flaira ferro - a novidade ao lado
Ã? um filho antes da hora
A morte não esperada
O amor que vai embora
A mãe que não entende
Ã? a amizade desfeita
A dor do julgamento
A decepção
A novidade ao lado
A vida não para de dar sinais
Revela o espaço do outro passo
Aquilo que agora está perdido
Ã? a chave de entrada da porta seguinte
Até a desordem que tira do eixo
Ã? o chão do equilíbrio que logo virá
E toda angústia que sinto no peito
Fecha meus olhos para assim enxergar
Veja, veja. olhe os sinais!
Se tudo pede para ser barulho
Gritos comandam o leva e traz
Uma mão faz carinho no orgulho
E o silêncio se mostra eficaz
Cale, cale. ouça os sinais!
O corpo vicia na facilidade
E poupa o esforço que não quer fazer
Sentado acredita que achou a verdade
E ela, tão bela, o obriga a correr
Corra, corra. pegue os sinais!
A vida não para de dar sinais
Revela o epaço do outro passo
Aquilo que agora está perdido
Ã? a chave de entrada da porta seguinte
flaira ferro - atriz, cantora ou dançarina?
Ã? menina, ô menina
O que é que você vai ser?
Atriz, cantora ou dançarina? (refrão)
O mundo te afirma o tempo inteiro
Você tem que escolher ligeiro
Um código de barra pra sua vida
Pressa, eu não tenho não
Eu creio que a paixão
Ã? um ato de conhecimento
Quanto mais amo o que faço
Mais invisto no que aprendo
Desejo que a invenção
Da profissão que movimento
Seja sempre consequência
Do que explode aqui dentro
Ã? menina ô menina
O que é que você vai ser?
Atriz, cantora ou dançarina? (refrão)
Se a morte dura mais que o tempo em vida
Dedicarei minhas batidas
Ao que me faz ter mais dignidade
Por ora agora gosto de cantar
Mas se amanhã isso bastar
Serei fiel ao que me der vontade
Ã? menina ô menina
O que é que você vai ser?
Atriz, cantora ou dançarina? (refrão)
O mundo te afirma o tempo inteiro
Você tem que escolher ligeiro
Um código de barra pra sua vida
Pressa eu não tenho não
Ã? que eu gosto tanto de poesia
E de dar significado aos segundos
São tantas tintas
Diálogos com o porteiro
Botão de elevador
E a voz do tempo que diz
"menina, se a vida estiver
Consagrada ao exercício
Do amor, o caminho será
De paz. a paz que excede
Todo entendimento. "
Eu vejo um planeta
Que não tem gente careta
Só trabalha no que gosta
E não fecha a visão
Aprendi que a semente
Está no riso dessa gente
Que percebe que na vida
Não há formula padrão
Ã? menina ô menina
O que é que você vai ser?
Atriz, cantora ou dançarina? (refrão)
flaira ferro - lafalafa
Eu contigo falamos deles
Eu com eles falamos de tu
Tu com eles falam de mim
Falar, falar, falar, falar
Eu contigo precisamos deles
Eu com eles precisamos de tu
Tu com eles precisam de mim
Falar, falar, falar, falar
Silenciar. Silensinar
Falar, falar, falar, falar
Falhar
flaira ferro - me curar de mim
Sou a maldade em crise
Tendo que reconhecer
As fraquezas de um lado
Que nem todo mundo vê
Fiz em mim uma faxina e
Encontrei no meu umbigo
O meu próprio inimigo
Que adoece na rotina
Eu quero me curar de mim
Quero me curar de mim
Quero me curar de mim (refrão)
O ser humano é esquisito
Armadilha de si mesmo
Fala de amor bonito
E aponta o erro alheio
Vim ao mundo em um só corpo
Esse de um metro e sessenta
Devo a ele estar atenta
Não posso mudar o outro
Eu quero me curar de mim
Quero me curar de mim
Quero me curar de mim (refrão)
Vou pequena e pianinho
Fazer minhas orações
Eu me rendo da vaidade
Que destrói as relações
Pra me encher do que importa
Preciso me esvaziar
Minhas feras encarar
Me reconhecer hipócrita
Sou má, sou mentirosa
Vaidosa e invejosa
Sou mesquinha, grão de areia
Boba e preconceituosa
Sou carente, amostrada
Dou sorrisos, sou corrupta
Malandra, fofoqueira
Moralista, interesseira
E dói, dói, dói me expor assim
Dói, dói, dói, despir-se assim
Mas se eu não tiver coragem
Pra enfrentar os meus defeitos
De que forma, de que jeito
Eu vou me curar de mim?
Se é que essa cura há de existir
Não sei. só sei que a busco em mim
Só sei que a busco
flaira ferro - templo do tempo
Eu sou o templo do tempo
O tempo acontece em mim
No meu rosto, na minha pele
No meu modo de vestir (Refrão)
Sou um rio de horas
E um mar de segundos
Sou vazio agora
Amanhã eu sou profundo
Revejo o passado
Anseio o futuro
Procuro um relógio
Pra não ser vagabundo
Eu sou o templo do tempo
O tempo acontece em mim
No meu rosto, na minha pele
No meu modo de vestir (Refrão)
Eu não enxergo o vento
Só sinto ele existir
O vai e vem do ar
Ã? como o tempo que vivi
Já tive várias idades
E outras ainda vou ter
Será que saberei um dia
O que vou ser quando crescer?
Eu sou o templo do tempo
O tempo acontece em mim
No meu rosto, na minha pele
No meu modo de vestir (Refrão)