MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
nilson chaves - destino marajoara
Quando me dei conta
Eu cantava Amazônia
Era um rio de beleza
Navegando em minha voz
O céu do Marajó
O canto do curió
Baía do Sol, quando dei por mim
Um curumim vibrava aqui
O coração de cantador, sorrir, aqui, assim
Destino Marajoara...
Destino Marajoara...
Destino...
Sina, sina, sina
Ajuruteua, Salinas
Tudo que aprendo me ensina
O prazer de te cantar
Sina, sina, sina
Luar de Mosqueteiro fascina
A marujada me anima
Adoro o teu siriá
Quando fiz as malas
Pra correr o mundo
Mergulhei meus olhos
No fogo do teu calor
O límpido igarapé
O Círio de Nazaré
Alter do Chão, não fique distante
Não te esqueci nenhum segundo
Teu amuleto está no mundo
Em mim, aqui, assim
Destino Marajoara
Destino Marajoara
Destino...
nilson chaves - não vou sair
A geração da gente
Não teve muita chace
De se afirmar de arrasar de ser feliz
Sem nada pela frente pintou aquele lance
De se mudar de se mandar desse país
E aí você partiu pro Canadá
Mas eu fiquei no "já vou já"
Pois quando tava me arrumando pra ir
Bati com os olhos no luar
E a lua foi bater no mar
E eu fui que fui brincando...
Distante tantas milhas
São tristes os invernos
Não vou sair tá mal aqui mas vai mudar
Os velhos de Brasília
Não podem ser eternos
Pior que foi pior que tá não vai ficar
Não vou sair melhor você voltar pra cá
Não vou deixar esse lugar
Pois quando tava me arrumando pra ir
Bati com os olhos no luar
E a lua foi bater no mar
E eu fui que fui ficando...
nilson chaves - navio gaiola
Virgem Credo Cruz
Ave Maria
Tá na hora da partida
Corre corre lá na rampa
Velho moço e criança
Minha namorada chora
Levo no olhar muita lembrança
Levo a dor levo esperança
A saudade me devora
Vendo o sol correr nas brenhas
E sair o navio Gaiola
No navio Gaiola
A tristeza mora
No fundo das redes
Balançando as horas
A preguiça espicha
A esperança encolhe
Na dança das águas
Vai o rio afora
Virgem Cruz Credo
Ave Maria
Valei-me Nossa Senhora
Meu Senhor dos Navegantes
nilson chaves - pará
Marabá e Marapanim
Castanhal, Soure, Tenoné
Vigia, Marudá, Gurupi
Salinas, Jacundá, Juruti
Santarém e Maracanã
Timboteua e Algodoal
Joanes, Curuá, Curumú
Bragança, Salvaterra, Mojú
Atalaia, Marituba, Araguaia e Caraparu
Igarapé Mirim, Béja, Breves, Igarapé Açú
Abaetetuba, São Domingos do Capim
Chaves, Mosqueiro, Óbidos, Tomé-Açu
Itaituba e Cametá
Benevides e Curuçá
Oeiras do Pará, peixe-Boi
Uarí, Viseu, Portel, Bujarú
Capanema e Gurupá
Altamira e Marajó
Ananindeua, Tijó, Itinga
Outeiro, Ourém, Oriximiná
Ilha do Bacurí, Irituia, Guamá, Almerim
Santo Antonio do Tauá, Alenquer, Anhangá, Arari
Barcarena, Araticú e Camiranga
Traquateua, Anhangapi e Mocajuba
Ajuruteua, Acará, Aveiro e Juaba
Monte Alegre, Anajás, Jacareacanga
Pacoval e Curuai
Cachoeira do Arari
Curuçambá e Tucuruí
Muaná, Colares, Icoaraci
Alter do Chão, Belém e Boim
Contra Canto
Tim Pim Tim/Pinta Cue
AnatôCurôaqui/Tijó
Pariaçú, Orôa
nilson chaves - sabor açaí
E pra que tu foi plantado
E pra que tu foi plantada
Pra invadir a nossa mesa
E abastar a nossa casa
Teu destino foi traçado
Pelas mãos da mãe do mato
Mãos prendadas de uma deusa
Mãos de toque abençoado
És a planta que alimenta
A paixão do nosso povo
Macho fêmea das touceiras
Onde Oxossi faz seu posto
A mais magra das palmeiras
Mas mulher do sangue grosso
E homem do sangue vasto
Tu te entrega até o caroço
E a tua fruta vai rolando
Para os nossos alguidares
E te entrega ao sacrifício
Fruta santa fruta mártir
Tens o dom de seres muito
Onde muitos não têm nada
Uns te chamam de açaizeiro
Outros te chamam juçara
Põe tapioca, põe farinha d'água
Põe açúcar, não põe nada, ou me bebe como um suco
Que eu sou muito mais que um fruto
Sou sabor marajoara
Sou sabor marajoara
Sou sabor...
