MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
carlos cezar e cristiano - moça caminhoneira
Chovia muito e eu voltava de viagem
Meu caminhão no atoleiro encalhou
Quando um outro caminhão cortando o barro
Veio roncando e do meu lado emparelhou
Era uma moça que estava no volante
Olhou pra mim e sorridente me falou:
"Calma, que eu vou tirar você desse pedaço!"
E com um cabo de aço...
Meu caminhão rebocou!
Refrão:
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
Por todo lado voou lama nessa hora
Falou sorrindo quando fora me deixou:
"Vou te esperar naquele posto logo adiante!"
Mudou a marcha e veloz se arrancou
Fui logo atrás, mas estranhei que na estrada
De seus pneus nem um só risco ela deixou
Cheguei ao posto e perguntei ao proprietário
Que tirando do armário...
Uma foto me mostrou.
Refrão
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
Quando falei ao proprietário que era ela
Me respondeu: "Ela morreu no mês passado."
Como gostava muito de caminhoneiro
Pagava assim a quem havia lhe ajudado
Compreendi que ela veio do outro mundo
E que havia do atoleiro me tirado
Caminhoneira, hoje lá na imensidão
Você roda o caminhão...
De estrelas carregado!
Refrão
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
Caminhoneira da madrugada
Dona da noite, moça da estrada
carlos cezar e cristiano - vida de peão
Recordando com saudade
meu tempo de boiadeiro
bateu forte no meu peito
a lembrança dos campanheiros
recordei o Ferrerinha
e também João boiadeiro
mais eu senti muita falta
do irmão Chico Mineiro
e eu ali sentado
no banquinho do terreiro
viajei em pensamento
no triângulo mineiro
conduzindo uma boiada
eu e mais três companheiros
Zé Boi era o culatra
Chiquinho era o cargueiro
e Zé Vicente era o ponteiro
Boiada vida de peão
saiu da estrada e hoje é lembrada
em versos e canção
Saudade sonhos de peão
boiada e viola já virou história
na televisão
Veio também na lembrança
minha traia de primeira
veio na recordação
o menino da porteira
o Preto de alma branca
e a moça boiadeira
Rosinha e Catimba
uma historia verdadeira
vi o velho boiadeiro
no araguaia afamado
um boi sendo consumido
e o ponteiro revoltado
o boi preto soberano
e o menino ali sentado
nesse meu sonho bonito
pedi a benção de Cristo
aos nossos heróis do passado
Boiada vida de peão
saiu da estrada e hoje é lembrada
em versos e canção
Saudade sonhos de peão
boiada e viola já virou história
na televisão
carlos cezar e cristiano - a moça do carro de boi
Velho carreiro ao parar de carrear
Pra sua filha o comando ele entregou
E aqueles bois se acostumaram com a moça
De tal maneira que jamais ele encalhou
Podia estar no lamaçal mais perigoso
Bastava ela dar apenas um sinal
Pra se ouvir gemer cocão dentro do barro
E os bois tirando o carro do terrível pantanal
Somente a moça a boiada obedecia
Sem o seu grito o velho carro não saia
um dia a moça adoeceu e aqueles bois
Outro carreiro não queriam respeitar
Era preciso que ela viesse a janela
E desse órdens pra boiada carrear
Até que um dia sem ouvir a voz da moça
Puxaram o carro passos lentos pela estrada
Porque levavam o seu corpo no caixão
Quão uma flor de estimação pra sua última morada
Esse mistério ninguém sabe se não foi
a voz da moça do além tocando os bois
Daquele dia tudo se modificou
Tanta tristeza conta do lugar
O velho carro que era dela silenciou
E a boiada nunca mais quis carrear
De sentimento por perder a companheira
Foram morrendo um a um pelos currais
Quem somos nós pra entender tamanha dor
Como cabe tanto amor nos corações dos animais
carlos cezar e cristiano - expresso boiadeiro
Soltem no pasto meu cavalo Ventania
Que atrás do gado me levou sertão a fora
E adquiri um caminhão de cem cavalos,
Do que já fui, bem mais feliz eu sou agora
O caminhão não cansa o gado e não me cansa,
E ao fim da viagem pra chegar sou o primeiro
Mesmo gastando combustível ainda compensa
Ser motorista de um expresso boiadeiro.
