MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
carlos eduardo taddeo - a era das chacinas
Os crimes mais bárbaros, não vem dos salves
Vem dos que ostentam
Placa de vigilância na propriedade
Pra proteger o Patek Philippe ou a ilha particular
Fundaram a época dos Gambés licenciados pra matar
O ciclo onde a barca enquadra, faz o levantamento
Pra milícia de gol, placa fria, gerar 10 sepultamentos
O toque de recolher do governo de esquerda
Criam retiro de arrasados pelos estágios da perda
O dó-ré-mi da Bxp afeta a coronária
Do que implora exumação pra apurar morte arquivada
Enquanto o Rap põe gelo no balde da ostentação
Alugam busão pros cortejos da assolação
Militantes sagram, denunciando a injustiça seletiva
Que criminaliza, condena, dizima, população empobrecida
A Síria se assustaria com 8 carros funerários
Saindo do mesmo bairro, no mesmo horário
Em uma semana os protetores dos "Lords" brancos
Matam mais que a ditadura em 20 anos
No Ritz estamos no Challenge magnífico
Na real enchemos macas, baús, frigoríficos
Com sorte quando a 12 do paiol da Pm engasga
Formamo a fila do Sus por enxerto em plástica
Minha rima se junta ao clamor de justiça na cartolina
Pra ser outro ato de repúdio contra a era das chacinas
A era contemporânea com seus rifles e toca ninja
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos Clá-Clá-Bum e velório coletivo
O pedido do secretario de segurança é especifico
Soldados atenção! Sem testemunha e feridos
Abatam pelo cabelo, pela roupa, pela cor
Só cuidado com a laje, com cinegrafista amador
Dá um vazio vê que ainda não fiz o escrito
Com o poder de evitar os enterros coletivos
Impedir que os antigos vizinhos de rua
Depois dos 'Bum' se tornem vizinhos de sepultura
Meu sonho é ver na cova clandestina com estuprador
Os pedaços decompostos de uma pá de ditador
Também queria uma comissão de verdade e justiça
Pra jugar 19 milhões de assassinos racistas
Assinaturas em condenações pelo recorde consumado
De autopsia na faixa etária dos 15 aos 24
Cadê a presidenta? Que chora por um universitário
Em prantos pelo favelado chacinado
Pousando a porra do helicóptero presidencial
Pra visitar sobrevivente em recuperação no hospital
Só abaixo minhas armas e deixo o combate
Com 90% das vagas, das faculdades
Enquanto a representatividade for no índice de finados
Muito 'Eike' vai ter, pesadelo com o Eduardo
Na era moderna iluminista pedi igualdade
Na era das chacinas pedem restos mortais pras autoridades
A era contemporânea com seus rifles e toca ninja
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos Clá-Clá-Bum e velório coletivo
Irmão, se sair do atendado da elite com vida
Cuida dos ferimentos em casa, não vai na clínica
Se for internado, assinou o suicídio
O plantonista liga pros vermes terminarem o serviço
Não existe, humanidade, juramento de Hipócrates
Quando o choque hipovolêmico, sufoca o pobre
O avanço de nossa era, é celular com cartão de memória
Que armazena os gigas de sumiço das cápsulas predatórias
Da zoom no Pm, chefe do time
Que destrói sem constrangimento a cena do crime
Colhemos as tragédias do plano de higienização
Por que nunca entramos nos comitês com granada na mão
Se pudesse bloquearia o patrimônio do governador
Pra dividir com degradados pelo terror
Como não dá, empresto a voz pra garganta silenciada
Pela 762 com rajada sequenciada
Pra mãe que enfrenta promotores, armada de foto
Que com sua luta evita outros atestados de óbito
Meu critico pode negar as traçantes do extermínio
Mas não afirmar que pertencemos a uma pátria, um hino
Se é excluído não conhecesse a democracia
Muito menos alegria representada na alegoria
Assim que a quadra receber, caixões no lugar de torcida
Se sentirá como eu, na era das chacinas!
A era contemporânea com seus rifles e toca ninja
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos Clá-Clá-Bum e velório coletivo
carlos eduardo taddeo - a mão que assalta o berço
4 da madruga ouvi: "Bem acorda,
A bolsa estourou, tem contrações, tá na hora"
Sem previsão do 192 pruma ambulância
Vamos pro Hospital percorrendo a pé a distância
O lixo reciclado não deu verba pro Táxi
Nem fodendo imploro pro Copom solidariedade
Vencemos a via crucis até a recepção
Correram pra sala de parto, 10 de dilatação
Como não tive um centavo pra Ultrassonografia
Não sei o sexo do bebê ou se tem anomalia
Nasceu só apresentado pelo vidro do berçário
Ã? um menino desnutrido, visivelmente mais magro
Só alegria, até a Assistente Social falar comigo
Não senhora, eu cato papelão não sou mendigo
Só entendi os 2 Pms preparados na porta
Quando ouvi: "O Estado vai ficar com a guarda provisória"
Enquanto o spray de pimenta me contém
Sarcasticamente a puta diz que é melhor pro neném
O Obstetra já devia tá alerta
Pra dá um salve com surgimento da criança certa
"Alô juíz, apareceu outro filho de esfomeado
Da a canetada e trafica pro cliente no aguardo"
Não tem mais canção de ninar, primeiro passo e beijo
A mão suja do playboy assaltou meu berço
Dorme neném que a Justiça vem pegar
Papai não tem dinheiro então proíbem de te criar
A mão do rico assalta o berço pra depois traficar
Criança pra gringo e boy escravizar, estuprar e matar
O dia da alta não é festivo, é depressivo
O crime premeditado me faz pensar em suicídio
Ã? foda ver registrado no nome de um bacana
Quem teve no ventre da minha mulher por 40 semanas
Na vara de infância a preocupação não é segurança familiar
Ã? atender a burguesa que não pode engravidar
Não é preciso de inseminação artificial
Ã? só esperar a fecundação de um mandado judicial
A mesma mão que através da caneta me assalta
Aceita qual joga na favela, nível Bengala
As crianças em severa situação de risco
Do Ipanema a Leblon, Asa Norte, Paraíso
A intensa corrupção de menor nesses anos
Converte herdeiros em carniceiros desumanos
Meses se vão e eu me sinto um escravo leiloado
Que o feitor mor arrancava o filho do seu lado
Sem nenhum tipo de assistência Jurídica
Parei de sonhar com a reinserção gradativa
O tribunal prefere abastecer comércio de gente
Do que dar tutela pra pai biológico indigente
Devia ter ouvido o mano da antiga
Ã? só olhar o cativeiro, repor a água e dar comida
Se tivesse tentado as Ducati com lança morteiro
Talvez a mão do rico não tinha assaltado meu berço
Dorme neném que a Justiça vem pegar
Papai não tem dinheiro então proíbem de te criar
A mão do rico assalta o berço pra depois traficar
Criança pra gringo e boy escravizar, estuprar e matar
Não posso permitir que meu filho acabe
Com a língua cortada por um alicate
Comendo fezes, ouvindo palavras racistas
Como a menina na mão da Procuradora de Justiça
Só por milagre não vai ser jogado pela janela
No plágio dos Nardoni no caso Isabella
Mesmo iletrado e sem influência política
Vou mostrar quem é o carroceiro que o motorista xinga
Fiz meu drama comover uma Tia do Conselho Tutelar
Que me deixou ver a Babá saindo pra passear
No dia fingi que eu tava satisfeito
Mas gravei o trajeto, o horário e o endereço
24 Horas depois uma faca no pescoço
"Ã? meu filho nesse carrinho, não grita socorro!"