nilson chaves - vaga-lume
Iaaauêêê iêêêêêê auêêê iêêêêêê áááááááá
Branco, preto, treva e luz
Forte e fraco, já me afasta mais que seduz
Sempre, nunca; louco e são
Leão Leoa e pomba-gira agora iançã
Sempre te quero tudo
Sempre te tenho nada
Logo te percebo, logo te esqueço
Deslumbro o teu silêncio
Na dor da madrugada
Quero te inverso, desejo te avesso
Doce vagabundo, frágil, coração
Facho do mundo, estrelas do chão
És pensamento do tempo
A força dos invisíveis
Vejo te lumiarmente
Um rastro de arco-íííííííris aiááááá aiááááá auêêêêêê ááááááááá
Vagalume, água e terra
Sol e lua, planície e serra
Vagalume, fome e lira
Astro e não astro noite e dia
nilson chaves - a lua de lumiar
A lua de Lumiar
Lua que nunca vi
Ilumina todo o mar
Da praia de Araçagi...
Ilumina as dunas calmas
Da praia do Atalaia
Ilumina nossas almas
Minha calça, tua saia
Essa lua que só brilha
Quando nela você fala
Traz o mar e traz a ilha
Pra dentro desta sala
É uma lua quase cheia
Feito a felicidade
É uma lua quase meia
Inteira em sua metade
Metade que só eu vejo
E outra que só você
Juntos vemos num lampejo
A lua que não se vê
A lua de Lumiar
A lua de São Luís
A lua de se chorar
A lua de ser feliz
nilson chaves - amazônia
Sim eu tenho a cara do saci,o sabor do tucumã
Tenho as asas do curió,e namoro cunhatã
Tenho o cheiro do patchouli e o gosto do taperebá
Eu sou açaí e cobra grande
O curupira sim saiu de mim, saiu de mim, saiu de mim...
Sei cantar o "tár" do carimbó, do siriá e do lundú
O caboclo lá de Cametá e o índio do Xingu
Tenho a força do muiraquitã
Sou pipira das manhãs
Sou o boto, igarapé
Sou rio Negro e Tocantins
Samaúma da floresta, peixe-boi e jabuti
Mururé filho da selva
A boiúna está em mim
Sou curumim, sou Guajará ou Valdemar, o Marajó, cunhã...
A pororoca sim nasceu em mim,nasceu em mim, nasceu em mim...
Se eu tenho a cara do Pará, o calor do tarubá
Um uirapuru que sonha
Sou muito mais...
Eu sou, Amazônia!
nilson chaves - amocariu
Tecai tutera
Amocariu
Itororó, pirajá
Perebebuí,
Cajurú,
Cametá,
E Marajó
Foi o curumim
Para adormecê
Na samaúma
Mãe da floresta
Plumas ao vento
Itaguari
Tecai tutera
Amocariu
nilson chaves - ave manhã
Ave leve de fogo
Me ensina a brincar
Quero evaporar nas tuas brasas
Meu corpo de mar.
Ave leve de fogo
Me ensina a voar
Quero me perder nas tuas asas
Meu sol sem lugar.
Ave leve de fogo
Ama comigo
Os instantes possíveis
Deixa que eu volte pras águas da noite.
