no caminho,
Se eles podem fazer isso com a gente,
Por que não podemos fazer com eles,
Então eu quero que se foda as críticas, censuras e seus poderes,
O regresso não pode chegar, nenhum dos morros têm que encerrar,
Peço paz para todos, periferia, favela,
Pode acreditar o sangue tem que parar de jorrar,
Corrupção que aumenta mais o tamanho da mancha de sangue.
Refrão.
consciência humana - alto valorização
Somos descendentes de um povo sofrido;
Humilhados no passado e hoje esquecidos;
Vivemos aí nos piores lugares;
Afastados de tudo e não existe irmandade;
O passado continua neste mesmo presente;
Em favelas habitadas por nossa gente;
Poderosos nos julgam, dão a nossa sentença;
Mas toda fudida vem mais decadência;
Manos que em tv ficam vidrados;
Iludidos com vagabundas pra mim são otários;
Muitos que só querem se embriagar;
Falar de amor e se drogar;
E quando falamos você acredita que estamos errados;
Então pense na vida que leva ficando parado;
Você aceita tudo meu companheiro;
Acredite em si, exija seu respeito;
Do trabalho, dos livros você sempre se afasta;
Dos estudos se esquece, saia desta farsa;
Que você acredita aliviar seus problemas;
E mantém isso como seu dilema;
Pois uma parte do nosso futuro está jogada nas ruas;
Vivendo, morrendo sem estrutura;
E você que se deixa influenciar;
E diz pra mim que não é capaz de lutar.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
Você se comparar á playboys de tv;
Alisa seu cabelo e finge não ser;
Um preto, pois tem que se assumir;
Pois você é um homem preto e nasceu assim;
Percebemos que só vivemos nessa miséria;
Manipulados, vida precária e só vivemos na merda;
E muitos como você que não se assumem;
E sua parte não fazem, tome uma atitude;
106 anos agora foram decretados de libertação;
Mas parece que ainda estamos escravizados;
Só que agora é diferente;
Vivemos discriminados inadequadamente;
Onde vivemos nos deparamos com uma pobreza;
Sem limite que nos atormenta;
Nunca fomos aí reconhecidos;
Por um trabalho forçado praticamente fudido;
E você em seu canto acomodado;
Dizendo que esta vida é pra tirar um barato;
Mano o que você tem em sua cabeça;
Acha tudo que é festa, progrida, cresca;
Delinqüentes fardados fazem o que bem entendem;
E o extermínio de pretos continua como sempre;
Você vê isto e não quer lutar;
Cara ta na hora de você se ligar.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
Nossas vidas muitos querem ver destruídas;
Num país condenado carregado de racistas;E
Estamos coligados á um sofrimento;
Mas ainda resistimos como podemos;
Você não vê o que sonha realizado;
E só se fode sendo o prejudicado;
E a vida que levamos está na pior;
E os poderosos vivendo com tudo melhor;
Pois você dá as costas e não escuta o que eu falo;
E mais tardes verás que está agindo errado;
Não procure os caras acomodados;
Seja um preto ativo, completo, capacitado;
Consciência Humana pede á você;
Que se valorize, compreenda, tente entender;
E não dê ponto aos que te prejudicam;
Pelo seu povo brigue, brigue, nunca desista;
Pois aí sim será um preto de verdade;
Que só quer lutar por sua liberdade;
Sua consciência estará tranqüila;
E juntos derrotaremos esses racistas.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
consciência humana - décadas
São décadas e décadas e décadas de sofrimento brasileiro;
Mas ainda continua mano o mesmo;
País como é apontado;
Submundo Brasil como é classificado;
Miséria e a troca de governo constante;
Confiar em quem já não é o bastante;
Chega de agüentar tudo calado;
Sou um rapper parte do povo, mano e não otário;
Poder aquisitivo não temos nenhum;
E isto revolta á cada um;
Vivemos sofrendo morrendo angustiados;
E protestamos todos desorientados;
Homens nas ruas continuam jogados;
A pobreza e depressão estão por todos os lados;
Tudo que eu digo são fatos reais;
A filosofia é de rua, atitude de negros reais;
Consciência Humana tem o seu lema;
Falar a verdade, qual é o problema?
