praião e prainha - canarinho prisioneiro
Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade, me trocaram por dinheiro
No porão daquele prédio era onde eu morava
Me insultavam pra cantar mas de tristeza eu não cantava
Naquele viver de preso muitas vezes imaginava
Se eu \"rombasse\" essa gaiola, pro meu sertão eu voltava
Um dia de tardezinha veio a filha do patrão
Me viu naquela tristeza e comoveu seu coração
Abriu a porta da grade me tirando da prisão
Vá-se embora canarinho, vá cantar no seu sertão
Hoje estou aqui de volta desde a alta madrugada
Anunciando o entardecer e o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta e alegrando a minha amada
Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada.
praião e prainha - dois amores e um segredo
Minha vida é um romance
custoso de compreender
nosso amor é proibido
por isso eu vivo a sofrer
sofremos os dois iguais
e nada posso fazer
mas tenho um coração
no peito a ti pertencer
nosso amor e um dilema
difícil de resolver
prisioneiro eu sou tu sabe
sofrendo por ti querer
seu nome eu não digo não
ninguém não deve saber
guardarei sempre em segredo
meu amor é só você
o mundo dá muitas voltas
uma vai e outra vem
dois amores em segredo
eu não conto pra ninguém
pois saber o que eu sofro
é coisa que não convem
se por ti for descoberto
terás que sofrer também
praião e prainha - amargurada
Não suportando a tua ausencia eu a procurei
e ao chegar num falso ambiente, eu a encontrei
pela cortina de uma janela eu vi meu amor
trocando beijos nos braços de outro, eu chorei de dor
chamei teu nome ela conheceu e veio me abraçar,
quiz me beijar, mas o teu carinho eu nao aceitei
e dos teus olhos, vi quando caia lagrima de dor
por compreender que chegou ao fim de um grande amor
a longa noite calma foi passando veio a madrugada
embriagada debruçou na mesa e sosinha ficou
amargurada pela grande magoa, tinha em tuas maos
era o retrato do dia sagrado da nossa união
Dei meu adeus aquela mulher que foi minha vida
e do teu dedo tirei a aliança que uniu nosso amor
saiu chorando, na sombra da noite desapareceu
desiludida seguindo o caminho que o mundo lhe deu
praião e prainha - bebida não cura paixão
Não pense, querida, que eu vou chorar
Por você dizer que não quer me amar
Eu já acostumei a viver desprezado
Com ingratidão eu já estou acostumado
Eu nasci com a sorte de sofrer assim
Minha desventura é amar
Uma criatura que pertence a outro
E não gosta de mim
Ai, ai, ai, ai, ai, ai
Sofro tanto por ti querer bem
Ai, ai, ai, ai, ai, ai
Não sendo você eu não quero mais ninguém
Se você não me quer
O que eu hei de fazer?
Mas não penses, querida
Que eu vou beber
Eu não bebo mais
Porque não me convém
Compreendi que a bebida
Não cura a paixão de ninguém
Ai, ai, ai, ai, ai, ai
Sofro tanto por ti querer bem
Ai, ai, ai, ai, ai, ai
Não sendo você eu não quero mais ninguém
Se você não me quer
O que eu hei de fazer?
Mas não penses, querida
Que eu vou beber
Eu não bebo mais
Porque não me convém
Compreendi que a bebida
Não cura a paixão de ninguém
praião e prainha - casinha onde eu nasci
Linda casinha onde nasci
O berço amado onde me criei
Hoje me vejo longe de ti
De saudade sei que morrerei
Ainda recordo teu jardim
Lindas flores que eu plantei
também recordo da mulher querida
Que nesta vida eu mais amei .
