MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
a barca - a mamãe tá chorando
A MAMÃE TÁ CHORANDO
grupo:A Barca
a mamãe tá chorando
porque eu vou me encantar
a mamãe é culpada
da mãe d?água me levar
ô não chora, não chora, mamãe
ô não chora, não chora, papai
a mãe d?água me leva
a mãe d?água me leva
a mãe d?água me traz
a barca - caranguejinho
Caranguejinho tá andando, tá andando
A maré tá cheia, a é tempo de lua
Caranguejinho tá andando, tá andando
a barca - dona mariquinha
Boa noite, boa noite
Foi agora que eu cheguei
Fui chegando e fui cantando
Se é do seu gosto eu não sei
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Eu queria que chovesse
Uma chuva bem fininha
Pra molhar a sua cama
E você dormir na minha (ai)
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Seca seca zumburana
Intertece os alecrim
Você está de amor novo
Nem se lembra mais de mim
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Oi pisa miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho
Uma pisada
Duas pisada
Três pisadas limão
Oi pisa miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho
Uma pisada
Duas pisada
Três pisadas limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Eu joguei a prata n'água
A prata mudou de cor
Eu também quero mudar
Meu sistema de amor
Lá na fonte das pedrinhas
Fui fazer as minhas queixas
Uma das pedras me disse
Que amor firme não se deixa
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Quem quiser pega-la moça
Bote um laço na janela
Ainda ontem eu peguei uma
Morena cor de canela
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Dona mariquinha da feição miudinha
Seu manoel da fulô do limão
Oi pisa miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho
Uma pisada
Duas pisada
Três pisadas limão
Oi pisa miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho miudinho
Miudinho
Uma pisada
Duas pisada
Três pisadas limão
a barca - dindinha luzia
Dindinha luzia vamos baiar
Com as candeinhas do paraná
a barca - adeus meu lindo amor
Adeus, meu lindo amor
Eu vou embarcar
Até segunda-feira
Terça, quarta mais tardar
Eu vou embarcar
a barca - ana mora na cacimba
Ana mora na cacimba
Na cacimba ê
Ela mora na beira do rio
Na cacimba ê
a barca - batuque de pirapora
Eu era menino
Mamãe disse vam'embora
Você vai ser batizado
No samba de pirapora
Mamãe fez uma promessa
Para me vestir de anjo
Me vestiu de azul celeste
Na cabeça um arranjo
Ouviu-se a voz do festeiro
No meio da multidão
"menino preto não sai
Aqui nessa procissão"
Mamãe, mulher decidida
Ao santo pediu perdão
Jogou minha asa fora
Me levou pro barracão
Lá no barraco
Tudo era alegria
Nêgo batia na zabumba e
o boi gemia
Iniciado o neguinho
No batuque do terreiro
Samba de piracicaba
Tietê e campineiro
Os bambas da paulicéia
Não consigo esquecer
Fredericão na zabumba
Fazia a terra tremer
Cresci na roda de bamba
No meio da alegria
Eunice puxava o ponto
D.olímpia respondia
Sinhá caía na roda
Gastando a sua sandália
E a poeira levantava
No vento das sete saias
a barca - coco dendê trapiá
Coco dendê trapiá, faz
Um jeitinh d'imbolá, d'imbolá
Embola pai
Embola mãe, embola filha
Eu também sou da família
Eu também quero embolá, embolá
O trem de ferro
Quando vem de pernambuco
Vem fazendo vuco-vuco
Com vontade de chegá, trapiá
Minha senhora
Porque chora esse menino
Ele chora de malino
Somente pr'aperriá, trapiá
Por isso mesmo
Vou pedir pro meu marido
Pra fazer vestido liso
Pr'eu dançar no caxangá, caxangá
São joão batista
Por ser bom telegrafista
Inventou fogo de vista
Buscapé, fogo do ar, trapiá
Vou na bodega
Comprar xale sem bolota
Pra iaiá botá nas costas
Ir na rua passiá, trapiá
a barca - Ê tum
- corre menina
Pra casa do véio meu sogro
Bote a chalera no fogo
Faiz café pra nóis tumá
- corre menina
Na casa do funilero
Chegue lá, pergunte a ele
Por quanto faiz um ganzá
Ê tum, ê tum, ê tum
- ô muié
Vai pra cozinha e faiz café pra nóis tumá
- fala, coquero
Da cabeça de cumbuca
Você hoje se amaluca
Na pancada do ganzá
Fala, coquero
Da barriga de monturo
Você fala no escuro
Porque meu talento dá
- olha, coquero
Na bolada americana
Si o esprito num m'ingana
Eu também sei o bolá
Bolada num
Bolada num, bolada notro
Atirei com bola solta
Num jogo de rebolá
- tome cuidado
Diz, é poco mais o meno
Minha bola tem veneno
Quando eu pego no ganzá
Eu dei um tombo
Quatro tombo no martelo
Eu sô feito no duelo
Rimeiro, vamo rimá
Ê tum, ê tum, ê tum...
