MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
zé geraldo - senhorita
Minha meiga senhorita eu nunca pude lhe dizer
Você jamais me perguntou
de onde eu venho e pra onde vou
De onde eu venho não importa, já passou
O que importa é saber pra onde vou
Minha meiga senhorita o que eu tenho é quase nada
Mas tenho o sol como amigo
Traz o que é seu e vem morar comigo
Uma palhoça no canto da serra será nosso abrigo
Traz o que é seu e vem correndo, vem morar comigo
Aqui é pequeno mas dá pra nós dois
E se for preciso a gente aumenta depois
Tem um violão que é pra noites de lua
Tem uma varanda que é minha e que é sua
Vem morar comigo meiga senhorita
Doce meiga senhorita
Vem morar comigo
Aqui é pequeno...
zé geraldo - cidadão
Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Esta dor doeu mais forte
Por que que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
zé geraldo - galho seco
Eu andava acabrunhado e só
Perdido e sem lugar
Feito um galho seco
Arrastado pelo temporal
Pensei até em enrolar minha bandeira e dar no pé
Eu pensei até em jogar fora a minha história, os documentos e aquela fé
Fazia tempo que o sol não derramava luz na minha vidraça
Depois que tudo passa
O vento leva as nuvens negras noutra direção
Também pudera
Uma hora era o fogo que rasgava o chão
Outra hora era a água que descia e afogava toda a plantação
Ainda bem que me restou o seu sorriso
Que me alumia a alma
Que me acalma quando é preciso
E como eu preciso!
Como eu preciso
Que me acalma quando é preciso
E como eu preciso
Eu andava acabrunhado e só...
zé geraldo - o pastor e o leão
Ei escuta aqui você aí
Meu senhor Guarda Livros Contador
Eu vim aqui fazer minha declaração
de renda
pro leão
Sou estrangeiro
naturalizado brasileiro
eu sou pastor por vocação
Sou sacerdote
isso mesmo eu vivo é disso
essa é a minha profissão
Tenho cadeia de hotéis no Hawai
Fazenda no Texas
Um sítio em Parati
O gado é de primeira muito bom
Automóveis do ano
Cobertura no Leblon
Triplex na Vieira Souto
Uma casa de praia na orla do Guarujá
Pra investir e garantir meu capital
Eu tenho na Bahia umas fazendas de cacau
Eu tenho poço de petróleo no Iraque
De araque caro irmão
Eu tenho frota de aviões
Frequento a bolsa de valores
de São Paulo Nova Iorque, Londres
Rio de Janeiro
Eu transo ações
Tenho uma grana aplicada
na Europa e na América
que é melhor não declarar
Pra encerrar as contas desse meu calvário
já que sou obrigado
eu declaro o meu salário
O meu salário não é feito
de tostões e de mil réis
Eu vivo da bondade e doações
dos meus fiéis
zé geraldo - o homem que não tem vícios
Cinco e pouco da manhã
Eu vou para o trabalho
A lotação sacode
Me arrebenta no caminho
Chego tarde na seção
O chefe explode
Dá meio-dia todo mundo sai
Pensando na cachaça
E no farto almoço
Eu abro a minha marmita
Abobrinha frita
Carne de pescoço
Seis da tarde todos vão embora
Só eu fico atolado. Uma, duas, três horas
Depois enfrento a condução
Quase sempre confusão
Meu Deus, Nossa Senhora
Se chego em casa mais de meia-noite
A "muié" já tá dormindo
Eu fiquei na mão
Daí a pouco o dia tá chegando
Continuo esperando outra ocasião
E no fim do mês
Não sobra grana para o futebol
Pra tomar a cana, pra pegar um sol
Pra ganhar um brilho, pra fumar tabaco
Pra sair do trilho, cafuné na nuca
Pra jogar sinuca nunca sobra taco
O homem que não tem vício é um fraco
zé geraldo - milho aos pombos
Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí
queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas
mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil
o pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
o homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto
voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo
zé geraldo - dona
Dona das tardes sombrias do início de março
Que amortece a caída das folhas do outono
Dona da estrada de terra que abraça os meus passos
E do fio que tece a rede que embala
Que embala o meu sono
Faz do meu canto de saudade
um acalanto na cidade
(Faz do meu canto de saudade
um acalanto na cidade)
Dona do amor que aquece as noites de inverno
Faz o vento soprar em pleno verão
Dona que faz do meu pranto um sorriso eterno
Leva o barco da vida pros mares mais calmos
Leva os sonhos nas mãos
Faz do meu canto de saudade
um acalanto na cidade
(Faz do meu canto de saudade
um acalanto na cidade)
Dona que traz no semblante a expressão do meu verso
Dona da força que altera um placar adverso
Dona do anteprojeto que traça e define o meu ponto futuro
Dona da lei que abole a vergonha do muro
Oh Dona!
