MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
consciência humana - lembranças
Ei W DEE eu estou com saudade do meu mano;
Em uma noite dessas ele apareceu no meu sonho;
Com um ar diferente, parecia estar contente;
Com seu novo lar, com o seu novo lar;
Que pena que ele se foi a uma outra noite dessas;
Quando eu me lembro dessa noite o sentimento se quebra;
Quando a notícia chegou lá em casa todos choravam;
E eu simplesmente com um nó na garganta e uma cede de vingança.
Ei APLICK a vingança é o pecado, o pecado é o medo da morte;
A morte é a vingança que de surpresa dá o bote;
E ele foi 1 entre 1000 que naquela noite levou um bote da vida;
É triste pra família, mas eu no seu lugar não me culparia;
Pois agindo assim não ajudaria em nada e na sua casa;
Alguém precisa de um incentivo, é com você amigo, é com você amigo;
Eu sei que não é fácil, mas temos que nos acostumar;
E não nos culpar dos fatos ocorridos, contrariar o destino;
Além do mais há muito tempo que ele partiu deste mundo, flutuava no escuro;
E que Deus o tenha em um bom lugar;
E onde quer que ele esteja eu espero que ele esteja;
Com a paz que eu sempre sonhei.
Como ele foram vários eu sei, mas não acreditei;
Talvez eu fracassei no apoio que dei;
O crack foi mais forte que as boas palavras;
Conselhos de mãe, irmãos e amigos não lhe valeram nada;
Ele não nos escutou, fracassou e o apoio não bastou;
E o crack superou e dominou seu cérebro;
E o por que disso tudo eu quero, e o por que disso tudo eu quero.
(2x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
A lembrança do passado nos torna uma penitência;
É que quando lembramos das vítimas;
Das balas perdidas, do crack e da cocaína;
E da inocência das pessoas que moram na periferia;
Por ter um dia marcado e ter a noite perdida;
De dia é os planos de furto que nos rodeiam;
É um distúrbio mental, a morte cerebral;
É o desaparecer do ser humano;
São pessoas boas que estão se tranformando em pessoas más;
Não posso acreditar que se deixou levar;
A ponto de pelo crack estar dominado;
Foram 26 anos perdidos em poucas horas;
E pelo crack você ignorou a sua própria vitória;
Ei cara, quando eu me lembro das suas palavras;
Dos seus planos de vida, das nossas idéias trocadas;
Das noites de sorriso e das baladas geladas;
Em que comigo você se preocupava;
Você me dizia pra não entrar nas paradas erradas;
E que me afastasse das drogas e das armas;
Que eram uma jogada macabra;
E que o mundo pro criminoso era escuro;
E que não era futuro pra mim;
Pra eu seguir os seus conselhos e não os seus caminhos;
Por que onde morreram as rosas ficaram os espinhos;
E quem não tem bom aliado anda sempre sozinho;
Pra não ser queima de arquivo, não ser queima de arquivo;
Eu ouvi seus conselhos, mas você fracassou;
Em um balada gelada o crack te dominou;
E os seus planos de vida você ignorou;
Dizendo que o crack superou suas palavras;
E na noite andava como uma alma penada;
E no meio de campo com muitos outros;
Fazia parte da jogada macabra, a noite passava;
E a saudade das pessoas provocam as lágrimas.
(2x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
Ei mano por essa fase da vida;
Todo mundo têm que passar;
Por que a morte faz parte da vida;
E eu facilitei a minha;
E o destino não me escolheu pro bote.
E as perguntas que me faço se referem á você;
Eu não consigo entender por que;
Você opinou por esse lado da vida;
Sua família chora a sua morte;
A saudade bate forte, o destino te escolheu pro bote;
É foda a saudade cara, ás vezes na madrugada;
Me lembro das baladas, das idéias, dos rastros de lágrimas;
Que corriam de preocupação;
De um com o outro e o conviver dos nossos outros irmãos;
Você se lembra cara das nossas idéias somente em mágoas passadas;
E os conselhos que você me dava;
Por ter vivido tal experiência, não me cabia esse tipo de convivência;
Por isso o motivo da sua morte pra mim não foi convincentes;
Usou demais o nariz e a boca e se esqueceu da mente, infelizmente;
Naquela madrugada você no canto da sala;
A sua hora chegava, a morte se aproximava;
E de nós para sempre ela o levava;
Viagem é viagem, pra muitos o crack é uma viagem;
Mas pro Consciência Humana não;
E pra aqueles que são conscientes também não.
Ei APLICK não é legal você ficar se martilizando;
O tempo vai passando e eu estou ligado que é foda;
Mas a gente suporta, é você e os que ficaram é que nos importam.
É W DEE, mas ele era um irmão meu.
Ei mano ele é, mas desse mundo não é mais;
Ele morreu infelizmente esse foi o destino que ele escolheu;
Fora de tudo em um outro mundo;
Deixou o subúrbio, acabou o consumo;
DIGA NÃO AO CRACK!
(4x) Me fala, me fala, me fala;
Por que tem que ser assim.
consciência humana - periferia tem seu lado bom
Apesar dos males que existem na periferia;
Periferia também tem seu lado bom, hã hãaaa;
E uma parte deste lado bom está a feira;
A capoeira, o samba, e o carnaval ainda é nosso;
Olodum, maculelê, futebol, dignidade, humildade, rap nacional;
E junto com o rap nacional;
Grupo Consciência Humana, De Menos Crime, U Negro;
Homens Crânios, DRR, pedimos á todos você que;
Conosco embarquem nessa viagem.
(2x) Periferia tem seu lado bom.
Ei boy playboy se liga na idéia o assunto é de favela;
Do lado escuro obscuro e de idéias certas;
Mas de espaço restrito e nem tanto deprimido;
Com a conseqüência da sua jogada, se liga na parada;
Consciência Humana tem o dom da palavra;
Sabemos o que se passa, por que sua massa acha;
Que não sabemos de nada;
E que estamos acomodados do lado mais fraco;
E que com eles ninguém pode, não pode;
Não somos fracos, somos muitos e muito fortes;
E temos nossos próprios planos de vida;
Que nos incentivam a lutar contra vocês;
Burguesia nazista de mente falida, playboy;
O seu futuro é planejado, o seu dinheiro é válido;
Mas seus planos são fracos, chegamos pra te enfrentar playboy;
Quebramos a cara no mundo fruto do seu plano sujo;
Para nos ver no escuro do lado obscuro da periferia, ó quem diria?
