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João Bosco
falso brilhante
O amoré um falso brilhante
No dedo da debutante
O amor
é um disparate
Na mala do mascate
macacos tocam tambor
O amor
é um mascarado
a patada da fera
na cara do domador
O amor
sempre foi o causador
da queda da trapezista
pelo motociclista
do globo da morte
O amor é de morte
Faz a odalisca atear fogo às vestes
e o dominó beber água-raz
O amor é demais
Me fez pintar os cabelos
me fez dobrar os joelhos
me faz tirar coelhos
da cartola surrada da esperança
O amor é uma criança
E o mesmo diante da hora fatal
o amor
me dará forças
pro grito de carnaval
pro canto do cisne
pra gargalhada final