Fugi, mas fui filmado por vários circuitos internos
Que ironia, agora sou procurado por sequestro
Hoje é o décimo dia da minha fuga
A foto no jornal me entregou pra um filho da puta
Que achou estranho um homem com um bebê
Entrando às pressas em um dos dutos do Rio Tietê
Percebo passos vindo na direção do esconderijo
Lanterna na cara, gritos, armas, é o D.A.S invadindo
Enquanto a mão do boy assalta meu berço de novo
Calculo minha pena no Artigo 148
Dorme neném que a Justiça vem pegar
Papai não tem dinheiro então proíbem de te criar
A mão do rico assalta o berço pra depois traficar
Criança pra gringo e boy escravizar, estuprar e matar
carlos eduardo taddeo - a linha de produção
A matéria-prima é extraída da adolescente que engravida
Induzida pela pornogafia vinda das ondas televisivas
Ã? estocada na primeira infância nos galpões de privação
Pros neurônios em formação serem destroçados pela inanição
As alienantes salas escolares é brutalmente exportada
A tortura nos reformatórios, C.D.Ps e penitenciárias
Depois do ódio envelhecido em tonéis de abandono
Ganham selo de qualidade pra carbonizar carros junto com dono
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado
Pra atirar e morrer em combate
A criação da classe A, é induzida pra saída explosiva
Pra pegar entre os escombros do caixa
Notas sem respingos de tinta
Programadas pros Domingos sangrentos
E as Segundas lutuosas
Entram a liberação de corpos tatuados com gramas de pólvoras
Perfuram vítimas indicadas até receberem registro em cartório
Com uma guia de sepultamento e um atestado de óbito
O fim do prazo de validade deixam a urna vedada pra odores
Pra serem descartadas como dejetos
Numa cova sem lápide e flores
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado
Pra atirar e morrer em combate
carlos eduardo taddeo - o preço da traição
Confesso tô feliz igual em dia das crianças
Por dez mil Civil vendo o paradeiro de um pilantra
Antigo parceiro de corre e arsenal
Que virou testemunha de acusação no meu processo criminal
Em vez de ir no prédio do Deic e ser homem até o final
Preferiu trocar a honra por um perdão judicial
Num B.O por uma fração de segundos vacilou
E foi filmado pela câmera do elevador
Imagem na Record e Band toda a tarde
Gerou detenção em tempo recorde pelo Depatri
Sujou porque o ap era de um juiz poderoso
Que exigiu seis presos e três na boca de lobo
Por ironia o gravata que eu paguei pro traidor
Me alertou: "Some que o fulano te caguetou"
Cuzão não ligou que a polícia podia catar um familiar
Torturar, fazer me ligar pra eu me entregar
Nunca vou esquecer minha casa no noticiário
Meus eletrônicos na baixa, gambé guiando meu carro
Nem eu com a mulher e filho mendigando uns reais
Pra esperar a poeira baixar num parente em Goiás
Jurei que sua rede solidária de proteção
Ia virar massacre da serra elétrica nova versão
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
Ã? o preço que um Salvatore Gravano paga pela traição
Vingança é um prato que se come com doze de repetição
Vai pagar com a vida a fartura da traição
Vingança é um prato que se come com doze de repetição
Vai pagar com a vida a fartura da traição
O que o Depol chama de inteligência é informante
Ã? ele que da o vídeo da festa dos traficantes
Faz o retrato falado do adestrador de ave
Que ensina pombo pousar com celular na carceragem
Ã? hora de tirar da rua um pouco desse excremento
Pego a estrada já imaginando seu descarnamento
Estilo Hannibal, ia ser de foder
Tirar os pedaços do cérebro e dar pra ele comer
Da rua os mano entenderam a situação
O inseto tem que subir e eu tenho permissão
Ingrato do caralho na sua primeira passagem
Foi eu que bolei, comandei seu resgate
Colamos de viatura clonada com o nome do detento
Abraçaram que ia pro Dp dar depoimento
Demorou, mas achei o sobrado
Fiquei no carro e dei o bote quando voltou do trabalho
Estático, só conseguiu fazer um pedido
Área rural pro corpo não ser visto pelo filho
Sabe que merece viajem só de ida no porta-mala
Porque ter quebrado a omertà da nossa máfia
Regra principal em interrogatório de polícia:
''Não sei o nome de ninguém só conheço de vista''
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
Ã? o preço que um Marcus Junius Brutus paga pela traição
Vingança é um prato que se come com doze de repetição
Vai pagar com a vida a fartura da traição
Vingança é um prato que se come com doze de repetição
Vai pagar com a vida a fartura da traição
Em Jeremias 17 a Bíblia prevenia:
''Maldito homem que em outro homem confia''
Esqueci que o macaco ri antes de atacar
Que o crocodilo chora quando começa a dilacerar
Por benefício e redução de prisão
Já vi recluso ajudar a polícia mandar parceiro pro caixão
Arquitetar falso plano de assalto
No choque a Rota metralhar ônibus no pedágio
Na rua tem uma par que se diz seu truta
Que te abraça com uma escuta embaixo da blusa
Aperta sua mão, jura sincera amizade
Fechada até a alma com a porra do grado
Entendi a Canção da América fugindo num busão
Quem tiver amigo que o guarde a sete chaves no coração
Mano é o cachorro que mostra amor eterno
Morando com o dono falecido no cemitério
Chegamos, desce e cava sua própria cova
Engole o choro e diz cadê a equipe que te protege agora
Roubar o especial da lei 9.807
Não impediu o chumbo redesenhando sua pele
Língua arrancada e fim dos batimentos cardíacos
Foi o prêmio pelo serviço prestado ao inimigo
Ser enterrado num local ermo sem direito a caixão
Ã? o preço que um Tommaso Buscetta paga pela traição
carlos eduardo taddeo - depósito dos rejeitados
Quem sabe se eu tivesse menos melanina,
ou se eu fosse um exemplar da espécie canina.
Atenderia de A a Z todos os requisitos,
pra ter no registro o nome de pais adotivos.
Há sete anos vegeto no depósito dos rejeitados,
desde que me encontraram dentro de um saco plástico.
Mesmo sem alimentar balística com Famas,
fui condenando aos traumas do abandono de incapaz.
Não estou incluso nos dados sobre o adotado pretendido,
o X é na cor branca e no cabelo liso.
O casal de boy não quer ta no restaurante jantando,
com polícia colando, achando que é seqüestro relâmpago.
De no shopping explicar pro segurança seguindo,
"o menino negro ta comigo, não é bandido é meu filho."
No máximo eu consigo ser apadrinhado,
por um doador que dá pra Ong alguns centavos.
Pro bebe loiro é adoção direito a infância,
pro negrinho um colaborador mensal à distância.
O meu perfil afro só é da hora pra elite,
em companhia da Madona ou do Brad Pitt.
