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Cristiano Fantinel
tropeiro da meia-noite
Nasceu num galpão distantedo movimento povoeiro
Sua mãe foi um diamante
de um negro velho tropeiro
Cresceu com sua mãe-sinhá
cantarolando faceira
como sabiá-laranjeira
que canta antes de acordar
Tropeiro da Meia-noite
cantando tropas,
tropeando versos.
Saltou guri pra cidade.
Inocente, foi de a pé.
E viveu nos arrabaldes
cantando nos cabarés.
Era o xo dó das gurias,
vaqueano do coração,
tropeava sesmarias
no braço do violão
Tropeiro da Meia-noite
cantando tropas,
tropeando versos.
Na perdição da cidade
respira o rincão...
cantando tropas,
tropeando versos
Na luz vermelha da sala
um cantar de galpão...
cantando tropas,
tropeando versos
Verseja o mundo ao avesso
poema sem fim..
cantando tropas,
tropeando versos..