Fui no passado um pioneiro
A cavalgar atrás do gado o ano inteiro
E hoje sou caminhoneiro
A dirigir o meu expresso boiadeiro.
Antes tocava meu berrante pela estrada,
Hoje desperto meu sertão com a buzina
Antes levava moça linda na garupa,
Hoje essa moça vai comigo na cabine
Antes a onça com seus olhos clareava
A noite escura envolvida na neblina
Hoje o progresso colocou as faixas brancas
E o rumo certo sobre a pista vira em tinta.
Do ontem ao hoje dividido está o tempo
Que se formou na era da velocidade
E mesmo assim ao recordar do meu berrante,
Sinto no peito a dor gostosa da saudade
Longas pousadas nos varjões ao pé do fogo,
Até parece do café sentir o cheiro
Ouvindo histórias e violas ponteando,
E quando acordo estou no expresso boiadeiro.
carlos cezar e cristiano - estrada de chão
Estrada de chão seu tempo se foi
Cadê a peonada, poeira e boi
Cobriram de preto a estrada de chão
E mais preto é o luto do meu coração
O passado morreu só ficaram lembranças
Que morre comigo e doce esperança
E ainda ouvir na encruzilhada
Um berrante tocando chamando a boiada
Grita o peão ueh, ueh, ei boi
Na estrada de chão vai boiada
Alegres pousadas com meus companheiros
Que há muitos janeiros não sei onde estão
Cadê ferreirinha e joão boiadeiro
Pousada mineira e o negro peão
Que ariscavam a vida em cima do arreio
E todo o rodeio chamava atenção
Seus nomes famosos ficaram na historia
Passados e glorias da estrada de chão
Meu par de espora, meu laço e arreio
Que há muito no meio das tralhas guardei
Meu velho berrante enfeita a sala
E ao lado as medalhas que colecionei
Meu cavalo baio relincha no pasto
Sentindo o cansaço que o tempo lhe fez
E a passarada que alegra o sertão
Gorjeiam cantigas da estrada de chão
carlos cezar e cristiano - os três boiadeiros
Viajando, nas estradas
Zé roia na frente tocando berrante chamando a boiada
E chiquinho, sempre do lado
Distraindo o gado tomando cuidado nas encruzilhadas
E nós três "vivia", tocando a boiada
Mas um dia, na invernada
Deu uma trovoada numa derriçada o gado estourou
Nesse dia, morreu zé roia
Caiu do cavalo, foi dentro do valo e a boiada pisou
Fiquei eu e chiquinho, tocando a boiada
Num domingo, de rodeio
Chiquinho bebeu e não me obedeceu
Pulou no picadeiro
Num relance, atirei na rês
A vaca tremeu, mas no pulo que deu
Matou meu companheiro
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
Viajando, nas estradas
Não toco berrante nem vejo lá
Adiante meus dois companheiros
Deste trio, ficou a saudade
E em toda cidade o povo pergunta dos três boiadeiros
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
carlos cezar e cristiano - a volta do boiadeiro
Por que voltei vocês quer saber agora
Por que voltei se sorrindo eu fui embora
Por que voltei se deixei meu par de espora
E o meu cavalo esquecido em campo a fora.
Voltei trazendo no peito a dor da saudade
Do velho pingo, meu amigo de verdade
Voltei de novo pra cantar lá nas pousadas
As velhas modas com vocês companheirada.
Há muito tempo vocês devem estar lembrados
Por um alguém eu parti enfeitiçado
Um boiadeiro que jamais foi dominado
Por essa ingrata acabou sendo enganado.
Voltei pra pôr minha bota empoeirada
Ouvir o galo anunciando a madrugada
Quero abraçar o meu cachorro campeiro
Ouvir ao longe o berro dos pantaneiros.
Se estou chorando com franqueza é que eu digo
Não é por ela ao passado já não ligo
Igual a ave que retorna ao ninho antigo
Choro de alegre em rever os meus amigos.