Só sirvo pra ser o anexado no projeto,
que angaria verba pública no Congresso.
Ninguém se importa se eu me cubro com farinha de trigo,
tentando me clarear pra atender racista rico.
Eu me sinto um produto descartável,
dispensado no depósito dos rejeitados.
Esperando alguém pra chamar de pai,
esperando alguém pra chamar de mãe. '
Pelo Eca meu martírio tinha que ser temporário,
não a porra de um vitalício calvário.
Em média em um ano um vira-lata,
deixa o instituto de zoonose e ganha uma casa.
A sociedade se preocupa com o bem estar de cachorro,
mas que se foda se o preterido aqui ta vivo ou morto.
Que se foda se ele ta nutrido, sente frio,
se ta fazendo curso preparatório pra fuzil.
Cansei de ver as Pajero se afastando do jardim,
levando aqueles que chegaram bem depois de mim.
Talvez minha mãe era outra adolescente grávida,
engrossando a estatística vergonhosa da pátria.
Outra de libido sexual despertado pela televisão,
que põe criança no pancadão descendo até o chão.
Pra deixar de ser um produto na gôndola empoeirando,
já quis pular do telhado e espatifar meu crânio.
Ã? foda só saber o que é higiene, carinho, sorriso,
quando um promotor de justiça visita o abrigo.
Pro alvará de funcionamento não ser cassado,
nessa data dão banho, perfumam, até dão afago.
Que que adianta parede com desenho do momento,
pra quem é um número da instituição de recolhimento.
Pra quem que se igual o Michael não se despigmentar,
nunca vai ta no carro, no adesivo familiar
Eu me sinto um produto descartável,
dispensado no depósito dos rejeitados.
Esperando alguém pra chamar de pai,
esperando alguém pra chamar de mãe. '
Não vou ser outro menor carente brasileiro,
que foi livrado da contenção por um casal estrangeiro.
Que com a vida estabilizada adulto retorna,
pra conhecer e ouvir resposta da família biológica.
Sou candidato a ta na crackolândia com a pele marcada,
pelo selo de qualidade da Fundação Casa.
Quem não recebe um sobrenome no Rg,
ganha artigos 121 no Dvc.
Antes queria a família do comercial de margarina,
agora quero vitima pondo sangue pelas narinas.
De tanto ouvir que lindo mais prefiro o outro,
é só ver playboy que eu quero cerrar pescoço.
Mano, a criança no reformatório ou prostituída,
é conseqüência das noites regadas a bebida.
A mina que depois de gozar você mete o pé no rabo,
pode carregar no ventre o próximo desamparado.
Você deu sorte se teve um pai pra te buscar na escola,
pra te por no ombro te ensinar joga bola.
Uma mãe corrigindo sua lição de casa,
medindo sua febre, ajudando na tabuada.
Só sabe quem nunca teve uma família,
que ela vale muito mais que mil mansões com mobílias.
Daria contente o meu último suspiro,
se um dia ouvisse a frase: eu te amo filho.
Eu me sinto um produto descartável,
dispensado no depósito dos rejeitados.
Esperando alguém pra chamar de pai,
esperando alguém pra chamar de mãe. '
carlos eduardo taddeo - a mesa de autópsia
Eu não vou por na guilhotina a cabeça do favelado
me adaptando ao mercado de produto vendável
meu mundo não é animação da pixar
pra vencer os manos rendidos cangaço de hk
sequestra a família do motorista do carro forte
pra no local combinado entregar os malotes
antes de crer no progresso vendido pelo falsário
vejo preso afogado pelo goe no vaso sanitário
comprar bic nas selvas da aflição melhor perspectiva
Ã? clonar uma grapa pra entregar a pizza
eu não sou radical, só não ignoro
a furadeira do ortopedista reconstruindo ossos
dreno na cavidade torácica aspirando sangue
pra controlar hemorragia provocada por 12 pump
sedado assim impedido de cursar disciplina
se destaca na rua na função de disciplina
Pêsames pra quem gera M14 alugado
que deixa cliente da apple imobilizado no lacre plástico
se houvesse destaque no site macabro
que ele goza clicando em fotos de pobre desmembrado
minha revolução é deletar os fenômeno surreal
que faz faminto ser da veja cliente preferencial
só ponho o pino de volta na granada de revolta
quando a favela sair da mesa de autópsia
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
a alegoria não paga pêsames desnutrição e pólvora
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
ao som do trio a favela é rasgada na mesa de autópsia
o ambiente não é fashion como a daslu
não vou enganar quem vai morrer esperando o samu
quem vai receber a vida impactante
seu ente deu entrada com dez ferimentos penetrante
ao top de 5 segundos uma licença no serviço
pro pai seguir pista sobre o sumiço do filho
tentar achar quem o viu pela última vez no bar
quando o sargento enforcou com cadarço até desmaiar
resista à alienação não seja influenciado
sua liberdade é inferior que a condição do antigo escravo
ódio de classe tá na sua frente documentado
nos Mba, cnpj sem assinatura de favelado
a paz do horário eleitoral não chega no morro
que todo mês tem confronto e comandante novo
Brasil que eu vejo tem ódio racial em panfletos
sites e pichações contra nordestino e preto
tem tv bandiário fingindo teor jornalístico
pra dar close em buceta em reportagem de meretrício
ai doutor quer minha letra sem rancor
então não prende menina em cela com estuprador
ou então remunera professor com salário decente
pra na prova do enem ter chance pra nossa gente
sente minha munição sonora nas suas costas
ela arderá enquanto a favela estiver na mesa de autópsia
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
a alegoria não paga pêsames desnutrição e pólvora
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
ao som do trio a favela é rasgada na mesa de autópsia
a guerra suja é promovida por dono de frota de avião
a única lei válida é a lei de Talião
calibre por calibre, caixão por caixão
caiu no enquadro, cai gambé fazendo bico no sacolão
quando injetam a fome esperam como efeito
não só o retardo psíquico pra você não aprender direito
também a cena com você no walmart sentado
fechando com negociador liberação de funcionário
quanto mais concerto dos tiros
mais verba pra ong, partido político
preferia no governo traficantes com fal
em vez dos que acham que copa não se faz com hospital
tem um provérbio judeu que eu respeito
aquele que salva uma vida salva o mundo inteiro
porém tenho um próprio que eu acho mais pertinente
mundo salvo só com tirano em óleo fervente
tudo gira em torno do menos favorecido
é você que assiste a tv, compra o produto do executivo
é crucial abandonar a posição de pedinte
pra expectativa de vida ficar acima dos vinte
põe no meu túmulo epitáfio igual do guerrilheiro
como Marighella não tive tempo pra ter medo
enquanto querem fazer do rap jingle da moda
eu dou a vida pra tirar a favela da mesa de autópsia
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
a alegoria é nós na gaveta entre desnutrição e pólvora
a verdade não pode ser afogada num falso mar de rosas
ao som do trio a favela é rasgada na mesa de autópsia