Que essa gente que vocês tanto marginalizam;
Iria conseguir adquirir experiência de vida playboy, boy, boy;
Apesar dos pêsares pesados marcados;
E cicatrizados pela força de vontade de viver;
Ou melhor sobreviver de maneira possível;
Nada é impossível;
Ainda há um sorriso estampado em cima de tudo isso;
Tentou nos pôr no enguiço boy, se liga nisso playboy;
A vida é outra boy, não se ponha em perigo playboy;
Pois temos objetivos;
Que nem a elite com seu poder fortíssimo de seus soldados;
Com suas fardas e armas conseguirão apagar;
Já me senti culpado por aquele alcóolatra, idólatra;
De porta de bar que assiste a tv e acha que sabe de tudo;
Que na verdade está fora do mundo;
Que mais uma vez na bebida encontra o seu refúgio;
Pai de família confuso, mas nem tudo está perdido;
É só mais uma confusão;
Concertaremos tudo isso e mostraremos;
Que a periferia tem o seu lado bom.
(2x) Periferia tem seu lado bom.
Na humildade do cidadão a gente acredita;
Naqueles que não abaixam a cabeça para os problemas da vida;
Que com fé e coragem acreditam que tudo pode dar certo;
E são pessoas que estão enxergando que não está tudo acabado;
Pessoas que incentivam outras pessoas a darem a volta por cima;
E superar as barreiras, buscar esse mesmo lado positivo;
Pode acreditar, esse lado em todo o ser humano há, pode acreditar;
Pessoas que não são preconceituosas;
Não tem vergonha do que são e nem do bairro aonde moram;
Que encaram a vida como realmente é;
Quer dar a mão e está consciente dos atos;
Pra se orgulhar de cada passo dado simbolizando união;
Periferia tem o seu lado bom.
(4x) Periferia tem seu lado bom.
E no entanto estou lembrando é da minha infância;
Do bairro perigoso, da favela cheia de criança;
Do rosto, do esforço das pessoas que moravam lá;
Que batalharam pra conseguir um teto pra morar;
Nordestino iludido com as propagandas que mostravam a televisão;
Era mais uma família pra viver na mesma situação;
E que situação do conto do vilão;
As propagandas passavam, as famílias chegavam;
A favela enchia, eu me divertia;
De cada família que chegava de uma, duas, três crianças tinhas;
Pra mim era só alegria, aumentava as amizades;
Mas diminuía o espaço, aumentava os desentendimentos;
Mas como sempre chegávamos á um acordo;
E acabava o sufoca daquelas crianças, ó tempo de infância;
Rodar pião, empinar pipa, ó tempos de criança;
Brincar de polícia e ladrão, pow, pow no matagal;
Dar mergulho na lagoa em dias de sol;
Bater uma bola com os camaradas no campo ou na rua;
Tomar puxão de orelha "moleque não brinca mais na chuva";
Esse era o conselho que a minha coroa tanto me dava;
Periferia tem o lado bom e eu não enxergava.
(4x) Periferia tem seu lado bom.
consciência humana - cidade sem lei
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Justiceiros vêm cegos e não enxergam ninguém;
Já chegam atirando e mandando para o além;
Vivemos apavorados, em grande desespero;
Que estão também em São Paulo os grandes justiceiros;
Que também são conhecidos como exterminadores;
Por isso é que digo que vivemos em terrores;
Não são sós os exterminadores, mas também os policiais;
Que te matam, dão sumiço e fica um arquivado á mais;
Seu corpo aparece boiando jogado no mato;
E eles não procuram por ele e fica só nos comentários;
No outro dia você vê como peça nos jornais;
Acharam um cara morto com a figura de um marginal;
Mas não procuram saber se o cara era inocente;
E se a família não aparece enterra como indigente;
Só falamos a verdade, doa á quem doer.
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Eu não agüento mais tanta injustiça;
Ignorância e preconceito mano de certos racistas;
Que vê o negro como coisa diferente;
Negro não é objeto, negro é gente;
A violência nas ruas aumenta cada vez mais;
Com pessoas com medo de fazer a paz;
Mata, rouba, trafica, mas que absurdo;
E é isso que está acontecendo em nosso mundo;
Mas com uma grande preocupação;
Se no dia de amanhã terá o leite e o pão;
Para dar aos seus filhos;
Que crescem em torno desse sacrifício;
Induzem menores, abrem caminhos;
E colocam pontos de droga sob seus domínios;
A polícia vê isto e fica de braços cruzados;
A continuidade disto é por todos os lados;
Mulheres que põem filhos no mundo;
Pra depois ficar largados no Brasil futuro;
Cheio de cinzas e de preocupação;
E é o que está acontecendo neste mundo, mundo cão.
(2x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Não pode ficar assim, vamos tomar uma decisão;
Quem morre nas ruas são nossos próprios irmãos;
E com forme o tempo passa ocorre mais uma notícia;
Acharam um cara morto e o autor não foi a polícia;
E como sempre com isso vivemos sofrendo;
Pra eles é um corpo á mais e pra nós um irmão á menos;
Agora vê se me explica pra que existe polícia;
Se a cada diz que se passa aparece mais uma vítima.
(4x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Eu não agüento mais tanta injustiça;
Ignorância e preconceito mano de certos racistas;
Que vê o negro como coisa diferente;
Negro não é objeto, negro é gente;
A violência nas ruas aumenta cada vez mais;
Com pessoas com medo de fazer a paz;
Mata, rouba, trafica, mas que absurdo;
E é isso que está acontecendo em nosso mundo;
Mas com uma grande preocupação;
Se no dia de amanhã terá o leite e o pão;
Para dar aos seus filhos;
Que crescem em torno desse sacrifício;
Induzem menores, abrem caminhos;
E colocam pontos de droga sob seus domínios;
A polícia vê isto e fica de braços cruzados;
A continuidade disto é por todos os lados;
Mulheres que põem filhos no mundo;
Pra depois ficar largados no Brasil futuro;
Cheio de cinzas e de preocupação;
E é o que está acontecendo neste mundo, mundo cão.
(4x) Terror em São Paulo alguém me explica o motivo;
Por que andar de madrugada é um grande perigo.