Quem não sentiu o ar puro das campinas
E nunca ouviu um berrante em surdina
Não viu a lua deitado sobre um baixeiro
Não sabe amigos, quanto é bom ser boiadeiro.
carlos cezar e cristiano - boiadeiro errante
Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento porque ninguém me espera
Tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi
Eu vou cortando estrada uê boi
Tocando a boiada auê-uê-uê-ê boi
Eu vou cortando estrada
Toque o berrante com capricho Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço não se entregue companheiro
Chame o cachorro campeiro que essa rez é perigosa
Olhe na janela auê uê uê ê boi
Que linda donzela uê boi
Olhe na janela auê uê uê ê boi
Que linda donzela
Sou boiadeiro minha gente o que é que há
Deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada quero ouvir a siriema
Prá lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas
Ela é culpada auê uê uê ê boi
De eu viver nas estradas uê boi
Ela é culpada auê uê uê ê boi
De eu viver nas estradas
O rio tá calmo e a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
Lace o mestiço salve êle das piranhas
Tire o gado da campana pra? viagem continuar
Com destino a Goiás auê uê uê ê boi
Deixei Minas Gerais uê boi
Com destino a Goiás auê uê uê ê boi
Deixei Minas Gerais uê boi
carlos cezar e cristiano - retalhos de amor
Um lencinho banhado de pranto que alguém a chorar jogou fora
Um rastinho na areia da estrada a indicar que o amor foi embora
Duas letras gravadas num tronco de uma linda paineira em flor
São, são, são meu senhor, são retalhos de amor
Uma carta de amor desbotada pelo tempo que tudo consome
Um poema que trás num cantinho, iniciais pequeninas de um nome
No jardim onde fomos amantes numa vila qualquer do interior
São, são, são meu senhor, são retalhos de amor
O retrato de alguém que acompanha nossos passos na estrada da vida
Uma frase de amor que ouvimos Numa triste cruel despedida
A lembrança de um beijo perdido Num imenso oceano de dor
São, são, são meu senhor, são retalhos de amor
carlos cezar e cristiano - amargurado
O que é feito daqueles beijos que eu te dei
Daquele amor cheio de ilusão
Que foi a razão do nosso querer
Pra onde foram tantas promessas que me fizeste
Não se importando que o nosso amor viesse a morrer
Talvez com outro estejas vivendo bem mais feliz
Dizendo ainda que nunca houve amor entre nós
Pois tu sonhavas com a riqueza que eu nunca tive
E se ao meu lado muito sofreste
O meu desejo é que vivas melhor
Vai com deus, sejas feliz com o teu amado
Eis aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
Mas se tiveres algum fracasso
Creias que ainda te posso ajudar
Vai com deus, sejas feliz com o teu amado
Eis aqui um peito magoado que muito sofre por te amar
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
Mas se tiveres algum fracasso
Creias que ainda te posso ajudar
carlos cezar e cristiano - carreteiro da saudade
Carreteiro da saudade onde estas rodando agora
Quem te ama de verdade beija teu retrato e chora
E quando os sonhos te acompanham pela estrada
Lembranças de seus amigos, saudade de sua amada
Só tem consolo da amizade verdadeira
Quem carrega Deus no peito não tem medo de ladeira
E na vertigem de montanha, estrada e rio
Pneuzada sempre cheia, coração sempre vazio
E quantas vezes de viagem atrasado
E encontrando o irmão na estrada no encostamento travado
Troca a canseira pela solidariedade
Precisou de um carreteiro nunca fica na saudade
E na pousada pra escapar da tentação
Só a modinha caipira pra escapara da solidão
carlos cezar e cristiano - o vai e vem do carreiro
Intro: C7 B7 C7 F C7 F C7 F
F C7
Carreiro vai, carreiro vem, beirando matas, cordilheiras campos eespigões
F
