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Cláudio Nucci
o espantalho
Sempre te olhei comovidoSob as estrelas do céu
Teu rosto de olhar sem sentido
Debaixo do teu chapéu
O teu corpo de fantoche
Banhado de chuva ao relento
Sempre fazendo deboche
Do frio, calor e do vento
Guardião de palha e galho
Braços abertos de cristo
Espantar era um trabalho
Que eu jamais tinha visto
Gravata vermelha e amarela
Quase descomunal
Balançando feito vela
De um barco medieval
Tudo que aprendi contigo
Foi saber ter solidão
Teu silêncio meu amigo
Fala no meu coração