Que consegue fazer transbordar o meu peito
com o ar puro da serra
Oh Dona!
Da palavra final do último ato
Do acordo de paz entre os homens da terra
zé geraldo - dando milho aos pombos
Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí
queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina
suas mortalhas
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
dando milho aos pombos ( 2 vêzes )
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil
o pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro
o homem comprando da sociedade o seu papel
Quanto mais alto o cargo maior o rombo
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
dando milho aos pombos ( 4 vêzes )
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto
voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar
vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça
dando milho aos pombos ( 5 vêzes )
zé geraldo - na barra do seu vestido
Qualquer dia desses vou descer as ruas
Vou entrar nos bares
Vou beber os mares
Pra criar coragem e te procurar
Vou pela Fradique cantando um bolero
Feito um Valdick gentil e sincero
Coração errante que só quer amar
Desço a Purpurina onde a tarde brilha
Sobre a minha sina sol e maravilha
Com o peito em brasa
Desejando brisa.
Na rua Harmonia escrevo um poema
O céu é um cinema
Quando finda o dia
Sou bailarino gira mundo
Poeta sem endereço
Assustado e vivido
Um menino encantado
Que sonha viver pra sempre
Na barra do seu vestido.
Sou bailarino gira mundo
Poeta sem endereço
Assustado e vivido
Um menino encantado
Que sonha viver pra sempre
Na barra do seu vestido.
Qualquer dia desses vou descer as ruas
Vou entrar nos bares,
Vou beber os mares
Pra criar coragem e te procurar
Vou pela Fradique cantando um bolero
Feito um Valdick gentil e sincero
Coração errante que só quer amar
Desço a Purpurina onde a tarde brilha
Sobre a minha sina sol e maravilha
Com o peito em brasa
Desejando brisa.
Na rua Harmonia escrevo um poema
O céu é um cinema
Quando finda o dia
Sou bailarino gira mundo
Poeta sem endereço
Assustado e vivido
Um menino encantado
Que sonha viver pra sempre
Na barra do seu vestido.
Sou bailarino gira mundo
Poeta sem endereço
Assustado e vivido
Um menino encantado
Que sonha viver pra sempre
Na barra do seu vestido.
zé geraldo - a fé
Tá na prece do cristão
na festa do padroeiro
tá nas velas que iluminam
os caminhos do mosteiro
Acompanha os peregrinos
todo ano a Juazeiro
tá na roda das carretas
na cabine do caminhoneiro
Rola pelas rodovias
que nos levam a Aparecida
tá com a dona de casa
todo dia em sua lida
Muitas vezes explosiva
outras vezes reprimida
é a companheira do operário
em sua luta pela vida
Tá no verso do poeta
nas trovas do cantador
nas palavras do profeta
no peito do trabalhador
Tá no pranto de quem chora
na alegria e na dor
Tá à espera de braços abertos
no alto do Redentor
Tá na reza dos fiéis
no ato dos governantes
tá presente nos bordéis
no encontro dos amantes
Tá nos livros e papéis
na cabeça do estudante
na esperança dos que chegam
na ilusão dos retirantes
Tá na força do destino
nas ruas e na prisão
tá na festa do Divino
na fogueira de São João
No sorriso do menino
tá no gesto do ancião
tá na chuva na cidade
tá na seca no sertão
Muito dela tenho ouvido
e dela tenho falado
por ela se tem morrido
por ela se tem matado
Todo povo oprimido
não se esquece do ditado:
"Povo que vive sem fé
é um povo abandonado"
zé geraldo - rio doce
Deposito em suas águas meu grande segredo
Parto pra cruzar fronteiras, engrossar fileiras
Compor meu enredo
Deixo suas margens ricas sob a sombra lírica da Ibituruna
Una, pobre sabiá que perdeu seu canto de frases ligeiras
Por ver se apagar a ilusão ardente
Tão inconseqüente da paixão primeira
Oh! Meu Rio Doce, doce são os seios da morena flor
Cor do seu Ipê
Que vive sob as gameleiras, pés de jenipapo
Junto de você
Leva essa morena no seu leito manso
Faz o seu remanso se vestir de azul
Que eu tô levando a minha mocidade
Pras velhas cidades e praias do sul
Tô levando a minha mocidade pras velhas cidades
E praias do su..ul
Oh! Meu Rio Doce, doce são os seios da morena flor
Cor do seu Ipê
Que vive sob as gameleiras, pés de jenipapo
Junto de você
Leva essa morena no seu leito manso
Faz o seu remanso se vestir de azul
Que eu tô levando a minha mocidade
Pras velhas cidades e praias do sul
Tô levando a minha mocidade pras velhas cidades
E praias do su..ul
Que eu tô levando a minha mocidade
Pras velhas cidades e praias do sul
zé geraldo - como diria dylan
Hei você que tem de 8 a 80 anos
Não fique aí perdido como ave
sem destino
Pouco importa a ousadia dos seus planos
Eles podem vir da vivência de um ancião
ou da inocência de um menino
O importante é você crer
na juventude que existe dentro de você
Meu amigo meu compadre meu irmão
Escreva sua história pelas suas próprias mãos
Nunca deixe se levar por falsos líderes
Todos eles se intitulam porta vozes da razão
Pouco importa o seu tráfico de influências
Pois os compromissos assumidos quase sempre ganham
subdimensão
O importante é você ver o grande líder que existe dentro
de você
Meu amigo meu compadre meu irmão
Escreva sua história pelas suas próprias mãos
Não se deixe intimidar pela violência
O poder da sua mente é toda sua fortaleza
Pouco importa esse aparato bélico universal
Toda força bruta representa nada mais do que um sintoma
de fraqueza.