Então grupo Consciência Humana;
Sou W. DEE, APLICK, MC DEE, NÓIA, DJ ADMED e DRR A POSSE.
consciência humana - amigo de infncia
Ao ver a brincadeira daquelas crianças
A saudade bate forte
Eu me lembro de um grande amigo da minha infância
Aliado na escola na rua e no jogo de bola
Passado anos que se foram embora
Duas criações uma diferente da outra
Uma mais presa enquanto a outra era mais solta
Me lembro de quando empinávamos pipa no morro
Se esquecendo de tudo e até daquele humilde almoço
O mais velho dos irmão esquema rígido de família então
Exemplos tem que ser dados assim que é nossa tradição
Chinelo colocado no meio do braço
A roupa sujo rosto todo suado
A tarde voltamos pra casa pensando como seria o outro dia
E se armando com a pelada com a rua de cima
Quando crianças conversávamos de nossos sonhos
E o opala preto era o sonho daquele menino
Debaixo do banco ferro achando que estaria protegido
Adolescência chega rápido e junto com ela muito embaçado
Largou os estudos e os planos dos pais contrariados
Eu no meu estilo ainda estudo e vou pro outro lado da vida
Rap baile algumas letras já escritas
Meu mano de longe eu via
E lá estava ele ignorando os planos da família
Caros a sua porta e os pais marcavam pressão em cima
Não dava ouvidos e já com sua mãe discutia
Era assim que ele estava desnorteado
Mais respeitando a todos que estavam ao seu lado
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que resta da amizade é só as lembranças
Camarada da antiga passando por este estagio da vida
Onde estava se estragando e partindo pra vida bandida
Sua namorada já havia o deixado
Por não concordar com o que vinha pratico e fácil
O calibre dos seus sonhos já tinha as suas mão
Era pra fuder vivendo agora da ilusão
Que proporcionava uma vida boa e estável
Bom artigos muito dinheiro e maus aliados
O samba era de lei a breja também
Um fino pra mente estavam espertos com o que vinham
Saindo fora do bairro aonde morava
Infelizmente na mira da maldita policia
Considerado em outras áreas por muitos respeitado
Sujeito no que fazia dava entrada era jogado
A calada era dele e de quem estava ao seu lado
Embaçado era problemas o dinheiro falava mais alto
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que da amizade é só as lembranças
Ra ta
O pior de tudo estava por vir
Duas horas da madrugada e em uma mesa redonda
Varias carreiras esticadas foram testados vários calibres
E no meio da banca não há quem se intimide
No meio de várias cabeças existem diversos artigos
E ele lá no meio como o capeta arisco
Na cabreiragem com os outros parceiros
Porque a fita era alta e o tempo era dinheiro
Como se batessem os pensamentos o clima fica tenso
Suas atitudes mudaram ai não deu tempo
Partiram pro arrebento arma na mão estão lá dentro
Ladrão o resto eu nem comento
2x e ai mano falo chegado
Amigo de infância
E ai mano falo chegado
O que da amizade é só as lembranças
consciência humana - lei da periferia
Essa é somente a vida de muitos em São Mateus;
Mas também é a vida de muitos na zona norte;
Na zona sul, na zona oeste e na nossa zona leste.
(2x) Essa é a vida de muitos em São Mateus.
A falta de dinheiro naquela goma era problema
Mais um chefe de família mantinha Deus
Como força suprema, o seu único lema
Dois pivetes frutos de um casamento bem sucedido
Mas financeiramente todo fudido
Sem emprego, roubar que nada e aí camarada
Essa vida não vai me pregar essa cartada
De manhã um bico aqui e outro ali
É assim que vai levando sem desistir
Seus pivetes os dois criados nas ruas
Fazer o que é o destino fudendo na cara dura
E o maior com apenas 15 anos
Sem o pai perceber já está se adiantando
Lei da periferia ó quem diria?
São muitos se fodendo a cada dia
O menor segue os passos do irmão mais velho
Esconde seu calibre no forro do teto
Eu não quero me foder, não quero ver nada faltar em casa
Vou ver o meu pai se foder sozinho por nossa causa?
Lamento de mãe que vê coisas chegar diferentes em casa
E o que os filhos faziam a coitada acoitava
Com medo de uma surra ou que houvesse conflitos em casa
Pois a lei era severa pelo pai nesse estilo de área, nesse estilo de área.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
Crueldade do tempo, o destino armou uma grande cilada
Contra aquele homem era a morte de hora marcada
Contente por ganhar um trocado com o sorriso estampado no rosto
Pra junto de Deus naquele dia ia deixar o morro
Considerado na área pela honestidade que tinha
Trabalhador o único problema é que bebia
Mas chegava junto em casa e problemas não dava
Mas sua hora estava bem perto, se aproximava
Deu o dinheiro pra sua esposa e foi pro boteco
Daí aonde conversava e uma dose de pinga bebia
Descontraído não percebeu o carro encostar
Não viu nada, nem a própria morte, bam, bam
Sua mulher escuta os sapecos e corre pra lá;
Vê o marido caído, se desespera e começa a chorar
E a única frase por ela ouvida
Se joga ladrão e você também pra não foder minha vida.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
A notícia chega ao mais velho e ele não chora
E fala bem alto e fudido
Eu não quero saber, vou buscar cada um desses bandidos
Buscou os safados e agora seu pai está vingado
A promessa que fora feita está cumprida
Agora é eu quem tomo conta da minha família
No começo tentou seguir o exemplo do pai
Mas o destino foi traiçoeiro e apunhalou por trás
Volta a vida que levava agora abertamente
Já é um ladrão bem sucedido, infelizmente
A polícia cresce o olho, pois estão na sua cola
Um pedágio por dia pra também não ir embora
Mas infelizmente é trombado em uma outra quebrada
Sem acerto, foi derrubado com o rosto afundado na vala
Lei da periferia ó que diria?
São muitos se fodendo a cada dia
Mais um sofrimento para aquela mulher
Primeiro é o marido, segundo o filho, vê o destino como é
Pois esta é a vida de muitos lá em São Mateus
Pequeno, pobre, humildade mais um bairro meu.
(2x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
Aquela sexta 13 foi pop pra mim
Primeira sexta-feira 13 pop da minha existência
Foi o dia em que prontifiquei me distanciar das negligências
De um sistema esbranquiçado
Acordei cedo desposto á ver o sol nascer
Já recebi a notícia dos que morreram
E da lista dos que tinham pra morrer
De ouvir essas idéias estou empapuçado
Espancamento, estupro, drogas, assassinato
Espero um dia acordar com as boas notícias
Sem violência, sem racista, sem polícia
Sem ouvir tiazinha chorando por que invadiram sua goma
Sem ouvir pivetada gritando "eu não quero ir pra escola"
Sem ver a mulher brigando com o marido alcóolatra
É foda, vou dar um rolê e volto outra hora
Pra ver se a mente controla esse tempo que rola
Parei numa banca para ler o jornal, me dei mal
Por que o destaque era uma chacina que espirrava sangue
A folha de notícia é foda, esse modo de vida pra mim não dá
Vou procurar um lugar tranqüilo pra raciocinar
Preciso cuidar da minha coroa agora
Vou abandonar o crime e dar início a uma vida nova
Vou começar a outra caminhada
Voltar as aulas, trabalhar antes que os ratos conquistem meu espaço á bala
Antes que a minha coroa veja o meu corpo crivado de bala.
