MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
azagaia - a marcha
"A Marcha"
(álbum Version)
I
Eu falo de povo para povo
Porque eu sou povo e tu és povo
Usamos a mesma linguagem
E quando tu falas eu te oiço
Quando eu falo tu me ouves
Partilhamos as mesmas dores
Se te cansaste de pedir favores
Então venha para marcha
Tu que és mal pago
Mas te esfolas no trabalho
Tu que não és pago
E recebes esmolas no trabalho
Sim tu que és humilhado por não teres ido a escola
Ninguém percebe que tiveste que pegar cedo no trabalho
Tu que pagas impostos
Ficas sem nada nos bolsos
Tu que fazes dirigentes engordarem como porcos
Tu que não percebes economia nem politica
Dizem que o país desenvolve mas no teu prato não vês comida
Tu que serás lembrado só nas próximas das eleições
E verás o candidato em helicópteros e aviões
Tu que vieste pra cidade a procura de sustento
Porque no campo a agricultura não dura sem investimento
Tu que te apertas com os teus filhos num quarto de dependência
Acordas cedo, dormes tarde a lutar pela independência
Sim tu que és escorraçado nos passeios da cidade
A mesma policia que te escorraça não quer criminalidade
Tu que te formaste mas isso não basta no currículo
Mais importante que habilitações é ser membro do partido
Tu que és do Centro, és do Norte e as vezes doe-te muito
Ver tua província empobrecer, será que Moçambique é só Maputo?
Tu que perdeste a tua família no Paiol de Malhazine
E não viste os culpados serem julgados pelo crime
Tu que perdeste heróis e amigos vitimas deste regime
Se não gritares comigo eles não pagam pelo crime
Refrão:
Ladroes----fora
Corruptos----fora
Assassinos----fora
Gritem comigo pra essa gente ir embora
II
Agora que estamos juntos, vou vos contar um segredo
Eles não podem connosco
Eles agora é que têm medo
E na nossa causa justa eles não podem se infiltrar
E eu vou vos dar a lista dos que temos que rejeitar
Não tu que queres fazer deste país tua propriedade
Vens com discursos democráticos pra disfarçar tua identidade
Não tu que multiplicas diariamente a tua riqueza
E depois dizes ao povo, vamos combater a pobreza
Não tu que em vez de fabricas constroes supermercados
Aumentam os preços dos produtos muito mais que os ordenados
Não tu que constroes estradas pra servirem de corredores
Porque é que nao constroem fabricas esses investidores
E no país do deixa andar surgiu um novo mistério
Será que quem não consegue andar manda queimar o ministério?
Mas a culpa não é só deles, nós também temos Judas
Vou apontar alguns deles, e ve-lá se tu me ajudas
Não tu que só és do povo até que eles te comprem
Não tu vives bem hoje e esqueces como era ontem
Não tu que não dás a mão porque o problema não é teu
Sim tu que só dás a mão porque queres o que é meu
Não tu sobes pisando nos que sofrem como tu
E não percebes que somos povo e o problema é comum
E quando chega a hora do voto tu passas pra outro lado
E voltas a eleger esse teu deus diabo?
(Refrão 2x)
(Refrão variação)
O povo tem o poder
O poder de escolher
Aquele que vai governar
Nós é que vamos eleger
2x
E se tu não andaste na linha
Então põe te a pau
Não nos vais manipular
Pois o povo tá mau
III
Pra fora
...A velha desculpa já não cola
Este não é o povo de 75
Este povo foi a escola
Este povo esta cançado de processos arquivados
Ministérios queimados e paios rebentados
E o terror instalado as vossas pensões não pagam
E pelo mercurio roubado, os nossos caixoes é que pagam
Mandam e desmandam e há quem diga que são patrões
Mas se comem do meu ordenado eu diria que são ladrões
(Refrão 4x)
azagaia - povo no poder
Já não caímos na velha história
Saímos p`ra combater a escória
Ladrões
Corruptos
Gritem comigo p´ra essa gente ir embora
Gritem comigo pois o povo já não chora
I
Isto é Maputo, ninguém sabe bem como
O povo que ontem dormia hoje...perdeu o sono
Tudo por causa desse vosso salário mísero
O povo sai de casa e atira pra o primeiro vidro
Sobe o preço do transporte sobe o,
Preço do pão
Deixam o meu povo sem Norte deixam o,
Povo sem chão
Revolução verde, só vemos na nossa refeição
Agora pedem o que?...Ponderação
Pondera tu, antes de fazeres a merda
De subires o custo de vida
E manteres baixa a nossa renda
Esse governo não se emenda mesmo...NÃ?o
Vai haver uma tragédia mesmo...SIM
Mesmo...
