MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
milton carlos - samba quadrado
Eu fiz um samba quadrado pra você sentir
Que quanto maior a distância
Maior é o fim
Eu fiz da rua escura
Pedaço de lua pra te iluminar
Eu fiz de versos mais rimas
Palavras e cismas
Pra te chatear
Eu fiz samba quadrado pra você voltar
Eu fiz da viola a desculpa
Pra me consolar
Eu fiz do ontem o hoje
E do hoje o amanhã
Pra te ver aqui
Mas é bem melhor
Para o mundo eu chorar
Pra você eu mentir
Lourinha, gotinha d'água
Lourinha da minha mágoa
milton carlos - amanhã é outro dia
Hoje você tá mudada
Tão requisitada
Que a gente nem vê mais
Hoje você tá na sua
Nem lembra da rua
Aquela de um tempo atrás
Mas tempo vem, tempo vai
A saudade se dá sei
Eu sei
Quando o momento chegar
E você se encontrar sem mim
Amanhã é outro dia
Você vai mudar
Pra uma nova fantasia
No mesmo lugar
Amanhã é outro dia
Você vai mudar
E olhar quem te olhou
Não vai adiantar
Hoje você se esqueceu
Que um dia foi meu
E lutou do meu lado
Hoje não é mais aquela
Que viu da janela
Meu verso arrasado
Mas toda história tem fim
E a verdade assim dói
Se dói
A própria vida diz não
E daí meu perdão
Não vai ter
milton carlos - contrasenso
Se quiserem saber porque foi que mudei
Eu não vou responder porque nem mesmo sei
Se eu esqueço de mim pra lembrar de você
Se os amigos me falam que posso esperar
Não devo a mim mesmo tentar enganar
Eu esqueço de mim pra lembrar de você
Se me pedirem conselhos eu dou
Uma palavra amiga eu dou
Só não quero que me façam lembrar
Coisas que eu quero esquecer
Se precisarem de amigos eu vou
Se é pra falar de coisas boas eu vou
Eu só quero aprender querer bem
Quem de fato me quer
É difícil sair de um lugar tão comum
Não me encontro com a vida de jeito nenhum
Se eu esqueço de mim pra lembrar de você
Não é fácil esquecer o que foi de nós dois
Não é fácil pra mim te deixar pra depois
Se eu esqueço de mim pra lembrar de você
Se me pedirem conselhos eu dou...
milton carlos - eu juro que te morreria minha
Quero te ver
Vestindo a cor do dia
E te ter como essa vida
Me ensina pra viver
Quero te dar
Da forma mais antiga
A linguagem mais amiga
Que se fez escutar
Quero te ver
Num dia assim de chuva
Pra cobrir as nossas culpas
De desejos de se ter
Quero sentir
A sua mão na minha
Pois o dia nos ensina
A música que vem
Eu quero me sentir
Bem mais ainda
Você e o amanhecer
De um novo dia
Se eu pudesse
Te nascer de novo
Eu juro que te morreria minha
Quero te amar
Como se tem na própria sorte
Pela vida, pela morte
A certeza de viver
Quero sorrir
E não chorar com seus defeitos
Nossas falhas, nossos erros
Que nos podem afastar
Quero te ouvir
Nos dias que se seguem
Palavras que se entregam
Na certeza aonde for
Quero te dar
Os momentos mais bonitos
Os sonhos mais vividos
Nossa vida, nosso amor
milton carlos - irônica
Irônica fome de um chão todo nu
Irônica fuga do norte pro sul
Irônica virgem que diz ser primeira
Irônica vida igual à sujeira
Irônico leite que cai numa xícara
Irônico gás que umedece e excita
Irônica sorte que diz tão inteira
Irônica vida igual à sujeira
Irônica sombra um meio de mim
Irônica porta que fecha meu fim
Irônica, irônica dias de aço
Me vira pra sorte sorri do fracasso
Irônica morte um terço da vida
Irônica posse do outro à ferida
Irônica fêmea a que diz companheira
Irônica vida igual à sujeira
Irônica, irônica ironia da coragem
Estranha voz aberta da mensagem
Irônica vida dividida em ironias
Irônicas cinzas que sujam a fronha
Irônica roupa que esconde a vergonha
Irônico amigos bonecos de cera
Irônica vida igual à sujeira
Irônica virgem que diz ser primeira
Irônica sorte que diz tão inteira
Irônica fêmea que diz companheira
Irônico amigos bonecos de cera
milton carlos - amanheci chorando por você
Amanheci chorando por voce
Amanheci chorando por você }bis
Amanheci chorando muito } bis
Pensando em você } bis
Tô muito triste, amargurado
Estacionado
Nesse amor que é do passado
Mas não posso esquecer
Eu vou levando a minha vida
Tão descrente
Você indiferente não percebe
Meu sofrer
Amanheci chorando por você
Amanheci chorando muito } bis
Pensando em você (bis)
Só você é que pode me arrumar
So você, meu amor, é que pode me ajeitar
Amanheci chorando por você }
Amanheci chorando muito } bis
Pensando em você }
milton carlos - confidências
Ele me falou
Da sua sede de viver
Ele me falou
Da sua luta prá vencer
Ele me falou
Da sua infância, seu caminho
Do seu presente realizado
De cada sonho de menino
Ele me falou
Da sua alegria, seus amigos
Ele me falou
Da falsidade de inimigos
Ele me falou
Dos seus momentos bem vividos
Da sua amargura e dos versos
Que registraram seus sentidos
Rosto de menino
Riso de criança
Alma de poeta
Amigo, amigo
A palavra, a voz
Que marcaram a fase maior
Dos acordes de um violão
Num sorriso que o tempo não traz
Mais não...