O importante é você crer nessa força incrível que existe
dentro de você
Meu amigo meu compadre meu irmão
Escreva sua história pelas suas próprias mãos.
zé geraldo - dama da noite
O beijo da mulher amada
Amanhecendo a passarinhada
O tempo vai ser dedicado
Palavras me dizem no ar
A história é bem fundamentada
Com jeito de mulher amada
Silêncios da paixão
São laços que se dão
Enquanto o sol desmancha
No meu coração, no seu coração
O perfume da dama da noite
Adormecendo a passarinhada
O tempo vai ser delicado
Mistérios me dizem no ar
A história é bem fundamentada
O perfume da dama no orvalho
Silêncios da paixão
São laços que se dão
Enquanto a noite vem
A poesia crava a lua no meu coração
Você e eu
Eu e você
zé geraldo - zé e josé
O homem nasce livre como os bichos, como os pássaros
E livres colhem os seus caminhos
Cada um é feliz da sua maneira
Essa é a história de Zé e JoséZé e josé eram amigos de fé e sentimentos
Se ajudavam nos momentos difíceis,sorriam juntos na
felicidade
Os pés no chão,o tempo a favor
Namoro com as moças bonitas,
Noites e luas no interior
Ser feliz incomoda aos que são amargos
Alguns pais carrancudos lhes chamavam vagabundos
Sejam como nós,diziam eles
Pela primeira vez zé e josé se embriagaram
Não entenderam a culpa agora instalada nos seus
corações
Aprisionados foram aos compromissos
Apenas os domingos programados para serem livres
Livres para pensarem na segundda-feira quando estariam atrás dos balcões
Cabeças treinados para competir
Sementes de toda a ambição
José! José progrediu
Calculista e frio sorriso plástico
Frequentava a câmara e o senado
Enganava o povo, não tinha amigos
Fez um pacto com o diabo e se perdeu na escuridão
E o Zé?
Zé não se deu bem no comércio
Se apaixonou por uma viola que ganhou de um velho doido
Que lhe contou uma história sobre a cor dos sete mares
E de tesouros escondidos no peito do próprio homem
Lhe disse também
Cante ao mundo o que vier do fundo do seu coração
E a luz que se fez
Zé cantou histórias das estradas
Reencontrou o sentimento perdido
Emocionou multidões
Aplaudio foi aplaudido
Zé nunca mais sentiu culpa em ser vagabundo
Voltou a ser feliz (REPETE 2x)
O Zé Geraldo voltou a ser feliz!
zé geraldo - o profeta
O dia vai chegar
estou me preparando porque antevi
No livro que lhe empresto e você não aceita a verdade ali
Existe tanta gente por ai as tontas sem se definir
Na hora da balança O peso não alcança o que deve atingir
Hei Homem de Deus
Acorda é tempo ainda
Eis que teu tempo finda
Faz uma oração
Hei Homem de Deus
Deixa a incoerência
Em sua conferência
fale de perdão
Quem você não conhece é que vai conferir se você passa ou não
Esqueça o seu padrinho pois lá não tem carta de apresentação
O que vai influir é o bem que você fez ou deixou de fazer
Existe em cada estante um livro importante e você não quer ler
Quem sabe se o juiz não foi alvo de risos quando aqui passou
Sofrendo a indiferença, pagando tributos da classe ou da cor
Quem sabe se você não vai se ver chorando a mais tirana dor
E implorar baixinho aquela mesma ajuda que você negou
A vida é uma escola onde o viver é o livro e o tempo o professor
Onde alguns são sábios porém até hoje ninguém se formou
A única certeza é que o dia do acerto já está pra vir
Prepare a sua alma pois na hora certa você vai ouvir
O som de um instrumento que não se afina ao diapasão
Virá anunciando sem segundo aviso a hora da razão
Estou lhe reparando, estou lhe aconselhando porque quero ir
Você se nega a ler, erroneamente crê que a vida é só aqui
Cds zé geraldo á Venda