Que venham com gás lacrimogéneo
A greve tá cheia de oxigénio
Não param o nosso desempenho
Eu vou lutar, não me abstenho
Malhazine-PRESENTE
Magoanine-PRESENTE
Urbanização-PRESENTE
Jardim
Coro: POVO NO PODER (16X)
II
Senhor presidente, largaste o luxo do teu palácio
Finalmente te apercebeste que a vida aqui não está fácil
E só agora é que reunes esse conselho de ministros
O povo nem dormiu, já tamos há muito reunidos
Barricamos as estradas
Paralisamos esses chapas
Aqui ninguém passa
Até as lojas estão fechadas
Se a policia é violenta
Respondemos com violência (O quê?)
Muda a causa pra mudares a consequência
Mais de metade do meu salário vai pra impostos e transporte
Se o meu filho adoece fica entregue a sua sorte
Enquanto isso, esse teu filho está saudável e forte
Vive na fartura leva uma vida de lord
Viver aqui é um luxo, o custo é elevadíssimo
Trabalhamos como escravos e entregamos tudo no dízimo
Baixa a tarifa do transporte ou sobe o salário mínimo
Xeeeeeeeee...isso é o que deves fazer no mínimo
Ã? não ser que queiras fogo nas bombas de gasolina
Assaltos a padarias, ministérios, imagina
Destruir os vossos bancos comerciais, a vossa mina
Governação irracional parece que contamina
Que tenham aprendido a lição
E não esperem pela próxima
Aviso-vos meus senhores que terão pela próxima
O Norte-PRESENTE
O Centro-PRESENTE
O Sul-PRESENTE
MOÃ?AMBIQUE
Coro: POVO NO PODER (16X)
azagaia - vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
Meu irmão, a polícia é governo
O ladrão é governo
O corrupto é o governo
Quem nos mente é o governo
Comúe que a polícia diz que vai nos tirar deste inferno
Deste terno
Deste paterno
Deste extremos, deste guberno
Se eles só conversam com a gente
Com gás lacrimogéneo
Se os nosso direitos não tem valor, só medo
Mano eles não estão preocupados com nada
E com ninguém
Apenas estão preocupados em aumentar
O que eles já têm
Desdém e vem
Nosso pais não esta em crise
Como dizem que tem
Também, se tivesse em crise
O pr não comprava um trem (avião, navios militares)
Tu não vez que eles não querem saber de ti e de mim
Pois se quisessem não patrocinavam o big brother
Enquanto a criança na estrada
Sem nada
Sem casa
Enquanto a educação mutilada
Parada
Ressacada
Enquanto nos hospitais faltarem cama
Com maca
Sem sala
Coro 2
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
Estrofe
Tu pensas o que, que as armas vão garanti a paz
Quando as balas são disparadas
já não voltam para trás
Ã? o pais que vai para atrás
E quando os vips vão para frente
Pergunta se nesta guerra estão os filhos do presidente
Aos filhos do general, aos filhos dum dirigentes
Quem morre nesta guerra
São os filhos dos sem patentes, os filhos dos
Sem parede, dos condomínio da cidades
Filhos dos antigo combatente
Não são visto em combates
até quando os inocentes vão morrer pelos cobardes
Sentados nos gabinetes, a ordenar mais ataques
até quando tu e eu vamos deixar que os vampiros
Sugam o nosso sanguem para alimentar esse viros
Esta sede de poder que só se mata com tiros
Mais 16 anos nosso sanguem vão abrir rios
até quando vamos pensar que vampiros
Recusa sanguem
Esquecemos que estes bichos
Não vivem do próprio sangue
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Vampiros
azagaia - obrigado pai natal
2007 começou no meio de chuva e champagne
Ninguém previa que ainda vinha muito chumbo e sangue
Tavamos todos a ressacar, babalaze de fim de ano
Povo dança pa não chorar, parece filme indiano
Janeiro:
Começa com a Soico e os tribunais
"Bens penhorados devolvidos", lia-se em todos os
jornais
E recebiamos a polémica visita oriental
O presidente da China senhor Hu Jintao
E é claro que rubricámos varios acordos pragmáticos
Uma Barragem no Zambeze, e a construção do novo
estádio
E a China é generosa...