(4x) Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Lei da periferia ó quem diria?)
Esta é a vida de muitos em São Mateus
(Pequeno e pobre, humilde mais um bairro meu)
consciência humana - rajada
Quinta-feira, eram 3 horas da matina;
Onde os sons da noite reinavam e a neblina era rainha;
Andando por quebrada falando de fatos fudidos;
E de longe escutamos a seqüência de tiros;
Paramos, entramos num boteco que tinha naquela rua;
Noite sombria pra completar escura;
Aquela rajada não saia da minha mente;
O medo dominava o destino de todos que estavam presentes;
De fatos como este abordado por mim agora;
Rajada, fudeu, chegou a hora;
Justiceiros ou policiais só podia ser;
A morte está por perto, vai ser a hora de correr;
O dono do bar pede para nos retirar;
E disse pra gente "aí dá licensa que eu vou fechar";
Saímos do bote com Deus no pensamento;
Vamos fazer outro caminho, vamos cortar por dentro;
Do rolê que fazíamos vindos de uma palestra;
Caralho, quinta-feira a verdadeira merda;
Um carro vem de longe em alta velocidade;
Será que foram esses tipos que deram aquela rajada?
Não sei, continuamos os caminhos ariscos;
Com medo de ter o tipo desses indícios;
Continuamos e os faladores saem todos de suas casa;
E o falatório começa o tema é emboscada;
São Mateus bairro perigoso da zona leste;
Tem que saber entrar e sair senão já era.
(2x) Rajada, rajada, RA-TA-TA-TÁ;
Cuidado que essa bala pode te matar.
Curiosos descem o morro para ver a parada;
3 pretos com os corpos perfurados de bala;
A violência desse fato é publicada em jornais;
Sem prova acusados de marginais;
Os capitães-do-mato andam por toda São Paulo;
E não importa se é leste, oeste, norte, sul, BUM, caralho;
E o medo dominava e todos calados;
Amigos chorando e a mãe de um deles gritava;
"Mataram meu filho", minha revolta crescia;
Pois esses são atos que destroem famílias;
O povo é massacrado por esses filhos da puta;
Justiceiros, policiais, de quem é a culpa?
Da formação que ilude esses otários;
E fazendo com que sigam os caminhos traçados;
De sangue, de morte em nossos bairros;
E na geral se vacilar um abraço;
A calada da noite é aliada da maldade;
Se tromba a polícia será que da morte escapa?
Se for playboy passa batido;
Mas se for favelado você ta fudido;
É como diz De Menos Crime em suas idéias;
A polícia na rua faz o seu próprio sistema.
(2x) Rajada, rajada, RA-TA-TA-TÁ;
Cuidado que essa bala pode te matar.
Na favela atitudes como essa são abordadas;
Devendo ou não devendo caímos nessa cilada;
Precariamente mano sem modo de nos defender;
Ás vezes vivo por milagre, é realidade, temos que ver;
Em nossos bairros muitos morrem por semana;
50 % é pela polícia e ninguém se engana;
Acerto de contas, pedágio pra eles não pago;
Que medo, agora vão guiar nossos passos;
RA-TA-TA-TÁ mais um corpo em São Mateus é encontrado;
Mistério no campo e todos ficam calados;
RA-TA-TA-TÁ é hora de nos defender;
A comunidade da favela nunca vai morrer;
RA-TA-TA-TÁ nos informar e nos unir;
Lutar pra não morrermos assim é;
RA-TA-TA-TÁ pra que ficarmos calados;
Cai 1, cai 2 e na frente outros 4.
(4x) Rajada, rajada, RA-TA-TA-TÁ;
Cuidado que essa bala pode te matar.
consciência humana - cenas dramáticas
É HC que chega, assim que chega pra bater na letra;
A letra é A, a banca é classe A, aqui quem fala é HC;
É HC, É HC, vai.
Revolucionário a letra fica pra você;
Não pede o crime, o crime é o crime;
O crime organizado;
Do lado leste HC revolucionário;
Contra a burguesia que nos aponta;
Como marginais, homens criminais;
Mentes criminais;
Lavagem cerebral, morte cerebral;
Sistema Central Cerebral;
É trilha sonora do gueto;
De Menos Crime, U Negro;
Leste, oeste, norte, sul, sobrevivência;
Consciência, olha a carência;
Um corpo decepado perto de uma criança;
Filho de mãe, matança de esperança;
Criança filho de duas crianças sem experiência;
De vida, perspectiva de vida melhor;
Adolescência predominada;
Se acabando numa carreira de pó;
Problemas, trauma.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
Um pente, dois pentes;
Carregados numa seqüência de tiros;
Tiros que leva á mais um latrocínio;
Chacina, um homicídio na esquina;
Dizem que traficantes disputam;
O ponto de venda de cocaína;
Polícia, política, malícia;
Deixa transparecer o seu envolvimento;
1999 Fim do Silêncio;
Uma mulher aborta o filho querendo ter;
O quarto poder para vencer;
Vai, e por aqui, por ali, só sangue que se vê;
Resumo da periferia, quem acredita confira;
Quem não acredita confira para ver, para ver;
Moleque de dezessete anos;
Estourando o banco com seus parceiros;
Poderia estar numa escola ou ter um emprego;
Porta fechada caralho, tem muito dinheiro marcado;
Mentes ocupadas amanhã estouram outro crânio;
O mundo mostra que se bater de frente precária;
Nem sempre a regra diz, você nunca mais pode voltar;
Automática estraçalha, o balcão espatifado;
E nessa ladrão contra polícia, sistema, guerra declarada;
Um reverso chega mais cedo, no poder muito veneno;
Disfigura, nossa família recebe todo o efeito;
A guerra explícita declara que;
Aquele moleque perdeu a vida dele na rua;
De bruços, dedo cruzado, tiro nas costas, tiro na nuca;
Aonde que os filhos da puta imperam;
Mais uma vez com a marca da farda;
2001 contraste com centenas de baixas;
Seqüências de tiras, cenas dramáticas, armas automáticas;
CH, HC opinião formada.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
Vou acionar, CH, vou acionar, CH;
Ação, acionei, quinze minutos de euforia;
Na sua mente simplesmente pura adrenalina;
Pura rebelião, mais uma fuga, prisão;
Eu domino a ação, todo mundo deitado no chão;
Eu pego o malote truta, você pega o mão branca;
E se ele se coçar, cenas dramáticas.