Como gota de chuva
Translúcida e fria
No ar, no ar, o ar...
Ave leve de fogo
Me ensina a brincar
Quero me perder nas tuas brasas
Meu corpo de mar.
Ave leve de fogo
Me ensina a voar
Quero evaporar nas tuas asas
Meu sol sem lugar.
Ave leve de fogo
Ama comigo
Os instantes possíveis
Deixa que eu volte pras águas da noite.
Como gota de chuva
Translúcida e fria
No ar, no ar, o ar...
nilson chaves - belém, pará, brasil
Belém, Pará, Brasil
Composição: Edmar Rocha
Vão destruir o ver o peso e construir um shopoping center
Vao derrubar o Palacete Pinho pra fazer um condomínio
Coitada da Cidade Velha que foi vendida pra Hollywood
Pra ser usada como um albergue num novo filme do Spielberg
Quem quiser venha ver
Mas so um de cada vez
Não queremos nossos jacarés
Tropeçando em vocês
A culpa é da mentalidade
Criada sobre a região
Por que que tanta gente teme ?
Norte não é com "M"
Nossos índios não comem ninguém
Agora é so hamburger
Por que ninguém nos leva a sério ?
Só o nosso minério ?
Quem quiser venha ver
Mas so um de cada vez
Não queremos nossos jacarés
Tropeçando em vocês
Aqui agente toma guaraná quando não tem coca-cola
Chega das coisas da terra que o que é bom vem lá de fora
Transformados até a alma sem cultura e opinião
O Nortista só queria fazer parte da nação
Ah, chega de malfeituras
Ah, chega de triste rima
Devolvam a nossa cultura
Queremos o Norte lá em cima
Porque, onde já se viu ?
Isso é Belém
Isso é Pará
Isso é Brasil
nilson chaves - boi-bumbá
Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje
O céu forrado de veludo azul-marinho
Venho ver devagarinho
Onde o Boi ia dançar
Ele pediu pra não fazer muito ruído
Que o Santinho distraído
Foi dormir sem celebrar
E vem de longe o eco surdo do bumbá
Sambando
A noite inteira encurralado
Batucando
E vem de longe o eco surdo do bumbá
Sambando
A noite inteira encurralado
Batucando
Bumba meu Pai do Campo
Bumba meu boi bumbá
A Estrela Dalva lá no céu já vem surgindo
Para ouvir galo cantar
Na minha rua resta cinza da fogueira
Que passou a noite inteira
Fagulhando para o ar
E vem de longe o eco surdo do bumbá
Sambando
A noite inteira encurralado
Batucando
Bumba meu Pai do Campo
Bumba meu boi bumbá
nilson chaves - canção brasileira
Não tem feijão vai pão com rapadura
Muita mistura envenena o coração
Meu par de sete vira
Um full han de figura
Quem em noite escura
Vaga lume é lampião.
Sol na moleira vida regateira
Sem eira nem beira
Põe madeira pra lumiar essa fogueira
Mulher rendeira
Da minha canção brasileira...
A carne é fraca e cheia de nervura
Se depender da dentadura fica ruim
A água é mole, mais a vida é dura
E tanto bate até que fura o mocassim.
Sol na moleira... (refrão)
Nem um troco no bolso
E vamo que vamo
vai que Deus é fatal
Que nem Nostradamus
E já que aqui tudo é índio
Pra americano
Eu sou cacique de ramos
pé de valsa arrasa um terreiro
Não vim num avião negreiro
Não peguei a embocadura.