carlos eduardo taddeo - aprendendo com os corpos desfigurados
Cada resquício de osso no cemitério improvisado
Tem um macabro valor didático
Sem escola o aprendizado é no abrigo, no Caps
Na caixa de papelão, Cdp, Dp, Cohab
Recortar Mini One atrás da parede anti ruído
Ã? a Fatec, Etec do mundo verídico
A científica no condomínio é o corpo docente
Que ensina porque cu de Malibu da marmitex quente
Ã? melhor oferecer migalhas pro mendigo
Do que ele arrancando à faca chip subcutâneo do filho
Desculpa Louis Armstrong em te corrigir
Mas não existe nenhum planeta maravilhoso aqui
Cursamos a faculdade da medicina aprendida
Nos orifícios dos disparos da polícia
Onde a matemática não adiciona a digital no spa
Quando o homicida for usar ouro pra se embelezar
Onde a matemática é somar comentário de arrombado
Que aprova menor no poste depois de espancado
Dez na matéria não compra o discurso esbranquiçado
Não joga o crísio na conta do marginalizado
Não é o mano de rifle ou que se dá do nosso cancro
O problema não é quem assalta, mas quem constrói o banco
Quando levantes e abolicionistas não são estudados
Só sobra o Abc da Mauser pra ser decorado
Na escola da vida o material didático
Sangra embaixo do jornal com rosto desfigurado
Na escola da vida o material didático
Tá na tranca da prisão e no Bum no endinheirado
O moleque sem acesso a cultura básica
Se torna grão-mestre Nine-nine em pasta
Recebe certificado em contabilidade
Pra administrar o atacado da cidade
Assim nasceu a Camorra, os Cartéis mexicanos
A Mara Salvatrucha, os Sindicatos venezuelanos
Aprendi que aqui democracia é carnificina
Que os crimes hediondos são cometidos pela polícia
Que os livros escolares são pra emburrecer
E a venda de pinos é opção pra sobreviver
Hoje sei que 500 mil vão pras grades
Pra que não cobicem os cargos altos da sociedade
Que toda cracolândia é obra governamental
Entorpecido não faz mobilização social
Caminhe comigo pelo jardim do extermínio
Onde a árvore do saber só tem fruto proibido
Onde o filho da diarista só aprende a sonhar
Em ser o preso que dobre o corpo de agente pra escoltar
Ou a fazer performance teatral no bingo
Fingir que eu sou cliente e esvazio o caixa sorrindo
No 157 ganhamos o Bacharelado
Pra depois no quadrilátero garantir o Doutorado
Aqui quem mata e não cagueta consegue o Mba
Assinada pelas Ar15 pintada com tinta spray
Na escola da vida o material didático
Sangra embaixo do jornal com rosto desfigurado
Na escola da vida o material didático
Tá na tranca da prisão e no Bum no endinheirado
Sou inimigo público porque uso caixa e bumbo
Pra afirmar que ainda vigora os anos de chumbo
Por que quero num freezer como um picolé da Kibon
Os que seguem a bíblia de Donadon
O sangue no brochura reaproveitado
Instrui que o bullying vem no Sedex televisionado
A programação induz a desprezar a pele escura
O deficiente, o que tem mais gordura
Enquanto usamos conhecimento pra raspar numeração
Negam cotas pros herdeiros da escravidão
Permitimos que o alvo da policia repressiva
Não exista geneticamente pra política afirmativa
Quando a favela parar de ouvir sobre Armagedom
O dominante pode abrir suas safras de Chandon
Esse dia vai ser igual quando a Cia
Silenciou negros americanos com heroína
Não importa o alto calibre do nosso arsenal
Se a educação gera Igualdade Social
Se é ensino erradicar as leis Jim Crow do brasil
Que veda a entrada em bairros pro nosso perfil
Já mergulharam ácido no cianureto
Pra adaptar uma câmara de gás no seu endereço
A dica pra adiar sua estréia no mapa das decapitações
Ã? seguir as instruções deixadas pelos caixões
Na escola da vida o material didático
Sangra embaixo do jornal com rosto desfigurado
Na escola da vida o material didático
Tá na tranca da prisão e no Bum no endinheirado
carlos eduardo taddeo - banco dos réus
Até que enfim boa notícia do advogado
Depois de 2 anos de Cdp meu julgameto foi marcado
Pelo Conselho Nacional de Justiça
Tinha que ter tido uma audiência em 90 dias
Sem um Golf no nome pra fazer permuta
Fiquei refém da inoperância da Defensoria Pública
Os 1200 reais pelo meu caso
Não motivaram porta de cadeia nomeado
Tô no 121 de um cagueta que perdeu os olhos
Sou inocente, mas uma denúncia me envolveu no óbito
Onde assinam 33 por dinheiro trocado
Favelado é culpado até provado o contrário
Chego no Fórum da Barra Funda quase inconsciente
Pelas sessões de espancamento feita pelos agentes
Propositalmente tô de calça bege e algema
Pra gerar no Júri influência, tendência a sentença
Sento no banco na arena com 2 Pm do lado
Aqui sou materia didático pra estagiário
Vejo no 7 Jurados com um ar Finlandês
Onde o de classe expulsa sangue do ideário burguês
Excluído não é ser um mano no tribunal
Ã? só a personificação de uma ficha criminal
Não existe deusa Justitia de olhos vendados
A minha chance é de um Tutsui em Ruanda em 94
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado
Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado
Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Incito num ritual de evocação de espíritos
Vejo Ted Bundy, Charles Manson, Andrei Chikatilo
John George, Ed Gein, Vasili Komaroff
E organizando a festa Pedro Alonso Lopez
A testemunha de acusação é forjada
Safado tá me entregando na delação premiada
Sou outro dos 50 mil acusados de assassinato
Que o Mb ofereceu denúncia de sorriso estampado
A Commodity do mercado sem nenhum valor
Que a partir de agora vai ser degolada pelo doutor
Duas horas de veneno da língua peçonhenta
Já querem enforcá-lo com a corda da vestimenta
Queria ver sua coragem, ar de superioridade
No alto do morro na conferência do debate
Sem nenhum conhecimento sobre Direito
Cada Jurado julga conforme seus preconceitos
Me condenam pela condição de favelado
Pelas passagens e feição comum do retrato-falado
Princípio do contraditório e da ampla defesa
Não é direito dos que assombram a máfia burguesa
A meta da nova corte de Pilatos
Ã? sacrificar quem não pode comprar recurso milionário
A má vontade na hora do defensor me fez entender
Porque eles surgem enrolados em tapetes no Tietê
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado
Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado
Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Juíz que pelo Google maps esboçou um de miséria
Não tem moral pra condenar um da favela
Pelos 44 por cento sem julgamento no Sistema
Os Magistrados mereciam Guantánamo como pena
O preso que esfaqueia o carceiro na vesícula
Ã? o que roubaram o direito da Colônia Agrícola
Transformar a vítima em algoz é tática do Depen
E esse é um dado omitido pelo Infopen
Se por milagre no final for absolvido
Devia ficar com o nome limpo e ser ressarcido
Não podia passar batido a distância da família
Provocada pelos flagrantes forjados da polícia
