MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
silveira e silveirinha - berrante apaixonado
Nas horas calmas da noite
Quando escurece o sertão
Pego o berrante apaixonado
Na varanda do casarão
Tocando dentro da noite
Pra se ouvir bem distante
Fazendo um serenata
Com o próprio som do berrante
Meu berrante apaixonado
Eu ganhei do meu amor
De uma linda fazendeira
Que um dia me ofertou
Valia um grande tesouro
Esse bonito berrante
Seu som faz eco na mata
De responder no horizonte
Ela mora em outra fazenda
Desse meu sertão sem fim
Ã?s vezes eu peço ao vento
Que dê notícias de mim
O som forte do berrante
Me serve de mensageiro
Pras bandas das grandes montanhas
Do meu sertão brasileiro
Vem gente de toda a parte
Conhecer o meu berrante
Ã? uma joia de prata
Ã? um cristal de brilhante
Ã? suave igual a cascata
Ã? forte como um trovão
Meu berrante apaixonado
Ã? um troféu do sertão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - alma vazia
Para esquecer esta fingida
Que era a luz dos olhos meus
Quem quebrou o juramento
Que um dia me prometeu
Considerava tudo para min
Em minha vida
Os prazeres meus
Esse amor durou tão pouco
A minha vida sem ela morreu
Ai
Como é triste viver na ilusão
Eu amei e não fui amado
Esse falso coração
Vivendo sozinho
Sem lar, sem amor
Porque confiei em teu juramento
E lhe dei valor
A sua traição fere meu coração
Hoje eu vivo na solidão
Tristes melodias
Que eu vou cantando
Para esquecer
Este amor durou tão pouco
A minha vida sem ela morreu
Ai
De sofrer já estou cansado
Tenho minha alma vazia
Sem a tua companhia.
silveira e silveirinha - triste calado
Declamado
"- Boa noite, meu amigo!
Boa noite!Por que não conta esta tua mágoa?
Quantas vezes te vejo embriagado
Sempre ao lado de uma mesa sentado
Um cinzeiro cheio de cinzas de cigarro queimado
Deves ter um grande remorso
Ou o desprezo de alguém que era tua amada
Sei, meu amigo
Tantas vezes embriagado
Sempre ao lado de uma mesa sentado
Sempre da sociedade afastado
E com o cinzeiro cheio de cinzas do cigarro queimado
Vou lhe contar um pouquinho do meu passado"
cantado
Veio o desprezo naquela mulher
Mas não consigo me dominar
Sempre bebendo pra distrair
Sempre fumando pra disfarçar
Aquela mulher que eu tanto quis
Ao lado dela sentia feliz
Hoje eu me sinto como um moribundo
Sofrendo calado ao ventre do mundo
declamado
"Não, não é esse o meu dever
Enquanto você sofre ela vive nos bares a beber
Esqueça aquela fingida
E vamos novamente a vida viver"
cantado
Sim, meu amigo, você tem razão
Não sofro por ela por sua prisão
Por cousa de outro destruiu meu lar
Na vida ou na morte ela há de pagar
silveira e silveirinha - amarga solidão
Eu mandei um telegrama
Na quinta-feira passada
Lá muito longe daqui
Pra onde foi minha amada
Cantando na solidão
Com minha alma apaixonada
Eu nunca sofri assim
Sem você perto de mim
Meu amor eu não sou nada
Quantas saudades eu tenho
Meu amor, de um beijo teu
Minha vida é um martírio
Minha alegria morreu
Tua ausência é meu castigo
Meu sorriso entristecido
Ã? tão grande a minha dor
Querida, o nosso amor
Foi abençoado por Deus
A solidão é tão grande
Tanto quanto nosso amor
Eu levo no pensamento
Posso ir por onde for
A tua imagem, querida
Teu sorriso encantador
Soluçando amargamente
Te espero ansiosamente
Pra pôr fim nesse amargor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - a bruxa
Na fantasia da vida dos homens de consumo
Nas grandes avenidas e arranha-céus
Ali passava a deusa da rua
Cobrindo seu rosto com seu lindo véu
Sobre a calçada ela vinha passando
Com seu jeito meigo esta linda mulher
Onde os homens diante de ti curvavam
E humildemente beijavam seus pés
Nas passarelas de festas importantes
Convencia a todos por sua beldade
Os ricos lhe davam tesouros e dinheiro
Manchando o pudor de uma sociedade
Maridos infiéis deixando as esposas
Espalhando infortúnio e a grande maldade
Na missão do amor comprado em alto preço
Da mulher mais linda daquela cidade
Os tempos passaram, cresceu a cidade
Se vê um palacete no fim da avenida
Luzes apagadas, portas descoradas
Surge uma figura estranha e distraída
Essa velha rasgada, suja, empoeirada
Foi a linda mulher, o encanto da vida
As crianças gritam
("olha a bruxa, olha a bruxa")
Essa é a ilusão dos homens no espelho da vida
silveira e silveirinha - berrante de madalena
Comprei uma boiada brava
Eu vim trazendo do chão de Goiás
Depois de atravessar a fronteira
Do rico estado de Minas Gerais
A boiada estourou
No pé da grande Serra dos Cristais
Lutei bastante, quase o dia inteiro
Mas a boiada esparramava mais
Morreram cinco dos meus companheiros
Fiquei sozinho com o capataz
Meu companheiro me falou chorando
Espero em Deus o nosso salvador
Olhei pro céu e avistei baixando
Um misterioso disco voador
Saltou por terra a moça boiadeira
E o seu berrante mudava de cor
Falou contente com lindo sorriso
Pra te salvar aqui hoje eu estou
Eu vim do céu pra salvar a boiada
E o seu berrante ela repicou
(- "Estou chegando tocando o meu berrante
Tenha juízo ó meu grande amor
Eu vim do céu para salvar a boiada
Cumprindo ordens de Nosso Senhorâ?