O destino me obrigou a viver distante
Do meu rincão,e hoje esta saudade
Que aos pouco invade meu coração
Essa ingrata que eu tanto amei
Hoje vive em outros braços
Ainda com ingratidão
vive a sorrir do meu fracasso
Uma triste solidão
que hoje acompanha meus passos
Deixei minha terra e sai pelo mundo
pra não ser dela um palhaço
esta ingrata me obrigou
a ser um bohemio e viver pelas ruas
bebendo de bar em bar
por companheira so tenho a lua
praião e prainha - fatalidade
A vida é mesmo assim
Não adianta chorar
Alguém tem que perder
Pra outro entrar no lugar
Joguei o jogo sincero
Mais nada me adiantou
Foi mesmo que jogar você
E outro de mim
No jogo ganhou
A fatalidade
Aconteceu-me
Criança tu eras
Menino era eu
Carecemos juntinhos
Nosso amor naco
Depois de tão grande
Nosso amor morreu
praião e prainha - aurora do mundo
Quem teve os amores que eu tive na vida
Ã? gente entendida na mágoa e na dor
Quem sabe por certo que um doce carinho
Ã?s vezes espinho em forma de flor
Estando sofrendo aqui na cidade
A louca saudade de um certo amor
Busquei o remédio pra mente saudosa
Na vida gostosa do interior
Cruzei o cerrado, chapadas e serras
Pros lados das terras de Minas Gerais
Vi campos floridos e belos cenários
Ouvi os canários nos macaubais
Fumaça distante no azul do horizonte
Na encosta do monte formando espirais
Vi tudo que amo na tranquilidade
Mas minha saudade ainda era mais
Passei uma noite no rancho amizade
E vi na saudade o começo do fim
A chuva caia naquele subúrbio
E o triste murmúrio por sobre o capim
A noite avançava e eu nao dormia
E agora sabia que amar era assim
Pois me entreguei-me ao sono profundo
E a aurora do mundo caiu sobre mim
Voltei pra cidade fiquei na agonia
Até que um dia meu bem encontrei
Beijei a menina com todo carinho
E aquele rostinho acariciei
Cantando seguimos na linha da vida
Na estrada florida que eu lhe mostrei
Porque ela sabe que agora e só minha
E minha rainha e eu sou o seu rei
praião e prainha - goianinha meu amor
Conheci uma morena
olhos negros sedutor
quando lembro teu olhar
mais aumenta minha dor
eu fiquei apaixonado,
hoje estou desesperado
goianinha meu amor
Quando eu te conheci
nunca mais te esqueci
teu sorriso encantador
nao esqueci o teu jeitinho
nem tambem os teus carinhos
goianinha meu amor!
Depois daquele momento
aumentou meu sofrimento
é tao grande a minha dor
es linda por natureza
possui a maior beleza
goianinha meu amor
tua linda formosura
os teus gestos de ternura
foi o que me apaixonou
nao te esquecerei jamais
voltarei la pra Goias
pra buscar o meu amor
praião e prainha - é chato gostar
O mulher escuta aqui
fiz tudo pra te deixar
eu sai da tua casa
com intenção de nao voltar
o malvado coração
começou me cutucar
pro caminho eu fui andando
e depois voltei pensando
que é chato gostar
quando eu saio na rua
e começo a reparar
todas as mocinhas que passa
ja começa e me olhar
eu tambem dou uma olhada
elas começa a falar
o que brotinho bonito
por isso que eu acredito
que é chato gostar
violeiro que namora
é so para chatear
quem tiver filha solteira
que trate de segurar
porque toque de viola
nao vai dar pra sustentar
mas elas falam e suspira
pois eu caso é com caipira
porque é chato gostar
depois que panha casada
ja começa a implicar
se a gente vai nas festas
elas que acompanhar
esta é a nossa profissão
não podemo abondonar
mas elas ficam emburradas
depois fica conformada
porque é chato gostar
praião e prainha - igrejinha da serra
Lá pertinho de Rio Verde
no interior de Goiás
Eu ví uma história triste
que não esqueço jamais
Um casal de namorados
que se amavam demais
o casamento do dois
era contra seus pais
A moça era milhonária
filha de um fazendeiro
o moço era bem pobre
mais muito bom violeiro
Não quizeram o casamento
por ele não ter dinheiro
mais existiu entre os dois
um amor verdadeiro
A moça apaixonada
não suportando a paixão
diz morrer pelo amor
era a sua intensão
Deixou uma carta escrita
a car dizia assim:
Ao ler aquela cartinha
ficaram muito assustados
é lá em cima da serra
os dois foram se encontrar
Já não tinha mais remédio
os dois estavam gelados
alí beberam veneno
morreram os dois abraçados
Quem passar ali bem pertinho
rezando tira o chapéu
reconhecendo a história
fica vagando ao léu.
praião e prainha - bebo e não choro
Eu sou um homem que bebo e não choro
E nem trago desgosto profundo
Deixo esta mulher embora
Mulher tem demais no mundo
O homem que bebe por uma mulher
Ã? um vagabundo
Por mulher eu não bebo e nem choro
Porque mulher tem demais nesse mundo
Ai, ai, ai, ai
Ai, ai, ai, ai, ai
Ai, ai, ai, ai
Mulher tem demais no mundo
Ai, ai, ai, ai
Ai, ai, ai, ai, ai
Ai, ai, ai, ai
Mulher tem demais no mundo