E digo que a expressão será a mesma;
Falar o que é certo, por tudo na mesa;
Destruí-los mentalmente sabendo da conclusão;
Que todos os poderosos são iguais ou não;
E mesmo assim caímos em suas redes;
De mentiras, promessas feitas por eles;
Ambição e egoísmo são ilimitados;
Quanto mais esperanças temos, mais o país é roubado;
E tudo que eu digo;
Muitos escutam e tapam os ouvidos;
E ficam calados ignorando os fatos.
(2x) São décadas e décadas e décadas hei;
Décadas e décadas e décadas hou;
Décadas e décadas e décadas de sofrimento brasileiro.
País onde o nordeste pede clemência;
Onde a fome e a morte marcam sua presença;
De responsabilidade, crueldade;
Voltadas simplesmente para a maldade;
Essa é a imagem que eu tenho desse governo;
Que explora e afunda o país inteiro;
Nos deixando nessa situação;
De mãos atadas sem os pés no chão;
Temos um país que deve pro primeiro mundo;
E anualmente é vergonhoso o transtorno;
Passar por cima de tudo é o que tem em mente;
Iludir, enganar a nossa gente;
É doloroso ver uma criança pedindo comida;
Em ruas da cidade com estruturas melhores de vida;
E dizem que providências serão tomadas;
Mas, mas até agora eu não vi nada;
Consciência Humana continuará falando;
Protestando com seu povo, dialogando;
E fazendo simplesmente o que puder;
Pois conte com a gente para o que der e vier.
(2x) São décadas e décadas e décadas hei;
Décadas e décadas e décadas hou;
Décadas e décadas e décadas de sofrimento brasileiro.
Lutar e reivindicar é um direito que temos;
Protestar nas ruas sem se deixar tomar pelo medo;
Temos que lutar pelos mesmos ideais;
Filosofia de Rua, De Menos Crime e Negros Reais;
Irmãos que vêm com letras abusivas;
Unindo fatos reais dos manos e suas minas;
Somos dignos de ser conscientes;
Consciência Humana lutando com unhas e dentes;
Estenda a mão ao próximo que está do seu lado;
Pois estamos simplesmente no mesmo barco;
Ordem e progresso tem que ser feitos de fato;
Por toda a nação, ambos os lados;
Nunca seja egoísta, pense em seus irmãos;
E faça tudo certo, um digno cidadão;
Intime as autoridades se em má fé estiverem agindo;
E encontre um futuro melhor para seus filhos.
(2x) São décadas e décadas e décadas hei;
Décadas e décadas e décadas hou;
Décadas e décadas e décadas de sofrimento brasileiro.
consciência humana - dia de revolução
A lei é um instrumento das classes dominantes
Para manter-se no poder, e conservar submissas
As classes oprimidas
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
O desemprego gera fome e a fome gera puta que pariu
Brasil, dois mil, tudo de novo, marionetes do sistema
Todo esse povo, conduzidos ao sufoco
Imposto ao oposto, das máfias existentes nesse país
O sistema faz gente infeliz, gente de mente manipulada
Empunhado um calibre na febre roubando pra se alimentar
Sustentar seus sonhos de consumo
Consumido pelo submundo, perdido nas drogas
Se pegar esse caminho se pá nem volta
Uma pá pegou o atalho e nunca mais voltou
Saudades deixou, só nos deixou lembranças
Boas lembranças, experiências amargas
Dizem que a justiça tarda, mais não falha
Não, não, não falha, protege bem os canalhas
Os mentores da desgraça que há.
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Criaram as drogas e as armas, e a polícia que aí esta
Despreparada pra agir, preparada pra matar
Será o dia da minha sorte? Sei que antes da minha morte
Eu sei que esse dia chegará, mais quando será?
