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Inezita Barroso
mestiça
Mostraram-me um dia na roça dançandoMestiça formosa de olhar azougado
Um lenço de cores nos seios cruzado
Nos lóbos das orelhas pingentes de prata
Que viva a mulata por ela o feitor
Diziam que andava perdido de amor
Um pobre mascate que em noites de lua
Cantava modinhas lundus magoados
Amou a faceira dos olhos rasgados
Ousou confessar-lhe com voz timorata
Amaste ó mulata e o pobre feitor
Chorava nas sombras perdido de amor
Um dia encontraram na escura senzala
O catre da bela mucamba vazia
Embalde recordam pirogas o rio
Embalde a procuram nas sombras da mata
Fugira a mulata e o pobre feitor
Se foi definhando perdido de amor...
Se foi definhando perdido de amor