só quer madeira em troca
E desfloresta a nossa mata, com nossa mão-de-obra
Barata, e não se boicota como na Zâmbia
Deixa o povo só falar enquanto o nosso negócio anda
Cahora Bassa abre comportas inunda o vale do Zambeze
Deixa famílias ao relento, em Fevereiro isto acontece
Enquanto isso Ciclone Flavio faz mais outros reféns
E as ajudas são benvindas, em dinheiro ou em bens
As calamidades não descansam põem a prova o nosso
povo
Ã? tanta ajuda p'ra gerir põe a prova o nosso bolso
Março:
Dia 22, quinta feira
O nosso paiol explodia, eram estrondos e poeira
Terror em Laulane, Bagamoyo, e Malhazine
De Jardim a Hulene, Aeroporto e Magoanine
CORO:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
II
O povo...
Pede a cabeça do ministro
Ali em frente a assembleia,
Nunca vi nada igual isto
Mas a policia teve e lá
E prendeu os manifestantes
Repôs a paz, lei e ordem...
No seio dos governantes
Inquéritos não deram em nada
Mais um acidente natural
Causado pelo calor, só despesas de funeral
Se não há provas não há crime
Quase mil entre mortos e feridos
Ã? o balanço do Paiol de Malhazine.
Abril:
A policia fuzilava a luz da lua
Lá no bairro costa de sol
Que não brilhava aquela altura
O PGR, rendia-se a famosa velha luta
Contra o Crime Organizado
Na Assembleia da República
(he) Quis pescar com rede fina peixe graúdo
Ninguém foi as audiências,
Nunca se viu tamanho insulto
Maio:
Mais um Shopping Center em Maputo
Ã? a pobreza absoluta combatida com o luxo
E o Ministério da Agricultura queimava os seus
arquivos
Mais um curto circuito, não há provas nem arguidos
Lá se foi a base de dados da PROAGRI
Junho, Julho, Agosto, o pais só arde
Boas Vindas dadas ao velho Juiz Paulino
O novo Procurador Geral, tirou 7 do caminho
Ã? bom que ele venha devagarinho
Porque a coisa tá quente no País do Foguinho.
CORO:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
De nada, filho.
III
"Agora matam-se entre eles
Traição na corporação"
Parece que o tal do Azagaia tinha razão.
Agostinho Chaúque
O homem que deu cabo da saúde
De policias implacáveis ao crime Chaúque
Não perde de tempo com fraudes
Este homem assalta bancos
Afoga Mambas no Rio,
Só em polícias foram tantos
E o deixa-andar não deixou de mais uma vez ganhar um
prémio
Mo-Ibraim, parabéns camarada você é um génio
Excelente governação,
O presidente sem governo
Agora acredito que existe
O paraíso eterno.
Novembro:
Sentimos todos no calor de Tete
O PR emocionar-se com a sua jogada de mestre
Ã? que a divida que ainda é dívida já não é dívida pra
o povo
E não importa quem duvida, se quem duvida não é o
povo
E é segredo bem guardado nos negócios do Estado
Esse enredo de empossarmos... o que pedimos
emprestado
Com ajuda desse Banco muito bem selecionado
"Cabora Bassa já é nossa", cada um tira o seu bocado.