Os Jurados vão pra sala secreta e voltam com o veredicto
Sei que é decisão unânime, tô fudido
Sem piedade culpado, sádico doa do castigo
Não se importa com a minha mulher na platéia assistindo
Seu sofrimento é alimento pro cuzão
Que sentencia a 25 de condenação
Conseguiram mais uma senhora com droga muquiada
Pro marido preso fazer moeda pra cesta básica
Ampliaram a chance de C4 na Ataliba Leonel
Mandar funcionário do Sap em pedaços pro céu
País que faz judiciário instrumento de vingança
Merece lágrimas por trás das lentes Dolce & Gabbana
carlos eduardo taddeo - buscando o que é meu por direito
Tô na equipe A sentido cidade pequena
Com Lusa A2, Fn, Ak no assoalho do Siena
Depois de montar a logística por um mês inteiro
Ã? dia de implodir duas torre do sistema financeiro
Dez manos e dois dublê vão fazer Itaú, Bradesco
Restituir com juros o que é deles por direito
Hoje tem liquidez e Rdb, aplicação
Feitas com exploração, prostituição, desnutrição
Vem de capitalizar dono da mídia
Causa abalo em paraíso fiscal de genocida
Primeiro passo: rendemo o único Distrito
Temos meia hora até a polícia vim de outro Município
Não me convidaram pra Assembléia Legislativa
Então uma Sub garante minha participação política
Optei por não ser outro morador de rua
Enforcado e fotografado por Skinhead filho da puta
E não ser um robô assistindo Mulheres Ricas
Sendo agredidas sem perceber por comentários racistas
Meu assalto simultâneo não tem potencial ofensivo
Hediondo é Colt Commando na mão de um menino
As taças de Dom Pérignon fazendo tim-tim
Enquanto a melhor opção infantil é ser da facção mirim
Esperamos quatrocentos anos por reparação
Como não vieram quero gerente bancário
com a porra da cara no chão
De fura na mão e colete protegendo o peito
Ninguém reage só tamo buscando o que é nosso por direito
De fura na mão e colete protegendo o peito
Ninguém reage só tamo buscando o que é nosso por direito
Ã? mais fácil entrar no céu com uma quadrada
Do que o Lemann, os Marinhos, os Safra
Meu 157 não produz 1 por cento das desgraças
Dos que borrifam Clive Christian pra assassinar em massa
Não sei se são Illuminatis, mas controlam o Governo
São capazes de criar vírus pra lucrar com enfermos
De espionar cada mortal na rede social
Pra conhecer seus gostos e empurrar bem material
Sem a desinformação, cooper na mansão
Acabava em deformação pela bomba de panela de pressão
A tática é desorientar pra na entrevista
O privado da cidadania pedir perdão pra vítima
Ou na sala do Delegado ouvir de um parente
"Minha irmã não era monstro igual você, era gente! "
O que é mais crimonoso: pôr no banqueiro uma venda
Ou ter a casa inteligente com concentração de renda?
Catar Rolex de um cuzão na Augusta
Ou comprar relógio de 200 mil com normas injustas?
Que ameaça a Professora de ser exonerada
Se contestar abertamente a aprovação automática
Quebra de Protocolo, tô ouvindo uma sirene
Pelo binóculo confirmei, é uma Blazer da Pm
"Atenção equipe B tem polícia lá fora
Faz um cordão com os refém, raja pro alto e vamo embora"
De fura na mão e colete protegendo o peito
Ninguém reage só tamo buscando o que é nosso por direito
De fura na mão e colete protegendo o peito
Ninguém reage só tamo buscando o que é nosso por direito
Não reconheço nenhum tipo de autoridade
Instituida com as tragédias que devastam minha classe
Leis não significam ética, justiça ou moral
Só a vontade de quem comanda o exército mais letal
Sem ilusão irmão, é politica da empresa
Não ter no setor administrativo a pele negra
Não importa seus idiomas, status de diplomado
Sua inteligência e capacidade vão pro almoxarifado
O Artigo quinto só funciona pro marginalizado
Com dinheiro embalado a vácuo, enterrado
Quem abraça criminalização na notícia manipulada
Não vê que o bandido não tá na Trailblazer cercada
Tá no Legislativo e no Executivo inflados
Com 90 por cento de casos e mandatos desnecessários
Quilômetro 37, reféns liberados
"Não fomos seguidos, fecha a estrada e incendeia os carros"
Numa fazenda no esquema 2 helicópteros que sequestramos
Depois de alugar pra voo panorâmico
"Vai piloto que eu ainda quero ver em casa
A Manchete sobre nossa ação cinematográfica"
Os acionistas do Carrefour e da montadora de carros
Vão adorar os maços de notas do nosso assalto
Do topo da lista de procurados uma coisa eu digo
"O rico com menos crime do que eu que dê o primeiro tiro! "
carlos eduardo taddeo - don corleone do gueto
Ai moleque não tem glamour em ser transferido
Do avião da Pf pra outro presídio
E em tá 22 horas na cela isolado
Torturado mentalmente, incomunicável, monitorado
A multiplicação da pasta base de farinha
Nem sempre te dá duas van numa linha
Com sorte termina num raio paraplégico
Sem sequela cerebral pra estudar o próprio processo
Sou a prova viva que seu sonho é suicida
Ostentei por anos o medalhão de patrão da firma
Os Cardeais da Civil me chamavam de senhor
Comandante Geral se desculpava por prender meu vapor
Me sentia intocável, até ser acordado
Por uma equipe de captura invadindo meu quarto
A contadora de cédula traz buceta, influência
Junto com ônus da inveja, da concorrência
Reinei até o rival dar melhor remuneração
Pros vermes que eu pagava pra avisar sobre incursão
As contas laranjas não compraram fiança
Virei o trunfo do secretário de segurança
Nada deixa a opinião pública mais anestesiada
Do que a queda de um Don Corleone na sua mansão confiscada
Enquanto a mídia destacava meus perfume importado
O juiz da minha folha me dava 20 no fechado
Quando mais Ducati, escritura, ibope
Mais se aproxima a cela e o laudo cadavérico precoce
Talhador de costela muralha, tranca é o preço
Pago pelo título de Don Corleone do gueto
A Thug Life real não é parque de diversão
Pra pousar no Facebook com as cli na mão
Ou pra carregar no celular a foto trabalhada
De uma nova sinhá, trêmula e amordaçada
Eu tinha Bancada Política, Visa Infinite
E fui na mesma viatura que me fornecia dinamite
A mesma tropa do acerto que recebe o combinado
Mete corrupção ativa e manda seus filhos pro juizado
Achei que seria feliz pra caralho
Com a cobertura no litoral e o Dogde Durango tunado
Quando minha Mãe morreu vi meu poder ilusório
Sem a liberação judicial pra eu colar no velório
Sei que o sistema pede você na leitora facial
Passando com a cabeça do acionista do grupo empresarial
Rezando pro inchaço do corpo morto
Não impedir o reconhecimento dos pontos de medida do rosto
Só que o bote que traz milhões no esgoto da Protege
Também insere seu nome na guia no Iml
A Smart Tv a Hornet tem super desvalorização
Quando S. A. T-3 à rasante na sua perseguição
Esquece a família Soprano, o Scarface
As células nervosa do Gangster, aqui picham a parede
No sistema carcerário tem pelo menos 300 mil
Que sonharam em ser o Don Corleone do brasil
Quando mais Ducati, escritura, ibope
