o direito de nascer

Juliano & Jardel

Retornei ao mundo terrestre numa noite de alegria
Foi de um ato inesperado que uma nova vida surgia
Eu já estava crescendo e minha mãe não sabia
Com sorrisos de esperança
A minha lama criança sonhava coma luz do dia

Três meses quase completos no estado de gestação
No ventre de minha mãe ouvindo seu coração
Sonhava ter coleguinhas tez paz e muita união
Enquanto o tempo passava
Mamãe se preocupava com sua reputação

Num gesto de desespero sem piedade e complacência
Mamãe tirou de minha alma o direito de existência
Por não querer que eu nascesse
hoje sofre as consequências
Ela sonha em ter um filhinho
No sonho vê meu corpinho que ela matou sem clemência

E eu vendo seu sofrimento uma dor me domina
Mas logo sinto a presença de Jesus que me ilumina
Dizendo que a mãe pecadora que não cumpre a lei divina
Terá em sua existência
O peso da consciência que aos poucos lhe assassina