CORO 2X:
Pelos casos que abafamos
Pelos carros que importamos
O salário que ganhamos
Obrigado Pai natal
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
Pelo povo que roubamos
Pelos danos que causamos
E no fim não pagamos
Obrigado Pai Natal
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
De nada, filho
azagaia - alternativos
AZAGAIA
Eu nunca viro a cara à luta
Sou gigolô se a vida é prostituta
Sou como a estátua de Samora
Minha postura nunca muda
Não se quebra, não se dobra, não se verga, não enferruja
E se alimenta desses escândalos de Guiana teme posa
Eu aprendi a desaprender todo esse medo que me ensinaram
Chamam-me Edson Mandela pelo tempo que me aprisionaram
Prisão domiciliária: eles vêem, tu não lhes vês
E dão-te a razão diária pelas rádios e tv's
Eu mergulho na diferença, tu te envergonhas dela
Tu és branco, tu és preto, a minha cor é aguarela
E não me defines nos padrões do banco mundial de FMI
Eu me defino nos padrões espirituais de Gandhi
Sobe o preço de uma vida, todos sabem o seu valor
Então vejo muito a cobrá-la para usarem como penhor
Então eu vivo cada dia como se fosse o último
E tenho Á'S e VALETES na banca como trunfos
Nacionalizas o global, eu globalizo o nacional
E organizo o funeral desse mundialismo ocidental
Pessoas sob anúncios publicitários com sorrisos
comerciais
Eu só vendo o meu sorriso a preço dos meus ideais
Aumentam os números racionais, então eu irracionalizo
Vocês sabem: já foi pensado; eu não penso: eu
improviso
Não sigo modas, chegues modas
Faço modas, queres modas
O teu cérebro é Xerox por isso só pensas em
fotocopias
Azagaia eu me auto-proclamei
Países independentes, sou ditador da minha lei
As tv's eu desliguei, a rádio não sintonizei
Este é o meu 25 de Setembro, a minha luta eu comecei
REFRÃ?O (x2):
Olha a proposição horizontal e põe no ouvido um cotonete
E vai sintonizando Azagaia e Valete
Os manos alternativos sempre activos no teu deck
Sem preservativos nem aditivos por efect
VALETE
Olha pás crianças, vê como são criativas e curiosas
Vê como são pensativas e gostam de explorar coisas
novas
A escola existe para lhes roubar a criatividade e
formatá-las
Estandardizá-las, domesticá-las, robotizá-las
Para depois formar adultos que só vêm com duas balas
Só avassalam nesses trabalhos precários de produções de
sanzalas
E usam o pouco que ganham para consumirem em larga
escala
Eles controlam o que tu galas, o que tu pensas, o que
tu falas (falas)
Eu digo-te a verdade, tu dizes que eu só invento
cabalas
Eu era o puto que assentava sempre lá na parte detrás
das salas
Com Public Enemy nos fones enquanto os profs davam
aulas
Andava com revistas marxistas, passava a vida a
desfolhá-las
Por isso é que quando eu abro a boca, palavras parecem
balas
Gala! Queres calas, embá-las, eu quero a mudança para
consumá-la, gala
Eu sou o alternativo bro e o alternativo choca
Ouço Coca e Azagaia, tu ouves a moda que a rádio toca
Só queres é andar atrás da nota por isso só rocas
marcas da moda
Sou simples como um rasta bro, mas sem rasta nem
broca
Vejo-te todos os dias em discotecas, doido á procura
de catota
Tou todos os dias na biblioteca a recolher knowledge
para os tropas
Essa tua dama é muito boa mas se abre a boca é uma
anedota (ahahah)
A minha dama para alem de bonita é erudita e poliglota
(toma)
Metes-te na vida dos outros porque és o rei da fofoca
(toma)
Meto-me na tua vida só para deixares de ser idiota
Não é só por ti, eu tou por ti e pelos teus
compatriotas
Vim para salvar a tua vida mano sem querer nada em
troca (nigas tão a brincar com essa merda man)
Vim para salvar a tua vida mano sem querer nada em
troca
REFRÃ?O (x2):
Olha a proposição horizontal e põe no ouvido um cotonete
E vai sintonizando Azagaia e Valete
Os manos alternativos sempre activos no teu deck