Quando o povo pobre dominará o mundo?
Só quando o podre poderoso dono de vários projetos valiosos
Planos ambiciosos, for desacatado pela população
Aí então revolução vai ser
Quando o podre e poderoso deixará de dominar o mundo
E o povo pobre deixar de achar normal os absurdos
Que nos propõem o caos, e a sociedade deixar de ser covarde
Seus destinos ser traçados por alguns segundos
Com pensamentos imundos
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Você que sobrevive no lado escuro, obscuro da periferia
Se liga, a um grito de liberdade no ar
Esse som que invade sua mente de repente lhe faz pensar
No passado presente, anos luz na frente
Futuro, quando falamos do futuro confundimos as mentes
Sabemos que da lavagem cerebral uma voz se faz presente
Infelizmente sofre uma conseqüência da mente metralha
Uma grande arma, calibre de alta potencia
Que não perfura suas vitimas, invade a sua consciência
E o subconsciente parar de assassinar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
consciência humana - entre a adolêscencia e o crime
Eu queria ver o sol nascer;
Mas não do jeito que eu vejo;
Ver o orvalho das folhas caindo;
E o sol surgindo do lado leste;
Onde a natureza com tão pouca beleza promete;
Dias que muitos não se esquecem;
Mais um dia amanhece.
CH, HC, W DEE, Preto APLICK e ADRIANO;
Hã, hãa, e é assim que chega, é HC que chega;
De Menos Crime, U Negro, CH que chega, chega;
Hã, hãa, e é assim que chega, chega.
Há muito tempo quis tentar fugir dos homicídios;
Se tornando assassino do próprio raciocínio;
O inimigo maior, o cara que só;
Andava adiantando a morte;
E atrasando os arquivos da mente;
Infelizmente bateu de frente com o pó;
Se envolveu com a química a chance é mínima;
E o poder destrutivo será maior;
Na era do pó, na era do pó;
A barba cresce e você se esquece de quem é você;
Só quer viver na balada, maldita calada;
Maltrata o ser, não seja eu, não seja você;
O quinto á fazer parte da oitava banca a ser assassinada;
Por isso ao sair de casa reze 3 Ave Maria, 3 de graça;
Só para que os ratos cinzas não venham nos aborrecer;
Nessa jornada, e que Deus ilumine a nossa caminhada;
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Amém;
Quantos mano se foram, uma par de manos se foram;
É muita treta, uma par de pilantragem;
Primeira passagem lhe forjaram o 157, ladrão esquece;
Chegou sua vez, piou o xadrez, piou o xadrez, piou o xadrez;
Cheguo sua vez, piou o xadrez, piou o xadrez, piou o xadrez;
IPA Instituto Penal Agricular;
Sobre o comando policial é um coração;
Com um simples sistema tático de proteção é uma prisão;
De reintegração final na sociedade;
Pra esses criminosos eventual ou habitual;
É uma tremenda e macabra favela;
É um inferno real pra muitos normal;
PA-PA-PA-PÁ quantos a química irá matar;
RA-TA-TA-TÁ se joga se for ligeiro pra te salvar;
Difícil de se viver por que é pura decadência;
Seres humanos jogados dentro de quartos;
Alojamentos super lotados condenados;
Á suportar tanto sofrimento, sistema sangrento;
Que desmoraliza o detento, que por infelicidade;
Perde a tranqüilidade de viver com seus familiares;
Mas tem perseguição que resulta apreenção;
Casa de detenção, agora os ratos cinzas prontos pra atacar;
O ser humano viciado dependente;
Que se esconde, faz o máximo pra respeitar as regras;
E não ser levado pra lá novamente, ninho da serpente, prisão;
Sistema fechado, a triste regressão, sem condição;
Moscas sobrevoam a nossa alimentação;
E os banheiros entupidos cheios de micróbios;
E as paredes podres me dá neurose;
Em ver um homem ser espancado até a morte;
Falta de sorte, tropa de choque.