Na estrada azul, nos matagais, lhe acompanham os passarinhosvindos dos sertões
F7 Bb
No peito seu, eu sei que tem, seis bois puxando o carro triste doseu coração
C7 F Bb C7 F
É a saudade emparelhada com a lembrança, o amor a esperança,desespero e solidão
C7 F C7 F
Carreiro vai, carreiro vem, rodando só pelo sertão cantandoassim
C7 F Bb C7 F C7 F
Carreiro vai, carreiro vem, na sua estrada de paixão que não temfim
F C7
Carreiro vai, carreiro vem, para bem longe do filhinho que ficouno lar
F
Bem cedo sai, e à tarde vem, deitar nos braços de chiquinhasempre a lhe esperar
F7 Bb
Solta seus bois, lá no curral, quando no morro surge o claro raiode luar
C7 F Bb C7 F
Pega na viola pra cantar sua poesia, quando fora a brisa fria,vem com ele duetar
C7 F C7 F
Carreiro vai, carreiro vem, rodando só pelo sertão cantandoassim
C7 F Bb C7 F C7 F
Carreiro vai, carreiro vem, na sua estrada de paixão que não temfim
F C7
No vai e vem, que o mundo dá, vai o seu rastro rabiscando pedrase areiões
F
Dois riscos só, deixam o pó, e o orvalho tremulando sobre milbotões
F7 Bb
Igual ao sol, passa por nós, e a tarde deita no poente pararepousar
C7 F Bb C7 F
Solta a boiada de estrelas cintilantes, ruminando lá distante,pelos campos do luar
C7 F C7 F
Carreiro vai, carreiro vem, rodando só pelo sertão cantandoassim
C7 F Bb C7 F
carlos cezar e cristiano - boiadeiro mentiroso
Toada
Caminha o boiadeiro a passo lento na estrada
Levando como bagagem lembrança de sua amada
Que há muito deixou sozinha sentindo a dor da saudade
Dizendo que voltaria, boiadeiro diz a verdade.
Um boiadeiro não mente não
Se tem muito amor no coração
Porém o tempo passou esperando o seu amado
Aquele rosto bonito agora estava marcado
De dor e de sofrimento, cansaço, mágoa e desgosto
Mas boiadeiro não mente, esperança brilha em seu rosto.
Muitas boiadas passaram, boiadeiro não voltou
Mas um dia bem distante um berrante repicou
Assim seu amor tocava, bateu forte o coração
Chorou ao ver que era outro que tinha o berrante na mão.
carlos cezar e cristiano - noite do esquecimento
Guarania
Eu venho em tua janela dizer adeus numa serenata
Desperta se estas dormindo porque a dor deste amor me mata
Com lagrimas dos meus olhos adeus querida te deixarei
Parece que ainda estou vendo tu me dizer sempre te amarei.
Vou partir desconsolado
Par nunca mais regressar
Adeus tormento adorado
Sempre, sempre vou te amar.
Se estou partindo agora, pois esqueceste o juramento
É triste para quem ama cair na noite do esquecimento
Se acaso voltares um dia e sentir a falta de quem te ama
Abrace forte este lado que está vazio em tua cama.
carlos cezar e cristiano - vai meu carro velho vai
Vai meu carro velho, vai
Carlos César & Cristiano
Lá vai o carro, com seu carreiro
Deixando rastros neste solo brasileiro meu
Cante uma música, velho cocão
Para que todos lembrem sua tradição
Minha boiada, deixe seu rastro
Puxando forte o velho carro com seu casco sim
Não é preciso usar ferrão porque ferir seu coração
Ouço seus passos no compasso do cocão
Vai meu carro velho, vai
Você e eu somos mesmo quase iguais
Porque, tudo mudou eu sei
Choro a saudade do que foi e não volta mais.
Serras e vales, meu carro vai
Atravessando entre campos e revoadas de pardais
Meu carro cante pra mim uma canção
Que seu carreiro tem no peito um coração que dói
Carreiro vai, carreiro vem
De longe escuta o rangido de cocão no além
Cantarolando este homem se agita
Suspendendo o braço grita, viva o nosso sertão
Vai meu carro velho, vai
Você e eu somos mesmo quase iguais
Porque, tudo mudou eu sei
Choro a saudade do que foi e não volta mais
Choro a saudade do que foi e não volta mais
Choro a saudade do que foi...
Vai meu carro velho, vai.
Cds carlos cezar e cristiano á Venda