MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
cuca roseta - amor ladrão
Ele chega de sorriso gingão
E no guião traz a vergonha no bolso
Se a coragem fosse uma condição
Ele era chefe da patrulha-ladrão
Ela não sonha não quer sequer sonhar
Ele tem um segredo pra contar
Ela hesita sempre a desconfiar
Ele acredita isto vai dar que falar
O que será que ele tanto me quer
E se quiser mas não quer
De onde vem e quem é
Se é cigano só se for adorado
Esse que tem encantado
Será que é ou não é?
Eu vim pra roubar o teu coração
Mas quem roubou o meu foi a paixão
Dizem que ladrão que rouba ladrão
Tem direito a cem anos de perdão
Se o teu bom Deus me vai perdoar
Diz-lhe que cem anos hei-de-te amar
E quem sabe um dia acreditar
Que foi ele quem nos fez encontrar
O que será que ele tanto me quer
E se quiser mas não quer
De onde vem e quem é
Se é cigano só se for adorado
Esse que tem encantado
Será que é ou não é?
cuca roseta - avé maria fadista
Avé Maria sagrada
Cheia de graça divina
Oração tão pequenina
De uma beleza elevada
Nosso Senhor é convosco
Bendita sois vós, Maria
Nasceu vosso filho, um dia
Num palheiro humilde e tosco
Entre as mulheres bendita
Bendito é o fruto, a luz
Do vosso ventre, Jesus
Louvor e graça infinita
Santa Maria das dores
Mãe de Deus, se for pecado
Tocar e cantar o fado
Rogai por nós pecadores
Nenhum fadista tem sorte
Rogai por nós Virgem Mãe
Agora, sempre e também
Na hora da nossa morte
cuca roseta - É lisboa a namorar
Cortesã das minhas noites
Donzela do sol a pino
Miúda a pedir açoites
Mulher do meu desatino
Menina das Amoreiras
Peixeira da beira-mar
Todas são namoradeiras
Ã? Lisboa a namorar
Ai Lisboa quem pudesse
Ser a proa da fragata
Que rasga quando anoitece
O seu vestido de prata
Afagar com dedos brandos
Como beijos na maré
A tua boca de morangos
Vendida no Cais Sodré
A primeira mostra o peito
A segunda a roupa branca
A terceira sem defeito
A quarta rebola a anca
Há Lisboa em todas elas
A mostrarem cada uma
As rendinhas amarelas
Do seu saiote de espuma
cuca roseta - homem português
Há um homem que Deus fez
Ã? um homem português
De acidez e de mistério
Olhos negros, fina tez
Pulso forte, aridez
Olhar grosso, cara sério
Corajoso, vigoroso
Poderoso, rigoroso
Virtuoso e blasfemo
Mas também espirituoso
Caloroso, talentoso
Ã? vadio, ele é boémio
Saudosista, idealista
Ã? queixoso, péssimista
Derrotista, é artista
E não há quem lhe resista
Ã? charmoso, intimista
Um purista fatalista
Este homem sem igual
Especial, meu imoral
Ã? destino que Deus fez
Fez o meu fado, fatal
De cantar o Portugal
E amar um português
cuca roseta - marcha da esperança
Tinha o destino na voz
No Xaile preto a garra
A alma de todos nós
Na voz de uma guitarra
Lá bem no fundo sentia
Quem era, o que cantava
E o seu instinto dizia
Porque o mundo chorava
O Fado é português
Na história e no canto
Na voz de quem o fez
Criou, mais belo pranto
Rainha de Portugal
Inspiradora esperança
Nasceu para ser afinal
A nossa maior herança
De alma calma e serena
Ã? feita a voz do artista
E se a alma é pequena
Não pode ser fadista
Ditaste o nosso fado
A canção de Portugal
Amália, Muito Obrigado
Por fazê-la imortal
O Fado é português
Na história e no canto
Na voz de quem o fez
Criou, mais belo pranto
Rainha de Portugal
Inspiradora esperança
Nasceu para ser afinal
A nossa maior herança
Rainha de Portugal
Inspiradora esperança
Amália é afinal
A nossa maior herança
Amália é afinal
A nossa maior herança
cuca roseta - maré viva
Primeiro a tua mão sobre o meu seio
Depois um pé â?? o teu â?? sobre o meu pé
Logo o roçar urgente do joelho
E o ventre mais à frente da maré
Ã? a onda do ombro que se instala
Ã? a linha do dorso que se inscreve
A mão agora impõe, já não embala
Mas o beijo é carícia, de tão leve
O corpo roda: quer mais pele, mais quente
A boca exige: quer mais sol mais morno
Já não há gesto que se não invente
Audácia que não ache um abandono
Então já a maré subiu de vez
Ã? todo um mar que inunda a nossa cama
Afogados de amor e de nudez
Somos a maré-alta de quem ama
Por fim, o sono calmo que não é
Senão ternura, intimidade, enleio
O meu pé descansando no teu pé
A tua mão dormindo no meu seio
cuca roseta - nos teus braços
Dos teus braços cresceram os meus dedos
Da tua boca, o pecado mais cruel
Os teus ombros planearam meus cabelos
Na minha pele, restos da tua pele
Da tua boca se embriagou a minha boca
E o teu silêncio inventou a minha prece
Dos teus sentidos a poesia anda louca
P'la tua boca, minha boca se emudece
Os teus olhos abrigaram meus receios
Teu outono derramou o meu perfume
O teu desenho enfeitiçou os meus desejos
O teu corpo incendiou o meu lume
Do teu nome Deus criou o meu nome
Nos teus cabelos debruçou o meu abraço
Pelo destino, o teu amor encontrou-me
Serei sempre tua em teus braços meu regaço
cuca roseta - o amor não É somente o amor
O amor não é somente o amor
Quem amou já sabe, mas esquece