Sem preservativos nem aditivos por efect
/Micael Dias
azagaia - as mentiras da verdade
I
E se eu te dissesse
Que Samora foi assassinado
Por gente do governo que até hoje finge que procura o culpado
E que foi tudo planeado
Pra que parecesse um acidente e o caso fosse logo abafado
E se eu te dissesse
Que o Anibalzinho é mais um pau mandado
Que não fugiu da Machava mas foi libertado
Pelo mesmo sistema judicial que o tem condenado
E o mais provavel é que ele agora seja eliminado
E se eu te dissesse
Que Siba-Siba,
Coitado foi uma vitma
Da corja homicida
Que matou Cardoso na avenida
Não Anibal e a sua equipa
Condenados pelos media
Mas a mesma que deixou
Pedro Langa sem vida
E se eu te dissesse
Que Moçambique não é tão pobre como parece
Que são falsas estatísticas
E há alguém que enriquece
Com dinheiros do FMI,OMS e UNICEF
Depois faz o povo crer
Que a economia é que não cresce
E se eu te dissesse
Que a oposição
Neste país não tem esperança
Porque o povo foi ensinado a ter medo da mudança
Mas e se eu te dissesse
Que a oposição e o governo não se diferem
Comem todos no mesmo prato
E tudo esta como eles querem
E se eu te dissesse
Que a barragem Cahora Bassa não é nossa
Ã? dum punhado de gente que ainda vai encher a bolsa
E se eu te dissesse que há jornais
Que fabricam informação
Pra venderem mais papel e ganharem promoção
E que são os mesmos que nos vendem
Aquela imagem de caos
Que transformam simples ovelhas em lobos maus
E se eu te dissesse
Que há canais de televisão comprometidos
Com o governo e só abordam os assuntos permitidos
Que esses telejornais já foram todos vendidos
Vocês só vêm o que eles querem
E eles querem os vossos sorrisos
E se eu te dissesse
Que o Sida em Moçambique é um negocio
ONGs olham pra o governo como um sócio
Refrão: Porque nem tudo que eles dizem é verdade--é verdade
Porque nem tudo que eles não dizem não é verdade--é verdade (2x)
Eles fazem te pensar que tu sabes-- mas não sabes
Cuidado com as mentiras da verdade--é verdade
II
Se eu te dissesse
Que a historia que tu estudas tem mentiras
Que o teu cérebro é lavado em cada boa nota que tiras
Que a revolução não foi feita só com canções e vivas
Houve traição, tortura e versões escondidas
E se eu te dissesse
Que antigos combatentes vivem de memorias
Deram a vida pela pátria e o governo só lhes conta historias
Quantos nos dias de hoje dariam metade que eles deram?
Em nome de Moçambique, nem os que vocês elegeram
E se eu te dissesse
Que o deixa andar não deixou de existir
Veja os corruptos a brincar de tentarem se impedir
Comissões de anti-corrupção criadas por corruptos
A subornarem-se entre eles pra multiplicar os lucros
E se eu te dissesse
Que as vagas anunciadas já tem donos
Fazemos bichas nas estradas mas nem sequer supomos
Que metade das entradas pertencem a esquemas de subornos
Universidades estão compradas mas que raio de merda somos?
E se eu te dissesse
Que o teu diploma de engenheiro não é pra hoje
Enquanto saem 100 economista, engenheiros saem 2
Lares universitários abarrotados de gente
Vai ver as pautas a vermelho e os docentes indiferentes
E se eu te dissesse
Que neste país os estrangeiros é que mandam
Tem o emprego e o salário que querem ainda mandam
Meia dúzia de nacionais pra rua
Ã? o neocolonialismo da maneira mais crua
E se eu te dissesse
Que a cor da tua pele conta muito
Quanto mais clara, mais portas que se abrem é absurdo
Os critérios de selecção pra emprego
Vais pra empresas tipo bancos e não encontras nem um negro
E se eu te dissesse
Que a policia da republica é uma comédia
São magrinhos, sem postura e se vendem por uma moeda
Agora matam-se entre eles traição na corporação
Afinal de contas quem é o policia, quem é ladrão?
E se eu te dissesse
Que há bancos que financiam partidos
E meia volta aparecem com os cofres falidos...