Mais se aproxima a cela e o laudo cadavérico precoce
Talhador de costela muralha, tranca é o preço
Pago pelo título de Don Corleone do gueto
No dia que fui libertado do presídio
Não tinha um carro me esperando com um amigo
Não tinha harém de puta, jogador, cantor
Nem os políticos que eu indiquei pro eleitor
Vinte anos atrás era resgatado de qualquer distrito
Hoje nenhum dos 7 bilhões sabem que eu existo
Sem um real pra pagar os camarotes das boates
Nunca mais vou ganhar música em homenagem
Quando sua mãe te manda fazer lição
Quer evitar você ouvindo ordem, palavrão
Não quer filhinho de papai que virou Delegado
Te golpeando com toalha cheia de cadeado
Se não te convenci se prepara pro boy te torturar
Te fazer lamber privada atrás de celular
Vão te matar e apontar como membro de facção
Que resistiu a prisão e jogou na guarnição
Seu cadáver vai ser legitimado com texto falso
Contendo uma lista de gambé que iam ser assassinados
O cordão com inicial longe do movimento
Se transformou na tornozeleira de monitoramento
Quem dominava 12 milhões de metros quadrados
Agora carrega os bens numa sacola de mercado
Se tiver pronto pra Mãe enlutada no enterro
Aceita os termos pra ser Don Corleone do Gueto
Quando mais Ducati, escritura, ibope
Mais se aproxima a cela e o laudo cadavérico precoce
Talhador de costela muralha, tranca é o preço
Pago pelo título de Don Corleone do gueto
G. C. C 2014
carlos eduardo taddeo - entre o paraíso e o purgatório
Quando liguei pro meu filho e outra pessoa atendeu
Meu coração me disse: "O pior aconteceu"
Era um Pm informando que ele foi alvejado numa moto
Depois de passar atirando numa Base Móvel
Não era engano, era outra típica armação
Dos que quebra a própria viatura em manisfestação
Fui pro Dp já imaginando seus restos mortais
Na pia de um Núcleo de Perícias Médico Legais
Pra minha surpresa entrou com vida num P.S. da Sul
Porque uma Lei obrigou o verme esperar o Samu
Corro em vão pra emergência do Hospital
Não deixam eu ver o paciente sob custódia policial
Doutor que tem que autorizar não tá no plantão
Bateram com dedo de silicone o seu cartão
Só no outro dia o vejo algemado numa cama
Com tubo na garganta pra ventilação mecânica
Um gambé me impede de ficar pra acompanhar
Se acordar quer ditar versão pra ele decorar
Não demorou pra a morte cerebral surgir no diagnóstico
Com um pedido de autorização pra doação dos órgãos
Mesmo abalado penso se for outro vantajoso laudo sem teste
Sem reflexo da córnea estimulado com cotonete
Tô indeciso porque o ato que salva 8 doentes
Pode dar férias no Seaworld pra quem vende pedaço de gente
Não quero ser um coração na corrente sanguínea de gelo
Nem suas córneas nos olhos que só enxergam dinheiro
De um lado vidas do outro monstros com jaleco branco
Quem sorrirá se eu decidir ter um gesto humano?
Toda mão pobre entra em bom estado neurológico
Em uma semana vira candidato a doação dos orgãos
Pra não sujar deixam sem monitoramento
Depois alegam que o enfermo não reagiu ao medicamento
Nesse prazo a família semianalfabeta sem cabeça
Já se acostumou com a ideia da perda
Aí é só pegar o isopor com gelo
E levar o rim pra Clínica que secrementamente atende estrangeiro
Quem brinca de Deus em Unidade de Terapia Intensiva
Ganha fotos nos corredores da classe rica
Além de orgãos, as doutoras Virgínias do Inferno
Geram demandas, empregos em funerárias, em cemitérios
Junto com o tour sexual nossa pátria repugnante
Oferece pro exterior turismo do transplante
Ã? só fazer oferta pro Médico certo
Que sua equipe coleta globo ocular até no necrotério
Como eu queria ter a chance real
De intoxicar um deles via sonda nasoenteral
Dahora o bip acelerando no monitor cardíaco
Enquanto o fim vai da narina ao estômago do maníaco
Ã? publico e notório, chegou baleado no hospital
Se tornou um doador cadáver em potencial
Não importa frase escrita no seu Rg
O órgão que interessar vão roubar de você
Não quero ser um coração na corrente sanguínea de gelo
Nem suas córneas nos olhos que só enxergam dinheiro
De um lado vidas do outro monstros com jaleco branco
Quem sorrirá se eu decidir ter um gesto humano?
Agora sei porque não dão informação
Sobre o destino de um fígado ou um coração
Já pensou que puta dia trágico, infeliz
Descobrir que um gesto nobre salvou um Abílio Diniz
Além de cassação no Conselho Federal de Medicina
Deviam ter que doar seus órgãos em vida
Desconfiado, vou pagar por outra opinião médica
Quero ver se bate um par em si impresso em papel moeda
O advogado a peso de ouro conseguiu a liminar
Que permite tratar meu filho em outro lugar
Desfiz do Corsa, dos movéis, da residência
Pra arcar com o custo abusivo da transferência
Como esperar do exame aonde a cura é vendida
Aponta funções cerebrais em perda definitiva
Pode ter sequela, bala alojada na ossatura
Mas de forma alguma sai sentido sepultura
Os infratores da Lei 9.434
Por pouco não depenaram mais um pra trocar de carro
Só me resta rezar pra quem tá nesse momento
Ligado à máquina de diálise, cilindro de oxigênio
Avisar aos receptores que os órgãos a disposição
Tão nas Sedes Governamentais da Nação
Nas Casas Legislativas e no Pálacio da Alvorada
Todos sanguessugas tem morte encefálica
carlos eduardo taddeo - império dos ossos
Se ser honesto é copiar a elite escravagista
Traz pra mim a traca, com mil cartuchos na fita
Sou mais ser um al capone sem direito à fiança
Do que imitar a classe que estupra três em dez crianças
Se mostra o desrespeito aos descartados da sociedade
Jogando seus ossos no fundo de faculdades
Seu capitalismo arrastou joão hélio pelo cinto
Gerou o resgate no fórum com tiro no menino
Se sua carta de intenção no vereador cuzão
Que quer atirar mendigo no mar pra servir de ração
Se lembre da fala do jornalista da tv
Pros amarildos não tem comissão de direitos humanos, oab
Ela não tá presente quando afogam no distrito
Quando a polícia arranca olho de suspeito ainda vivo
Na galáxia da fome, a filantropia que eu vejo
Ã? dos manos que bancam enterro ajudam a família de preso
Em vez de seleção torci pras células-tronco
Que curam ganglios estatais em tendões, pele e ombro
Pra que no itaú não tenhamos que percorrer andares
Abrindo cento e setenta cofres particulares
O boy nunca vai participar da justiça reparativa
Que põe frente a frente agressor e vítima
Porque sabe que o rolê em aspen no teleférico
Vem do ossário municipal e dos corpos esqueléticos
Tô no front enfrentando a ameaça da minimi
Pra massa frontal e occipital não virar mansão no morumbi
A missão é ter mormaço e muro nos metros quadrados
Erguidos com ossos de flagelados descarnados
Se cada sobrevivente escrevesse suas agruras
Tinha milhões de diários de anne frank nas ruas
Manuscritos sobre filho escondendo automática
Na esperança do pai desistir da agência da caixa