(4x) Cenas Dramáticas, armas automáticas;
Cenas Dramáticas, armas automáticas.
consciência humana - dia de revolução
A lei é um instrumento das classes dominantes
Para manter-se no poder, e conservar submissas
As classes oprimidas
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
O desemprego gera fome e a fome gera puta que pariu
Brasil, dois mil, tudo de novo, marionetes do sistema
Todo esse povo, conduzidos ao sufoco
Imposto ao oposto, das máfias existentes nesse país
O sistema faz gente infeliz, gente de mente manipulada
Empunhado um calibre na febre roubando pra se alimentar
Sustentar seus sonhos de consumo
Consumido pelo submundo, perdido nas drogas
Se pegar esse caminho se pá nem volta
Uma pá pegou o atalho e nunca mais voltou
Saudades deixou, só nos deixou lembranças
Boas lembranças, experiências amargas
Dizem que a justiça tarda, mais não falha
Não, não, não falha, protege bem os canalhas
Os mentores da desgraça que há.
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Criaram as drogas e as armas, e a polícia que aí esta
Despreparada pra agir, preparada pra matar
Será o dia da minha sorte? Sei que antes da minha morte
Eu sei que esse dia chegará, mais quando será?
Quando o povo pobre dominará o mundo?
Só quando o podre poderoso dono de vários projetos valiosos
Planos ambiciosos, for desacatado pela população
Aí então revolução vai ser
Quando o podre e poderoso deixará de dominar o mundo
E o povo pobre deixar de achar normal os absurdos
Que nos propõem o caos, e a sociedade deixar de ser covarde
Seus destinos ser traçados por alguns segundos
Com pensamentos imundos
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Você que sobrevive no lado escuro, obscuro da periferia
Se liga, a um grito de liberdade no ar
Esse som que invade sua mente de repente lhe faz pensar
No passado presente, anos luz na frente
Futuro, quando falamos do futuro confundimos as mentes
Sabemos que da lavagem cerebral uma voz se faz presente
Infelizmente sofre uma conseqüência da mente metralha
Uma grande arma, calibre de alta potencia
Que não perfura suas vitimas, invade a sua consciência
E o subconsciente parar de assassinar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
[ 2 X ]
E se a mente reprimida resolver se rebelar?
Se a mente deprimida resolver se rebelar
Não tem para o exército nem pra a polícia militar
Se a mente deprimida resolver se rebelar
consciência humana - sem brincar de cara e coroa
Raciocínio ligeiro passado pro papel;
A mente é igual a PT na cadeira ao lado;
Projetos revolucionários, se for preciso tomar;
Passar por cima de tudo, que seja tomado;
Cão acionado, chega, a batida no papo do resto do estrago;
Quero foder, quero ver o sistema abalado;
No morro desce os manos e seu portão é acionado;
Seguro o monstro que você criou;
Juventude esperta, ligeira, assimilou;
Vários pensamentos encontrados pelas ruas;
O povo jogado ás traças, é dada as costas, filhos da puta;
Ameaça já não nos assusta mais;
E iremos longe, cachorro que late morde;
Então vem que terá pura informação;
Precisa, tiro de doze não;
Maloqueiro da periferia mandando idéia pros putos;
Idéia como navalha vou cortando tudo;
Consciência Humana do morro;
Que vai cutucar os pilantras, os porcos;
Não adianta o sistema se desculpar via televisão;
A bronca será cobrada, é nossa vez então;
Não adianta fardado me olhar com essa cara de ameaça;
Pra mim, pros manos não quer dizer nada.
(4x) Consciência Humana porra, drão;
Sem brincar de cara e coroa.
Periferia é só periferia, o sistema não serve;
Quem está conosco aceitou então nos segue;
Biografia da favela, a verdade das ruas;
A primeira mancada, fome zero, desemprego e vida dura;
Prejudicados um á um;
O suor é prova disso que não se chega á lugar nenhum;
Verdadeiros brasileiros escondidos nos morros;
Se ligando no Brasil que pede socorro;
Afogados por uma mídia traiçoeira e precisa;
A imagem de um mundo totalmente distorçido;
De uma nação dominada pelos podres;
Não e na favela que se encontra os piores bandidos;
Uma massa nova empurrada á um mundo cruel;
Fogo esmaga a década dos putos réus;
Infravermelho atirado sem dó;
Derrubar o inimigo fazer virar pó;
Mas os pais de muitas famílias são derrubados á toa;
HC, a revolução vai ter que vim á tona;
Consciência Humana porra, drão;
Sem brincar de cara o coroa.
(4x) Consciência Humana porra, drão;
Sem brincar de cara e coroa.
Passado, presente e futuro hoje;
Idéia venenosa, fulminante, overdose;
Incentivo á luta é real;
Ritmo perigoso, o raciocínio é fatal;
O corpo retorcido igual do morro;
Sem ter pra onde correr ou pedir socorro;
A maldade deles é semelhante á que dão a gente;
Vem pra cima periferia, lado consciente;
Corpo atravessado enquanto uma nação pede ajuda;
Sugado até a alma não é culpa sua;
Coloco o sistema como um homem só;
Pra você poder ver, entender melhor;
PT acaba com o controle de população;
Mandada por eles enquanto irmãos matam irmãos;
Seguir pelo certo sem dar boi pro duvidoso;
Sinto pro sistema um ritmo doloroso.
(4x) Consciência Humana porra, drão;
Sem brincar de cara e coroa.