Refrão (ate ao fim)...
azagaia - abc do preconceito
A
África, terra de doenças e guerras
Muito calor, sexo pobreza e ferras
Ciências diz que é onde surgiu
o primeiro homem no mundo
O Homem diz que é onde fica o terceiro mundo
B
Branco é o mulungo, patrão, Deus do africano
Ele está sempre certo porque o erro é humano
Tem os cabelos de Jesus e a cara do dólar
Ta sempre do outro lado da mão preta
que pede a esmola
C
Chefe é o dono da curva da felicidade
Da barriga que é maior que o pénis levantado
Ã? o dono do salário, logo é o dono da verdade
Não admite o contrário, não pode ser contrariado
D
Dinheiro é unidade de medida dos homens
Quanto mais dinheiro
tem mais importantes os seus nomes
Ã? a única língua em que todos se entendem
E os que não falam a língua
os outros não os compreendem
E
Estrangeiro rima com dinheiro
Ã? por isso que o nosso povo é muito hospitaleiro
Ã? o que chega em segundo
mas é tratado como o primeiro
Ã? o que chega pedreiro e sai empreiteiro
F
Feitiçaria é doença dos pobres
Africanos e latinos com inveja nos olhos
Ã? a explicação para perdas e mortes
Ã? também a explicação para a riqueza dos fortes
G
Governo tem sempre a culpa
quando é o povo quem julga
Mais povo tem memória curta, a sentença não executa
Governa o partido com maioria absoluta
Ã? uma instituição naturalmente corrupta
H
Homossexual é um ser anormal
Enteado de Deus, filho legítimo do mal
Vergonha dos pais e da família no geral
Ã? fruto da colonização cultural
Refrão
Abcd?
I
Gualdade só existe na matemática
Nos direitos humanos que não se aplicam na prática
Homens são todos iguais segundo a ciência
Mas basta vir o dinheiro para mostrar a diferença
J
Juventude é aquela fase da vida
Que só quando é abusada é que se diz bem vivida
Junta romance, tv, festa e bebida
Oferece à juventude e depois chama-lhe perdida
L
Licenciado ou seja, sr. doutor
Mais que formação significa salário superior
Significa ver tradições como coisa ridícula
Que não se enquadram nos padrões modernos de vida
M
De mulato, que não tem bandeira
Se for homem é ladrão, se for mulher é pistoleira
Pode até ser Dos Santos como Marcelino
Mas pagará pelo pecado de não ser preto genuíno
N
Negro, ou se preferirem preto
Se a vítima é o predicado, preto é o sujeito
O que tem de talento para música e para o desporto
Tem de exibicionismo e inveja do outro
O
Ngs sempre com boas intenções
Aqui deve ser o inferno, ta cheio dessas organizações
Oferecem boas condições e pagam em dólares
Dão mais esmola para acabar com nossas molas
P
De pobreza absoluta
A 37 anos que é a razão da nossa luta
Preto e político, mentiroso, filho da luta
A 37 anos que enriquece à nossa custa
Q
Quarto de pensão agora é quarto de motel
Lugar discreto que se paga para se ser infiel
E não precisa esconder o anel
Quem disser que lá te viu provou do mesmo mel
Refrão
Abcd?
R
Religião é a suruma do povo
O fumo que nos faz acreditar de novo
Na velha promessa de uma vida melhor
Quando entregamos ao pastor o fruto do nosso suor
S
Seropositivo, de positivo só o nome
Foi ao bicho com muita fome
agora é o bicho que lhe come
Tratado como lixo até que nisso se transforme
E mais que a doença é isso que lhe consome
T
De tradição que é para gente suburbana
Mas quando chega o desespero todos vamos à cabana
Tradição que é para gente sem escola
Mas se é necessário uma missa
somos gente sem escolha
U
S. A ou se quiserem Eua
Estados Unidos da América, melhor não há
A super potência que o mundo controla
Então Bachir ficou na merda quando alguém bufou lá
V
De valor que muitos confundem com preço
Pessoas com valor não se vendem por nenhum preço
Isso não me impede de pedir o cache que mereço
Ã? que o pão para alimentar a minha vida tem preço
W
World Wide Web, ou seja internet
Rede de pornografia, pirataria que reflecte
Os negócios que nunca irão à falência
Drogas, sexo e violência
X
Xenofobia é a justiça popular
Quando o pão sobe de preço alguém vai ter que pagar
E geralmente é um irmão da mesma cor
Que paga o nosso desespero sangue e suor
Z
Zimbabwe, ontem o celeiro de África
Hoje é a capital da inflação e da governação trágica
E já matou milhares de inocentes
Condenados por contestarem os seus dirigentes
Cds azagaia á Venda