MELHORES MÚSICAS / MAIS TOCADAS
antónio mourão - a severa
A Severa, foi-se embora.
O tempo, p'ra mim parou.
Passado foi com ela,
Para mim não mais voltou.
As horas pra mim são dias,
As horas pra mim são dias,
Os dias pra mim são anos.
Recordeçam é saudade,
Recordeçam é saudade,
Saudades são desenganos.
Oh tempo, volta pra trás,
Trás-me tudo o que eu perdi.
Tem pena e dá-me a vida,
A vida que eu já vivi.
Oh tempo, volta pra trás.
Mata as minhas esperanças vâs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.
Porque será que o passado,
E o amor são tão iguais.
Porque será que o amor,
Quando vai, não volta mais.
Mas para mim a Severa,
Mas para mim a Severa,
Ã? o eco dos meus passos.
Eu tenho a saudade à espera,
Eu tenho a saudade à espera,
Que ela volte prós meus braços.
antónio mourão - bailarico
Eu gosto do teu olhar
Eu gosto do teu olhar
Ã? minha cara trigueira
Ã? minha cara trigueira
Quem me dera ser o trigo
Quem me dera ser o trigo
Malhado na tua eira
Malhado na tua eira
Não te quero para mim
Não te quero para mim
Para mim tenho mulher
Para mim tenho mulher
Só te quero pra cunhuda
Só te quero pra cunhada
Se o meu irmão te quizer
Se o meu irmão te quizer
Menina se quer saber
Menina se quer saber
Como agora se namora
Como agora se namora
Lenço branco na algibeira
Lenço branco na algibeira
Com a pontinha de fora
Com a pontinha de fora
Não te zangues nem me queiras
Não te zangues nem me queiras
Deitar comigo pro mar
Deitar comigo pro mar
Eu não quero a mais ninguém
Eu não quero a mais ninguém
Só a ti eu quero amar
Só a ti eu quero amar x2
antónio mourão - barco naufragado
Este cais à luz da lua
É o cais da minha vida
Foi aqui que a encontrei
Quando ela andava perdida
Gostei dela, tanto, tanto
Que a minha alma ainda a adora
E um dia sem nais nada
Voltou ao cais, foi-se embora
Partiu, partiu, partiu
Para lá do mar
Fiquei, fiquei, fiquei
Só no meu fado
Mentiu, mentiu, mentiu
Dizendo amar
E eu,
E eu sou barco naufragado
Cais da vida, vida minyha
Traz-me o barco onde ela anda
A saudade é o meu destino
E é o destino quem manda
Velas brancas junto ao céu
Tenham dó do meu lamento
Becos e mulheres perdidas
Abafam meu sofrimento
Partiu....
antónio mourão - chegaste em dia de sol
Se ouço uma voz na rua
julgo que és tu a falar
Se á noite vejo uma sombra
julgo que vais a passar
se eu pudesse contar
meu sofrimento sem fim
até as pedras da rua
teriam pena de mim
Chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
Ã? meu amor que fiz eu
pra passar tal sofrimento
A minha vida é agora
um doloroso lamento
chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
A minha vida é agora
um doloroso lamento
Chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
Quando ouço passo na escada
julgo que é tu a subir
abro a porta e a saudade
que gosta de me mentir
a minha dor é tão grande
é tão grande o meu penado
que vivo agarrado á esperança
na esperança de te encontrar
Chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
Ã? meu amor que fiz eu
para passar tal sofrimento
A minha vida é agora
um doloroso lamento
chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
A minha vida é agora
um doloroso lamento
Chegaste em dia de sol
partiste em dia de vento
antónio mourão - chiquita morena
Vamos vamos chiquita morena
Vamos vamos lá noche buena
Vamos vamos chiquita morena
Pois que quiero contar-te com mi pena
No te despiedas de mim que pronto vuelva cantar
Pois teus tolegos de ti
Sinto ganaste no ar
Quiero antes que me vaya
Chiquita baila comigo
Queres la derradeira vez
Que puedo bailar contigo
Vamos vamos chiquita morena
Vamos vamos lá noches buena x2
Vamos vamos chiquita morena
Pois que quiero contar-te com mi pena
No te despiedas de mim que pronto pra cantar
Pois teus tolegos de ti
Sinto ganaste no ar
Quiero antes que me vaya
Chiquita baila comigo
Queres la derradeira vez
Que puedo bailar contigo
Vamos vamos chiquita morena
Vamos vamos lá noches buena
Vamos vamos chiquita morena
Pois que quiero contar-te com mi pena
Pois que quiero contar-te com mi pena
Pois que quiero contar-te com mi pena
antónio mourão - dá tempo ao tempo
Nunca pensei
Depois de tanta amizade
Ficasse tanta maldade
Escondida no teu peito
Nunca pensei
Mas teu dia há-de chegar
Por certo, hás-de pagar
Por todo o mal que tens feito
Dá tempo ao tempo
Ri enquanto tens vontade
Talvez um dia a saudade
Não te deixe rir assim
Dá tempo ao tempo
Que o tempo corre e não cansa
E eu não perdi a esperança
De ter ver chorar por mim
Pouco me importa
O que dizes e o que pensas
Nem faço caso às ofensas
Que vives fazendo à toa
Tenho a certeza
Que esse teu riso atrevido
Há-de um dia ser vencido
Por que o tempo não perdoa
Dá tempo ao tempo
....
