brasília

Leo Middea

Quero conversar
Dialogar com teu corpo
Boca e o todo que te clareia
Tua distância gera semelhança
No tom, quero teu som
Sentir teu embalo
Virar no teu beijo

Ser artesão do amor
E se for amor, foi sorte
Não há como construir
Tua carne, tua pele
Só com o meu sentir

Era tempo que virou distância
Era bossa que virou enredo
Ai, meu Deus
Era sombra que virou paisagem
Era nogueira que virou espaço
Ai, meu Deus
Era canto que virou encanto
Era malícia, magia, Brasília
Ai, meu Deus
E o Rio que tornou-se mudo
Hoje roda a Dança, solto ao mundo
Ai, ai