- passe pr'aqui
Passe pr'ali, passe p'o canto
Que eu daqui num me alevanto
Quantas tapa qué levá?
Ande ligero
Arrepare, cavalero
Eu sô um bicho ligero
Na pancada do ganzá
- ande ligero
Arrepare, meu sinhô
Tando em pé, tando assentado
Eu sei dá pulo mortá
Ande ligero
No martelo agalopado
Abr'u olho, camarada
Veja o jeito d'eu bolá
- caba danado
Cabo da bola malina
Você memo é que m'insina
Lavá ropa sem moiá
É tranca, é bola
É tranca, é bola, é parafuso
A baleia deu um urro
Do out'o lado do má
Ê tum, ê tum, ê tum...
- embola a lua
Embola o sol, embola o vento
Meto a cabeça, vô dento
Qu'eu também vô guerriá
Faca de ponta
É danada pra custela
Nêgo vendo a ponta dela
Morre doido, num vai lá
- poeta novo
Num monta no meu cangote
Se montá leva chicote
Morre doido de apanhá
Passe pr'aqui
Passe pr'ali seu gororoba
Que você engole cobra
Com farinha de imbuá
- no meu cercado
Cabrito novo num berra
Nuvíu de pé de serra
Num briga com malabá
Caba valente
Num me diga desaforo
Quem num pode com besoro
Num assanha mangangá
Ê tum, ê tum, ê tum...
Ande ligeiro
A minha regra é de coqueiro
Estremece o mundo inteiro
Trupelão, rio, caná
Eu sou coqueiro
Eu sou bicho cantadô
Inda que você num queira
Eu seria, eu era, eu sô
a barca - eu sou bem pequenininha
EU SOU BEM PEQUENININHA
grupo:A Barca
eu sou bem pequenininha
moro em morro de areia
minha rede balanceia
eu sou pequenininha de mamãe
moro no morro de areia
a barca - justino grande
Pr'onde vai justino grande
Com teu bumba gemedô
Quando chegou em goiana
Justino grande apanhô
Binidito era um bicho
Cabra bom pra vadiá
Justino grande apanhô
Acabô foi s'inforcá
Quando entraram nua sala
Que pegaram a rimá
Diz até fazia pena
O justino vadiá
Eu me chamo binidito
O coqueiro do lugá
Eu sou aquela serpente
Que você ouviu falá
Faça carreira, justino
Nós agora vamo dá
Dê c'u macêpo no bumba
Quero vê ele falá
Binidito então lhe disse
- sinhores, chegue pra cá
Venham vê esse valente
Na minha mão se acabá
O justino disse a ele
- faça um ponto, esbarro lá
Sô cum'a peça carnêra
Quand'ela qué dispará
Binidito disse a ele
- agora vou pelejá
Só pa matá esse duro
Que veio no meu lugá
Binidito escavacando
Cumo o denende lugá
Era a tigre, era a serpente
Peito bom pra vadiá
O justino entrou pra dentro
Nunca mais ele falô
Quando chegou na cozinha
Justino grand's'inforcô
a barca - lá na aldeia
LÁ NA ALDEIA
grupo:A Barca
lá na aldeia aonde eu moro
lá tem cabocla bonitinha como essa nêga
a cabocla de pena, ela dança assim
a cabocla de pena, ela dança assim
a cabocla de pena, ela dança assim
com seu rosário
a barca - mestre rei dos mestres chegou
MESTRE REI DOS MESTRES CHEGOU
grupo:A Barca
o meu mestre Rei dos Mestres chegou
e neste salão entrou
vem chegando e vem salvando os pecador
o meu mestre Rei dos Mestres já raiou
abertura / canta ? Euclides
a barca - o sol lá vem
O sol
O sol lá vem
Eu namoro u'a morena
Que sou moreno também
Caba danado
Você diz que dá na bola
Vontade também consola
Na bola você não dá
Eu vi o bombo
Enrolando pelo chão
Eu vi a quilaridão
Na usina do pilá, o sol
Cavalo pampa
É alazão da cô fovera
Ficou lá no atoleiro
No caminho do ariá
Eu dei um tombo
Dei dois tombo, dei três tombo
Sustento a caiga no lombo
Mode o lombo não virá
Mas eu não troco
Meu sertão, meu naturá
Por toda e qualqué capitá
Que houvé no mundo inteiro
Já fui pr'aqui
Já fui pr'ali, já fui pr'europa
Mas não troco a minha terra
Por nada do estrangeiro, o sol
(coco anotado por mário de andrade no rio grande do norte em 1929)
O poeta come amendoim - trecho final - (mário de andrade)
Mastigado na gostosura quente de amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois remurmuram sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.
a barca - a sala tá cheia
A sala tá cheia, minha gente
Como é que eu entro agora
Eu entro, minha gente, eu entro
Com deus e nossa senhora
Cds a barca á Venda