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ângela Maria
cantoria
Amar é um dom há que saber o tomE entoar bem certo a melodia
O povo enxerga a luz de uma voz sincera
E canta com ela em sintonia
Cantar é uma luz
Um enfunar de velas
Ã? compreender a canção como um navio
Que vai zarpando, ignorando mapas
Tocando as águas que nem harpas
Por conta do destino
Compor saibam vocês
Ã? mais que um desatino
Esmiuçar a dor fio a pavio
Ofício que deságua o sofrimento
Ã? escoar-se inteiro como um rio
E eu me ponho a compor feito um
cigano
Que busca noutra luz seu próprio lume
E me pergunto quem é mais insano
Se eu, um rouxinol
Se tu, um vagalume