antónio mourão - dá-me outra vida
Ã? vida da-me outra vida
Tal essa esperança me resta
Ã? vida dá-me outra vida
que esta que tenho não presta
Dá-me o amor, da-me o ciúme
Que abraza a alma da gente
Ã? vida da-me outra vida
Ã? vida dá-me outra vida
Mas uma vida diferente
Nessa vida que eu te peço
Dá-me amargura também
Dá-me ternura e tristeza
Tudo isso que a vida tem
Não quero nada que tenho
Nem o tempo que ade vir
Quero ter outro diferente
Ser diferente, ser diferente do meu sentir
Ã? vida da-me outra vida
Tal essa esperança me resta
Ã? vida dá-me outra vida
que esta que tenho não presta
Dá-me o amor, da-me o ciúme
Que abraza a alma da gente
Ã? vida da-me outra vida
Ã? vida da-me outra vida
Mas uma vida diferente
Nessa vida que eu te peço
Dá-me amargura também
Dá-me ternura e tristeza
Tudo isso que a vida tem
Não quero nada que tenho
Nem o tempo que ade vir
Quero ter outro diferente
Ser diferente, ser diferente do meu sentir
Dá-me o amor, da-me o ciúme
Que abraza a alma da gente
Ã? vida da-me outra vida
Ã? vida da-me outra vida
Mas uma vida diferente
antónio mourão - estranha contradição
Andei a dizer andei
que não queria ver-te mais
Que não queria te falar
Calcula que até jurei
Não ir aonde tu vais
Pra nunca mais te encontrar
Calcula que até jurei
Não ir aonde tu vais
Pra nunca mais te encontrar
Pobre de mim, a razão
Que se perde a tortura
De não querer o que eu desejo
E a estranha contradição
Que eu ando á tua procura
E ando a ver se te não vejo
E a estranha contradição
Que eu ando á tua procura
E ando a ver se te não vejo
Falo-te e não te conheço
Olho e sem te encontrar
Tu sabes que não mudarei
Numa coisa me convenço
Sempre te eide procurar
Nunca mais te encontrei
Numa coisa me convenço
Sempre te eide procurar
Nunca mais te encontrei
antónio mourão - fadista louco
Contaram-me ainda á pouco
que á noite pela mouraria
Andava o fadista louco
sem saber o que dizia
Andava o fadista louco
sem saber o que dizia
Falava na amendoeira
Na guia no capelão
Falava na amendoeira
Na guia no capelão
Na Rosária camiseira
e na tasca do gingão
Na Rosária camiseira
e na tasca do gingão
Metido numa samarra
Melenas em desalinho
Cantava o fado velhinho
dedilhando uma guitarra
Cantava o fado velhinho
dedilhando uma guitarra
Cantava o fado velhinho
dedilhando uma guitarra
Louco gritou pela severa
e quando a manha surgiu
Louco gritou pela severa
e quando a manha surgiu
Quando alguém quis ver quem era
Nunca mais ninguém o viu
Quando alguém quis ver quem era
Nunca mais ninguém o viu
Então fiquei meditando
Que um louco que ninguém o via
Então fiquei meditando
Que um louco que ninguém o via
Era a saúdade chorando
A morte da mouraria
Era a saúdade chorando
A morte da mouraria
antónio mourão - fado do antigamente
Antigamente era fado o que se ouvia cantar
No retiro da severa, ou no ferro de engomar
Havia vinho e pipoias, havia almoços nas hortas
Havia zangas de amor, e fado fora de portas
Ai que saúdade ai ai
Daqui a alegria ai ai
Ouvir um fado ai ai na mouraria ai ai
Ai que saudade ai ai
De tempo antigo ai ai
Ai que saudade ai ai
Trago comigo ai ai
Havia fado na vida dessas vidas que lá vão
Havia amor e ciúme na rua do Capelão
Era a vida de um fadista, toda amor e ansiedade
Desses tempos até hoje só cá chegou a saudade
Ai que saudade ai ai
daqui a alegria ai ai
de ouvir um fado ai ai
Na mouraria ai ai
Ai que saudade ai ai
De tempo antigo ai ai
Ai que saudade ai ai
Trago comigo ai ai x2
antónio mourão - mãe
Mãe que desgraça na vida aconteceu
que ficaste insensivel e gelada
que todo o teu perfil se endureceu
numa linha severa e desenhada
como as tabuas que são gente nossa
quem sabe de palavras e ternura
assim tu me apareces no teu leito
uma presença assim zelada em pedra dura
que não tem o coração dentro do peito
chamo aos gritos por ti