consciência humana - a viagem
HA HA HA HA MAIS UM TÁ DEITADO HE HE HE HE...HE HE
ESTOU DISTANTE, UMA VIAGEM QUE LUGAR É ESSE
NEM FUDENDO CONSIGO ME RECORDAR
AQUELA PORRA FUDEU COM A MINHA MENTE
ESTOU DEPENDENTE PAREÇO UM DOENTE
EXISTE A CURA PRECISO ME ORGANIZAR
PARECE QUE ESTOU EM UMA CAMA, CARALHO NA VERDADE ESTOU
DE COMA
HÁ UM JEITO DE ME AJUDAR, O MEU CALIBRE AONDE FOI QUE
EU DEIXEI
PARECE QUE TODOS QUEREM ME MATAR, SAIO CORRENDO AS
MINHAS
PERNAS ESTÃO PESADAS, NÃO TENHO MAIS NOÇÃO DO MUNDO
NÃO TENHO MAIS NOÇÃO DE NADA QUANTOS ESTÃO EM MESMA
SITUAÇÃO QUE
A MINHA, COM A MORTE POR PERTO NA FRENTE DE UMA MINA
CADÊ MEUS AMIGOS, CADÊ A MINHA NAMORADA, PRA ONDE
FORAM TODOS
CADÊ A MINHA FAMÍLIA, SÓ AGORA É QUE EU PUDE ENTENDER
ESTOU DISTANTE É TARDE DEMAIS PRA DAR VALOR PRA VIDA
OS MANOS QUE ESTAVAM COMIGO PRA ONDE FORAM
ESTOU SOZINHO E QUERO VOLTAR LÁ PRO MORRO,
REVER OS CAMARADAS IR PRO SAMBA TIRAR UMA ONDA NA
ÁREA
COMO SEMPRE FIZ TER A PAZ DESEJADA, MÁS PARECE QUE
ESTÁ difícil
NÃO CONSIGO ME MEXER É INUTIL ENCONTRAR O CAMINHO
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO VOLTOU
ESTOU SÓ E AI COMO A ÁREA ESTÁ, SERÁ QUE OS MANOS QUE
ESTAVAM COMIGO
NÃO VÃO VIR ME BUSCAR, QUE PORRA É ESSA CARALHO ME
DEIXARAM FALANDO
HÁ UMA ESCURIDÃO IMENSA ESTÁ TUDO ESTRANHO NÃO
RECONHEÇO
NINGUÉM AQUI ESTÁ RUIM PRA MIM QUERO ME REFAZER
PRECISO SAIR DAQUI
UMA PRISÃO É O QUE ESSE LUGAR PARECE, E NA LOUCURA
TAMBÉM TENHO
QUE DÁ UM BREQUE, ESTOU COM A MENTE AMARRADA O QUE FIZ
CAMARADA
ESTOU A PAMPA DESSE LUGAR QUERO VOLTAR PRA CASA (UMA
DOENÇA NA VERDADE
É O QUE ESSA PORRA É UMA CHEIRADA A PAMPA TE LEVOU PRA
VALA)
QUANTOS DIAS PERDIDOS NA VERDADE ESTOU FUDIDO,
ESTRAGUEI COMIGO MESMO
ESCOLHI O PIOR CAMINHO (ESSE É O SEU DESTINO PRA ÁREA
NÃO VOLTAR MAIS,
NEM PRO SAMBA, NEM PRA FAMILIA, NEM PROS SEUS RIVAIS)
A TANTAS HORAS QUE JÁ
ESTOU NESSE MALDITO LUGAR, A SAUDADE É MINHA
COMPANHEIRA E NÃO ADIANTA
CHORAR (SÓ UMA ESPERANÇA TE ILUMINA AGORA, A SUA MÃE
PERDEU UM FILHO)
MÃE TE PEÇO NÃO CHORE.....
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO VOLTOU
(NUM CAIXÃO BEM FEICHADO TODOS SOBEM NESCESSITADO,
OVERDOSE NA CERTA
MAIS UM FOI PRO SACO) 1974 MEU NASCIMENTO UMA ESTRELA
BRILHAVA EM
MEU QUARTO, 1990 FILHO DA PUTA AS 7 A MINHA MORTE
ESTOU LONGE
AGORA DE VOCÊS (1989 E LÁ ESTAVA VOCÊ A PROCURA DA SUA
MORTE, 1990
SEM SABER O QUE FAZER O COMEÇO DA DOENÇA, 1995 UM
VICIADO
SEM VOLTA, UM FIM, UM TRISTE CAMINHO)....
REFRÃO 4X
POW, POW, POW, POW, DESSA MÃO SE RECUPEROU
A VIAGEM FOI LONGA FOI SÓ VOCÊ QUE NÃO
VOLTOU.................
consciência humana - agonia do morro
Ó nós no ar de novo. Ó nós no ar de novo.
Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
Não vou descer o fracasso nos dominar;
A luz que nos acompanha é muito grande;
Guerreiros da rima incentivados pela periferia;
É muito cedo ainda pra silenciar;
As ruas nos mostraram o verdadeiro valor;
Me lembro dos parceiros que depositaram confiança em mim;
Firmeza sangue bom que acredita na ideologia;
Camiseta levantada, sinônimo de esperança;
Confiança, puro sentimento;
Muitos nos mostraram sinceridade no olhar eu me lembro;
Das idéias trocadas, dos palcos invadidos;
E com este mesmo calor humano são vários graus centígrados;
Sei quem me olho com ódio;
Sem quem olho com a intenção de ajudar;
Protegido, consagrado bandido;
Nosso caminho nós trilha sem a intenção de atrasar;
Só adiantar, pode acreditar, linha de frente;
3 crânios sangue bom foi mais além do que alguns esperam;
Foda-se aqueles que quiserem teimar;
Tem boca pra falar também vai ter que ter ouvido pra escutar.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
A muralha imposta não nos impede de prosseguir;
De progredir, verdadeiro guerrilheiro nunca se omitir;
DRR hip-hop aqui intensidade;
Os astros que corroem os vermes na sociedade;
Mensagem positiva, liberdade, paz e união;
Conscientes dos problemas da humanidade, revolução;
A longa caminhada nos ensinou a revidar;
Os crânios voltam pra casa pra assumir seu verdadeiro lugar;
A inspiração que ocorre nos trás novas letras;
É como o sangue que corre na veia da periferia;
Que me envenena, te envenena, rap, armas, guerrilha;
O cuzão se omite quando o bicho pega;
Pela revolução dos maloqueiros da favela;
Deixa o canalha falar, não vou citar, posso atirar;
Pra ele nunca mais desacreditar;
Estamos no ar de novo, CH agonia do morro;
Separatismo aqui não, nossa realidade é outra cuzão;
Cada um fala o que pensa;
Cada um de forma única inevitável se expressa;
Não aceita falsidade, agora cai em desespero;
Que pro seu terror aqui quem fala é seu pesadelo;
Consciência Humana verbalmente atacando;
Sem querer agradar gregos e troianos.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
O efeito radiação que chega ao ouvido dos falsários;
Cai perfeitamente como uma luva;
Já vejo os comentários da letra pra quem é;
Não é pro meu povo, é direcionado pros porra nenhuma;
Aqui do lado leste continuamos os mesmos na revolução;
Representar o crime na letra;
Ser linha de frente, ser verdadeiro com a periferia;
Nunca igual os comédias que falam história da caroxinha;
Como o facção também não sou puta, não vendi minha ideologia;
Treme, gela, rimador da alegria;
Que se fodam-se as críticas e seus poderes;
Cada um faz a sua e nós fazemos a nossa;
Não tememos a sua censura, nem a sua lista grossa;
Aqui rap pesadelo intencionalmente certo pelo certo;
E certo por perto pow, pow, pow, pow, pow.