(4x) PA-PA-PA-PÁ quantos a química irá matar;
RA-TA-TA-TÁ se joga se for ligeiro pra te salvar.
Muitos morreram no Pavilhão 9;
Falta de sorte, tropa de choque;
Apavorou o pavilhão inteiro, pânico, medo e desespero;
Cachorro assassino, é cacetete e tiro;
Invasão de inimigo, vivemos como se fossem mendigos;
Amontuados no chão somente solidão;
Descontentação com a coordenação, com a coordenação;
Cruz, cruz, cada um carrega a sua cruz;
Por esses caminho complicado aglomerado de elementos;
Sangue bom, comédia, vacilão;
Que tiveram um dia o destino traçado;
Pois aplicaram na lei 157, 55, 121;
Assalto á mão armada, furto, assassinato;
No 213 o maluco ta complicado;
Muitos foram enquadrados no 148, 171, 128;
Seqüestrador, portador ilegal, aplicador;
Preso que representava perigo para a sociedade;
Na clandestinidade recuperado deste mal;
Que fez da sua vida uma escravidão.
(4x) PA-PA-PA-PÁ quantos a química irá matar;
RA-TA-TA-TÁ se joga se for ligeiro pra te salvar.
consciência humana - estratégia
(Eduardo-FC)
Aí playboy, zé povinho, principalmente grupo invejoso,
Mais um motivo pra vocês perder o sono cuzão,
Lado á lado, facção central e consciência humana,
Eduardo, WGI, APLICK, DUM-DUM, Adriano,
O campo de extermínio tem a voz truta.
(Aplick-CH)
Junção, revolução,
Do lado leste da periferia de São Paulo CH,
Lado Sul Facção, salve, salve nação brasileira,
Vamos que vamos, que a nossa revolução seja feita.
(Dum-dum-FC)
Aí até problema com polícia vocês tiveram, nós também tivemos,
Aí até nisso nós somos parecidos aí, facção central e consciência humana,
Lado á lado.
(WGI-CH)
Maloqueiro só monstro,
200 filho da puta 3 a quadrilha ta formada,
Só criminoso na parada da rima,
Firma, assim que chega.
(Aplick)
Grande estratégia, planejamento,
Quantidade de investimento,
Disposição pra agir,
Partir pra violência individual,
Á procura estrutura status social,
Sou mais um jovem disposto a matar ou ser morto,
Fruto dessa sociedade massacradora,
Filho de operário da década de 60 vítimas do regime militar,
Vida dura, ditadura, o sistema regente fecha as portas,
Do horizonte, revolução, nação,
Ou parte pra guerrilha ou assume a alienação,
Globalização, manipulação,
É tanta humilhação que o povo não suporta,
E através do crime organizado rebela, protesta,
Abala os quatro cantos da estrutura da classe social,
Acho normal que a violência exista,
Ela é apenas mera conseqüência da falta de justiça,
Da existência de uma par de falcatrua,
Ganância, corrupção na administração,
Moleque com pé no chão, homens com arma na cinta,
Exposição de sexo, tráfico de cocaína.
Refrão:
Grande estratégia, planejamento,
Favela, favela,
Quantidade de investimento,
Parceria, disposição, disposição.