Sobre fugitivo fingindo o próprio falecimento
Comprando corpo não reclamado pro reconhecimento
Nosso status de humano foi reduzido
A número com sistema respiratório e digestivo
Dessa forma furo em parietal acaba no inquérito
Zero por cento das matanças viram processos
Igual em yale, em toda universidade tem um grupo
Que faz pacto secreto pra controlar o mundo
Pra livro lido ficar no b, na ordem alfabética
Enquanto a indústria bélica tá no w na favela
Beretta, boito, heckler & koch, indep
Llama, mauser, uku iw e winchester
Não era pra nós tá na mira da divercar pelo doblô
Revendido pro dono por dez por cento do valor
Era pra nós tá derrubando estátua de genocida
Apagando seus nomes imundos de ruas e avenidas
Quando denuncio as tragédias que assolam o brasil
Me sinto lamarca na kombi recheada de fuzil
Me sinto decapitando o 171 do voto
Que se elege pra morar no bairro urbanizado
Com os nossos ossos
Tô no front enfrentando a ameaça da minimi
Pra massa frontal e occipital não virar mansão no morumbi
A missão é ter mormaço e muro nos metros quadrados
Erguidos com ossos de flagelados descarnados
No país onde o álcool é a droga que mais mata
Vapor é exposto como inimigo da pátria
Ã? hilário ser procurado por vender baseado
Quando o comerciante de brahma
Ã? chamado de empresário
Nosso erro é por a cocaína na sacola
Quando ela é só permitida na lata de coca-cola
Conheça o muro da lamentação com eppendorf
Filmado pela guarnição pronta pra dar o bote
Sei onde é alicerçado o império do doutor
Que pode ter mil ar-15 como colecionador
Lamento bacana mas não vou jogar estrume em protesto
Vou entrar de veloster clonado no seu prédio
Com uma loira no volante no país racista
Ã? pane na segurança armada por especialista
Por enquanto é só ônibus incendiado
No futuro prevejo uma pá de carro bomba detonado
Explosivo furtado da pedreira implodindo muralha
Preso liberto em troca de autoridade canalha
Vou acreditar num representante do estado
Quando o gaec expôr a ficha do judiciário
Quando o corregedor não der pro goe a localização
Do que viu o asfixiamento depois da rendição
Só deixo o posto de pesadelo dos ricos mafiosos
No dia que o bugatti não for comprado com os nossos ossos
carlos eduardo taddeo - manicômio judiciário
Encabeço a lista de perseguidos da Polícia
Porque bolei plano contra a política eliminacionista
Virei o patinho feio do Rap nacional
Porque pra a Indústria Fonográfica não sou comercial
Pra esfera A mereço um Manicômio Judiciário
Tenho distúrbio psiquiátrico, vejo os adversários
Sou esquizofrênico que ouve a voz não ouvida
Abafada por sirene, G3, garrafinha
Que enxerga a animalização do aprisionado
Intoxicado pelo o almoço sem talher no saco plástico
Leio as letras miúdas do Contrato Social
Que dá missões pras crianças no Gta real
Não quero Ct, só fazer o pobre
Apedrejar caminhões da Ambev, Philip Morris
Me alimento da crítica da classe que usa a morte do filho
Pra fingir causa e entrar em partido político
Quanto mais impactante e hediondo o óbito
Mais publicidade pro pai e garantia de voto
No exame criminológico atingi alto índice
Por pretender salvar mais vida que Oskar Schindler
Sou tão alucinado e sensacionalista
Que até o fim dessa rima uma adolescente engravida
Enquanto um são crucifica um Eduardo
Nasce a décima geração de menores abandonados
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado
Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário
Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos
Apagam da minha mente o sistemático morticínio
Louco é quem investe no mundo militarizado
E colhe tiro na nuca da filha se abrir o blindado
Ã? quem põe placa balística na jaqueta
Que vai usar no túmulo da família dentro de uma gaveta
Assumo que tenho extrema bipolaridade
Amo a favela e odeio quem devasta as comunidades
Sou rimador violento que cita fome e latrocínio
Mas que é mais inofensivo que a Tv globinho
Me acha insano o que aprova a Maçonaria da High Society
Dando Luger, nextel e granada pro combate
Fazendo os mano ter que usar o lado criativo
Pra no celular fingir sequestro de um Presídio
"Tô com sua filha não desliga o fone senhora
Quero recarga da Tim, 5 mil na conta agora"
Quem precisa de Leponex é quem não percebe
Que o prêmio exame vem do chumbo crivado na nossa pele
Sofro da Psicose que me faz ousar a falar
Que as salas de interrogatório não são nosso lugar
Camisa de força porquê tenho culhão pra dizer
Quem abaixou o homicídio foi o crime não o Dhpp
Que se não fosse um b-boy repassar seu aprendizado
Tinha uns mil volume a mais de álbuns de procurados
Não tem cura pra quem vê a nave não tripulada
Monitorando o próximo miolo varrido por piaçava
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado
Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário
Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos
Apagam da minha mente o sistemático morticínio
Cuidado você no bairro negligenciado
Se tem meu Cd (ham) foi grampeado
Possivelmente a inteligência da Polícia
Vai te acusar de associação a ideologia terrorista
Fechou com a mente diagnosticada desequilibrada
Por quem não vê as brincadeiras infantis brutalizada
Os Pedrinho vai ser o que liga e pede permissão
Juninho o que passa o serrote no pomo de Adão
Minha crise psicótica só permite rimar a festa
Da Van da C.B.A roubada e dividida na favela
A festa do estuprador lentamente desossado
Embaixo do zoom vai morrer e os clapclap dos aplauso
Na exclusão prevejo tico-tico fatiando órgãos
Não é demência, é raciocínio lógico
Querem minha massa cinzenta sedada, lobotizada
Pra ninguém descrever nossas faixas de Gaza
Mas não vou ser o astro fabricado com whisky na boca
Chamando as mulheres da favela de cachorra
Outro otário que o granfino faz de instrumento
Pra arrastar sua gente através do mal exemplo
Se o moleque me ver cafungando, vai cheirar
Se me ver informado, vai tentar se informar
Enquanto não me trancafiam no Manicômio Judiciário
Prossigo na marcha pra Washington versão Eduardo
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado
Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário
Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos
Apagam da minha mente o sistemático morticínio
carlos eduardo taddeo - não existem civis
Na atmosfera com odor de carne humana e formol
O conflito é real não é jogo de Paintball
O sangue não é mistura de Nescau e caro
Orifício no tórax, efeito cinematográfico
Hemisférios cerebrais são sensores de perigo
Todos são santos, uns com táticas contra o extemínio
Não existem civis, só soldados em prontidão
Aplicando no novo laudo em que haja autopreservação
No modo silencioso o Smart no porta mala
Foi muquiado pra salvar Engenheira sequestrada
A bazuca ta na logística contra o Pelotão
Se passar pela barreira de concreto e óleo sabão