(2x) Ó nós no ar de novo, CH agonia do morro;
Ó nós no ar de novo, sai da goma falsário;
Na banca não cola mané.
consciência humana - imagem brasileira
Quando o mundo começou não vi e nem você;
E da antigüidade eu carrego o meu sofrer;
Eu sou preto sou moleque sou moleque de rua;
Não cooperou com meu progresso seu filho da puta;
Eu sobrevivi nessa calçada canalha;
Se rastejando de fome e comendo migalhas;
Você me fala me fala me fala que nós somos o mundo;
Depois se cala e vira as costas pra todo mundo;
Eu aprendi que mais tarde me tornarei um homem;
Daqueles que rouba mata humilha e drogas consome;
Não terei amor e nem afeto a vida inteira;
E assim serei gigante pela própria natureza;
Muitos dizem que se preocupam com a gente;
Mas por trás das portas nos tratam com indigente;
Esse é o brasil óh pátria amada idolatrada salve salve;
Calibre pesado na mão nosso futuro brasil abaixo;
Não é nome dado a esse país que é o culpado?
Dos gigantes ambiciosos e os carrascos;
Os donos do submundo do terceiro mundo e muitos;
Pessoas brasileiras que se preocupam com dinheiro;
Mulheres e carro importado o tempo inteiro;
Não entendo por que certos países progridem;
Todos têm de tudo e todos são felizes;
Ta certo que em tudo isso existe uma marca;
Rouba de quem tem e de quem não tem quase nada;
E o povo brasileiro precisa ser mais esperto;
Não se acomodar com os fatos e ser mais direto.
(2x) brava gente brasileira onde vai que você viu?
Ficar a pátria livre ou morrer pelo brasil.
Estou deitado eternamente em um berço esplêndido;
Na calçada de qualquer rua e muita fome eu tenho;
Eu sou um homem e dizem que eu não sou ninguém;
E os que estavam do meu lado me chamou de ninguém também;
Mãe é aquela que cria;
E tão boa que se fosse comida ela dividiria;
Mas eu entendo que conheço muitas mães ou prostitutas;
Minha mãe verdadeira com certeza é a rua;
Ir ao exército honrar a pátria pra mim é normal;
Lutar para obter riquezas pra mim é banal;
Não que eu não queira ir que eu não vá servir;
Sou patriota sim sou sim;
E quero que alguém me diga que eu não sou nacionalista;
Nesse modo em que vivo diante da minha vida;
Sou brasil em pessoa sem nenhuma máscara;
Sou o riso brasileiro sem nenhuma graça;
Povo americanizado que não mantém os pés na graça;
Não exporta a alma por que deus ou o diabo leva.
(2x) brava gente brasileira onde vai que você viu?
Ficar a pátria livre ou morrer pelo brasil.
Quatro paredes de madeira com suor e liberdade;
Desempenhamos tudo isso pela nossa igualdade;
Mas a polícia tenta nos tirar o que conseguimos;
Conquistar com nossos braços fortes;
Com rajadas na parede desafiando nosso peito a própria morte;
Muitos viram na nossa gente uma imagem plácida;
De um homem heróico acabado pela desgraça;
Interraram um homenzinho e querem saber seu nome;
Minha mãe é meu prato o lixo é minha comida;
Pra muita gente isso faz parte do dia á dia;
E só agora o coração sente minha vida tão sofrida;
Para o brasil com certeza sou até o símbolo;
Mas ninguém dá valor pra esse aspecto olímpico;
Fui menor abandonado ser humano rejeitado;
Se no futuro meu espelho é essa pobreza;
O caminho para a morte uma tristeza;
E serei filho desse solo agora minha mãe gentil;
Escute as últimas batidas do meu coração sutil;
Não há ninguém perto de mim não há ninguém pra ver meu fim;
Sou pivete largado nasci e cresi na rua fui malvado;
Meu destino só deus sabe;
Óh pátria amada idolatrada que alguém a salve.
consciência humana - 121
CH, HC, pra confirmar DMC;
UN chega e é assim no lado leste;
Na periferia São Mateus;
É muita treta, é muita treeeeta.
Olha lá quem vem no final da rua;
Com os faróis apagados;
E quem ta com flagrante na mão, trate de dispensar;
Estamos sem sorte, uma banca bem forte;
Quase batendo de frente com a porra da morte;
O frio vem subindo na espinha;
Pois na calada são os putos quem dominam;
Cano cerrado, calibre pesado;
Prova de quem se coça terá um verdadeiro estrago;
121 nos classificam assim;
Quantos já se foram, quantos foram dado fim?
Quadrilhas de ratos, diversas são formadas;
Comum na periferia fazendo parte da jogada macabra;
11 e 30 da noite de cabeça pra fora, doze cerrada;
Apontada exatamente pra banca formada;
O gatilho é puxado, medo de ser disparado;
Acionado o cão são 2 ou 3 finados;
Viatura parada no meio da rua;
Encosta outra do lado, são mais 3 filhos da puta;
Trânsito parado, não passa mais nenhum carro;
A rua toda fechada, embaçou pro nosso lado.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
Lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
O filho da puta encosta o oitão na minha testa;
Covardemente são vários bicos na perna;
A vizinhança está toda alertada;
Mas nenhuma sai pra fora;
Fica olhando pelo buraco da porta;
Ação filho da puta, vai se foder filho da puta;
Por causa de seu oitão, seus comparsas é que leva uma;
Fora da rotina um civil normal;
Mas na ativa um 121 irracional;
Morte, morte, morte;
Nos seus olhos eu vejo a vontade de puxar o gatilho;
Quer derrubar o mesmo;
A ira já atige o estágio máximo;
Vontade de ir pra cima;
Mas não posso, os caras estão armados;
3 brancos e 5 pretos encostados na parede;
Idéia trocada, o 121 está na cede;
Meu parceiro puxado, levado de lado;
Pra trás da viatura dão porrada, tentam intimida-lo;
São 15 minutos até agora de enquadro;
Documentos em cima, tempo fechado;
E o sereno cai, a fogueira é desmanchada;
Ei rato cinza do caralho armas apontadas.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
Homens com a mente ligeira;
Qualquer pergunta ao nosso respeito;
Crânios rapidos aí quem vai, vai atirar primeiro;
Acostumados Homens Crânios tomando enquadro;
Ter atitude é fatal, sistema diário;
PA-PA-PA-PÁ quantos ainda irão matar;
RA-TA-TA-TÁ se joga se for ligeiro pra te salvar;
O DVC é puxado e não consta nada;
Até que enfim é liberada essa rapaziada;
Consciência Humana, De Menos Crime na mesma linha;
U Negro na seqüência completa a nossa quadrilha;
Viatura, viatura saindo fora;
E o rato cinza pagando com o calibre do lado de fora;
Continuamos os caminhos ariscos;
Na segunda tive o tipo desses atritos;
Do lado leste tem Homens Crânios de calça preta;
De bombeta, é muita treta, é muita treta;
HC chega, chega.
