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Inocentes
nesse meu olhar
As horas se arrastame essa motivação de pressa
Que ora em mim é para que as horas não mais existam
Para que ausente e pragmática me ausente
desta sensação encadeada de ausência
Presente, e grande
Ainda em minha boca as mesmas palavras mortas
Salivam a mágoa ontem
Ontem
Meus passos uma somatória
de falsos bêbados enfermos
Troco os sapatos
Nesse meu olhar doente, moravam os deuses
Nesse meu olhar
Haverá alguém no que me fiz
Se nada sei, finjo ser pra me ter
Haverá alguém no que me fiz
Se nada sei (x2)
Quem em mim achar portos
O que haverá no escuro que me aquece e traz
que não há na luz
Eu precso saber (x2)