não me respondes
beijo-te as mãos o rosto, sinto frio
Ou és outra, ou me enganas ou te escondes
por detráz do terror deste vazio
Ou és outra, ou me enganas ou te escondes
por detráz do terror deste vazio
Mãe lá por sonhos ao menos diz que sim
diz que me vês ainda que me queres
Que és a eterna mulher entre as mulheres
que nem a morte te afastou de mim
Que és a eterna mulher entre as mulheres
que nem a morte te afastou de mim
que nem a morte te afastou de mim
que nem a morte te afastou de mim
antónio mourão - meu nome não sei
Sou o barco que volta
Sou a chuva que cai
Sou a esperança, a revolta
O direiro de um ai
Um catifo abraço
Um catifo caminho
Ando perdido no espaço
Á procura do ninho
O meu nome é ninguém
O meu nome não sei
Ando fora da lei
O meu nome é ninguém
O meu nome é ninguém
O meu nome não sei
Ando fora da lei
O meu nome é ninguém
Sou a força que faz, suportar o açoite
Sou o grito da paz, do silencio da noite
Sou o fato rasgado, sou a mão calejada
O meu sangue é encarnado, tem a cor desbotada
O meu nome é ninguém
O meu nome não sei
Ando fora da lei
O meu nome é ninguém
O meu nome é ninguém
O meu nome não sei
Ando fora da lei
O meu nome é ninguém. (x2
antónio mourão - não há fado sem saudade
Minha voz embora triste
Com bom destino de amor
Minha voz embora triste
Com bom destino de amor
O direito que lhe assiste
De gritar a própria dor
O direito que lhe assiste
De gritar a própria dor
Nenhuma prisão que tive
Me tornou um prisioneiro
Nenhuma prisão que tive
Me tornou um prisioneiro
Mesmo preso era mais livre
Que a alma do carcereiro
Mesmo preso era mais livre
Que a alma do carcereiro
Não se pode abrir o peito
E matar o sentimento
Que nao se pode abrir o peito
e matar o sentimento
Nao há força que tem direito
De calar o pensamento
Nao há força qe tem direito
De calar o pensamento
Não há fado sem verdade
Nem verdade arrependida
Que não há fado sem verdade
Nem verdade arrependida
Nem cantadores sem vaidade
De cantar a própria vida
Que nem cantadores sem vaidade
De cantar a própria vida
antónio mourão - noite
Sou da noite um filho noite
Trago rugas nos meus dedos
De contarem os segredos
Nas altas fontes do amor
E canto porque é preciso
Raiar a dor que me impele
E gravar na minha pele
As fontes da minha dor
Noite companheira dos meus gritos
Rio de sonhos aflitos
Das aves que abandonei
Noite céu dos meu casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei
Oh minha mãe de arvoredos
Que penteias a saudade
Com que vi a humanidade
A minha voz soluçar
Dei-te um copo de segredos
Onde risquei minha mágoa
E onde bebi essa água
Que se prendia no ar
Noite companheira dos meus gritos
Rio de sonhos aflitos
Das aves que abandonei
Noite céu dos meu casos perdidos
Vêm de longe os sentidos
Nas canções que eu entreguei x2
antónio mourão - o mais triste fado por ti
Não quero, não, eu não vou implorar
E nem me quero amparar
O quanto tu foste louca
Não quero por ti já sofri demais
Vou afogar os meus ais
E o meu pranto em outra boca
Não quero, por ti já sofri demais
Vou afogar os meus ais
E o meu pranto em outra boca
Ai, por ti, por ti que nada me deste
Que tanto mal me fizeste
A minha alma está vencida
Por ti, em que eu louco acreditei
Que louco de amor lutei
Ando perdido na vida
Não quero, ver-te mais no meu caminho
Ando na vida sozinho, se é este o desejo teu
Não quero lembrar sequer um momento
Que afinal para meu tormento
O teu amor não é meu
Não quero, lembrar sequer um momento
Que afinal para meu tormento
O teu amor não é meu
Ai, por ti, por ti que nada me deste
Que tanto mal me fizeste
A minha alma está vencida
Por ti, em que eu louco acreditei
Que louco de amor lutei
Ando perdido na vida
Ai, por ti, em que eu louco acreditei
Que louco de amor lutei
Ando perdido na vida
Cds antónio mourão á Venda