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Clarice Falcão
a volta do mecenas
Aonde foi aquele moço bom da RenascençaPai gentil das fábulas, romances e poemas
Quem vai sustentar conosco o peso dessa pena
Estamos todos esperando a volta do Mecenas
E você diz
Olha que lindas as rosas
Quando eu digo acorda
Quem se importa
Quando foi que entramos nesse estado de demência
A cada nova década aumenta a decadência
E quem é que toma as divinas providências
Eu não tenho pressa mas me falta paciência
E você diz
Olha o raiar da aurora
Quem dormir agora
Vai perder a hora
De ver o sol nascer
Pois ainda há tempo para a nova Renascença
Para abençoar nossos romances e poemas
E fazer sorrir a tinta dessas novas penas
Haverá de vir um dia a volta do Mecenas
Olha o raiar da aurora
Quem dormir agora
Vai perder a hora
De ver o sol nascer