- â??O repique do seu berrante
Logo a boiada foi aglomerando
E os companheiros que tinham morrido
Naquele instante eu vi ressuscitando
Vendo o milagre desta boiadeira
Que para o céu ela foi levitando
Seu rosto lindo era o de Madalena
E as minhas penas ela foi perdoando
Caí de joelhos com o rosto em terra
E de contente solucei chorando")
Quando a boiada entreguei em Barretos
Com todos os bois contado na chegada
Foi um milagre de Madalena
A boiadeira que eu vi lá na estrada
No outro dia eu fui acordando
Pois foi um sonho a grande jornada
Por isso mesmo eu creio em Madalena
A pecadora foi santificada
Quisera sempre minha protetora
Por que minha alma já se sente amparada
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - percorrendo os 21 estados
Meu Brasil, amor do mundo
A ti eu quero exaltar
Os seus estados queridos
Agora eu quero saudar
E também seus territórios
Eu quero homenagear
Meu Brasil és o progresso
Em ti eu quero falar
A terra do pau-brasil
No mundo sei que não há
Com esse Brasil colosso
Nada pode comparar
Mato Grosso e Amazonas
Visitei com alegria
No Pará e Maranhão
Eu tive uma flor-de-lis
Maranhão e Piauí
Estados de garantia
Pro estado do Ceará
No outro dia seguia
No Rio Grande do Norte
Com destino pra Bahia
Percorrendo Pernambuco
O estado da monarquia
(â??O estado do Alagoas, lugar de muita beleza
Eu também fui a Sergipe, gente de muita nobreza
E o Acre e o Paraíba viajando com firmeza
No estado do Espírito Santo já tinha maior certeza
Que seguia pra São Paulo, lugar de grande riqueza
Guanabara, estado do Rio, terra de rara belezaâ?)
No Rio Grande do Sul
Ã? um povo de tradição
Lá em Santa Catarina
Que eu deixei recordação
Paraná e Minas Gerais
Viajando de avião
Eu segui até Goiás
Com orgulho e emoção
Fui direto a Brasília
A capital da nação
Meu Brasil, amor do mundo
Está em meu coração
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - berrante da meia noite
Eu vou contar uma história
Publicada nos jornais
Dentro de uma mata virgem
Lá no sertão de Goiás
Regulava meia noite
Quando via os sinais
Um berrante repicando
E o grito do capataz
Um caboclo ali passava
Quando ouvia os tristes ais
O seu corpo arrepiou
Porque o medo foi demais
Boiadeiro a meia noite
Não existe em Goiás
E dentro de poucos dias
A notícia esparramou
Um homem sem religião
Deste fato duvidou
Foi dormir dentro da mata
Pra mostrar o seu valor
Quando foi a meia noite
Um berrante repicou
Ele tentou a correr
Mas seu corpo bambeou
Chegou uma voz e disse
Meu amigo aqui estou
O que eu passei na vida
Vou contar para o senhor
Declamação - Silveira
A muitos anos atrás
Eu era um boiadeiro
Que transportava o meu gado
Por este chão brasileiro
Por maldade e covardia
O meu falso companheiro
Que tirou a minha vida
Pra roubar o meu dinheiro
Me deixou dentro da mata
Bem pertinho de um cruzeiro
Onde eu toco o meu berrante
Relembrando os companheiros
Não esqueço um só momento
A ingrata solidão
Em ter deixado os meus filhinhos
Na mais triste judiação
Declamação - Silveirinha
Amigo, mil vezes lhe peço perdão
Duvidei deste teu fato
Por eu não ter religião
Me contaste e tua história
Cumpriste sua obrigação
Vou dizer para teus filhos
Que tu ganhou a salvação
Cantado
Vou deixar meus companheiros
E as matas de Goiás
Eu vou viver lá no céu
Bem juntinho dos meus pais
Berrante da meia noite
Agora não toca mais
Berrante da meia noite
Agora não toca mais
silveira e silveirinha - hoje está fazendo um ano
Hoje está fazendo um ano, meu bem
Que eu te conheci
Naquele salão de dança
Primeira vez que eu te vi
Quando eu entrei no salão
Eu te avistei ali
Eu fiquei até suspenso
Eu nem sei o que eu senti
Você me deu um sorriso
Eu correspondi
Entre aquele sorriso
Começou uma atração
Convidei-a pra dançar
Pra ter uma ocasião
E naquela contradança
Surgiu uns assunto bão
Ela sorria pra mim
E apertava a minha mão
Eu pensei comigo mesmo
Está ficando bão
Eu fui, perguntei a ela
Aonde mora você?