(2x) Zona leste, ruas quebradas fudidas;
Fique esperto pra não morrer na mão da polícia;
Lado leste, ruas quebradas fudidas;
Periferia não importa o lugar.
consciência humana - alerta geral
1000 grau o plenário pode ser todo tomado,
Antecipando o fim da burguesia,
O exército não pode tomar conta do cenário,
Ditadura de novo caralho alerta geral,
Favela 100% maioria revolução,
União periferia, Preto Aplick igual situação,
Se destruir, a guerra é pro outro lado,
Sangue A não dá trégua lançada pra aprender a perdoar,
O calibre que fura nosso povo é arma de alta potência,
Não sobra nem o corpo mirado sem clemência,
Resultando um moleque de 14 anos, criminoso, sangue no olho,
Que se arma até o osso e faz a polícia vazar,
O que acontece com aquele homem inteligente que se mata,
Ninguém sabe de nada, ninguém sabe informar,
Pai que puxa arma pro filho, filho que puxa arma pro pai,
Irmãos que se odeiam, vejo manos a se atrasar.
Refrão:
Homens de mente assassina,
Mais uma vez atacam a periferia,
Homens de mente assassina,
Mais uma vez atacam,
Drogas, armas, crime cabuloso.
O regresso ao mundo escuro afunda milhares de jovens,
Não é a falta de sorte, é o poder transformado em nada,
Cilada, escola da química envolvida na madrugada,
Centenas, dezenas que morrem de graça,
O ódio existente destróe a massa todo ano,
Controle de população no topo, soberano,
Será que não existe limite? Veja a força que persiste,
Induzem o cara mais sossegado a ir pro mundo do crime,
A visão do muro escuro trás outro mano que vai visitar,
Seu aliado pela primeira vez no círculo fechado,
Ilhado, desabafo amargo fura,
Ódio encravado 30 anos com andamento,
Passos na linha de fogo dos manos do morro,
Milímetro por milímetro se corroem nos calabouços,
Ás margens da sociedade pode invadir a casa do poder,
Varredura sem nome dos que merecem morrer.
Refrão
A repressão é clara, qualquer expressão é pra ser derrubada,
Os revoltamentos crescem, começam a aparecer, não vão cessar,
O barraco de madeira conforta sonhos e luz no berço,
Sobrecarregando o pai de família que não aceita se entregar pro fracasso,
Filho da puta daquele tiuzinho que ninguém dá nada,
Bala perfeita, uma praga criada que nem a polícia pode se aproximar,
Envolvido na facção, alto escalão,
Descobertos certos nomes tem a guerra poder versus nação,
O rifle pode matar o senhor, a senhora, seu filho,
O preto, branco, amarelo, vermelho que estiver no caminho,
Se eles podem fazer isso com a gente,
Por que não podemos fazer com eles,
Então eu quero que se foda as críticas, censuras e seus poderes,
O regresso não pode chegar, nenhum dos morros têm que encerrar,
Peço paz para todos, periferia, favela,
Pode acreditar o sangue tem que parar de jorrar,
Corrupção que aumenta mais o tamanho da mancha de sangue.
Refrão.
consciência humana - alto valorização
Somos descendentes de um povo sofrido;
Humilhados no passado e hoje esquecidos;
Vivemos aí nos piores lugares;
Afastados de tudo e não existe irmandade;
O passado continua neste mesmo presente;
Em favelas habitadas por nossa gente;
Poderosos nos julgam, dão a nossa sentença;
Mas toda fudida vem mais decadência;
Manos que em tv ficam vidrados;
Iludidos com vagabundas pra mim são otários;
Muitos que só querem se embriagar;
Falar de amor e se drogar;
E quando falamos você acredita que estamos errados;
Então pense na vida que leva ficando parado;
Você aceita tudo meu companheiro;
Acredite em si, exija seu respeito;
Do trabalho, dos livros você sempre se afasta;
Dos estudos se esquece, saia desta farsa;
Que você acredita aliviar seus problemas;
E mantém isso como seu dilema;
Pois uma parte do nosso futuro está jogada nas ruas;
Vivendo, morrendo sem estrutura;
E você que se deixa influenciar;
E diz pra mim que não é capaz de lutar.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
Você se comparar á playboys de tv;
Alisa seu cabelo e finge não ser;
Um preto, pois tem que se assumir;
Pois você é um homem preto e nasceu assim;
Percebemos que só vivemos nessa miséria;
Manipulados, vida precária e só vivemos na merda;
E muitos como você que não se assumem;
E sua parte não fazem, tome uma atitude;
106 anos agora foram decretados de libertação;
Mas parece que ainda estamos escravizados;
Só que agora é diferente;
Vivemos discriminados inadequadamente;
Onde vivemos nos deparamos com uma pobreza;
Sem limite que nos atormenta;
Nunca fomos aí reconhecidos;
Por um trabalho forçado praticamente fudido;
E você em seu canto acomodado;
Dizendo que esta vida é pra tirar um barato;
Mano o que você tem em sua cabeça;
Acha tudo que é festa, progrida, cresca;
Delinqüentes fardados fazem o que bem entendem;
E o extermínio de pretos continua como sempre;
Você vê isto e não quer lutar;
Cara ta na hora de você se ligar.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
Nossas vidas muitos querem ver destruídas;
Num país condenado carregado de racistas;E
Estamos coligados á um sofrimento;
Mas ainda resistimos como podemos;
Você não vê o que sonha realizado;
E só se fode sendo o prejudicado;
E a vida que levamos está na pior;
E os poderosos vivendo com tudo melhor;
Pois você dá as costas e não escuta o que eu falo;
E mais tardes verás que está agindo errado;
Não procure os caras acomodados;
Seja um preto ativo, completo, capacitado;
Consciência Humana pede á você;
Que se valorize, compreenda, tente entender;
E não dê ponto aos que te prejudicam;
Pelo seu povo brigue, brigue, nunca desista;
Pois aí sim será um preto de verdade;
Que só quer lutar por sua liberdade;
Sua consciência estará tranqüila;
E juntos derrotaremos esses racistas.
(2x) Se alto valorize negro pode crer;
Se alto valorize é tudo com você.
Cds consciência humana á Venda