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Alceu Valença
punhal de prata
Eu sempre andei descalçoNo encalço dessa menina
E a sola dos meus passos
Tem a pele muito fina
Eu sempre olhei nos olhos
Bem no fundo, nas retinas
E a menina dos olhos
Me mata, me aluncina
Eu sempre andei sozinho
A mão esquerda vazia
A mão direita fechada
Sem medo por garantia
De encontrar quem me ama
na hora que me odeia
Com esse punhal de prata
Brilhando na lua cheia