O amor não é só luz e prazer
Ã?s vezes nem sabe o que é
Sonhar, crescer, voar, tudo parece incrível
Quem não tem quer ter
Não se morre de amor
Mas se vive para amar
Perder, sofrer, chorar
Já é parte dos planos seja como for
Se quiser evitar fique longe do amor
O tempo me ensinou que no amor
Todas as mentiras são verdade
O amor não se repete jamais
Mas só se aprende quando é tarde demais
Sonhar, crescer, voar, tudo parece incrível
Quem não tem quer ter
Não se morre de amor
Mas se vive para amar
Perder, sofrer, chorar
Já é parte dos planos seja como for
Se quiser evitar fique longe do amor
O tempo me ensinou que no amor
Todas as mentiras são verdade
O amor não se repete jamais
Mas só se aprende quando é tarde demais
cuca roseta - porque voltas de que lei
Por que voltas de que lei
Vem este sentir profundo
Por te saber como sei
Me sinto dona do mundo
Por que espada de que rei
Meu amor é fogo posto
Ã?s tanto de quanto amei
Que és tudo de quanto gosto
Por este amor que te tenho
Por ser assim como sou
Ã?s inferno donde venho
Ã?s o céu para onde vou
Por que voltas de que lei
Ã?s tudo de quanto gosto
Me perdi e me encontrei
Nas voltas que tem teu rosto
Por que voltas de que rei
Em meu peito teu desenho
Ã?s tanto de quanto amei
Que és todo o mundo que tenho
E de tão rica que estou
Nunca tão pobre fiquei
Por ser assim como sou
E te saber como sei
cuca roseta - rua do capelão
Ã? Rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho
Tenho um degrau no meu leito
Que é feito p'ra ti somente
Oh meu amor, sobe-o com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito
Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Oh meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti
cuca roseta - ser artista
Ser artista é ser realizador
Ser artista é ser um espectador
Estar na vida mesmo à saída
Ã? estar no limite da ferida
Ser artista é ser rigoroso
No desequilíbrio natural
Ter de inseguro e de vaidoso
Essa dose certa e ideal
Ã? estar no limite e quererem Bis
Estar sempre feliz e quererem Bis
Ter confiança, ser autodidata
Saber ouvir um não na hora exata
Ser artista é ser solitário, é reviver mais que viver
Ser artista é ter medo
Mais que o temer é saber sofrer
Ã? ter liberdade
submisso da vontade
Forma de fugir ao que é banal
Forma de se unir ao excepcional
Fuga da metade e do que é real
Lucidez da alma sem igual
Ã? ser um vendedor de emoções
Imprimir o Eu e as sensações
Fazer da beleza intangível
O estético estático possível
Ser artista é ser insaciável
Um tanto ou quanto sociável
Ã? saber ver o que é invisível
Ã? ser livre do imprevisível
Ser artista é ser solitário, é reviver mais que viver
Ser artista é ter medo
Mais que o temer é saber sofrer
Ã? ter liberdade
submisso da vontade
Ã? ter liberdade
sempre escravo da verdade
Ã? ter liberdade
do Ego e da maldade
cuca roseta - tortura
Tirar dentro do peito a emoção
A lúcida verdade o sentimento
E ser depois de vir do coração
Um punhado de cinzas esparso ao vento
Sonhar um verso de alto pensamento
E puro como um ritmo de oração
E ser depois de vir do coração
O pó o nada o sonho dum momento
São assim ocos rudes os meus versos
Rimas perdidas vendavais dispersos
Com que eu iludo outros com que minto
Quem me dera encontrar o verso puro
O verso altivo e forte estranho e duro
Que dissesse a chorar isto que sinto
cuca roseta - marcha de santo antónio
Vê o meu balão aqui a baloiçar
Verde e encarnado de luz a brilhar
É uma estrela num arco enfeitado
No céu de Lisboa, na marcha a passarMeu Santo António se tu vires passar
Algum rapaz sem par
Sozinho pela rua
Vai-lhe dizer que eu já tenho um balão
Um arco e uma canção
E a imagem tua
Faz um milagre, dá-me um lindo par
P'ra eu depois casar
Lá para o São João
E no São Pedro já vou a marchar
Com ele a segurar
No arco e no balão
Vê meu Santo António o que vai pelo ar
Um balão fugindo, bombas a estoirar
E um foguete que veloz vai indo
Até às estrelas para as ofuscar
cuca roseta - saudades do brasil em portugal
O sal das minhas lágrimas de amor criou o mar
Que existe entre nós dois, p'ra nos unir e separarPudesse eu te dizer da dor que dói dentro de mim
Que mói meu coração, nesta paixão que não tem fim
Ausência tão cruel, saudade tão fatal
Saudades do Brasil em Portugal
Meu bem
Sempre que ouvires um lamento
Crescer desolador na voz do vento
Sou eu em solidão pensando em ti
Chorando todo o tempo que perdi
cuca roseta - fado do contra
O fado é triste, o fado é saudade
No fim é vida em liberdade
Na alma pura é nostalgia
É a mais dura sabedoriaMelancolia, fado é beleza
Que se adia sobre a tristeza
Ou paz ou ânsia, ele é do contra
Ou ironia, ou uma afronta
Ele é mistério, ele balança
Entre o etério e a lembrança
Se é português fala de dor
Mas quem o fez, fê-lo de amor
Se é português fala de dor
Mas quem o fez, fê-lo de amor
Se é português fala de dor
Mas quem o fez, fê-lo de amor
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