Eu moro aqui bem pertinho
Facinho de se aprendê
Amanhã durante o dia
Você vai lá me vê
Vai lá conhecer meus pais
Eu apresento ele a você
O véio vai ficar contente
Em te conhecê
Aquela noite saudosa
Para mim não volta mais
Já vi menina jeitosa
Mas igual esta é demais
Com vestido vermelhinho
Laço de fita atrás
Aquele rosto corado
Que realçava demais
Menina esse teu jeitinho
Machuca os rapaz
(â??Está me machucando, moçada! â?)
Pra encurtar o fim da história
Vou contar o resultado
Daquele dia pra cá
Muitas coisa tem passado
Eu falei com o pai dela
Já ficamos combinado
Pusemos as nossas aliança
Registrou nosso noivado
Agora estamos esperando
Ã? o prazo marcado
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - porta fechada
Eu saí pro meu trabalho
Beijei a mulher amada
Ao voltar de tardezinha
Já não encontrei mais nadaEncontrei o seu desprezo
E a casa abandonada
Encontrei a casa triste
Com suas portas fechada
Em pensei em ser feliz
Com toda a sinceridade
Nosso mundo, meus amigos
Está cheio de maldade
A ingrata abriu pra ela
As portas da falsidade
E fechando para mim
As portas da felicidade
Tocou fundo em minha alma
O desprezo deste alguém
Ao me ver desamparado
Nesse mundo sem ninguém
Eu fui ao altar de Deus
Perguntar pelo meu bem
Mas as portas da igreja
Estava fechada também
Por que será que um homem
Precisa sofrer assim?
Resolvi embriagar-me
Nesta dor eu dar um fim
Também encontrei fechada
As portas do botequim
Somente as portas do mundo
Estava aberta para mim
No drama triste da vida
Desempenho o meu papel
Aquelas portas fechadas
Me atiraram assim ao léu
Quando acabar minha vida
E o meu destino cruel
Peço a Deus que nunca feche
Pra mim as portas do céu
silveira e silveirinha - linda cigana
Eu sou cigano
Eu levo a vida cantando
Minha vida é viajar
Por onde eu passo
Com a cigana na garupa
Vou gritando upa, upa
E paro pra descansar
Armo a barraca
Lá na beira da cascata
Ergo a rede lá na mata
E já começo a balançar
Oh! ciganinha
Vamos viver viajando
Oh! minha linda cigana
Eu sei que tu ama
Esse valente cigano
Iorulei, iorulei, iorulei, iorulei
Iorulei, iorulei, ioreiii
Iorulei, iorulei, ioreiii
Nas minhas viagem
Trago na minha bagagem
Muitas coisas pra vender
Carrego ouro
E um papagaio loiro
Fala muito e sabe ler
Vendendo tropa
Trocando cavalo bão
Mas só esse coração
Pra ninguém posso vender
Oh! ciganinha
Você sempre lendo sorte
Vamos se arretirando
Nós vamos andando
Até na hora da morte
Iorulei, iorulei, iorulei, iorulei
Iorulei, iorulei, ioreiii
Iorulei, iorulei, ioreiii
Iorulei, iorulei, ioreiii
Iorulei, iorulei, ioreiii
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - assim caminha a humanidade
Eu vou cantar esses versos
Fazendo uma declaração
Sobre o povo de hoje em dia
Que não tem mais religião
A maior parte não pensa
Ã? em seguir os mandamentos
Gente boa neste mundo
Não tinha nem vinte por cento
(gente boa neste mundo
Não tinha nem vinte por cento)
Nós viemos nesse mundo
Pra viver bem sossegado
Por parte de adão e eva
No mundo veio o pecado
Nós devemos conformar
Por isso é a lei do senhor
Já vi muitos inocentes
Pagar pelos pecadores
(já vi muitos inocentes
Pagar pelos pecadores)
("já vi rico orgulhoso
Judiar das pobres criaturas
Morre e deixa seu dinheiro
O seu fim é sepultura
Pois as palavras de cristo