Dispara a munição expansiva de ponto ogival
Pra nossos nomes não disputarem com Ermírio e Gerdau
Ter vitória por Wo no vestibular disputado
Se o ataque biológico gerar pro chefe do tráfico
Medalha pro estrategista se vem estudar a lição
Eu fiz é vigia encher de Ultrabook um caminhão
Te convocaram pro combate simularam a base metralhada
Pra justificar sua cabeça arrancada
Pra que o Pm matador fosse eleito Deputado
Mesmo tendo na legenda o número de seus assassinados
Não respiro gás hilariante, veja as antioaéreas
Um dia de sua paz ver todas convenções de Genebra
Não é preciso se alistar pra tá em combate
Ã? só ter contra você um exército covarde
Que tem a sua atenção, outra nação
Outra língua um motivo pra perfurar seu coração
Ã? guerra quando no Qg do Depatri Denarc
Trabalham pra te ver no raio sonhando com resgate
Esperando o truta jogar carreta com explosivo
Pra vazar do recinto de concreto e aço fundido
No Pacifismo não tem boneco no banco do Bb
Pro correria desistir do Lexus quando ver
Crias não ouve militar aposentado
Contratado pra preparar o Exército do bairro
Me treinei pra não crer na autoria desconhecida
Que joga no tráfico mortes na periferia
Pra ler no crânio do Gcm partido
Que a lei Áurea é hedionda como o escravismo
Fomos convocados pra entrar na frequência da polícia
Se por a cara gambé arrombado vai virar carniça
Pra ser os corpos que aparecem no vídeo
Sendo ridicularizados pelas tropas de assassino
"Ai tenente dos nove tem um ladrão respirando"
"Não esquenta que esse aí o Diabo já ta esperando"
Quando não nos impomos no front, a traímos
Mais do que white boy espancando negro e nordestino
Também a pior Psiquiatria da humanidade
Molhando doente no relento pra vender seu cadáver
Execução sumária no laudo do legista
Prova que tamo em alerta vermelho no túnel Vietnamita
Não é preciso se alistar pra tá em combate
Ã? só ter contra você um exército covarde
Que tem a sua atenção, outra nação
Outra língua um motivo pra perfurar seu coração
Um minuto respirando o O² da favela
Metaboliza proteína pra atirador da Noruega
Pra enganar proteções residenciais
E grafitar parede com 14 ossos faciais
Quando anularam seu direito a infância
Te deram a val pra desativar o aparato de segurança
Pra acordar quem pôs a senha e tranquilo foi deitar
Levanta cuzão que o apoio tático não vai chegar
Ei inimigo antes de articular sua ofensiva
Devia pensar nos 1, 2 apurado pela polícia
Temo 9 em 10 chance de furar seu intestino
E assistir a perda gradual de seus sentidos
De passar o fim de semana gastando sua grana
Enquanto limpam Luminol no seu casaco de pele de panda
Vo ta realizado quando não formos pra Pinheiros
Campo ou na mansão pra fazer dinheiro
Cinco toques no interfone saiu a governanta
Encosta a F-250 que é hora da mudança
Mesmo de frente no programa de reconciliação
Nunca vou oferecer pro Algoz meu perdão
Se Stalin merecia morrer pelo trabalho forçado
Quem gera rosa em bar tinha que ser degolado
Nos obrigar a locar casa pra túnel de fuga das grades
Devia ser forca por crime contra a humanidade
Não é preciso se alistar pra tá em combate
Ã? só ter contra você um exército covarde
Que tem a sua atenção, outra nação
Outra língua um motivo pra perfurar seu coração
carlos eduardo taddeo - o fugitivo
O indulto de Natal vai ser meu alvará
Cerrar pulseira eletrônica e nunca mais voltar
Mudar o corte de cabelo, comprar uma identidade
Descolar um trampo no sapato em outra cidade
Cansei de gastar caneta escrevendo carta
Denunciando maus-tratos pro Juíz da comarca
Os semiabertos pendentes, as crises alérgicas
O container adaptado como cela
Sem noção engenhária pro túnel pra liberdade
Mantive bom comportamento, fiz a oportunidade
Contei o plano pra família na visita
16 anos na rua e minha pena de 10 foi prescrita
Nunca quis tá no organograma no Depatri Denarc
Como cabeça geral da comunidade
Só virei cliente indesejável da Vivara
Por que a atmosfera consumista exigiu roupas caras
Tivesse tido o montante que o polícia pediu
Não tinha peregrinado nas masmorras do Brasil
Pequenas delegacias, negócios grandes
Cédulas rasgam mandados, pulverizam flagrantes
Portão aberto, iniciada contagem regressiva
Mandado de busca em meu nome daqui a sete dias
Do Sindasp o a gente pede pro Deus bondoso
Que eu não tenha saído com seu endereço no bolso
Ã? você playboy que transforma indulto
Em porta de aço abaixada por motivo de luto
O benefício só vira missão e plano de fuga
Por que o sistema carcerário é sinônimo de tortura
Ainda devo 8 de cadeia pro Estado
Recapturado cumpro a pena integral no fechado
168 horas pra fazer a mudança
Por os móveis na Kombi e dar adeus pros manos de infância
Daí pra frente a regra é discrição máxima
Distância de mil metros de biqueira, bar e balada
Andar de moto com garupa nem pensar
Ã? erro clássico, é pedir pra Rota enquadrar
Como não tenho o dinheiro do Abadía
Discartei mudar de rosto numa cirurgia
Se fosse Ronald Biggs no trem postal
Podia até morar na frente de um Dp seccional
Por que voltar pro lugar que se eu ficar doente
Tenho que mandar mensagem de texto pra parente
Tô anoréxico, com dor torácica e ânsia
Levanta 10 conto que o Diretor chama a ambulância
Em 1 minuto vegetando numa prisão
Até Mahatma Gandhi ia mandar queimar busão
Ia dar salve pra parceiro ir na ação homicida
Pendurar os Embargador linha dura pelas tripas
Quem sabe se detento pudesse votar
Cácere ia deixar de ser assombro popular
Quem sabe eu não fosse um processo parado
E a próxima foto estampando o site de procurados
Ã? você playboy que transforma indulto
Em porta de aço abaixada por motivo de luto
O benefício só vira missão e plano de fuga
Por que o sistema carcerário é sinônimo de tortura
Mas vai mandar filho pra morar no exterior
Enquanto inserir Carandiru no seu plano diretor
Vai continuar com rastreador por fio de cabelo
Enquanto fizer esposa empacotar jumbo no Correio
Não cometi os pecados do fugitivo indultado
Não procurei familiar nem voltei pro antigo bairro
Todo gambé da região conhece o movimento
Cair nessa circunstância é só questão de tempo
Com a escolarização que adquiri atrás das grades
Era pra eu ta preenchendo de caderno de contabilidade
5 mil de F, 5 mil de C, 10 mil de M
Menos 15 cruzeiros de quebra da Pm
Preferi emprego humilde no lava rápido
Tudo suave, até a aproximação de uma Tático
Ao ouvir: "Encosta aí! " a perna da uma bambeada
Não consigo controlar o suor e a gaguejada
A reação denunciou a condição de fugitivo
O verme joga um Psico pra assumir que sou pedido
Corri quando falou que o Rg tinha falha
Coloração azulada, uma letra borrada
Primeiro passo: um tiro, rosto começa a formigar
Visão turva escurecendo, vou desmaiar
Só me resta torcer pra não resistir aos ferimentos
Como disse o Ministro é melhor a morte do que ser detento
Cds carlos eduardo taddeo á Venda