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Altemar Dutra
as vitrines
Eu te vejo sair por aí,Te avisei que a cidade era um vão,
Dá tua mão,
Olha pra mim,
Não faz assim,
Não vai lá não.
Os letreiros a te colorir,
Embaraçam a minha visão,
Eu te vi suspirar de aflição,
E sair da sessão, frouxa de rir.
Já te vejo brincando, gostando de ser,
Tua sombra a se multiplicar,
Nos teus olhos também posso ver,
As vitrines te vendo passar.
Na galeria,
Cada clarão,
Ã? como um dia depois de outro dia,
Abrindo salão,
Passas em exposição,
Passas sem ver teu vigia,
Catando a poesia,
Que entornas no chão.