Ele me falou
Da sua angústia escondida
Ele me falou
De um grande amor
Razão de vida
Só se esqueceu
De me falar o que eu faria
De cada verso, cada lágrima
Se ele me faltasse um dia
Amigo
milton carlos - é mais de meia noite
É mais de meia noite
Estou sentido frio
Feche a janela
Vem ser meu cobertor
Me cobre de amor
Acende o abajur
Improvisa um cinzeiro
E faça do meu peito
Seu travesseiro
Me dá um pouco de amor
O dia foi de horror
Eu te preciso
Eu já li no jornal
Que a era espacial está despontando
Vai ver que tem irmãos
Querendo apertar mãos
Se identificar
Ligue a eletrola
Esquece o mundo lá de fora
Me faz adormecer
Me dá um pouco de amor
O dia foi de horror
Eu te preciso
milton carlos - elas por elas
Hoje senti que é bem melhor
Não haver nada entre nós
Daqui pra frente
Pois você nunca percebeu
Tudo que eu quis lhe dar de meu
Sinceramente
Você tentou dizer da paz
Com tantas frases tão banais
E eu te faria feliz
Enquanto eu me enganei
Dizendo ao mundo que te amei
Você nem quis ouvir.
Hoje sentí que é bem melhor
Darmos as costas pro pior
Que está bem perto
Você vai ter que compreender
É assim mesmo que vai ser
Errado ou certo
Assim como você
Vai abrir mão do que passou
Tudo o que houve vai esquecer
Nem vai lembrar sequer
Quem sou
Elas por elas decidi
Vai ser preciso te esquecer
Para viver em paz.
milton carlos - foi ela um tema de amor
Foi ela que me despertou
Pras coisas de um tempo
Que eu nem vi passar
Foi ela que me ensinou
Palavras de um jeito
Pra me acorrentar
Foi ela que se fez poema
Mistos de desejos
Pra me envolver
Foi ela que se fez amante
Um dia tão constante
Pra gente viver
Foi ela quem abriu as portas
Versos, novas prosas
Pra me dominar
Foi ela que de amor e sonhos
Me acordou na vida
Pra me encorajar
Foi ela minha companheira
Transformou-se inteira
Amiga tão mulher
Até cheguei à conclusão
Ninguém vai ser pra mim
O que ela ainda é
Meu amor
As marcas desse amor
Eu sei que vão ficar
Ah, meu amor
Nem mesmo a demora
Nossa vida vai mudar
Foi ela que me acompanhou
Entre a chuva e o vento
Do anoitecer
Foi ela que em meio ao cansaço
Me cobriu de abraços
Pra me renascer
Foi ela, ela tão somente
Em meio dessa gente
Desapareceu
Foi ela um tema de amor
O mais sublime amor
Que já me aconteceu
milton carlos - jogo de damas
Eu sei da sua vida e do seu passado
De um tempo perdido, irrecuperado
Eu sei da poeira
De todos os seus passos
Das suas trapaças, dos seus abraços.
Eu sei da sua fama e dos seus amores
Das suas proezas,
Dos seus dissabores
Da cor da sua roupa,
Do seu pouco valor
Você nessa vida foi só desamor.