(Eduardo)
Enfia no cu suas fm, sua emissora, sua mídia,
Ou na laje minha antena pra freqüência terrorista,
Já lançou sua fórmula de minuto nas crianças,
Hoje o ídolo é o careca ou de black ou de trança,
Sei como é difícil pra você ver novela,
Com os carros com o rap no último na sua janela,
Enquanto você tava pondo silicone na sua vadia,
Fiz por amor a pivetada por 100% negro na camisa,
Hoje somos tipo as fardas mas sem míssil ou escopeta,
Somos o exército de calças largas e bombeta,
Pergunta pra sua filha em quem ela se espelha,
Na puta de biquíni na banheira da tela,
Seu sonho é posar na PLAYBOY na SEXY,
E mostrar o MAKING-OFF no programa da Hebe,
Por isso sou letal igual monóxo de carbono,
Pra ovelha do meu rebanho não se perder igual cão sem dono,
Dou assistência 24 horas sem carência,
Apareço sem limite de consumo de letra,
Tipo os boys de pit eu mantenho a cara pintada,
Mas não com tinta de faculdade e sim com o sangue da quebrada,
No dia á dia conquistei minha psicologia,
Pedindo moeda com a minha mãe na porta da drogaria,
Quantos meses, quantos dias, quantas horas,
Me humilhando pro meu irmão ter uma cadeira de rodas,
Quando o cuzão do meu pai morreu vi que Deus era sábio,
Deixou os bens pras amantes e nada pro Eduardo,
Só que com o tempo me fiquei alto com mais valor,
Ingresso pra trilhar na estrada da dor,
É necessário deixar pegadas nas labaredas da vida,
Pra ta credenciado até na nossa comitiva,
A lágrima secou e virou escudo de aço,
E quem pra comer olhava carro hoje é soldado.
Refrão
(WGI)
A heroína conduz um garoto ontem inofensivo,
Hoje um monstro dentro da sua empresa,
No dia da caça você é a presa,
Você é o alvo na mira de um psicopata armado,
Um homem violento, como não ser violento?
Com tanta agressão social que nos mata por dentro,
Sentimento, favela,
O ser humano cria defesa e essa é uma delas,
Arma branca pra cima de você em qualquer circunstância,
Arma na mão de adulto, arma na mão de criança,
Várias, várias, diversificadas,
Mas a maior arma do ser é a mente engatilhada,
Desperta o instinto, o psico que mata,
Quem criou o calibre criou a guerra,
Criaram as diferenças entre os habitantes desta terra,
Imensa diferença social,
Os índios, os negros num quadro social,
Por igual discriminados acreditam até a morte,
Sociedade fantoche, pobres, sábios, humildes,
Excluídos que vieram afastados do extremo leste,
Sobreviventes da violência urbana.
Refrão
(Dum-Dum)
Minha cultura é tipo fita isolante na lotação,
40 buracos no mesmo corpo no pavilhão,
A professora mentirosa quis me iludir na escola,
Com livro hipócrita sem minha raça, minha história,
Pau no cú do português que pisou aqui,
Quero saber ver e ler sobre o meu herói Zumbi,
O ensino que deveria ser o alicerce do homem,
Tem moleque na oitava não escrevendo seu próprio nome,
Estamos no fronte pra não te deixar órfão perdido,
Ser auditório ambulante das vacas dos Estados Unidos,
De coração pra coração essa é a sintonia,
Arrepia lembrar do dia da lágrima da tia,
Desculpa mãe no cinema da penitenciária,
Comoveu vereador e a professora do Cocaia,
Esse é meu culto do Dum-Dum, este é meu greme,
Que não vai ser tirado de mim nem pro civil nem pro PM,
Nem a cela gelada de Presidente Bernardes,
Arranha a ideologia do rapper de verdade,
Entre o ônibus em chama e a faculdade fechada,
A profecia do lunático aqui é concretizada,
Aí cuzão de Z3 tem um mar de sangue no meu rap,
Mas é você que manda pedaço de criança via satélite...
Todo playboy é um George Bush com potencial,
Procurando seu Iraque pra testar o arsenal,
Sei o que te ofusca no poder, chicotear minhas costas,
Estuprar minha filha, me vender acorrentado pra Europa,
Talvez minha parede não veja um disco de ouro,
Mas um prêmio já ta ganho só de tirar o teu sono,
Favela não tem Bomba, Super-Homem nem Abade,
Mas tem FC e CH na linha de combate.
Refrão.
Cds consciência humana á Venda