Comigo eu sempre trarei
Pois faça de sua parte
E a ti eu ajudarei
Os ladrões e criminosos
Andam no caminho errado
Dizem que no fogo eterno
Pagarão os seus pecados
Chegaram a falar de mim
São falsos como judeus
E vê um cisco nos meus olhos
Não vê uma tramela nos seus")
Hoje ninguém quer sofrer
Mas não pensa em Jesus
Que pra salvar a humanidade
Foi pregado em uma cruz
Deus nos deixou um ditado
Para nossa salvação
Sempre amar uns aos outros
Porque todos nós somos irmãos
(sempre amar uns aos outros
Porque todos nós somos irmãos)
silveira e silveirinha - coração da pátria
Nasci em Goiás, lá em Jataí
Do meu grande estado eu nunca saí
Meu lindo planalto eu já percorri
Encontrei fartura, miséria não vi
Em Pires do Rio aonde aprendi
A cantar sereno pro Brasil ouvir
Com meu companheiro eu estou aqui
Pra cantar com classe tudo que pedir
(â??Cantando os versos que o povo pedir
Passando por Goianésia
Aurilândia e Bela Vista de Goiásâ?)
Verde é esperança, eu digo a verdade
Saí de Rio Verde com felicidade
Viva Santa Helena, terra da bondade
Lá em Goiatuba eu fiz amizade
Buriti Alegre, tem gado a vontade
E de Panamá eu fui a Trindade
Em Piracanjuba eu deixei saudade
Segui pra Morrinhos, uma linda cidade
Linda Ipameri é uma joia fina
Lá em São Luís tem belas meninas
Em Porangatu quase me domina
Eu saí pra Ceres, depois Planaltina
Passei por Inhumas, também Cristalina
E de Hidrolândia fui a Pontalina
Fui a Caldas Novas pela medicina
Moro e Itumbiara, divisa de Minas
Cidade de Anápolis eu gostei demais
Em Catalão é terra dos meus pais
Formosa e Silvana bonitas iguais
Do meu Goiás Velho eu não esqueço mais
Capital antiga dos tempos atrás
Hoje é Goiânia, flor das capitais
Ordem e progresso Brasília nos trás
Coração da Pátria está em Goiás
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
silveira e silveirinha - abandonado
Abandonado, embriagado
Eu vou morrendo
Por um falso amor que me abandonou
Hoje eu sofro tamanha dor
Ai, ai, ai, ai
Hoje eu sofro tamanha dor
Sempre calado, apaixonado
Por teus carinhos
Mas meu destino é viver tão triste
Pelo mundo sozinho
Ai, ai, ai, ai
O meu destino é viver sozinho
Só a bebida me dá coragem
Para eu findar esta minha vida
Mesmo morrendo
Assim vou dizendo adeus querida
Ai, ai, ai, ai
Mesmo morrendo adeus querida
(Pedro Paulo Mariano - Sta. Maria da Serra)
silveira e silveirinha - berrante imortal
Ã?s vezes toco o meu berrante
Na porteira do curral
Pra reunir a boiada
No meio do pantanal
Acordando a peonada
No horário matinal
Com o lindo som do berrante
Meu companheiro ideal
Quando eu repico o berrante
Estremece a terra do chão
Sinto abalar as montanhas
Daquele imenso sertão
Eu vejo os meus companheiros
Vibrando de emoção
Dando vida ao meu berrante
Berrante de tradição
(- â??Certo dia fizeram um concurso
Fui o primeiro dos convidados
Aquela festa era importante
Os berranteiros foram todos convidados
Um por um foi logo se exibindo
O som do berrante tão estimado
Mas quando chegou a minha vez
O meu sucesso foi redobradoâ?)
Nesse dia fiquei na história
Dominei aquele festival
Meus amigos todos me abraçaram
Naquele dia triunfal
O meu querido berrante goiano
Ã? uma parada nacional
Saudando a família Silveira
O meu berrante ficou imortal
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Cds silveira e silveirinha á Venda