Dama, hoje alguém que te engana
Te veste de santa
Não sabe porque
Te pisam, te xingam
Ignoram a mulher
Não sabem que a dama
Existiu outro dia
Hoje a dama não passa
De pedra perdida
Te veste de santa,
Não sabe porque
Te pisam, te xingam,
Ignoram a mulher
Não sabem que a dama
Existiu outro dia
Hoje é pedra perdida
Conheço as paredes
Que guardavam segredos
E ações que por si
Não cobriam seus medos
A sua missão, as suas vontades
Razões que confirmam
As duras verdades.
Eu sei hoje em dia da sua vergonha
De olhar quem te olha,
Responder quem te chama
Pra quem te conhece você é vulgar
Pra quem nunca te viu
Hoje quer te amar.
milton carlos - largo do boticário
E lá se foi felicidade
No largo do boticário
A gente morre de saudade
Às vezes eu paro no tempo
E em tempo vejo o tempo
Por fim desfilar
Sinhazinha de saia rendada
Caminha no largo pra lá e pra cá
Eu olho a vida distante
E as coisa ficaram no mesmo lugar
Cavaquinho chorando chorinhos
Anedotas nas mesas do bar
Um ford bigode buzina
E um lenço aparece em frente a sacada
E o bonde correndo nos trilhos
Viaja no tempo que foi para o nada
Eu olho os tempos agora
Com os olhos de quem viu um lampião de gás
Uma lua de prata brilhando
Uma prata que não existe mais
E lá se foi felicidade
No largo do boticário
A gente morre de saudade
Às vezes eu paro na vida e a vida vai passando pra mim
O que passou
E a banda que volta tocando uma valsa que a pressa da
Vida matou
Eu vejo as crianças correndo, pisando na grama que a
Vida pisou,
Ah saudade espere um minuto que o sonho 'inda não
Acabou,
E lá se foi felicidade
No largo do boticário
A gente morre de saudade
milton carlos - me mata
Olhe nos meus olhos
Pise em meu sorriso
Me mata
Xingue a própria sombra
Arranhe meus cabelos
Me mata
Mata a minha sede
Mata a minha fome
Mata a minha angústia
Mata, me consome
Mata essa vontade
Mata esse seu homem
De amor
Rasgue o sentimento
Assuma o seu momento
Me mata
Beija a minha boca
Aja como louca
Me mata
Mata o desespero
Mata essa agonia
Mata essa incerteza
Faço companhia
Mata essa ferida
Viva a nossa vida
De amor
Me mata
Se é por amor ou por prazer
Me mata
Se é pra endeusar ou maldizer
Me mata
Se é pra agredir ou defender
milton carlos - memórias do café nice
Ah! Que saudade me dá
Ah! Que saudade me dá
Do bate papo
Do disse-me-disse
Lá do Café Nice
Ah! Que saudade me dá
De cadilac chegava o Chico Alves
Logo no samba queria entrar
E Ismael só na de pão com manteiga
Até esquecia a nega pra poder ficar
E o samba varava a madrugada
O Café Nice era um pedaço do céu
Num canto batucava João de Barro
Lamartine, Pixinguinha,
Almirante e Noel
Ah! Que saudade me dá...
Caymmi sem barriga e sem madeixas
Mostrava a Carmem o que é que a baiana tem
Ary Barroso no piano reclamava
Que Donga fez um samba que não é de ninguém
E o samba varava a madrugada
O Café Nice amanhecia em festa
Cartola afina a viola
Que pena que agora só a saudade é que resta
Ah! Que saudade me dá...
milton carlos - pistom de gafieira
Na gafieira segue o baile calmamente
Com muita gente dando volta no salão
Tudo vai bem, mais eis porém que de repente
Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão
Não é que o Doca é um crioulo comportado
Ficou tarado quando viu a Dagmar
Toda soltinha dentro de um vestido saco
Tendo ao lado um cara fraco, foi tirá-la pra dançar
O moço era faixa preta simplesmente
E fez o Doca rebolar sem bambolê
A porta fecha enquanto o duro vai não vai
Quem está fora não entra
Quem está dentro não sai
Mas a orquestra sempre toma providência
Tocando alto pra polícia não manjar
E nessa altura como parte da rotina
O pistom tira a surdina
E põe as coisas no lugar
Cds milton carlos á Venda