Dizer que a vida é um anjo de candura
Não adianta disfarçar que ela não é
Também não sou nenhuma formosura
Pintou frescura eu mando logo um buscapé
Sol na moleira... (refrão)
Não casei com azar
Nem dei sorte grande
Nunca usei força bruta nem dei vexame
Eu não sou filho de Jean C. Van Dame
Eu sou dos filhos de Gandhi
Com 40 graus até no outono
Era pra só viver no sono
Mas deitar me dá tontura
Não tem pro chopp bota branca pura
bate primeiro e bota fogo no gogó
Quem vem comigo também se segura
Quem vive mal acompanhado morre só
Sol na moleira...(refrão)
nilson chaves - cantador aluado
Cantador aluado extra terrestre
Sabedor dos segredos milenares
Viajei pela terra e pelos mares
sou centauro do mar e do agreste
Com a coragem de bons cabras da peste
Tenho o dom do profano e do sagrado
Na galera de Deus sou respeitado
Por cantar tão antigos sons eternos
Prateando os sertões fazendo invernos
Nos dez pés de martelo agalopado.
Sigo a estrela que toca minha lira
As visões refletidas num lampejo
As diversas versões de um só desejo
Cada um sabe o sonho que lhe inspira
Nostradamus o profeta não previra
Cantador quanto canta alumiado
Sua nave encandeia a todo lado
Com requebros de Elvis num rompante
A platéia lhe aplaude delirante (nos dez pés...)
Se maior é o arpejo da pureza
Do Dalai no seu mantra pelo mundo
A ternura de um Chaplim vagabundo
Digo a todos em alfa com firmeza
Sabe mais do que nós a natureza
Que o poeta em seu verso inspirado
Não carece discurso ou leriado
Os arcanos confirmam sobre a mesa
Que a essência da arte é a beleza (nos dez pés..)
Instalado entre luzes no terreiro
Quero aqui fazer esta homenagem
As cabeças cortadas são visagens
Virgolino está vivo todo inteiro
No arruado do céu ele é porteiro
Como todo o anjo mal aposentado
Diz que foi nessa vida injustiçado
Lampião foi um dia um bom menino
Como tantos famintos nordestinos (nos dez pés)
Qundo canto do mistério a profundeza
Cesse tudo que a razão me alumie
Amo a luta do povo e a alegria
A força do amor sempre é riqueza
Para vencer os vikings e a tristeza
Não impoprta o presente ou o passado
Se todo meu canto já foi tomado
Por milhões de romeiros beradeiros
Pelo grito engasgado dos roceiros (nos dez pés..)
Lendo as linhas da vida há vidência
O improviso é um dom paranormal
Aderaldo para mim é genial
Pela luz que banhou sua existência
Fez do sol nordestino referência
Informática dos tempos digitados
E por isso reclamo ser lembrado
Como Beatles, Bethoven e Noel...
Para ele também tira o chapéu (nos dez pés)
Os meninos de rua são tocantes
Com seu cheiro de cola e gasolina
Mulheres são mortas nas esquinas
Pelo mal dos amargos enervantes
O poder das culturas dominantes
Poluindo o planeta baqueado
Exterminio de bebês já programados
Cucarachas são o lixo marginal
Dão suas vidas pela divida ancestral (nos dez pés)
Inimigo atento sempre alado
Paladino de araqué do oprimido
De país da liberdade travestido
Paraíso do mundo disfarçado
Quem entrar neste time tá ferrado
A charanga do céu toca um dobrado
Mas quem dança fica longe abirobado
Na toada, no xote ou no baião
Só pentágono para lhe dar indigestão (nos dez pés)
Chico mendes, Fonteles e Margarida,
Acordam do sono na floresta
Encontram o Brasil numa só festa
Num canto liberto pela vida
Monte santo era a terra prometida
Todo o povo feliz e bem forrado
Divididos na terra sem mandado
Todo o verde num branco santo dai-me
Nas manchetes do New York Time (nos dez pés)
nilson chaves - canto de carimbó
Em Marapanim
Quando a lua se levanta
Traz junto com ela o suor da multidão
E na amplidão ressoa forte o pé
Que levantando o pó do chão
Põe no meu coração o carimbó
E eu, tão só, morena, e eu, tão só
Tomara que tu me venhas
No canto de carimbó...
Vi tua anágua voando pelo céu
Rasguei morena teu sonho de papel
De sermos como linha e carretel
Girando como gira o carrossel...
E eu, tão só, morena, e eu, tão só
Tomara que tu me venhas
No canto de carimbó...
Cds nilson chaves á Venda